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segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Shall We Dance - Cassandra Wilson


boa noite - good night  
buenas noches


The Very Thought of You - Natalie Cole


The very thought of you and I forget to do
The little ordinary things that everyone ought to do
I'm living in a kind of daydream
I'm happy as a king
And foolish though it may seem
To me that's everything

The mere idea of you, the longing here for you
You'll never know how slow the moments go till I'm near to you
I see your face in every flower
Your eyes in stars above
It's just the thought of you
The very thought of you, my love

<instrumental interlude>

The mere idea of you, the longing here for you
You'll never know how slow the moments go till I'm near to you
I see your face in every flower
Your eyes in stars above
It's just the thought of you
The very thought of you, my love

Da maior importância - Gal Costa

"Podrán cortar todas las flores, pero no podrán detener la primavera." Pablo Neruda


1904-1973





Ricardo Eliecer Neftalí Reyes Basoalto, Pablo Neruda, (Parral (Chile) 12 de julio de 1904 - Santiago de Chile 23 de septiembre de 1973), fue un poeta y militante comunista chileno, considerado entre los mejores y más influyentes artistas de su siglo, siendo llamado por el novelista Gabriel García Márquez «el más grande poeta del siglo XX en cualquier idioma».[1] También fue un destacado activista político, siendo senador de la República, integrante del Comité Central del Partido Comunista y precandidato a la presidencia de su país. Entre sus múltiples reconocimientos destacan el Premio Nobel de Literatura en 1971 y un Doctorado Honoris Causa por la Universidad de Oxford. En palabras del crítico literario Harold Bloom, «ningún poeta del hemisferio occidental de nuestro siglo admite comparación con él»,[2] considerándolo uno de los veintiséis autores centrales del canon de la literatura occidental de todos los tiempos.
Su última aparición en público fue el 5 de diciembre de 1972, donde el pueblo chileno realizó un homenaje al poeta en el Estadio Nacional.
En febrero de 1973, por razones de salud, renuncia a su cargo de embajador de Chile en Francia.
El 19 de septiembre, al agravarse su salud, es trasladado de urgencia desde su casa de Isla Negra a Santiago. Finalmente, el 23 de septiembre, Pablo Neruda muere a las 22.30 en la Clínica Santa María de Santiago debido a un cáncer de próstata. Un reciente artículo[12] del diario el Clarín planteó que, según la confesión de los propios familiares de Neruda, éste habría sido asesinado en la Clínica Santa María de Santiago, el mismo 23 de septiembre, tras aplicársele una inyección letal. Aunque la información ha sido desmentida[13] los hechos aún no están esclarecidos.
Pocos días antes, el 11 de septiembre, el gobierno de Allende había sido violentamente derrocado por el golpe de Estado encabezado por el general Augusto Pinochet, y la casa de Neruda en Santiago había sido saqueada y sus libros incendiados. Su funeral fue realizado en el Cementerio General, rodeado de soldados armados de ametralladoras. Aún así, se escuchaban desafiantes gritos de homenaje a él y a Salvador Allende, junto a la entonación de La Internacional.
El 11 de diciembre de 1992, los restos de Neruda y Matilde Urrutia son exhumados y llevados para un velatorio ceremonial en el Salón de Honor del ex Congreso Nacional. Al día siguiente se da cumplimiento al deseo del poeta: que su cuerpo fuese enterrado en su casa de Isla Negra. Ese lugar y todas las demás pertenencias son ahora museos administrados por la Fundación Neruda.
     



"Porque en noches como ésta la tuve entre mis brazos, mi alma no se contenta con haberla perdido."

"En un beso, sabrás todo lo que he callado."

"Algún día en cualquier parte, en cualquier lugar indefectiblemente te encontrarás a ti mismo, y ésa, sólo ésa, puede ser la más feliz o la más amarga de tus horas."

"Yo creía que la ruta pasaba por el hombre, y que de allí tenía que salir el destino."

"Por qué se me vendrá todo el amor de golpe cuando me siento triste y te siento lejana"

Si me preguntan qué es mi poesía debo decirles no sé; pero si le preguntan a mi poesía, ella les dirá quién soy yo."

"Sólo con una ardiente paciencia conquistaremos la espléndida ciudad que dará luz, justicia y dignidad a todos los hombres. Así la poesía no habrá cantado en vano."

"Cuando crezcas, descubrirás que ya defendiste mentiras, te engañaste a ti mismo o sufriste por tonterías. Si eres un buen guerrero, no te culparás por ello, pero tampoco dejarás que tus errores se repitan."

"Muere lentamente quien evita una pasión y su remolino de emociones, justamente éstas que regresan el brillo a los ojos y restauran los corazones."

"Debajo de tu piel vive la luna."

"Aprende a nacer desde el dolor y a ser más grande que el más grande de los obstáculos."

"Alcancé a contar los pasos que diste mientras te alejabas, para cuando mi orgullo deje de cegarme, correr a buscarte."

"Para mi corazón basta tu pecho, para tu libertad bastan mis alas."

"Quiero hacer contigo lo que la primavera hace con los cerezos."

"Todo era de los otros y de nadie, hasta que tu belleza y tu pobreza llenaron el otoño de regalos."

"Sucede que me canso de ser hombre."

aprendendo a jogar - elis regina

Melancolia - Neuzamaria Kerner


A escritoria Neuzamaria Kerner (http://www.neuzamariakerner.blogspot.com/) faz um belo comentário sobre Melancolia, de Lars Von Trier, por meio de uma epístola para Justine, a personagem do filme. Julguei de bom alvitre transcrever, aqui, neste blog, a sua carta. Von Trier é um realizador polêmico, incapaz de obter a unanimidade, mas, como dizia Nelson Rodrigues, toda unanimidade é burra. Particularmente, admiro muito seus filmes, com raras exceções, considerando a sua obra máxima Ondas do destino.Melancolia, tenho certeza, já está incluso na lista dos melhores do ano em curso. Mas vamos logo à epístola de Neuzamaria. Abrindo as necessárias aspas:


Cara Justine. 

Quinze de setembro de dois mil e onze. 

Há vários dias tento lhe escrever, mas sempre adio sem saber exatamente o motivo da postergação. Talvez eu até saiba... O inconsciente, no entanto, é extraordinariamente protetor em certas situações. Tenho quase certeza de que você sabe do que falo. É possível. Tudo é possível neste mundo nosso de possibilidades. Então, amiga, se é que posso tratá-la assim, fiz alguns malabarismos mentais para driblar o meu inconsciente a fim de deixar emergir pensamentos teimosos que dançavam no meu palco interior e que lutavam bastante para continuarem invisíveis e indecifráveis até o momento em que lhe vi. 

Em verdade, esses pensamentos são como seres ou entidades ou sentimentos esdrúxulos que habitam nossas mais abissais regiões. Como nos dão trabalho! O consolo é que eles não estão apenas comigo e com você, mas com todos os seres viventes e pensantes que desde que “encarnam” já vêm com a carga de raiva, tristeza e medo e suas polaridades como se fosse uma maldição passada de geração em geração. 

Pois bem, acompanhei seus últimos e impressionantes passos naqueles dias da transformação compulsória – digamos assim, eufemisticamente. Confesso que no primeiro momento da sua aparição não lhe entendi muito bem. Você deveria estar feliz, afinal estava casando com um homem bom e bonito e que parecia realmente lhe amar. Por que você o rejeitou? Será porque você quis poupar-se ou poupá-lo de dores? Ou não o amava o bastante para juntos enfrentarem o que estaria por vir? Seu casamento deu uma espécie de prazer – de hora última - à sua irmã e ao seu cunhado que não economizaram dinheiro nem trabalho para que sua festa fosse a mais linda. Perfeita. Sua mãe, pra variar, transbordava o amargor de sempre; seu pai, amoroso e generoso, mas na dele... provavelmente nunca quis se comprometer com a vida. Talvez aí esteja a explicação do comportamento de sua mãe. Os outros parentes, como todos. Sabe, o seu chefe - pobre coitado -, mereceu os desaforos que você corajosamente despejou sobre ele, um carcará hipócrita, fazedor de dinheiro e que nunca se preocupou com as suas questões existenciais – nem com as de ninguém. Nem nunca atentou para os motivos da irreverência contida nas suas peças publicitárias. Creio que naquela hora você vingou todos os desrespeitados nas empresas sem precisar buscar apoio nos famigerados sindicatos de trabalhadores. 

Depois da festa pude voltar a me concentrar somente em você, inclusive lembrando-me da cópula – tenho que dizer esse nome sem graça – com o cara contratado pra lhe arrancar um “slogan”. Parecia que você estava com muita raiva porque sobre a terra você o fez derramar o sêmem que não poderia mais frutificar. Inútil semear numa terra infértil. Você humilhou a mãe-terra. Mas não pense que estou lhe julgando, apenas tentando dizer da minha compreensão. Raiva é raiva, irmã gêmea da impotência. Você estava tão impotente como qualquer pessoa que conhece, sente e capta, pelas pontas dos dedos-antenas, as energias do universo, mas com a consciência de que não mais poderia contar com elas, as energias. Definitivamente você estava mais abandonada de si mesma do que nunca. Entendo, de verdade, a sua depressão. A dor que provém da alma dos ossos e dos nossos centros todos inacessíveis por isso incurável. Essa era a sua tristeza. A dor do exilado. A saudade do não-sei-onde. A Melancolia metafórica, mas ao mesmo tempo muito real, que lhe esmagaria sem piedade num futuro bem próximo. 

Justine, a Melancolia carrega o medo nas letras que compõem essa palavra. Melancholia que não agradava nem no latim nem no grego desde quando nasceu e foi registrada em sua certidão já com um significado doloroso: melan(ós) ‘negro’, ‘funesto’, ‘triste’, ‘sombrio’ + cholē ‘bílis’, ‘fel’,’veneno’. Quem não tem medo disso tudo que faz o vivente carregar um fardo pesado e invisível dentro de um exílio imaginário que pune o melancólico por um crime que desconhece ter cometido? Vi você assim, Justine... desnuda literalmente, sendo carregada para o banho sem sentido, pernas que recusavam suportar o corpo, pés sem impulso cósmico para a passada necessária ao minuto seguinte. 

Ontem, de novo, pensei em você quando uma amiga me falou que não estava se preocupando com mais nada. Entregava os incômodos ao universo e dizia “tudo passa”. Repetia “tudo passa”. Olhei nos olhos dela e revi os seus. Tudo realmente passa mesmo que seja por cima de nós. Cada ser – humano - tem que viver com seu próprio momento, bom ou ruim, embora alguns procurem e sejam ajudados quando tudo parece nada. Mas não adianta porque nós sabemos o que sentimos. Os outros seres apenas sentem e percebem a si e ao mundo, mas não têm ciência disso. Saber sentir. Saber que sente. Elaboramos o que vemos e sentimos pelo tal do “eu”. É a isso que chamamos de consciência.  

Penso no seu criador agora. O deprimido Lars. Ele disse que nascemos com uma sentença de morte, ou seja, a consciência de que a existência tem fim e que ninguém quer ser finito. Em verdade ele usou você para dizer isso ao mundo naquele dia. Muitos não ouviram e preferiram viver na ilusão. Achei muito engraçado, porém verdadeiro, ele dizer que os psicoterapeutas, quando consultados, dizem que a ansiedade e a depressão são perigosas, mas não significam o fim do mundo. No entanto, estão enganados. Redondamente, assim como Terra e Melancolia. Claro que você fez o papel que ele quis. Interessante essa relação entre criador e criatura. Mas você contra-atacou ao tomar consciência de que lutar com o inevitável é mais desgraçado do que tudo. Aí você entra num invejável estado de serenidade e de ajudada passa a ser ajudadora.  

Foi ótima a sua mudança. Lembra de quando você se despe, simbolicamente despojando-se das vestes, e vai andando pelo bosque e deita-se sobre um pedaço significativo de rocha à beira de um rio? Perfeito momento de entrega e conexão com o universo. É isso. A serenidade nasce da aceitação e da entrega. Entenda que falo de aceitação e não de resignação. Num outro dia, distraidamente você se senta na murada dos jardins do castelo e fica balançando as pernas como uma criança que aguarda. Você olha para os longes celestes... e parece nem pensar em nada, em ser nada. Naquele momento apenas é. 

Acontece então o já sabido. Tudo o que se passa naquele dia passa sobre você. É o esmagamento literal de tudo. É o fim. Bem que eu queria lhe falar sobre esse fim que não é fim, porém começo (ou recomeço). Mas não sei onde você está agora nem como está. 

Vou depositar esta carta sobre uma montanha bem alta, se eu tiver coragem suficiente para escalá-la, e esperar que você a recolha e leia. Não posso ir ao correio ou enviar pela internet porque não tenho o seu endereço exato... Pode ser que as conexões todas tenham caído. Ou pode ser que as conexões todas se iniciem agora. 

Antes de finalizar quero agradecer a sua companhia naqueles dias que duraram apenas duas horas para mim e para outros que realmente lhe viram e lhe sentiram. Quando eu crescer, quero ser valente como você apesar de todos os pesares. Também quero dizer que tive um ancestral com o seu nome o que nos faz ter algo em comum. Chamava-se Justinus Kerner, viveu no século XVIII, alemão, poeta, médico que se interessou por um monte de coisas que diziam ser estranhas – porque não compreendiam. Onde você estiver e se por acaso o encontrar, pergunte-lhe sobre A Vidente de Prevorst. Daqui a três dias (18) seria seu aniversário de nascimento, caso estivesse entre nós. Talvez esteja e não saibamos. A gente nunca sabe, amiga. 

Um grande abraço cheio da luz que você merece por tudo o que viveu, por tudo o que ensinou. 

Neuzamaria Kerner. 

p.s. Justine é personagem do filme Melancolia dirigido por Lars Von Trier.

Postado por André Setaro às Quinta-feira, Setembro 22, 2011



PARIS-C'EST SI BON



Paris, biclicletas e la vie, em 19 de maio de 2011
Paris, bicicletas e la vie...
O dia amanhace em Paris, o Sol de Primavera invade por entre as cortinas do quarto do Hotel Cujas Pantheon, na escola Maternal que fica em frente, as criancas chegam acompanhadas dos pais, muitas delas trazidas em bicicletas, que infestam a cidade, como v...erdadeira mania saudavel, os ciclistas passam em revoadas, por todos os lugares, ha estacionamentos e pistas para eles, um sem numero de pernas pedalantes enfeitam a paisagem, o mundo aqui se move em duas rodas, a despeito dos carros, trens, metro, etc. O noticiario repete excessivamente a historia do ministro que violou a camareira em Nova York, mas fala-se de Sarkozi, figura emblematica, muitas sao as informacoes sobre o FMI e sua ajuda a paises europeus em crise, o ceu azul, os turistas de todos os lugares do planeta circulam, os cafes permanecem lotados, ha o clima eterno de uma cidade em festa de amor e luz. Nada parece abalar esta aura que Paris proporciona, quem pensa em algo inusitado como chegar as 18 hs em ponto, adentrar na Sacre Coeur de Marie, e assistir o inicio de uma bela missa cantada por um coro de freirinhas vestidas como sta. Therezinha. Foi o que aconteceu comigo na quarta-feira, depois de um dia de correria, trocando de roteiros em onibus de turismo, percorrendo a cidade praticamente toda, e visitando, claro, a sua famosa Torre Eiffel. Nao faltou uma paradinha para degustar guloseimas e tomar vinho, houve a reflexao necessaria ao assistir a enorme passeata dos imigrantes do Sri Lanka que clamam por paz em seu pais e denunciam genocidio de decadas, injusticas e desigualdades. Paris dos Inv'alidos, de tanta historia, a Bastilha, os Museus, uma passada no D'Orsay e o encantamento renascido pelos impressionistas. Como refrear tantas sensacoes de beleza e festa? Um sentimento mixto de paixao e congracamento de ideias e agradecimentos pelas chances que a vida nos oferece. Ca estou em Paris, como uma menina maravilhada, novamente. Quando passeei no bateau na tarde ensolarada, a vida, nas margens do Senna, esbanjava imagens de um mundo placido, a deslizar a minha volta, como um canto de passaros afinados, o amor transparecia nos casais enamorados, nas pessoas tomando sol, nos senhores e senhoras em atitude contemplativa, que vontade de pintar aquelas imagens inesqueciveis em quadros que jamais saberei criar. Entao, so me resta tentar compor um texto modesto e franco, para dizer que Paris segue sendo uma flor de cidade, na vida de todos nos!!
Mairia Aparecida Torneros
Por: Mairia Aparecida Torneros




nesse dia nos encontramos em Paris