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quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Tú y yo tenemos amaneceres pendientes

Me preguntaste con qué momento del día me quedaría. En ese instante me levante de la cama dejándote con un halo de intriga y me acerque a la ventana. Tenias que haber sabido la respuesta, muchos momentos compartidos. El reloj marcaba las 6:00 de la mañana y justo entonces decidí contestarte, ¿sabes cuál? con este. Me quedo con el amanecer y ¿quieres saber porque?. Porque es cuando el mundo está lleno de promesas.

Me miraste sorprendido, supongo que esperabas una respuesta más simple. Pero lo cierto es que lo amaba, amaba despertarme con el amanecer para observarlo desde todas sus perspectivas mientras me tomaba una tostada con mermelada de fresas de esa que tanto me gustaba... Buscando infinitas posibilidades al nuevo día y dejando atrás otras tantas noches de placer.





Ir e vir / Vir e ir





Significação

Quero o olhar vago
a imagem fora de foco

Ir e vir

Desprender-me da consciência
Tirar os pés do chão

Vir e ir

Mergulhar em sonhos
Voltar à tona

Voar
Sentir
(Re)significar:
a existência.

- Bianca Velloso -

http://poesiacotidianabia.blogspot.com.br/

Chega de Tarde - DANILO e DORI CAYMMI -


Lançamentos Setembro






Leya Brasil

Grande personalidade da vida cultural brasileira, a obra de Vinicius de Moraes escancara sua máxima de vida - a paixão pela mulher, seja em poesia, seja em letra de música. Na poesia, Vinicius foi admirado e festejado pela sua geração e pelas seguintes, sendo o poeta brasileiro mais traduzido no mundo. Na música, unanimidade entre seus parceiros, teria sido o letrista que mais perfeitamente encaixava as palavras, ou melhor ainda, graças à sua musicalidade aliada a habilidade com as palavras, descobria a sílaba exata para cada nota musical, como se traduzisse o som que ela pede. A palavra de Vinicius na música popular foi definitiva, influenciando, a partir da bossa nova, todas as gerações posteriores. No palco, Vinicius contava espontaneamente a história das suas canções e parcerias. Este volume da coleção História de Canções traz algumas delas para ilustrar que poesia era o próprio Vinicius, independente da forma.

Este trabalho que tenho em mãos





O ambiente é a alma das coisas.

Cada coisa tem uma expressão própria, e essa expressão vem-lhe de fora. Cada coisa é a interseção de três linhas, e essas três linhas formam essa coisa: uma quantidade de matéria, o modo como interpretamos, e o ambiente em que está. Esta mesa, a que estou escrevendo, é um pedaço de madeira, é uma mesa, e é um móvel entre outros aqui neste quarto. A minha impressão desta mesa, se a quiser transcrever, terá que ser composta das noções de que ela é de madeira, de que eu chamo àquilo uma mesa e lhe atribuo certos usos e fins, e de que nela se refletem, nela se inserem, e a transformam, os objetos em cuja justaposição ela tem alma externa, o que lhe está posto em cima. E a própria cor que lhe foi dada, o desbotamento dessa cor, as nódoas e partidos que tem — tudo isso, repare-se, lhe veio de fora, e é isso que, mais que a sua essência de madeira, lhe dá a alma. E o íntimo dessa alma, que é o ser mesa, também lhe foi dado de fora, que é a personalidade.

Acho, pois, que não há erro humano, nem literário, em atribuir alma às coisas que chamamos inanimadas. Ser uma coisa é ser objeto de uma atribuição. Pode ser falso dizer que uma árvore sente, que um rio “corre”, que um poente é magoado ou o mar calmo (azul pelo céu que não tem) é sorridente (pelo sol que lhe está fora). Mas igual erro é atribuir beleza a qualquer coisa. Igual erro é atribuir cor, forma, porventura até ser, a qualquer coisa. Este mar é água salgada. Este poente é começar a faltar a luz do sol nesta latitude e longitude. Esta criança, que brinca diante de mim, é um amontoado intelectual de células — mais, é uma relojoaria de movimentos subatômicos, estranha conglomeração elétrica de milhões de sistemas solares em miniatura mínima.

Tudo vem de fora e a mesma alma humana não é porventura mais que o raio de sol que brilha e isola do chão onde jaz o monte de estrume que é o corpo.
Nestas considerações está porventura toda uma filosofia, para quem pudesse ter a força de tirar conclusões. Não a tenho eu, surgem-me atentos pensamentos vagos, de possibilidades lógicas, e tudo se me esbate numa visão de um raio de sol dourando estrume como palha escura umidamente amachucada, no chão quase negro ao pé de um muro de pedregulhos.
Assim sou. Quando quero pensar, vejo. Quando quero descer na minha alma, fico de repente parado, esquecido, no começo do espiral da escada profunda, vendo pela janela do andar alto o sol que molha de despedida fulva o aglomerado difuso dos telhados.

(58) L.D." B.S.

"Série: Imagens do Desassossego"
Autor: Marcos Girão
Técnica: Tempera / Viochene / Goma laca
Base: Contraplacado de madeira
Dimensões: 393 x 452 m/m
Acompanha: Registo de © Direitos de Autor

Propriedade de: — with @FernandoPessoa, Fernando Antônio Nogueira Pessoa, Álvaro de Campos, Arquivo Fernando Pessoa, Álvaro De Campos Heterónimo De Fernando Pessoa, Centro Fernando Pessoa and A Lisboa de Fernando Pessoa.


Tags: Fernando Pessoa