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quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Diz que fui por aí - Nara Leao

É isso...


É isso...
Tudo acaba,
Tudo acaba,

Tudo acaba, repito isso,
Mas isso não cessa.
Haverá fim no percurso?
No meio do labirinto?
Na margem da estrada?
Mas eu respiro e é, de novo, o novo.


Luiz José Gomes Machado Guerreiro Pacheco (Lisboa, 7 de Maio de 1925Montijo, 5 de Janeiro de 2008) foi um escritor, editor, polemista, epistológrafo e crítico de literatura português.
Nasceu em 1925, na freguesia de São Sebastião da Pedreira, numa velha casa da Rua da Estefânia, filho único, no seio de uma família da classe média, de origem alentejana, com alguns antepassados militares. O pai era funcionário público e músico amador. Na juventude, Luiz Pacheco teve alguns envolvimentos amorosos com raparigas menores como ele, que haveriam de o levar por duas vezes à prisão.
Desde cedo teve a biblioteca do seu pai à sua inteira disposição e depressa manifestou enorme talento para a escrita. Estudou no Liceu Camões e chegou a frequentar o primeiro ano do curso de Filologia Românica da Faculdade de Letras de Lisboa, onde foi óptimo aluno, mas optou por abandonar os estudos. A partir de 1946 trabalhou como agente fiscal da Inspecção Geral dos Espectáculos, acabando um dia por se demitir dessas funções, por se ter fartado do emprego. Desde então teve uma vida atribulada, sem meio de subsistência regular e seguro para sustentar a família crescente (oito filhos de três mães adolescentes), chegando por vezes a viver na maior das misérias, à custa de esmolas e donativos, hospedando-se em quartos alugados e albergues, indo à Sopa dos Pobres. Esse período difícil da vida inspirou-lhe o conto Comunidade, considerado por muitos a sua obra-prima. Nos anos 1960 e 70, por vezes viveu fora de Lisboa, nas Caldas da Rainha e em Setúbal.

Sigam lendo em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Luiz_Pacheco


COMUNIDADE - LUIZ PACHECO

                                          COMUNIDADE [Extractos]

  








 
Estendo o pé e toco com o calcanhar numa bochecha de carne macia e morna; viro-me para o lado esquerdo, de costas para a luz do candeeiro; e bafeja-me um hálito calmo e suave; faço um gesto ao acaso no escuro e a mão, involuntária tenaz de dedos, pulso, sangue latejante, descai-me sobre um seio morno nu ou numa cabecita de bebé, com um tufo de penugem preta no cocuruto da careca, a moleirinha latejante; respiramos na boca uns dos outros, trocamos pernas e braços, bafos suor uns com os outros, uns pelos outros, tão conchegados, tão embrulhados e enleados num mesmo calor como se as nossas veias e artérias transportassem o mesmo sangue girando, palpitassem, compassadamente, silenciosamente, duma igual vivificante seiva. É um bicho poderoso, este, uma massa animal tentacular e voraz, adormecida agora, lançando em redor as suas pernas e braços, como um polvo, digo: um polvo excêntrico, sem cabeça central, sem ordenação certa (natural); um grande corpo disforme, respirando por várias bocas, repousando (abandonado) e dormindo, suspirando, gemendo. Choramingando, às vezes. Não está todo à vista, mas metido nas roupas, ou furando aos bocados fora delas. Parece (acho eu, parece) uma explosão que atingiu um grupo de gente parada e, agora, o que está ali são restos de corpos mutilados : uma pernita de criança, um braço nu sòzinho, um punho fechado (um adeus?... uma ameaça?...), um tronco mal coberto por uma camisa branca amarrotada. Ou seria, então, talvez, um desabamento súbito, uma avalanche de neve encardida, que nos cobriu a todos, ao acaso, aos bocados, e para ali ficámos, quietos e palpitando, à espera, quietos e confiantes, dum socorro improvável, cada vez mais (e as horas passam!) improvável, incerto, aguardando a luz da manhã, que chega sempre, que acaba sempre por chegar, para vivos e mortos, calados ou palrantes, ladinos ou soterrados, os que já desistiram da madrugada e os que, ainda, contra qualquer lógica, contra qualquer quantidade de esperança, confiam ainda e esperam. Somos cinco numa cama. Para a cabeceira, eu, a rapariga, o bebé de dias; para os pés, o miúdo e a miúda mais pequena. Toco com o pé numa rosca de carne meiga e macia: é a pernita da Lina, que dorme à minha frente. Apago a luz, cansado de ler parvoíces que só em português é possível ler, e viro-me para o lado esquerdo: é um hálito levemente soprado, pedindo beijos no escuro que me embala até adormecer. Voltamo-nos, remexemos, tomados pelo medo de estarmos vivos, pela alegria dos sonhos, quem sabe!, e encontramos, chocamos carne, carne que não é nossa, que é um exagero, um a-mais do nosso corpo mas aqui, tão perto e tão quente, é como se fosse nossa carne também: agarrada (palpitante, latejando) pelos nossos dedos; calada (dormindo, confiante) encostada ao nosso suor. (...) Desde que estamos aqui, estudámos, experimentámos várias posições para nos ajeitarmos a dormir melhor: ora todos em fileira, ao lado uns dos outros, para a cabeceira da cama, ora distribuídos como agora, três para cima, dois para baixo, ou, então, com um dos miúdos (a Lina ou o Zé) atravessados a nossos pés. E havia, ainda, o problema da colocação ou das vizinhanças: eu e a Irene num lado e os miúdos noutro, ou nós no meio e eles um de cada lado, isto com insucessos, preferências, trambolhões cama abaixo, muitos pontapés, mijas, rixas, complicações de família, favoritismos e cìumeiras e choros e berraria às vezes, resolvidos em família entre risos e lágrimas, bofetões, beijos; descomposturas, carícias leves... Também na cama as posições variavam conforme o frio ou o calor, conforme, principalmente, o frio ou o calor que fazia na cama, pois os cobertores, às vezes, eram convocados (um, ou dois) à pressa, num afã de salvação pública (nossa) e seguiam com destino incerto. Depois, não havia trapada pelas gavetas que chegasse para os substituir, e até jornais, são óptimos, ramalham duma maneira estranha, apreciada pelos vagabundos que têm sono e frio. A verdade é esta: o frio não entrava connosco! Somos gente pura: os mais novos não sabem o que é a promiscuidade, a minha rapariga se vir a palavra escrita deve achá-la muito comprida e custosa de soletrar: pro-mis-cu-i-da-de (pelo método João de Deus, em tipos normandos e cinzentos às risquinhas, até faz mal à vista!). A promiscuidade: eu gosto. Porque me cheira a calor humano, me sobe em gosto de carne à boca, rne penetra e tranquiliza, me lembra - e por que não ?! - coisas muito importantes (para mim, libertino se o permitem) como mamas, barrigas, pele, virilhas, axilas, umbigos como conchas, orelhas e seu tenro trincar, suor, óleos do corpo, trepidações de bicharada. E a confusão dos corpos, quando se devoram presos pelos sexos e as bocas. E as mãos, que agarram e as pernas, que enlaçam. Máquinas que nós somos, máquinas quase perfeitas a bem dizer maravilhosas, inda que frágeis, como não admirar as nossas peças, molas e válvulas e veias, todas elas animadas por um sopro que lhes parece alheio mas sai do seu próprio movimento, do arfar, dos uivos do animal, do desespero do anjo caído. E a par disso que é o trivial, que é o que cada um, tosco ou aleijado tem para dar e trocar, fatalidades, na sua mísera ou portentosa condição de bicho, a beleza, que é a surpresa, a harmonia das formas, que é a excepção e a inteligência, que é a reminiscência dos deuses. Ao lado do bicho, natural e informe, a estátua - onde a carne se afeiçoou em linhas puras, sabe-se lá porquê, por quem e para que fim (sim, o fim sabemos e é o que irmana todos na caveira desdentada horrível a rir-se muito da beleza e dos olhos que a gozavam, da estátua viva e das mãos que a percorriam demoradamente, enlevadas). A curva flutuante de um seio de donzela, a provocação que é a anca do efebo ou da ninfa, tão parecidas que se confundem; a amplidão do olhar e os seus mistérios, esquivas e trocadilhos - íntima largueza do reino da alma que jamais encontrarás seu fundo, e a cor alacre arrebatada duma risada; os passos, o cetim da pele, o emaranhado dos pêlos do púbis, e a alegria loira duma cabeleira solta, desmanchada nos abraços, saindo triunfal duma cama semidesfeita. A persuasão da fala, a fenda estreita que é a porta do paraíso e as outras mil maneiras ,de ver e gostar de ver um corpo ser nosso, subjugado por uma técnica ou o seu próprio desejo dissoluto; e tudo assoprado por dentro, tudo recheado de novas grutas ainda por explorar e que também jamais as conhecerás ou iluminarás todas, se elas a si mesmas se ignoram. Tudo cativado por uma divindade que é o todo, que é o Corpo, em risos e gritos, balbuceios de orgasmo e ranger de dentes; e a solidão duma lágrima lenta que desce a face no silêncio e na amargura; e o resfolegar do moribundo que já nada quer dos homens e com os homens, mas ostenta ainda na severidade da máscara, no desdém da boca desgarrada, uma altaneira nobreza; e a ferida do teu sexo aberta como uma nova última esperança de recomeçar tudo desde o princípio como se fora a primeira vez a fuga para o sono e o sonho. Nem eu me atrevia a falar-vos disto, senhores; nem eu nunca me atreveria a repetir coisas tão velhas, se não as visse serem atiradas para trás das costas, como se a enterrar em vida o corpo em cálculos e tristura os homens fossem mais livres e mais humanos. Ódio ao corpo, andam esses a dizer há dois mil anos, como se neste curto lapso de tempo da história do homem só devesse haver fantasmas descarnados. Ódio ao corpo, o teu e o meu, disfarçado em tarefas vis e loas absurdas, cobardias pequeninas. Nada disso é gente e eu gosto de estar com gente (falo de corpos), um enchimento de gente à roda, compacta, onde recebemos e damos, estamos e lutamos, sofremos em comum e gozamos. Onde tudo de nós é ampliado, revigorado, e medido pelo colectivo, pelos outros - espelho e limite, cadeia e espaço imenso, liberdade e nossa conquista. Cá em casa a nossa cama é a nossa liberdade imediata. Tem os nomes que quiserem. É a cama do pai de família, austero e mandão, ou do dorminhoco pesado quando regressa embriagado para casa. É a cama do libertino. É o leito (suponhamos!) Luís-Qualquer-Coisa, XV ou XVI, do milionário, porque nela somos reis e milionários de ternura e de abraços, de palavras ciciadas; e é o catre sem lençóis, fracas mantas, e mau cheiro, do maltês que não sabe para onde o destino o manda (e somos isto, e que de longes terras viemos! quantos naufrágios! quanta coisa fomos largando para facilitar a marcha até aqui!), a enxerga do pedinte (e nós o somos também: porque temos falta de tudo e porque acordamos de manhã sem uma bucha de pão para dar às crianças e sem saber ainda onde o ir buscar). Podia ser (dava para) um bom título de uma comédia picante, bulevardesca; UMA CAMA PARA CINCO; idem para um filme neo-realista, onde nem cama houvesse, só umas palhas podres e mijadas, com gaibéus ensonados, embrutecidos do calor e do vinho, fedor de pés, talvez um harmónio desafiando as cigarras e os grilos na cálida noite da planície alentejana. Uma cama para cinco, em herança, constituía um demorado caso de partilhas. Nós dormimos. As vezes, muitas vezes, beijos e abraços. As vezes, palavras duras, definitivas, a luta dos indivíduos (a morte ou a vida), e chacotas pelos fracassos de cada um, e arremessos de mau, génio, e vampirismo, pois então. Somos puros. E que falta nos fazem lençóis, fronhas, almofadas ? Os cobertores, quando os há, estão enegrecidos e com manchas, cheiram ao chichi das criancinhas, quando não a coisas que eu não digo. Mas abrindo a janela, que contraste de perfumes com o ar lavado que vem dos montes da Serra de São Luís! com a florescência das árvores na Avenida! E deixem-me que lhes diga: se é precisa a maior vigilância com as maganas das lêndeas e as brincalhonas pulguitas (especialmente daquelas pequeninas, estilo terroristas, são mesmo uns amores!), a graça que tem a Irene na caça à bicharada, desporto conceituado nas brenhas beirãs onde a fui escolher, e como se alegra dizendo «era uma verdadeira toira !» ou «esta tinha o rabo branco, eram duas às cavalitas», o que só demonstra que na classe agrária, enquanto não chega o dia do tractor e da reforma, a educação feminina quedou nessas prendas doméstico-venatórias do olho atento, dedos que nem setas, unhas como guilhotinas. Em toda a cidade que dorme e respira, eu luto com a dispneia e escrevo. Em toda a cidade que repousa e se esquece, na Avenida dos Combatentes eu debato-me contra a morte e escrevo diante da minha pequena tribo que dorme. A tribo dorme: a Lina mostra um punho fechado (ideias avançadas terá a mocinha?); o rapaz está de costas e quase destapado (parece um Cupido cansado; na larga queixada, porém, uma expressão terrena, máscula - a cara camponesa e rude do avô Matias); o bebé ressona ou balbucia qualquer uma esperança que só ele entende. Ela, a Irene, a minha pequena deusa de tranças loiras, encosta-se a mim e calada cálida repousa cansada. Sou um deus grego ! Fauno serôdio, Pan sem flauta, Orfeu decaído de quantas desilusões e frios cinismos, um Vulcano cornudo às ordens de Vocências, do meu espaldar senhorial contemplo o rebanho provisório que inventei, patriarca e profeta do meu próprio futuro. E receio, oh como receio, que os deuses a valer me castiguem! E desejo, oh como desejo, que chegue a manhã e eu esteja respirando ainda pelos foles dos pulmões que o enfizema vai dilatando minguando a elasticidade; que o meu coração eia! sus! bata ainda quando, num quintal que não sei, perto, o galo canta. Quando a dor no peito me oprime, corre o ombro, o braço esquerdo, surge nas costas, tumifica a carótida e dá-lhe um calor que não gosto; quando a respiração se acelera em busca duma lufada que a renasça, o medo da morte afinal se escancara (medo-mor, tamanha injustiça, torpeza infinita), aperto a mão da Irene, a sua mão débil e branca. Quero acordá-la. E digo : «não me deixes morrer, não deixes...» Penso para comigo, repito para me convencer: «esta pequena mão, âncora de carne em vida, estas amarras suas veias artérias palpitantes, este peso dum corpo e este calor, não me deixarão partir ainda...» E aperto-lhe a mão com força, e acabo às vezes por adormecer assim, quase confiante, agarrado à sua vida. Ah, são as mulheres que nos prendem à terra, a velha terra-mãe, eu sei, eu sei ! São elas que nos salvam do silêncio implacável, do esquecimento definitivo, elas que nos transportam ao futuro, à imortalidade na espécie (nem teremos outra) pelo fruto bendito do seu ventre (eu sei, eu sei...)
(...)

("Comunidade", Contraponto, 1964)

 

let's take the streets by foot...

London’s great idea for traffic-free holiday shopping

December 5th, 2011

VIP Day: Very Important Pedestrian Day


London’s West End shopping district will celebrate the holiday season next weekend with West End VIP Day – Very Important Pedestrian Day! For only the seventh time in London’s history, the whole of Oxford Street will be closed to car traffic. In stead of cars, the street will be filled with kids, families and shoppers of all ages running holiday errands and enjoying the festivities. The West End Company recognizes the business value of high foot traffic. Knowing the sidewalks on Oxford and Regents Streets aren’t wide enough to accommodate all of the people flocking to the area to do holiday shopping, they decided the best solution was to open the streets to people. After considerable success with the previous traffic free shopping days, the pedestrian shopping weekend returns again December 10 and 11 for the 2011 Christmas season.
Here in San Francisco, the Union Square district is also seeing its annual peak in pedestrian traffic for holiday shopping. The new promenade on Powell Street means this year there’s more room for people to walk or sit and wait for their fellow shoppers on two of the busiest blocks of Powell Street. The Powell Street Promenade is a step in the right direction towards making the Union Square District and San Francisco a better place for getting around on foot; and West End’s VIP Day is a great inspiration for other possibilities.
Where would you like to see San Francisco celebrate VIP DAY?
West End VIP Day
Regents Street And Oxford Street
December 10-11, 10am until 9pm
For more information: www.westendvip.com/weekend, “Traffic Free Shopping Day,” “Oxford Street Traffic Free Day
Check out this video from last year’s Traffic Free Shopping Day.

Powell Street Promenade, a step in the right direction

The Powell Street Promenade opened to rave reviews earlier this year, and now we have the data illustrate what many people already know, more space to walk and sit means more people enjoying a vibrant street life.
In collaboration with the Union Square Business Improvement District and with the help of 5 dedicated volunteers and interns, the San Francisco Great Streets Project collected pedestrian counts and pedestrian and business surveys to understand the initial impacts of the promenade a month after it was installed.
Here’s what we found
  • After the promenade was installed, Powell Street between Ellis and Geary Streets is attracting and accommodating more pedestrians – up to 18% more people during peak weekday hours.
After25
  • After the promenade was installed, significantly more people are not only passing through the corridor, but also stopping to spend time resting, relaxing, window shopping and socializing. On average, 30% more people are enjoying the area at any given time.
After14
  • Visitors surveyed are more satisfied with these two blocks of Powell Street in terms of “places to stop, relax, an socialize” and”physical attractiveness” and many call for even more efforts to green the street, provide pedestrian amenities and calm traffic. People like what they see and want more!
powell promenade
While there is still room for more improvement and neighboring merchants are continuing to work out the most effective use of the loading bays, the Powell Street Promenade is clearly a step in the right direction towards improving one of San Francisco’s most iconic streets for all users.

Download the full report or the 1 page summary.
Powell Promenade Report
Powell Promenade Report
Powell Promenade 1 pager
Powell Promenade 1 pager

City Now Accepting Parklet Applications

November 16th, 2011
This parklet hosted by Four Barrel Coffee at 15th and Valencia Streets is a great example of making the most of the public right of way to create a great space for people to gather and park their bicycles while visiting nearby shops and cafes.
This parklet hosted by Four Barrel Coffee at 15th and Valencia Streets is a great example of making the most of the public right of way to create a great space for people to gather and park their bicycles while visiting nearby shops and cafes.
The San Francisco Planning Department has released the third Request for Proposals (RFP) for parklets.
Over 20 parklets have already been built in neighborhoods around the city, adding a little more space on our sidewalks for people sit, relax, and enjoy the city around them, but neighborhoods, residents and businesses are still calling for more! San Francisco is ready for the next round of innovative designs and is eager to see them branching out to new neighborhoods.
CBDs Community Benefit Districts, Storefront Business owners, and Non-profits and community organizations are encouraged to apply. Other applicants may be considered on a case-by-case basis. Applications are due on December 5, 2011 at 5:00pm.
Download the RFP and application here, and visit our parklets page for resources for interested applicants and more information about parklets in San Francisco.
Email sfpavementtoparks[at]sfgov[dot]org as soon as possible to inform them of your intent to apply. For general questions about parklets, contact info[at]sfgreatstreets.org.

Gary Hustwit’s URBANIZED featured at the Yerba Buena Center for the Arts!

October 19th, 2011

Beginning November 4th, 2011, the Yerba Buena Center for the Arts will be featuring a one-week showing of the film Urbanized, by Gary Hustwit, director of Helvetica and Objectified.
Urbanized explores the many challenges that cities are faced with today, while presenting strategies and best practices of urban design being implemented globally. The film features architects, planners, policymakers, builders, and thinkers that discuss urban issues of housing, transportation, public space, economic development, civic engagement, and environmental policy that challenge cities all over the world. By examining various urban design projects and highlighting the contributions of ordinary citizens, Urbanized sets up a global discussion on the future of cities.
What lessons can we learn from these urban design projects, the issues they seek to adress, and the roles of both experts and ordinary citizens as we strive to revive Market Street?
Ticket prices for this film are $10, and YBCA is located at 701 Mission St. in San Francisco, just a few blocks from the Powell and Montgomery Street BART/Muni stations.
More information about the film and these screenings can be found here .

What do you think of Sunday Streets?

October 18th, 2011
Photo credit: Sf.Streetsblog.org
Photo credit: Sf.Streetsblog.org
Have you enjoyed biking, walking, jump-roping, or skating through the city during a Sunday Streets event? Do you wish the route was longer, shorter, or in a different neighborhood? Have you had trouble getting around the city because you didn’t know that Sunday Streets was happening?
With the Sunday Streets 4th Season is winding down, Livable City is looking forward and planning for 2012. They want to know what does and doesn’t work for you so that more people can enjoy more Sunday Streets, while having a lighter impact on neighborhoods and the city. Share your thoughts and experiences by filling out their brief 10 question survey.
Sunday Streets is a series of events put on by the City of San Francisco to encourage health, community and fun, inspired by similar events in cities throughout the world. A Sunday Streets event creates a large, temporary, public space by closing off stretches of a neighborhood’s streets to automobile traffic, and opening them to pedestrians, bicyclists, and activities for several hours on a predetermined Sunday.
Haven’t enjoyed Sunday Streets before? Don’t miss your final opportunity this year. The final event of 2011 is October 23 along the popular Mission Route (Valencia from Duboce to 24th Street, 24th Street from Valencia to Hampshire). See the route map at sundaystreetssf.com.
Sunday Streets is presented by the San Francisco Municipal Transportation Agency (SFMTA) and the City of San Francisco. Livable City, a local transportation-oriented non-profit manages daily operations and serves as the program’s fiscal sponsor. The San Francisco Bicycle Coalition manages the Volunteer program for Sunday Streets.

http://sfgreatstreets.org/

San Francisco by Bike

Bike Tourism Industry: More Visitors Pick Two Wheels

San Francisco Bicycle Coalition, October 20th, 2011

Leah Shahum (on the orange bicycle) is executive director of the San Francisco Bicycle Coalition, which says that ridership in the city has increased 58 percent in the past four years. Photo by Aaron Bialick.
By Anna Belle Peterson.


Tourists in San Francisco have plenty of options to get around the city – BART, Muni, rental cars. But more and more visitors are choosing to see the city in a different way: from the seat of a bicycle.
San Francisco’s mild climate, compact geography and new, protected bikeways make the city ideal for bicycling. Among locals, ridership has increased 58 percent in the past four years, according to the San Francisco Bicycling Coalition, and the numbers of bicycling tourists are increasing as well.
“Biking is becoming an increasingly popular mode of transportation,” said Phil Ginsburg, general manager of the Recreation and Park Department. “You get to see things a little bit closer, a little bit more slowly than you would in a car or a tour bus.”
Ginsburg helped to initiate the new ParkWide service, a bike rental program that allows visitors to rent out a bike in one park and drop it off in another.
“The idea is to make renting bikes easier,” Ginsburg said. ” We’re basically creating a network of bike rental locations.”
The program, which launched Oct. 11, combines three different bike rental companies (Bike and Roll, Bay City Bike and Blazing Saddles) and is starting out in Justin Herman Plaza and two locations in Golden Gate Park. Locations in Marina Green and Union Square will open in the next few months.
The new program is similar to bike-share systems in cities around the world, including Paris, Montreal and most recently New York, which will launch city-wide next summer. Ginsburg says he hopes that one day San Francisco will be among these world-class cities with extensive bike-share programs.
“By starting it in our parks, we think that it is a concept that can quickly gather momentum and grow,” Ginsburg said.
Laurie Armstrong of the San Francisco Travel Association says she sees that momentum and growth. Armstrong says that many of the city’s returning tourists are trading their rental car for a rental bike on their second and third visits to the city.
“San Francisco is famous for its beautiful scenery and views,” Armstrong said. “A bicycle gets you up close and personal.”
That chance to get an up-close look at the city is what makes tourism on bike different. Riding a bike through the city gives tourists the freedom to wander off the well-worn tourist path.
“Biking gets you inside the neighborhoods,” Armstrong said. “It gives you a feeling of what it’s like to live here.”
Though not yet Amsterdam, San Francisco is gaining a reputation as a world-class bicycling city. With the new, separated green bike lanes along Market Street and proposed routes to connect the entire city, the reputation is growing.
But biking around San Francisco isn’t just for tourists. Ginsburg hopes that locals will also use ParkWide and explore their city’s parks by bike.
“Biking is becoming an increasingly popular mode of transportation. It’s the perfect way to see San Francisco,” Ginsburg said.
Bike About Town is presented by the San Francisco Bicycle Coalition, a 12,000-member nonprofit dedicated to creating safer streets and more livable communities by promoting the bicycle for everyday transportation. For more biking resources, go to www.sfbike.org.

http://www.sfbike.org/main/bike-tourism-industry-more-visitors-pick-two-wheels/


cicloativistas pedem licença...

É justo estacionar de graça na rua?


Pedi para o jornalista Daniel Santini, cicloativista, autor do blog Outras Vias e editor de O Eco Bicicletas, um texto sobre as ciclofaixas implantadas em Moema, bairro rico da capital paulista, que geraram polêmica entre ciclistas e motoristas. Vale a pena a leitura:
A rede cicloviária de Moema completou 11 dias nesta quarta. Trata-se do primeiro conjunto oficial de caminhos com sinalização e demarcação implantados pela Prefeitura de São Paulo. É uma das primeiras tentativas de se tirar do papel o mapeamento de ciclorrotas da cidade e um passo importante para a criação do primeiro planejamento cicloviário da capital.
Mal foram pintados os caminhos, as críticas começaram. A mais caricata talvez seja a da comerciante, que visivelmente nervosa, irritada e cansada, bradou sua aflição ao repórter do Jornal Nacional, da TV Globo, em ver o espaço antes exclusivo para o estacionamento de automóveis se transformar em uma rota para bicicletas: “Aonde que eu vou colocar as minhas clientes que são milionárias, que andam de carro importado? Você acha que as minhas clientes vão andar de salto alto e bicicleta?”. A entrevista foi parar no youtube e a aflição fez sucesso. Até esta terça-feira, mais de 18 mil pessoas já haviam acessado o vídeo.
Mais sensatos e contidos que a dona de boutique de luxo preocupada com o futuro das suas pobres clientes milionárias, muitos moradores e comerciantes da região têm feito críticas bem fundamentadas e com certa razão. A principal e mais justa talvez seja em relação ao formato de trechos das duas ciclofaixas que compõem o sistema, considerados inseguros. Em vez de cancelar as vagas de estacionamento nas ruas, a Companhia de Engenharia de Tráfego tentou empurrá-las para o meio da rua, deixando as ciclofaixas entre a calçada e os carros estacionados. Ficou apertado, há o risco de motoristas desatentos abrirem as portas em cima de ciclistas e motoristas distraídos baterem atrás dos carros parados literalmente no meio da rua.

E é este o cerne do debate, um ponto sobre o qual será preciso refletir cada vez mais com o aumento da frota na capital. É certo que as ruas sejam utilizadas como estacionamento privado de automóveis particulares? Não é de hoje que os moradores de Moema têm manifestado preocupação em relação a isso. Antes mesmo de a rede cicloviária ser instalada no bairro, a chiadeira já era grande sobre o direito de se estacionar na rua sem pagar por isso.
Quando, no ano passado, a Prefeitura anunciou que cancelaria vagas de estacionamento, comerciantes e vizinhos reunidos em torno da Associação de Moradores e Amigos de Moema fizeram passeatas com cartazes, cobraram parlamentares e o poder executivo e realizaram até um debate na Assembléia Legislativa de São Paulo.
O que motivou a mudança feita na época é bastante questionável. As vagas não foram retiradas para ampliar calçadas ou criar ciclofaixas, mas sim para aumentar a velocidade do trânsito cada vez mais intenso de automóveis. A alteração foi feita em sintonia com a política de se priorizar o fluxo em detrimento à segurança adotada durante toda a lamentável gestão do ex-secretário Alexandre de Moraes à frente da Secretaria Municipal de Transportes. Ele foi sabiamente substituído este ano por Marcelo Cardinale Branco, secretário de linha totalmente oposta, que tem marcado sua administração pela “preferência à vida”. Em função das medidas de Moraes, Moema tornou-se em 2010 um bairro mais rápido e tenso, mas não foi contra o aumento da velocidade nas ruas que os moradores reclamaram. Foi contra o cancelamento das vagas que utilizavam.
Lygia Horta, a presidente da associação dos moradores, chegou a falar em “imposição autoritária” e houve quem lembrou que, como boa parte dos moradores tem alta renda, para escapar do rodízio muitos têm mais de um carro, apesar de apenas uma vaga na garagem. Onde manter o segundo carro parado durante a semana?
Esta é a discussão que deve ser feita agora em que as ciclofaixas são questionadas. Como espaços públicos, as ruas devem ser utilizadas para estacionamento privado? Quem se locomove de carro e é responsável por congestionar a cidade toda e gerar índices tóxicos de poluição deve ser beneficiado com o direito de estacionar de graça? Milionários que freqüentam butiques de luxo devem ter o privilégio de uma cidade formatada para as suas necessidades? Ou será que não é hora de pensar em substituir mais vagas de automóveis por faixas não só para bicicletas, mas também para ônibus? Em ampliar calçadas? Em pensar também nos pedestres? O poder público deve incentivar as pessoas a adotarem hábitos mais saudáveis como pedalar ou caminhar?
Em tempo: as críticas de que as ciclofaixas de Moema não têm sentido por não levarem a lugar nenhum são infundadas. Apesar de a mídia ter ignorado até agora a questão, as duas faixas exclusivas para bicicletas são parte de uma rede cicloviária instalada na região, do qual fazem parte também rotas devidamente sinalizadas para o compartilhamento.

Tal rede em breve deve ser ampliada para outras regiões. Para ver o mapa da rede cicloviária, clique aqui.
Não deixe de ler mais sobre a rede cicloviária de Moema direto no site da CET (as fotos e imagens que ilustram este texto foram retiradas de lá).
E, se você concorda com a criação de ciclofaixas no bairro e o avanço das mudanças em curso em São Paulo, coloque seu nome neste abaixo-assinado.

http://blogdosakamoto.uol.com.br/page/2/