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domingo, 11 de março de 2012

Let Me Kiss You


There's a place in the sun
For anyone who has the will to chase one..AND I
I think I've found mine
Yes, I do believe I have found mine

So, close your eyes and think of someone you physically admire
And let me kiss you, let me kiss you

I've zig-zagged all over America and I cannot find a safety haven
Say, would you let me cry on your shoulder
I've heard that you'll try anything twice

Close your eyes and think of someone you physically admire
And let me kiss you, let me kiss you

But then you open your eyes and you see someone that you physically despise
But my heart is open, my heart is open to you.


 

 

Ah, só eu sei quanto dói meu coração. E não o posso dizer porque sentir é como o céu, lamenta Fernando Pessoa.




Ah, só

Ah, só eu sei
Quanto dói meu coração
Sem fé nem lei,
Sem melodia, nem razão.

Só eu, só eu,
E não o posso dizer
Porque sentir é como o céu
Vê-se mas não há nele que ver.

Fernando Pessoa
(1888-1935)

Japan is Alive






Tsunami: One year later

Combo photo shows a whirlpool caused by a tsunami near Oarai City, Ibaraki, and the same area almost a year later

Moments following the tsunami striking Japan and the same view as it is today.

A whirlpool caused by the March 11, 2011 tsunami is seen near Oarai City, Ibaraki prefecture, in this image taken March 11, 2011 (L), with the same area being shown on March 3, 2012, in this combination photo released by Kyodo on March 7, 2012, ahead of the one-year anniversary of the March 11 earthquake and tsunami. Mandatory Credit REUTERS/Kyodo

Combo photo shows the tsunami-devastated Yamada town in Iwate prefecture

The tsunami-devastated Yamada town in Iwate prefecture is seen in two images taken on March 14, 2011 (top) and March 1, 2012, in this combination photo released by Kyodo on March 7, 2012, ahead of the one-year anniversary of the March 11 earthquake and tsunami. Mandatory Credit REUTERS/Kyodo

Combination photo shows aerial views of a tsunami-devastated area in Kesennuma

A tsunami-devastated area in Kesennuma, Miyagi prefecture, is seen in these aerial view images taken March 12, 2011 (L) and March 3, 2012, in this combination photo released by Kyodo on March 7, 2012, ahead of the one-year anniversary of the March 11 earthquake and tsunami. Mandatory Credit REUTERS/Kyodo

Combo photo shows aerial views of a tsunami-devastated area in Kesennuma

A tsunami-devastated area is seen in Kesennuma, Miyagi prefecture, in this aerial view images taken March 12, 2011 (top) and March 1, 2012, in this combination photo released by Kyodo on March 7, 2012, ahead of the one-year anniversary of the March 11 earthquake and tsunami. Mandatory Credit REUTERS/Kyodo

A combination photograph shows the same location on two different dates in Miyako, Iwate Prefecture, northeastern Japan

A combination photograph shows the same location on a street in Miyako, Iwate Prefecture, northeastern Japan on two different dates, March 11, 2011 (top) and February 17, 2012 (bottom). The top photograph shows a wave crashing onto a street after the magnitude 9.0 earthquake

* see more on http://news.yahoo.com/photos/tsunami-one-year-later-slideshow/combo-photo-shows-tsunami-devastated-kesennuma-miyagi-prefecture-photo-105154736.html#crsl=%252Fphotos%252Ftsunami-one-year-later-slideshow%252Fcombination-photograph-shows-same-location-two-different-dates-photo-114630928.html

     

Edson Marques sabe das coisas...



Mulheres
Não me bastam os cinco sentidos para perceber-lhes toda a beleza. Não me bastam os cinco sentidos para viver com totalidade o mistério profundo que elas trazem consigo. Eu tenho é que tocá-las, cheirá-las, acariciá-las, penetrar-lhes o sorriso, sentir o seu perfume, beijar-lhes o céu da boca, ouvir suas histórias, transformá-las em deusas. Tenho que dar-lhes o amor que o meu corpo conduz e sustenta-me a alma. O belo amor natural de todos os corpos e almas e coisas do mundo. Como espelho de paixões em labareda, tenho que sentir nos seus olhos um raro brilho diamante.

Eu as respeito e as venero, com a graça de um cisne satisfeito nadando num lago tranqüilo e a ousadia de um touro selvagem recém-despertado. Não lhes faço perguntas, não as pressiono por nada, não quero mudá-las jamais. Sempre imagino o que possam sonhar, e procuro suavemente entrar no sonho delas. Cavalgo o vento para visitar-lhes as razões, as emoções, as loucuras. E como um deus escandaloso e surpreso por sua própria criatura, eu entro então no coração de cada uma delas, deliciosamente, como se entrasse numa pulsante catedral. Mergulho na essência dos seus desejos e cada vez me espanto mais com tanta fantasia, com tanta formosura. Os cinco sentidos, por não serem precisos, ainda não bastam, e eu preciso mais do que isso para compreendê-las.

Toda mulher é silenciosa por dentro. A existência pura se manifesta em cada detalhe. Assim na terra como no céu, amar as mulheres é uma experiência religiosa. E eu as amo, fina substância, como deve amar quem ama de verdade — incondicionalmente. Sem ciúmes. Eu amo as morenas, as loiras, as baixinhas, as altas, as lindas, as quase feias. Amo as virtuosas, as magras, as gordinhas, as diabólicas, as tímidas, e até as mentirosas. As iluminadas, as pecadoras, e as santíssimas. Amo as virgens, as pobres, as ricas, as loucas, as muito vivas, as inocentes. As bronzeadas pelo sol, e as branquinhas. As inteligentes, e as nem tanto. Desde que sensíveis, eu amo as jovens, as velhas, as solteiras, as casadas, as separadas. As bem-amadas, e as abandonadas. As livres, e as indecisas. E se me dessem o poder, o tempo, e, principalmente, a chance, eu a todas elas daria, todos os dias, um orgasmo cósmico e sublime. Poeticamente.

Apanharia flores silvestres, tomaria sol com todas elas. Andaríamos descalços na areia, contemplaríamos crepúsculos cor de abóbora, jantaríamos à luz de velas, dançaríamos, tomaríamos vinho branco, olharíamos as estrelas. E eu lhes faria poesias de amor. Puro como um anjo, amaria cada uma delas eternamente — uma por vez. Com delicadeza, com doçura, com profundidade, com inocência. Entusiasmado, como se cada uma fosse a única. Como se no mundo inteiro não houvesse mais nada, nem ninguém.

Todas as noites, passaria cremes e encantos no seu corpo. Falaria sobre fábulas, contaria histórias românticas, as veria dormir. Ao som de Vangelis, velaria por um tempo o sono delas, e de madrugada, antes do sol raiar, antes do primeiro pássaro cantar, as cobriria com o resto de luar que ainda houvesse, e sairia em silêncio. Como um felino lógico, sensual e saciado, deslizaria pelo cetim azul-celeste dos lençóis, saltaria por sobre todas as metáforas — e sorrindo iria embora.

Enfim, se fosse Deus, eu com certeza não mais cuidaria do universo e dessas coisinhas banais. Não iria ficar controlando o destino das pessoas, o tempo, a pressa, os compromissos, as horas, o caminho dos planetas, a economia, o cotidiano, o infinito, a Internet, a geografia... Não!

Eu somente iria amar as mulheres, como elas merecem. E como nunca foram amadas.

Só isso, definitivamente. Nada mais, nada mais!

Edson Marques


http://www.edsonmarques.com/p/artes.html

Delírios, sonhos, utopias...

Delírios, sonhos, utopias... Quem ama a Liberdade tem direito a tudo isso!
Para mim, todo momento é uma oportunidade — de criar, de sonhar, de inventar alguma coisa. De ter uma ideia, de dar um abraço, ou de fazer amor. De tomar um vinho, ou de tomar um sol. Para mim, toda ocasião é uma chance única de viver a vida. Toda ocasião é uma festa. Desperdiçá-la seria um pecado. Aliás, como dizia meu bisavô, o único crime que não tem perdão é desperdiçar a vida.

Mas eu me equilibro nesse ofício de ser muitos, de andar numa corda, saltar numa linha e correr pelos versos de mim. Eu me equilibro nesse instante em que o eterno se desfaz. Nesse inexato momento em que o poeta que sou agora dança. Pois o meu destino é viver na arena, dançando entre os leões famintos. É um perigo, eu sei. Porém, nos intervalos das lutas, sorrindo, tomo sempre vinho rouge no gargalo colorido das garrafas de cristal. Talvez um dia eu acabe até morrendo na arena, quem sabe. Acontece que, antes de "morrer" na arena, eu VIVO na arena — e isso faz toda a diferença. Prefiro ser um gladiador ensangüentado a ser um boi feliz. Meu coração precisa de sangue, não de capim.

PORTANTO, OLHE PARA OS LADOS
Agora mesmo, onde você estiver, olhe para os lados. Observe o ambiente em seus mínimos detalhes. Apure a sensibilidade, ajuste a consciência, abra seu coração, respire fundo, olhe para os lados outra vez, e responda-me, sinceramente: — As pessoas com as quais você hoje convive são amorosas, compreensivas, inteligentes, excitantes, audaciosas, livres, saudáveis, brilhantes, honestas, sensíveis, delicadas, independentes, e cheias de entusiasmo pela vida?
— São?!
Porque, se assim não forem, responda-me: O que é que você continua fazendo aí?


EdsonMarques.com