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domingo, 25 de setembro de 2011

Mulher – poesia de Bruno Kampel




Não quero uma mulher
Que seja gorda ou magra
Ou alta ou baixa
Ou isto e aquilo.

Não quero uma mulher
Mas sim um porto, uma esquina
Onde virar a vida e olhá-la
De dentro para fora.

Não espero uma mulher
Mas um barco que me navegue
Uma tempestade que me aflija
Uma sensualidade que me altere
Uma serenidade que me nine.

Não sonho uma mulher
Mas um grito de prazer
Saindo da boca pendurada
No rosto emoldurado
No corpo que se apoie
Nas pernas que me abracem.

Não sonho nem espero
Nem quero uma mulher
Mas exijo aos meus devaneios
Que encontrem a única
Que quero sonho e espero
Não uma, mas ela.

E sei onde se esconde
E conheço-lhe as senhas
Que a definem. O sexo
Ardente, a volúpia estridente
A carência do espasmo
O Amor com o dedo no gatilho.

Só quero essa mulher
Com todos seus desertos
Onde descansar a minha pele
Exausta e a minha boca sedenta
E a minha vontade faminta
E a minha urgência aflita
E a minha lágrima austera
E a minha ternura eloquente.

Sim, essa mulher que me excite
Os vinte e nove sentidos
A única a saber
O que dizer
Como fazer
Quando parar
Onde Esperar.

Essa a mulher que espero
E não espero
Que quero e não quero
Essa mulherportoesquina
Que desejo e não desejo
Que outro a tenha.

Que seja alta ou baixa
Isto ou aquilo
Mas que seja ela
Aquela que seja minha
E eu seja dela
Que seja eu e ela
Euela eu lá nela
Que sejamos ela.

E eu então terei encontrado
A mulher que não procuro
O barco, a esquina, Você.
Sim, você, que espreita
Do outro lado da esquina, no cais,
A chegada do marinheiro
Como quem apenas me espera.

Então nos amarraremos sem vergonha
À luz dos holofotes dos teus olhos,
E procriaremos gritos e gemidos
Que iluminarão todas as esquinas.

Será o momento de dizer
Achei/achamos amei/amamos
E por primeira vez vocalizar o
Somos, pluralizando-nos
Na emoção do encontro.

Essa a mulher
que não procuro
nem espero.
Você, viu? Você!

Carlinhos Vergueiro (recordar é viver ;-)




Love Story - Luciana Nepomuceno


 
Uma história de amor. A maior. A melhor. Espinhoso porque minha visão de grande amor tem mudando tanto. Fui de Romeu e Julieta a Nino e Norma Belvedere (vocês viram O Filho da Noiva?). Claro, o grande amor põe brilho no olho e fogo no corpo. Romeu e Julieta e a história do rouxinol e cotovia. Mas é mais, um tantinho mais. É paciência, riso junto, cotidiano, segurar na mão, dormir abraçado. É Ulisses e Penélope, esperar muitos anos, fugir de rainhas e sereias esperando o abraço da única mulher possível. É Penélope e Ulisses, esperar muitos anos, recusar outros futuros, tecer e desfazer possibilidades de outros abraços querendo o abraço do único impossível. Grande amor é Príncipe Shah Jahan pela Princesa Mumtaz Mahal, que só de dor construiu o Taj Mahal. O grande amor está ali, entre a mais solene abnegação e o ridículo mais escrachado. Ai, o grande amor é Tomas e Teresa e a certeza de que o grande amor não é a pessoa perfeita mas aquela a quem não se pode deixar sofrer. O grande amor é ler em poltronas vizinhas e sonhar balões.



 
A maior história de amor? Lembro logo de “Amor nos tempos do cólera” e que “a gente sofre de teimoso quando esquece do prazer...”. Penso que se há de dar um jeito e um tempo pra ficar junto e ser feliz. É preciso coragem. E criatividade. Lembro dos dois, já velhinhos, ele querendo-a de uma forma absoluta, ela desejando e temendo, envergonhada e apegada às convenções sociais...Estão, os dois, em um navio de propriedade da companhia dele e ela temendo os passageiros que irão embarcar, velhos conhecidos. Ele, então, consulta o capitão “existe algum meio que permita que um navio navegue sem ter de aportar?”, o capitão responde “sim, coloquemos a bandeira do ‘cólera’ e, havendo doença contagiosa a bordo, não teremos de aportar, exceto para abastecer”, e ele dá a ordem “faça-o”, e assim o fazem. O capitão pergunta “até quando viajaremos sem destino?”. Ele calcula o tempo (anos, dias, horas, minutos, segundos) que esperou para ter a amada consigo e pensa responder com exatidão. Mas percebe que não viverá tanto e responde “até o fim da vida”.
Eu vi o post da Tina e da Rita dizendo que leram poucas histórias de amor e eu percebi que o que mais leio é isso. Na verdade há poucos livros, na minha lente, que não tratem exatamente disso: sexo e morte, outros nomes pelos quais o amor é chamado. Quando não é logo o amor à morte, claro. Agatha Christie? Crimes como desculpa pra falar do vai e vem de casais apaixonados. Moby Dick? Quer metáfora melhor?

Entre as grandes e clássicas histórias de amor, balancei entre A Dama das Camélias, Anna Kareninna e Amor de Perdição. Mas vou ficando com O Morro dos Ventos Uivantes. Porque? Porque há tantos equívocos, tantos mal-entendidos, tanta angústia, tanto descaminho. Porque há dor. E solidão. E, ainda assim, tanta beleza. Porque há diálogos que me cortam a respiração. Porque há Heathcliff. E porque há a mais romântica frase de todas: “seja do que for que nossas almas são feitas, a dele e a minha são iguais”.

Luciana Nepomuceno

The Laziest Gal In Town - Gal Costa

Rolling Stones - It's Only Rock N Roll

Posted on 10-01-2010 no http://bahiaempauta.com.br/
 
 

Mick Jagger, Keith Rchards, Charlie Watts, Ronnie Wood
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ARTIGO/ UM LIVRO (
LIFE - Keith Richards –)

The Rolling Stones
Regina Soares

Se você viveu a década de 60 e além, com certeza já se perguntou, ou foi perguntado: Beatles ou Rolling Stones? Naqueles anos em que os Ingleses invadiram o mundo, e não só musicalmente, não era aceitável uma opinião neutra… Mesmo porque seus estilos e imagens cultivadas por brilhantes gerentes, “managers”, tão jovens quanto os integrantes de suas bandas, (Brian Epstein para the Beatles, Andrew Oldham para os Rolling Stones) foram direcionados e apresentados como dois extremos da mesma revolução. Os Beatles como os cara limpas, bem comportados garotos que queriam segurar nossas mãos, e os Stones, como os deliquentes, afim de sujar nossas cidades. Uma coisa, no entanto, eles tinham em comum, a habilidade de escrever e gravar extraordinárias músicas que formaram os pilares da tão badalada “Musical Revolution of the 60s”.

Ainda que os Beatles tenham iniciado o movimento, e ele não haveria sido sem eles, tudo que se seguiu depois deles foi imitação, até os Stones, mesmo que seus mais “religiosos” fãs argumentem o fato de que eles nada tinham a ver com os meninos de Liverpool, já que eram uma banda R&B do circuito de clubes de Londres. The Stones eram realmente o grupo ROCK dos dois.

Enquanto os Beatles açucaravam eles agitavam, tocando somente rock e blues, sem se preocuparem em uniformes roupas e cabeleiras, viviam na beira do abismo… Os compositores principais das duas bandas tocaram o nervo e exploraram conflitos pessoais e sociais da nossa geração, John Lennon and Paul McCartney evoluiram com o tempo, talvez de uma maneira mais abrangente do que os “sex-obsessed” Jagger e Richards.Um ponto a ser feito e defendido é que temas como os abordados em “Mother’s Little Helper”, “19th Nervous Breakdown”, e “Street Fighting Man” tocaram mais diretamente os problemas vividos naqueles turbulentos anos do que o adoçado canto do “All You Need Is Love”.

Podemos seguir discutindo as diferenças, mas, a historia está escrita e segue sendo reescrita embora os Beatles já se tenham desfeito e os Rolling Stones ainda sigam, como quatro loucos desafiando o tempo.

Desde o dia em que os Rolling Stones se denominaram “The World Greatest Rock & Roll Band” nos fins dos anos 60s, eles já tinham adquirido uma fama impressionante que lhes garantia o premio. Como consciente e perigosa alternativa, eles eram pioneiros do grão de areia, com raízes nos dolorosos ritmos do blues.

Keith define em seu livro com maestria:
“Mike e eu tinhamos idênticos gostos musicais. Nunca tinhamos que questionar ou explicar. Tudo estava claro. A gente ouvia alguma coisa e olhávamos um para o outro ao mesmo tempo: “that’s wrong, that’s faking, that’s real”. Embora quiséssemos sempre explorar mais, aprender mais, desmembrar dos “rhytm” e “blues”, explorar o “pop”, éramos muito estritos, no momento de pisar o palco era “Go to the broom closet”.

Procurando sempre o âmago, a expressão verdadeira, e ela não residia nas suas origens celticas, debaixo das botas Romanas, e sim na miséria da escravidão, não só das Américas, a dor passada para descendentes, além da cabeça e do coração, elementar, algo que vem das entranhas. Este som que se reflete além da musicalidade do Jazz, e até ele, não existiria sem blues e escravidão.

Há muitas formas de blues, maior influência dos Stones, tem os leves e suaves sons, tem os inundados como pântanos e tem o poder profundo da voz, como Muddy, John Lee, Bo Diddley, não necessariamente alta, mas que vem de um lugar lá dentro, profundo, envolvendo todo o corpo, vindo não só do coração mas dos intestinos. Rhythm and Blues foram a porta de entrada e muito importante distinção nos anos 60. Ou você era blues e Jazz or era rock and roll, que estava muito mais para o pop.
No principio, tudo que ouviam era “Chuck”, “Reed”, “Diddley”, “American Blues” cada momento acordado e mesmo quando adormeciam, muitas vezes abraçados com as guitarras. “Chicago blues nos atingiu bem no meio dos olhos” diz Keith, “Nós todos crescemos com tudo que os outros cresceram naqueles anos, rock and roll, mas preferimos nos focar nos blues, e, enquanto estivemos juntos, podíamos acreditar que éramos negros. Nós absorvemos a música, mas não mudou a cor da nossa pele. Por que não? Por que podíamos vir de qualquer parte e ser de qualquer cor, descobrimos isto mais tarde.” E segue “Nós desprezavamos o dinheiro, nós desprezavamos a “limpeza”, nós só queríamos ser “Black Motherfuckers”, felizmente fomos arrancados do sonho, mas, essa foi a escola, assim a banda foi formada.”

Desde o primeiro “gig” (trabalho), quando ainda não tinhamos nome, recorda Keith:
“Nós temos um trabalho em…… “Como vamos nos chamar?”, olhamos uns aos outros, Muddy Waters nos salvou, “The Best of Muddy Waters” álbum no chão e a primeira musica “Rollin’ Stone”, Desesperados, eu, Mike, Brian, concordamos: “The Rolling Stones”.

Até os nossos dias, a pedra rola e não cria limo, e, embora seja só Rock and Roll, tem nos dado muita Satisfação, and I LIKE IT!!!!!!!!!!!!!

Regina Soares, advogada, especialista em eleições nos Estados Unidos, fissurada em música, mora em Belmont, na área da baia de San Francisco (CA-EUA)
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Nota: dedico esse artigo a um menino que um dia vendeu sua bicicleta para comprar o disco dos Rolling Stones favorito (RS)

Solidariedade = solidarity (unifying bond between individuals with common goal or enemy) AFRICA

UM DIA DE DOMINGO

Gal Costa e Tim Maia ao vivo no Chacrinha

Menino Bonito - Céu

I Know You Know - Esperanza Spalding


Esperanza Spalding (born October 18, 1984)[2] is an American multi-instrumentalist best known as a jazz bassist and singer, who draws upon many genres in her own compositions. In 2011, she won the Grammy Award for Best New Artist at the 53rd Grammy Awards,[3] making her the first jazz artist to win the award


SFJAZZ



SFJAZZ is one of the world's leading presenters of jazz and related forms of music, with over 100 performances each year. We're also a nonprofit organization which provides rich and rewarding jazz education programs for people of all ages. Founded in 1983 as a concert presenter under the name of Jazz in the City, SFJAZZ is now one of only two major year-round organizations in the country dedicated to cultivating jazz as a living art form with a rich past.
Today we're one of the largest performing arts organizations in the San Francisco Bay Area, presenting events that enrich the cultural landscape and bring great artists here via the San Francisco Jazz Festival and the SFJAZZ Spring Season. We also encourage a vibrant local music scene with our SFJAZZ Summerfest and Hotplate programs. And we nurture young musicians and foster new fans with our year-round education programs, including Jazz in the Middle, SFJAZZ High School All-Stars, Family Matinees and Discover Jazz classes.
All told, more than one million people have attended SFJAZZ concerts and heard over 10,000 musicians grace our stages—including almost half the National Endowment for Arts (NEA) Jazz Masters. The world listens to SFJAZZ, for we celebrate jazz as a living art form built on a constantly evolving tradition.



Amigos do peito - Saúde



O bumbum avantajado até pode ser um dos atributos preferidos das brasileiras, mas o que motiva mais de 140 mil mulheres a encarar o bisturi a cada ano é a vontade de exibir decotes recheados — fazendo do implante de silicone a cirurgia plástica mais realizada no país. "Os seios representam a feminilidade da mulher e estão intimamente ligados à autoestima", afirma a psico-oncologista Luciana Holtz de Camargo Barros, presidente do Instituto Oncoguia. O cuidado dispensado à comissão de frente está mais ligado à estética do que a questões relacionadas à saúde. "A maior parte das mulheres não conhece suas mamas de verdade, ou seja, não costuma apalpá-las ou observá-las no espelho, nem se preocupa em ir ao médico para ser examinada." Esse é um fato preocupante, porque o câncer de mama é o mais incidente entre as mulheres: segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), surgem a cada ano 50 mil novos casos. Melhorar o tato e a maneira como você enxerga seus seios vai ajudá-la a deixá-los mais atraentes e saudáveis.

 

A Cama na Varanda - Regina Navarro Lins


título: A Cama na Varanda - Regina Navarro Lins
gênero: Psicologia
ano de lançamento: 2006
editora: Best Seller
Nº de páginas: 434

Um dos maiores fenômenos editoriais dos anos 90, A Cama na Varanda discute de modo revolucionário a história sexual humana, da valorização da mulher na Antiguidade ao surgimento do patriarcalismo e às novas normas sociais. Conciliando sua experiência como palestrante e professora à prática da psicanálise, Regina Navarro Lins apresenta uma combinação de levantamento histórico e exemplos do dia-a-dia que se tornou referência nos estudos sobre o comportamento humano sexual e afetivo. Nesta nova edição, revista e ampliada, a autora traz à tona uma das principais dúvidas que permeiam os relacionamentos atuais: estabilidade ou liberdade? A partir dessa questão, novas formas de amar passam a ser consideradas, fazendo com que o amor romântico, cultivado há séculos pela sociedade, comece, aos poucos, a sair de cena.

blogs & bloggers

10 blogs you should be reading



By:Jennifer Gruden



Now that everyone can be her own publisher on the internet, blogs abound. The good: They're often authentic, unique, and give women their own unedited voices. The bad: How do you sort through them all?

Here are 10 of our favourite all-round blogs written by women. We'll be developing lists of blogs by topic in the future, so please share your finds in the comments.



Letters from Rona
Rona Maynard is of course a former editor-in-chief of Chatelaine and a More contributor. It's no surprise, then, that her blog is relevant and a pleasure to read. If you've missed this one add it to your list.

Jane Fonda's blog
If you've ever wondered what it would be like to be related to someone famous, Jane Fonda's blog might be for you as it is for me. Reading it feels like getting letters and photos from a famous aunt - generous in its detail and with enough of a view behind-the-scenes to make one feel in the know.

Margaret Atwood: Year of the Flood
Another celebrity blog, but of course Canadian. You don't want to miss this one.

The Best Kept Secret
Karen Hamilton will be a familiar name for regular readers of both More and More.ca. What you might not know is she got our attention with her blog on 40+ living in Toronto.

Penelope Trunk's Brazen Careerist
Penelope's blog is "about career advice. And about me." I'd say it's her unique and authentic voice that keep this blog on the list; she's very open about her struggles with divorce, remarriage, Asperger Syndrome, and entrepreneurship.

Mid-century Modern Moms
Where else can you really get inside parenting teens? This blog's got the real scoop on the prom and other issues.

Fabulous after 40
A fashion and beauty oriented blog for women over 40.

Marrying George Clooney
Writer Amy Ferris's blog continues her exploration of midlife.

Life begins at 41...or maybe 43
The semi-anonymous (her words) Louise from Ottawa shares her experience, thoughts, and interesting Internet finds.

Time Goes By
Roni Bennett's blog on what it's really like to get older.



You Can Close Your Eyes - James Taylor