Na carona dessas reflexões sobre a idade, que são
impossíveis de serem evitadas em alguma parte da vida, venho aqui solenemente
dizer que estou ficando velha. A constatação? O travesseiro e o
colchão.
Sempre achei o máximo aquelas pessoas que sentam no aeroporto e... dormem. Ou que se aconchegam em meio a mochilas, põe o pé na mala grande e roncam profundamente na rodoviária (tenho uma amiga assim). Eu, mesmo tendo um sono mais pesado de todo o mundo até me tornar mãe, nunca consegui dormir sentada. Nem em um confortável ônibus.
Por outro lado, acho um saco aquelas pessoas que precisam de quatrocentos tipos de “ses” para viajar. Oras, viajar protegido, indo de hotel 5 estrelas para dentro de taxis é no mínimo ridículo, na minha opinião (por favor, se vc é assim, não me leve a mal). Acho que viagem pressupõe sair da zona de conforto, do que é sempre ajustado e ir ao encontro do desconhecido testando as possibilidades de adaptação.
Mas chega um momento que a coisa complica. Não sei se é o corpo que fica de cara com tanta adaptação ou se, com o tempo, a gente deixa essa possibilidade de adaptação em segundo plano e quer dar atenção a outras coisas da viagem.
Admiro muito as pessoas, como outra amiga minha, que dormem no sofá, na mesa, no chão e tudo está sempre bem.
Quando vim para Sevilla, fiquei pensando seriamente em trazer meu travesseiro especial. Sim, eu já tenho um travesseiro especial. Porque descobri em todas as dores nas costas e idas ao médico que o jeito que eu durmo é fundamental para não ter dores. Sempre dormi amassada, nunca na mesma posição e embolada de algum jeito. Bem, depois de dores mil, aprendi que algumas posições estão proibidas para mim (de bruço é uma delas). Enfim, ouvi o conselho do namorado que disse que preciso ter qualidade de sono para produzir. Enrolei meu travesseiro, coloquei embaixo do braço e vim. Aluguei o apartamento já mobiliado que tinha um colchão muito bom, comprei mais um travesseiro para colocar no meio das pernas (o joelho agradece) e me ajeitei para ter noites altamente qualitativas de sono. Em 3 meses aqui, não tive um dia sequer de dores nas costas.
Final de semana passado fomos a Barcelona com orçamento reduzido, logo, nossa opção foi ficar em hostel. Sem problemas. E, em viagens assim eu me nego a carregar travesseiro. Aí é demais.
Pela primeira vez, notei na pele (e costas, músculos e articulações), a tal da falta de qualidade no sono. O hostel era bom, mas os travesseiros finos e o colchão de mola. O namorado construiu para ele um travesseiro mais alto colocando as jaquetas e moleton dentro da fronha. Ele vislumbrou que teria uma noite melhor com um travesseiro maior. Eu, com a minha mente jovem, pensei comigo: 3 noites não são nada. Vou ficar bem. Ledo engano... Tive uma média de 9 horas de sono por noite lá e acordei todos os dias des-truí-da. Dor de cabeça, dor no joelho, no dedão do pé (o que tem artrose) e nos ombros. E eu achando que era porque caminhamos muito durante todos os dia e tals... Humpf.
De volta a Sevilla, 6 horas de sono e estou me sentido como se alguém tivesse me passado com ferro à vapor. Nova.
Sim, estou velha, preciso do meu travesseiro especial e de uma boa noite de sono.
Sempre achei o máximo aquelas pessoas que sentam no aeroporto e... dormem. Ou que se aconchegam em meio a mochilas, põe o pé na mala grande e roncam profundamente na rodoviária (tenho uma amiga assim). Eu, mesmo tendo um sono mais pesado de todo o mundo até me tornar mãe, nunca consegui dormir sentada. Nem em um confortável ônibus.
Por outro lado, acho um saco aquelas pessoas que precisam de quatrocentos tipos de “ses” para viajar. Oras, viajar protegido, indo de hotel 5 estrelas para dentro de taxis é no mínimo ridículo, na minha opinião (por favor, se vc é assim, não me leve a mal). Acho que viagem pressupõe sair da zona de conforto, do que é sempre ajustado e ir ao encontro do desconhecido testando as possibilidades de adaptação.
Mas chega um momento que a coisa complica. Não sei se é o corpo que fica de cara com tanta adaptação ou se, com o tempo, a gente deixa essa possibilidade de adaptação em segundo plano e quer dar atenção a outras coisas da viagem.
Admiro muito as pessoas, como outra amiga minha, que dormem no sofá, na mesa, no chão e tudo está sempre bem.
Quando vim para Sevilla, fiquei pensando seriamente em trazer meu travesseiro especial. Sim, eu já tenho um travesseiro especial. Porque descobri em todas as dores nas costas e idas ao médico que o jeito que eu durmo é fundamental para não ter dores. Sempre dormi amassada, nunca na mesma posição e embolada de algum jeito. Bem, depois de dores mil, aprendi que algumas posições estão proibidas para mim (de bruço é uma delas). Enfim, ouvi o conselho do namorado que disse que preciso ter qualidade de sono para produzir. Enrolei meu travesseiro, coloquei embaixo do braço e vim. Aluguei o apartamento já mobiliado que tinha um colchão muito bom, comprei mais um travesseiro para colocar no meio das pernas (o joelho agradece) e me ajeitei para ter noites altamente qualitativas de sono. Em 3 meses aqui, não tive um dia sequer de dores nas costas.
Final de semana passado fomos a Barcelona com orçamento reduzido, logo, nossa opção foi ficar em hostel. Sem problemas. E, em viagens assim eu me nego a carregar travesseiro. Aí é demais.
Pela primeira vez, notei na pele (e costas, músculos e articulações), a tal da falta de qualidade no sono. O hostel era bom, mas os travesseiros finos e o colchão de mola. O namorado construiu para ele um travesseiro mais alto colocando as jaquetas e moleton dentro da fronha. Ele vislumbrou que teria uma noite melhor com um travesseiro maior. Eu, com a minha mente jovem, pensei comigo: 3 noites não são nada. Vou ficar bem. Ledo engano... Tive uma média de 9 horas de sono por noite lá e acordei todos os dias des-truí-da. Dor de cabeça, dor no joelho, no dedão do pé (o que tem artrose) e nos ombros. E eu achando que era porque caminhamos muito durante todos os dia e tals... Humpf.
De volta a Sevilla, 6 horas de sono e estou me sentido como se alguém tivesse me passado com ferro à vapor. Nova.
Sim, estou velha, preciso do meu travesseiro especial e de uma boa noite de sono.
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Bona, Dna. Bona em Sevilha
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