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domingo, 5 de fevereiro de 2012

Chico de volta ao palco



Se esta rua fosse minha ou "Nesta Rua" (Composed by Villa Lobos)




Cantigas de roda, cirandas ou brincadeiras de roda são brincadeiras infantis, onde tipicamente as crianças formam uma roda de mãos dadas e cantam melodias folclóricas, podendo executar ou não coreografias acerca da letra da música. São uma grande expressão folclórica, e acredita-se que pode ter origem em músicas modificadas de um autor popular ou nascido anonimamente na população. São melodias simples, tonais, com âmbito geralmente de uma oitava e sem modulações. O compasso mais utilizado é o binário, porém não raramente também o ternário e o quaternário. Entre as cantigas de roda mais conhecidas estão Nesta Rua, Roda pião, Escravos de Jó, Rosa juvenil, Sapo Cururu, O cravo e a rosa, Ciranda-Cirandinha, Terezinha de Jesus e Atirei o pau no gato.
Em outras palavras, Cantigas de Roda é um tipo de canção infantil popular relacionada às brincadeiras de roda. Nesse sentido carregam uma melodia de ritmo limpo e rápido, favorecendo a imediata assimilação. Estão incluídas nas tradições orais em inúmeras culturas. No Brasil, fazem parte do folclore brasileiro, incorporando elementos das culturas africana, européia (principalmente portuguesa e espanhola) e indígena. Na matriz cultural brasileira têm uma característica interessante, que é a autoria coletiva (ou anônima) pelo fato de serem passadas de geração à geração. Atreladas ao ato de brincar, consistem em formar um grupo com várias crianças (ou adultos), dar as mãos e cantar uma música com características próprias, com melodia e ritmo equivalentes à cultura local, letras de fácil compreensão, temas referentes à realidade da criança ou ao seu imáginário, e geralmente com coreografias. As cantigas hoje conhecidas no Brasil têm origem européia, mais especificamente em Portugal e Espanha. As cantigas de roda são de extrema importância para a cultura de um país. Através delas dá-se a conhecer costumes, o cotidiano das pessoas, festas típicas do local, comidas, brincadeiras, paisagem, crenças. Normalmente tem origens antigas e muitas versões de suas letras, pois vão sendo passadas oralmente pelas gerações.

Lyrics:

Se esta rua se esta rua fosse minha
Eu mandava, eu mandava ladrilhar
Com pedrinhas, com pedrinhas de brilhante
Para o meu, para o meu amor passar

Nesta rua, nesta rua, tem um bosque
Que se chama, que se chama, Solidão
Dentro dele, dentro dele mora um anjo
Que roubou, que roubou meu coração

Se eu roubei, se eu roubei seu coração
É porque tu roubastes o meu também
Se eu roubei, se eu roubei teu coração
É porque eu te quero tanto bem

A arte da alegria

Maninha

Alegre ou Triste

TUDO O QUE ACRESCENTA (OU NÃO) ALGO À NOSSA VIDA AO SABOR DA EMOÇÃO DO MOMENTO
Erwin Olaf, Mature Series
“Agora apenas uma paz profunda invade o seu corpo, maduro para todas as emoções da pele, das veias, das articulações. Corpo dono de si próprio, tornado sábio pela inteligência da carne. Inteligência profunda da matéria…do tacto, do olhar, do paladar. Deitada de costas na rocha, Modesta observa como os seus sentidos amadurecidos podem conter sem frágeis medos de infância todo o azul, o vento, a distância. Espantada, descobre o significado da arte que o seu corpo conquistou naquele longo, breve percurso dos seus cinquenta anos. É como uma segunda juventude, com a mais exacta consciência de ser jovem, a consciência de saber como gozar, tocar, olhar.” Goliarda Sapienza, A Arte da Alegria.

De criança paupérrima e abusada sexualmente pelo suposto pai, Modesta transforma-se em adolescente revoltada e imprudente, até que o ódio pela igreja e a percepção da hipocrisia a ensinam a ser astuta, dissimulada e manipuladora. Inteligente e extremamente sensual, Modesta cresce, como pessoa e como mulher, numa Sicília perpassada pelas duas Grandes Guerras do século XX, pela emergência do socialismo e do anarquismo, pela ascensão do fascismo e pelos movimentos feministas e de libertação sexual. Nada disso a impede de trepar socialmente, de dispor do seu corpo como lhe apetece, de se apaixonar sem constrangimentos de sexo, de ler livros proibidos, de viajar, de lutar contra a insignificância humana, de contrariar o curso da vida, de desafiar a morte, de não desanimar perante as desventuras e de se reconhecer em toda a sua plenitude. É esta a arte da alegria. A alegria que se encontra em “cada acto simples, em cada passo, em cada novo encontro… rostos, livros, ocasos e alvoradas, tardes de domingo em praias solarengas…”. A alegria que só é possível quando se sabe viver sem amarras, tendo consciência e aceitando a nossa existência, por mais controversa e difícil que seja. A arte do insaciável amor pela liberdade e pela vida.

É Noite, Mãe - Poesia de António Salvado



É Noite, Mãe

As folhas já começam a cobrir
o bosque, mãe, do teu outono puro...
São tantas as palavras deste amor
que presas os meus lábios retiveram
pra colocar na tua face, mãe!...

Continuamente o bosque se define
em lividez de pântanos agora,
e aviva sempre mais as desprendidas
folhas que tornam minha dor maior.
No chão do sangue que me deste, humilde
e triste, as beijo. Um dia pra contigo
terei sido cruel: a minha boca,
em cada latejar do vento pelos ramos,
procura, seca, o teu perdão imenso...

É noite, mãe: aguardo, olhos fechados,
que uma qualquer manhã me ressuscite!...

António Salvado, in "Difícil Passagem"


http://www.citador.pt/poemas/e-noite-mae-antonio-forte-salvado

Viva Dona Luiza



 

5 de fevereiro, aniversário de Dona Luiza, minha mãe


Dona Luiza*, assoviando velhas canções
(luiz alfredo motta fontana)





noite de junho

guiado pelo luar

emergi



Ela

num sorriso delicado

transformou-se

de tépido oceano

em seguro porto



afagos

cuidares

e eventuais ralhos

compunham o berço



estendeu limites

quase que em silêncio

enquanto o crescer

assim o pedia



o seu entorno

foi meu lar

jamais reconheci como minhas

paragens outras

tornei-me hóspede

em cada novo domicílio




hoje

quando busco abrigo

resto envolto em saudade



ainda ouço velhas canções

que distraída

assoviava

entre fainas diárias


* Luiza Motta Fontana

Viva Maria Olivia Soares


 
  “Sou igual ao Paulinho da Viola, quando penso no futuro, não esqueço o passado...” Maria Olivia, costuma dizer, e é assim essa menina consciente do mundo e vidas ao seu redor.
Poucas pessoas que passaram por minha vida deixaram em mim impressões tão precisas e marcantes de uma personalidade vibrante, ativa, atual, renovada a cada passo, carregada das lições que o tempo e a vida vão ensinando nas suas reviravoltas.
Ela é minha irmã de sangue, mas, se assim não fora, tenho certeza que ao nos encontrar-nos pela vida, ela me chamaria a atenção, não passaria despercebida...
Hoje é seu dia e eu, familiares, seus sobrinhos, seus muitos amigos, incontáveis beneficiários, mandam bater os tambores da alegria e da luta, pois essa guerreira não sabe o que é descanso....
Viva ela!!!!