Pesquisar este blog

sexta-feira, 9 de março de 2012

Um filme para o Sabado



Obra crepuscular de um genial realizador, Billy Wilder, "Avanti!", que no Brasil pegou o subtítulo de "Amantes a italiana", realizada em 1972, talvez seja o que se poderia chamar de um filme-síntese do autor, o qual, aqui, estabelece variações em torno do tema do relacionamento amoroso em ritmo de uma verdadeira "viaggio in Italia". A genialidade do filme aflora a cada instante, com a 'escrita' wilderiana enxuta, enquadramentos perfeitos que se encaixam numa feliz união dos diversos elementos da linguagem cinematográfica em função do prazer, do prazer de ver um filme, da emoção e do riso que despertam nas situações bem resolvidas. Jack Lemmon é um típico executivo americano que vai a Ischia (Itália) buscar o corpo do pai, que morrera num desastre e que costumava passar, há décadas, o mês de férias nessa belíssima região da Itália ("A Itália não é um país, mas uma emoção", diz um dos personagens). Chegando, vem a saber, surpreso, que o pai falecera abraçado com a amante com a qual mantinha relações sempre que ia de férias. Surpresa maior para Lemmon é encontrar a filha dela (Juliet Mills), que também estava em Ischia para levar o corpo da mãe para a Inglaterra. Não precisa dizer que os dois, com a convivência, terminam por se apaixonar. Música de Carlo Rustichelli. Que fica nos ouvidos.


Avanti! is a 1972 American/Italian Comedy-Romance film produced and directed by Billy Wilder. The film starred Jack Lemmon and Juliet Mills. The screenplay by Wilder and I.A.L. Diamond is based on the 1968 play of the same title by Samuel Taylor.

This lovely soundtrack nails that 60's-foreign-Hollywood thing perfectly. Carlo Rustichelli came up with a delightful song-adaptation score, with his thematic use of such Italian standards as "Senza Fine" (famously sung by Connie Francis over Ernest Borgnine's transistor radio in 1965's "The Flight Of The Phoenix"). Rustichelli's swooning orchestra mixes with every rustic Mediterranean instrument (mandolin, accordion, harmonica...) you'd expect to hear from the an island off Naples, making AVANTI! a charming cross-pollination between a very Italian approach to romance, and the lush Hollywood needs of its English-speaking stars in a lovers' paradise, Ischia.

Amazingly, this great soundtrack has NEVER before been released in any form in any country (except the 1972 45rpm single "The Theme From 'Avanti!", United Artists UP 35605). This 2010 release was limited to only 1000 copies, by the way, the sound quality of the pressing is 5 stars as well!


Intimidade conquistada

 

 

Na Arábia Saudita, a revolução passa pela lingerie
por DORRIT HARAZIM
Difícil afirmar se a recente tomada de uma trincheira até então intransponível na Arábia Saudita também pode ser creditada à Primavera Árabe. Por decreto do rei Abdullah, e regulamentação do Ministério do Trabalho, todas as lojas de lingerie e cosméticos do país têm até junho para começar a empregar mão de obra exclusivamente feminina.
A novidade, que entrou em vigor neste início de ano, em nada se assemelha à virada de mesa provocada pelos povos da Tunísia, do Egito, Iêmen, Omã, Síria e outros quadrantes do norte da África e do Oriente Médio. Ainda assim, é uma revolução. Da intimidade. Vinte e oito mil candidatas já se apresentaram para vender calcinhas, sutiãs e, por tabela, sonhos sensuais a suas conterrâneas.
Até então, a mão de obra no setor era quase exclusivamente masculina e estrangeira – em grande maioria marmanjos asiáticos, imigrados legalmente. Isso porque, na versão mais fundamentalista da sociedade saudita, a mulher só pode conviver e falar com um grupo seleto de homens: pai, avô, tios, marido, irmãos e filhos. As cintilantes lojas de lingerie existentes em templos de consumo, como o Kingdom Centre, na capital Riad, simplesmente não podiam empregar atendentes mulheres.
Isso, por sua vez, levou a uma aberração ainda maior: cobertas da cabeça aos pés pelo hijab, obrigatório na Arábia Saudita, a elegante consumidora local muitas vezes acabava revelando suas medidas, curvas e predileções a homens desconhecidos. Não espanta que elas preferissem aguardar viagens internacionais para frequentar lojas de lingerie do circuito Elizabeth Arden. “A Marks & Spencer, de Marble Arch, em Londres, virou uma colônia saudita”, escreveu a consultora e professora de finanças Reem Asaad, da faculdade (só para mulheres) Dar Al-Hekma, de Jeddah.
“No ano passado, fui comprar calcinhas numa loja da minha cidade”, relatou Asaad ao Financial Times, “e encontrei todos os pacotes fechados, com uma tarja preta sobre a foto da modelo que vestia o produto. Impossível saber se aquela era a roupa que eu procurava. Escondi-me num canto da loja e furtivamente comecei a destacar a tarja para dar uma espiada. Fui prontamente interceptada por um vendedor apoplético: ‘Não faça isso, madame, vou acabar tendo problemas com a polícia religiosa.’ Obriguei o atendente a abrir o pacote e me mostrar seu conteúdo por inteiro.”
Apartir de agoranão será mais necessário comprar artigos íntimos de forma tão estressante. As grifes ocidentais já estão a postos para acolher o mulherio: sete lojas Victoria’s Secret operam nos países do Golfo, outras dez da grife Baci abrirão até 2016, e a Frederick’s, do grupo americano Hollywood, também implantará dez lojas em seis países da região. O último dado disponível, de 2010, detectou um mercado regional de roupa íntima feminina da ordem de 171 milhões de dólares.

novidade não veio de atropelo, por clamor popular. O decreto foi assinado pelo rei no longínquo ano de 2006, mas emperrou na objeção – frontal como um sutiã – das lideranças religiosas. As vitrines de lojas atendidas por mulheres teriam de ser vedadas, exigiam os mais conservadores. Os próprios comerciantes argumentavam que a Arábia Saudita não dispunha de mão de obra feminina qualificada para a tarefa. Sem falar no alto custo da mudança: como as mulheres são proibidas de dirigir automóveis no país, seria necessário contratar motoristas para levar vendedoras ao trabalho.
Assim, até o ano passado, o decreto ficou oculto como uma calcinha em público. Apenas um punhado de lojas de lingerie e cosméticos tinha se adequado aos novos tempos. Foi a realidade sociodemográfica (40% de desemprego entre as mulheres) que levou o monarca Abdullah a usar de sua autoridade pessoal para pedir “cooperação” à Comissão para a Promoção da Virtude e a Prevenção do Vício, uma espécie de patrulha moral e religiosa.
Fundada em 1940, a Comissão da Virtude tem por função garantir que a sharia, o severo código de lei islâmica, não seja violada em público. Exatos dez anos atrás, sua aplicação teria impedido que um grupo de meninas escapasse de uma escola em chamas na cidade sagrada de Meca – elas não estavam com a cabeça devidamente coberta e, no resgate, teriam contato físico com as equipes de salvamento masculinas. Catorze jovens morreram no episódio.
Mais recentemente o Comitê propôs que mulheres de olhos “sedutores” passassem a escondê-los quando estivessem fora de casa. A longa abaya e o lenço negro que já lhes encobre cabelo, cabeça e parte do rosto não seriam suficientes para evitar a lascívia masculina. Segundo o site noticioso egípcio Bikya Masr, a medida entrou em pauta depois que um membro da Comissão se sentiu atraído pelo olhar de uma saudita na rua, provocando uma briga com o marido, que a acompanhava.
Religião à parte, os responsáveis pelo planejamento econômico se preocupam com a crescente escassez de postos de trabalho para a mão de obra feminina, cuja escolaridade o próprio Estado banca até o último ano de faculdade. Com uma renda per capita banhada a petróleo (24 mil dólares, o dobro da brasileira) num país que está em 56º lugar no Índice de Desenvolvimento Humano, enquanto o Brasil ocupa a 84ª colocação, o reino dos Saud começa a sentir a pressão interna.
A alforria para comprar e vender calcinhas sem constrangimento abre um boqueirão para mudanças maiores. Sobretudo na área do transporte público, praticamente inexistente, e no direito da mulher de dirigir um carro.
Por enquanto, toda saudita adulta ainda tem um membro masculino da família como “guardião” legal. Cabe a essa figura referendar, ou proibir, algumas escolhas de porte de sua tutelada, como viajar, trabalhar e estudar. Seis meses atrás, quando o rei Abdullah concedeu às súditas o direito de se candidatar e votar nas próximas eleições municipais, a exigência do aval do “guardião” não foi levantada.
Já o direito de vender lingerie e cosméticos chega sem qualquer fru-fru.

http://revistapiaui.estadao.com.br/edicao-66/chegada/intimidade-conquistada



Literatura en las canciones de amor inolvidables

Por: Winston Manrique Sabogal14/02/2012
Laserenata-NicolasLancret
La serenata (1740), de Nicholas Lancret.


Hay canciones de amor, sus letras, que nos gustan por su secreto atisbo de profecía y otras porque copian e iluminan nuestras vivencias. Unas llegan a nuestras vidas mucho antes de que descubramos, experimentemos y comprendamos lo que allí se nos cuenta y las otras parecen inspiradas en nuestra propia historia. Al final, las dos parecen creadas y cantadas para cada uno de nosotros. Da igual si los expertos musicales las consideran buenas, regulares o malas canciones; y si sus letras son de alta o baja calidad literaria. Están allí, han llegado para quedarse por motivos superiores a nosotros y forman parte esencial de la banda literaria y sonora de nuestras vidas.
Trovadores conrtemporáneos.
Uno de los escritores que mejor hizo este acercamiento a esa realidad fue Marcel Proust. Él, tan exquisito en sus gustos, escribió en 1893 Elogio de la mala música, donde reconocía el misterioso, profundo y sentido valor de la música popular; el efecto milagroso de tocar el alma de las personas incluso contra su deseo. Porque "se han llenado del sueño y las lágrimas de la gente". Teo Sanz, catedrático de literatura francesa, lo describió bien en su blog, hace tres años: "En él señala (Proust en su artículo), con un loable deseo de buscar la verdad, que se puede odiar esa clase de música, pero no menospreciarla porque se toca y canta con más pasión que la buena y, sobre todo, porque "se ha llenado del sueño y las lágrimas de la gente".
Trovadores contemporáneos. En las letras de esas canciones hay literatura. Bob Dylan suena cada año como candidato al Nobel, y el año pasado Leonard Cohen obtuvo el Premio Príncipe de Asturias de las Letras. Traigo a colación estos dos ejemplos de artistas y compositores universales para hablar de la literatura en las letras de las canciones de amor en el día de san Valentín. Y para que nos hablen del asunto he pedido a un poeta, a un filósofo especialista en el tema y a un lector y dos admiradores de Dylan que compartan con nosotros sus letras de canciones de amor inolvidables.
Y, sí, todo esto es por recordar o celebrar entre todos el día de san Valentín de una manera diferente como hemos hecho en los últimos dos años en este blog. En 2011 fueron las mejores poesías de amor (puedes ver aquí el psot), y en 2010 las mejores novelas (puedes ver el post aquí), en las que ustedes completaban el artículo con sus comentarios. A ver si se animan este año también con el tema de hoy: la literatura, las letras, en las canciones de amor inolvidables:
Serenata-JanSteenUna autoridad en esto es el poeta colombiano Darío Jaramillo, autor del libro Poesía en la canción popular latinoamericana (Pre-Textos): "Más que expresarlo, lo que la canción popular latinoamericana ha hecho con el amor es inventarlo. Boleros, tangos, rancheras: Las canciones son el guión del sentimiento, lo modelan y lo condicionan. Son el alfabeto del amor y dictan las maneras de sentir. Con ellas se quiere y se desquiere, se enamora y se olvida. Bien se sabe que el amor es un estado preverbal, donde el retozo o el gruñido reemplazan a la palabra. Llegado el momento de usar el verbo, el más aproximado es el del bolero, el del tango, el de la ranchera: se trata de canciones que circularon en todo el continente desde los años treinta del siglo veinte y que se repitieron generación tras generación hasta quedar grabadas en la memoria colectiva a modo de atavismo, de reflejo condicionado, como esas cosas que uno se sabe sin saber que las sabe". (en la imagen Serenata, de Jan Steen)
"Cada canción, además de contar la historia que la origina, termina contado la historia del que la oye más con el corazón que con el oído. La canción es cardiocéntrica.
"Aunque simples y directas, algunos boleros, algunos tangos y rancheras tienen un valor poético intrínseco en sus palabras, como por ejemplo Abrázame así de Mario Clavell, Amanecí en tus brazos de José Alfredo Jiménez, Tú me has de querer de Bola de Nieve, Qué me importa de Mario Fernández Porta y Piensa en mí de Agustín Lara, para citar sólo cinco. A continuación transcribo las letras de estas cinco canciones:"


Abrázame así (Música y letra: Mario Clavell)
Abrázame así, / que esta noche yo quiero sentir / de tu pecho el inquieto latir / cuando estás a mi lado.
Abrázame así, / que en la vida no hay nada mejor / que decirle que sí al corazón / cuando pide cariño.
Abrázame así /porque en besos te voy a contar / el más dulce secreto de amor / que hay en mi corazón.
Acércate a mí / y esta noche vivamos los dos / la bendita locura de amor.


 Amanecí en tus brazos (Música y letra: José Alfredo Jiménez)
Amanecí otra vez entre tus brazos / y desperté llorando de alegría, / me cobijé la cara con tus manos / para seguirte amando todavía.
Te despertaste tú casi dormida / y me querías decir no sé qué cosa, / pero callé tu boca con mis besos / y así pasaron muchas, muchas horas.
Cuando llegó la noche, apareció la luna / y entró por la ventana, / qué cosa más bonita cuando la luz del cielo / acarició tu cara.
Yo me volví a meter entre tus brazos, / tú me querías decir no sé qué cosas, / pero callé tu boca con mis besos / y así pasaron muchas, muchas horas.


Tu me has de querer (Música y letra: Ignacio Villa, Bola de Nieve)
Yo quisiera ser / de tu vida encanto, / quisiera tener / de tus ojos llanto / y quisiera ver
en tu rostro / siempre amor / brotar.
Y con ese amor, / hacer de mi vida / bálsamo ideal / que cure mi herida / para así vivir
toda una eternidad.
Tú me has de querer / porque yo en la noche / lo vi en mis sueños.
Yo habré de sentir, / junto a ti, / mi vida / siempre latir, /yo sabré mentir / por tu amor / y he de llorar / y he de sufrir.
Tú me has de querer / como nunca tú / soñaste sentir.
Yo quisiera ver / cuando de mi amor / fueras prisionera, / quisiera saber / si presa de mí / no habrías de llorar, / no habrías de quererte fugar / ni de añorar / otro querer.
Tú me has de querer / por tu amor / y por tenerme a mí.


¿Qué me importa? (Música y letra: Mario Fernández Porta)
Los ojos del sol se han cerrado y con ellos se ha ido la luz, / de violeta se viste la tarde porque pronto la noche vendrá.
Qué me importa que venga la noche con su negra mantilla de luz, / si en el fondo de mi alma tú eres una aurora radiante de amor.
¿Qué me importa que la lluvia caiga despiadadamente?
¿Qué me importa que el mar en la noche no quiera cantar?
¿Qué me importa que el cielo no tenga ni estrellas ni luna, / si yo tengo en tus ojos el cielo, la luna y el mar?
¿Qué me importa que en la vida todo tenga su comienzo?, / ¿Qué me importa que todo comienzo tenga su final?
Si mi alma será toda tuya por toda la vida, /¿qué me importa que todo se acabe si me quedas tú?


Piensa en mí (Música y letra: Agustín Lara)
Si tienes un hondo penar / piensa en mí, / si tienes ganas de llorar / piensa en mí, / ya ves que venero tu imagen divina, / tu párvula boca que siendo tan niña / me enseñó a besar.
Piensa en mí cuando beses, / cuando llores también piensa en mí, / cuando quieras quitarme la vida,
no la quiero para nada, / para nada me sirve sin ti.

http://blogs.elpais.com/papeles-perdidos/2012/02/las-mejores-letras-de-canciones-de-amor.html

"Águas de Março"

"Águas de Março" faz 40 anos e ganha tributo da nova MPB

Os cantores Blubell, Filipe Catto, Marcelo Jeneci, Mariana Aydar, Thaís Gulin, Tiê, Thiago Pethit e o rapper Emicida, da nova geração da música brasileira, fazem releitura da música "Águas de Março", composta por Tom Jobim em março de 1972 e imortalizada em dueto com Elis Regina gravado dois anos mais tarde.