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quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Ah! se eu fosse você! - Claudia Barroso ( ao vivo )

Versão Feminina

Baseada em um texto de Luis Fernando Veríssimo, escritora Tati Bernardi faz sua crônica


O novo livro de Luis Fernando Veríssimo, Em Algum Lugar do Paraíso, traz uma ótima coletânea de textos – sob o ponto de vista mais que masculino do autor. Em homenagem a Veríssimo, convidamos a roteirista e escritora paulistana Tati Bernardi para se inspirar em “Versões”, uma das crônicas do livro, sobre arrependimentos, e fazer a “versão” feminina do tema. Quem nunca olhou para trás, ainda que o passado seja curto, e pensou: “Ah, se eu tivesse...”
***
Vivo cercada por lembranças, por paixões que eu poderia, com alguma sabedoria, não ter vivido. Mas que se tornaram grandiosas e dilacerantes única e exclusivamente porque o tédio em não ter um foco amoroso me soa ainda mais tolo do que inventar amor.
Ah, se eu tivesse dito não para aquele mineiro safado ou para aquele playboyzinho de Higienópolis. Não para aquele falso sensível comedor de modeletes drogadas. Não para aquele carioca sempre me pedindo R$ 4 pra inteirar a grana do cigarro. Não para o rapaz casado, que tinha dó da esposa. Não para o brocha que só ficava nervoso porque “era a nossa primeira vez”… primeira vez que durou dois anos.
Agora mesmo neste café metido a francês de São Paulo um deles se sentou na minha frente e me provocou:
– Você adorava transar comigo.
– É, eu adorava. Mas isso foi até eu transar com outro. Você não tinha a menor noção do que é um sexo oral.
Ao lado dele, surge outro rapaz inesquecível de meu passado. Demoro um tempo pra recordar seu nome, pois assim que ele deixou de ser inesquecível eu o esqueci.
– Você adorava conversar comigo.
– Eu adorava. Mas isso foi até eu conversar com outro. Nunca foi troca de almas o que tivemos, apenas de fluidos. E fluidos sem alma é pior do que ir sozinho e cedo pra cama, numa sexta-feira quente.
Só então reparei que todos eles estavam no café. Todos tão especiais e tão descartáveis. Eu era o centro daquele universo tão errado chamado “meus amores”. Quer dizer, eu achava que era, porque na verdade eles desencanaram de minha existência e se tornaram, todos, melhores amigos. Riam, brindavam e se amavam. Todos eram o mesmo que não é nenhum. Chamei o garçom pra pedir a conta e fugir dali o mais rápido possível. Mas o garçom era gatinho. Vai começar tudo de novo.
***
Veja aqui a crônica original:
Versões
Vivemos cercados pelas nossas alternativas, pelo que podíamos ter sido. Ah, se apenas tivéssemos acertado aquele número (unzinho e eu ganhava a sena acumulada), topado aquele emprego, completado aquele curso, chegado antes, chegado depois, dito sim, dito não, ido para Londrina, casado com a Doralice, feito aquele teste…
Agora mesmo neste bar imaginário em que estou bebendo para esquecer o que não fiz — aliás, o nome do bar é Imaginário — sentou um cara do meu lado
direito e se apresentou:
— Eu sou você, se tivesse feito aquele teste no Botafogo.
E ele tem mesmo a minha idade e a minha cara. E o mesmo desconsolo.
— Por quê? Sua vida não foi melhor do que a minha?
— Durante um certo tempo, foi. Cheguei a titular. Cheguei à seleção. Fiz um grande contrato. Levava uma grande vida. Até que um dia...
— Eu sei, eu sei… — disse alguém sentado ao lado dele.
Olhamos para o intrometido… Tinha a nossa idade e a nossa cara e não parecia mais feliz do que nós. Ele continuou:
— Você hesitou entre sair e não sair do gol. Não saiu, levou o único gol do jogo, caiu em desgraça, largou o futebol e foi ser um medíocre propagandista.
— Como é que você sabe?
— Eu sou você, se tivesse saído do gol. Não só peguei a bola como me mandei para o ataque com tanta perfeição que fizemos o gol da vitória. Fui considerado
o herói do jogo. No jogo seguinte, hesitei entre me atirar nos pés de um atacante e não me atirar. Como era um herói, me atirei… Levei um chute na cabeça. Não
pude ser mais nada. Nem propagandista. Ganho uma miséria do INSS e só faço isto: bebo e me queixo da vida. Se não tivesse ido nos pés do atacante…
— Ele chutaria para fora.
Quem falou foi o outro sósia nosso, ao lado dele, que em seguida se apresentou.
— Eu sou você se não tivesse ido naquela bola. Não faria diferença. Não seria gol. Minha carreira continuou. Fiquei cada vez mais famoso, e agora com fama de sortudo também. Fui vendido para o futebol europeu, por uma fábula. Oprimeiro goleiro brasileiro a ir jogar na Europa. Embarquei com festa no Rio…
— E o que aconteceu? — perguntamos os três em uníssono.
— Lembra aquele avião da Varig que caiu na chegada em Paris?
— Você…
— Morri com 28 anos.
Bem que tínhamos notado sua palidez.
— Pensando bem, foi melhor não fazer aquele teste no Botafogo…
— E ter levado o chute na cabeça…
— Foi melhor — continuou — ter ido fazer o concurso para o serviço público naquele dia. Ah, se eu tivesse passado…
— Você deve estar brincando.
Disse alguém sentado a minha esquerda. Tinha a minha cara, mas parecia mais velho e desanimado.
— Quem é você?
— Eu sou você, se tivesse entrado para o serviço público.
Vi que todas as banquetas do bar à esquerda dele estavam ocupadas por versões de mim no serviço público, uma mais desiludida do que a outra. As consequências de anos de decisões erradas, alianças fracassadas, pequenas traições, promoções negadas e frustração. Olhei em volta. Eu lotava o bar. Todas as mesas estavam ocupadas por minhas alternativas e nenhuma parecia estar contente.
Comentei com o barman que, no fim, quem estava com o melhor aspecto, ali,era eu mesmo. O barman fez que sim com a cabeça, tristemente. Só então notei que ele também tinha a minha cara, só com mais rugas.
— Quem é você? — perguntei.
— Eu sou você, se tivesse casado com a Doralice.
— E...?
Ele não respondeu. Só fez um sinal, com o dedão virado para baixo.
***
Vai lá: Em algum lugar do paraíso, de Luis Fernando Veríssimo


Pra eu parar de me doer - Milton Nascimento

 

A Luz de Tieta - Caetano Veloso

De Caetano por Caetano & Amigos


"Toda essa gente se engana
Ou então finge que não vê que
Eu nasci pra ser o superbacana"
(Superbacana)



"Caetano é uma luz, um dos artistas mais importantes de minha geração e do Brasil de sempre. Essa luz não iluminou apenas a música brasileira, mas também os nossos cinema, teatro, poesia e até a vida cotidiana dos brasileiros".
Cacá Diegues, cineasta


“Quando eu nasci, meu pai tinha 30 anos.
Agora eu tenho 30 e ele faz 60. Hoje, eu
fico olhando para as coisas que ele me ensinou e vejo ele é tão bom pai quanto professor e artista”.
Moreno Veloso, músico e filho de Caetano

"Nos conhecemos há sete anos, desde que fiz a novela Explode Coração com a Paula Lavigne. Nessa época, ele passou a ser meu amigo e eu aprendi a respeitá-lo muito. Acompanho o trabalho do Caetano desde que era jovem. Antes de conhecê-lo, eu já o admirava muito. Depois que o conheci, passei a amá-lo.O Caetano é a expressão de uma comunicação muito forte
no nosso país, no nível cultural. Para mim, ele é uma expressão cultural, é um ser de luz e de amor. Tenho muito amor por ele". Paula Burlamaqui, atriz


"Não posso deixar de usar superlativos ao falar de Caetano Veloso. Pelo menos desde a morte de João Cabral de Melo Neto, passei a vê-lo como o maior artista brasileiro vivo.Conheci Caetano em Londres, em 1972 e, desde então, a nossa amizade e a minha admiração por ele só fizeram crescer. Caetano é a imagem do Brasil que dá certo, do Brasil feliz, do Brasil livre. Toda a sua vida e o seu trabalho têm um caráter maravilhosamente libertário.Acho que os inimigos mais ferrenhos que ele tem são os que, mais pelas caladas dos que às claras, sempre se opuseram à liberdade de criação e de comportamento que ele representa; nessa batalha, eles têm sido vencidos, mas, embora tenham recuado taticamente, jamais se conformaram com isso.Os intelectuais reacionários – de direita e de “esquerda” – jamais perdoaram a esse brasileiro de origem popular, moreno ou mulato (seria negro, nos Estados Unidos), ser mais corajoso, inteligente, sutil e requintado do que eles, além de escrever melhor e ter maior projeção nacional e internacional.Mas, para os homens e as mulheres de bem, é uma
alegria ser contemporâneo de Caetano.
Antonio Cicero, poeta e compositor


“O CD Circuladô de Fulô não sai do meu carro. Admiro muito as músicas do Caetano”.
Joana Prado, modelo

Caetano talvez seja o sessentão mais jovem do Brasil, porque faz 60 anos de carteirinha e de atividades artisticas, mas a cabeça dele está sempre na crista da onda, sempre antenada no que acontece. Ele é um dos músicos e um dos intelectuais mais importantes do Brasil e do mundo.
Acabei de chegar de uma turnê na Europa com ele.
O Caetano é cultuado por intelectualidades do mundo todo, como José Saramago, Bernardo Bertollucci, Pedro Almodóvar, Chema Prado, diretor da cinemateca de Madri. Nos Estados Unidos também. Artistas e escritores de todo mundo cultuam a personalidade e a intelectualidade do Caetano.Eu admiro sua avidez por saber o que está acontecendo não só na arte, mas na politica, na sociologia, e sua capacidade de aprender e filtrar as informações, transformado-as em uma crônica da atualidade Ele é uma pessoa iluminada. Considero-me uma das pessoas mais privilegiadas do mundo por estar há 10 anos trabalhando e convivendo com ele”.

 Jacques Morelembaum, músico e arranjador


 "Falar de Caetano Veloso é falar da música brasileira. É difícil separar uma coisa da outra e, se conseguissemos, a música brasileira sairia perdendo. Caetano Veloso é, sem dúvida, um dos maiores autores e interpretes que já conheci. E, cantando minhas composições, dá uma roupagem toda especial.
Sonhos, por exemplo, depois da sua interpretação teve gravações muito importantes no mundo todo. Pra citarmos um único caso, temos a cantora italiana Mina, que mostrou essa música para a Europa. Devo muito disso a ele. Sozinho, um dos seus maiores sucessos, que chegou a estar em primeiro lugar simultaneamente em vários estados brasileiros, teve uma vendagem de cerca de um milhão e meio de CD's.
Isso por sí só dá a dimensão de quem estamos falando. E, claro, uma música que consegue fazer um sucesso desses é super importante para qualquer compositor e, se gravado por Caetano Veloso, que também é compositor, melhor ainda. Suas obras são super especiais. Poderia ficar horas destacando várias das suas músicas que me marcaram muito, mas vou citar apenas duas:Um Índio e Queixa. Caetano: Parabéns, um beijo no seu coração, e que venham mais sessenta!"
Peninha, compositor de Sozinho


* depoimentos de 2007 quando ele completava 60 anos de idade.


 

Mário Quintana por ele mesmo...

"Olho em redor do bar em que escrevo estas linhas. Aquele homem ali no balcão, caninha após caninha, nem desconfia que se acha conosco desde o início das eras. Pensa que está somente afogando problemas dele, João Silva... Ele está é bebendo a milenar inquietação do mundo!"


Poeminho do Contra
Todos esses que aí estão
Atravancando meu caminho,
Eles passarão...
Eu passarinho!

(Prosa e Verso, 1978)



 "Amigos não consultem os relógios quando um dia me for de vossas vidas... Porque o tempo é uma invenção da morte: não o conhece a vida - a verdadeira - em que basta um momento de poesia para nos dar a eternidade inteira".

E, brincando com a morte: "A morte é a libertação total: a morte é quando a gente pode, afinal, estar deitado de sapatos".


Um argumento


A plea



A plea


Dear João Gilberto,
As opposed to Caetano Veloso, I’m sure that you’re sure that you’ve never met me. From what I understand, you don’t get out a whole lot. Or at all. But hear me out. Your music got me through one of the most difficult years of my life, including the sudden death of a friend. Even now I have trouble listening to Amoroso Brasil without crying, which is saying something. When I got to Rio, I was shocked to find that some of my new friends had never heard your 1961 or 1973 albums. Whenever we listened to them, all conversation halted. It was sacred.
When you announced a show in Rio, I was devastated by the absurd price of the tickets, and tried not to think about it. Then I was given a ticket, and I can’t tell you how happy it made me. I walked around for days relishing the knowledge that I was going to see João Gilberto in concert, taking the ticket out every so often to look at it and then reverently putting it back in its envelope. Then, at the last minute, you rescheduled your Rio show. December 21st, two days after my return flight to the United States. I know it wasn’t intentional, but it felt like a punch to the stomach.
“Reschedule your flight,” said a friend. “Yes, reschedule your flight,” said others. I looked into it. The new flight would have cost more than my first car. I gave up and gave the ticket back. Knowing that I could’ve gone to the show after all made it that much worse. Then, one of the strokes of absurd luck that have characterized my stay here, I got another ticket for your show in São Paulo, the day before my flight back. “Cautious optimism is the watchword,” I joked; but in the weeks that came, I let myself hope, and let myself start listening to your albums again. A legendary show on the eve of my flight: it would have been the perfect goodbye to a country I’ve come to call my own. A pilgrimage.
I almost bought my bus ticket to São Paulo today, João, before I saw that now you’re considering canceling the tour altogether. Now the promise of the show just kind of feels like a mean-spirited prank, one of the ones where the dollar bill is tied to a string and no matter how desperately you grab at it, it’ll be yanked from your fingers. You could show up and just sing one song. That’s all. I just wanted to have heard you before I went into exile, just once.
Have pity on a poor gringa, João.
Lest my life turn into that lovely Ary Barroso song:
 
Meu sabiá, meu violão
E uma cruel desilusão
Foi tudo que ficou
Ficou
Pra machucar meu coração
 
Um beijo,
Flora


http://revistapiaui.estadao.com.br/blogs/questoes-estrangeiras/geral/a-plea

Questões da Ciência

O experimento na era da sua irreprodutibilidade técnica




O experimento na era da sua irreprodutibilidade técnica

O desconforto ronda algumas áreas da ciência. Embora a possibilidade de replicação dos resultados por grupos independentes seja um dos pilares da ciência moderna, estudos de um número cada vez maior de campos se caracterizam pela impossibilidade ou inviabilidade de reprodução. O impasse atinge tanto disciplinas relativamente novas e dependentes de computadores – como a genômica e a proteômica – quanto áreas consolidadas há mais tempo, como a biologia de campo. Na semana passada, a revista Science dedicou à questão uma série de cinco artigos que discutem o problema e propõem possíveis soluções.
Os campos que dependem de ferramentas computacionais para a coleta e análise de dados estão entre os que enfrentam de forma mais dramática os desafios da replicação de dados, por um motivo simples: nem todos os laboratórios dispõem dos equipamentos necessários para refazer esses experimentos. “Seria necessário um volume extraordinário de recursos para replicar de forma independente o Sloan Digital Sky Survey”, exemplifica o bioestatístico Roger Peng num dos artigos da série, referindo-se a um projeto ambicioso de mapeamento do céu que já obteve imagens tridimensionais de quase um milhão de galáxias.
O problema se repete em campos emergentes da biologia molecular, como genômica, proteômica, metabolômica e outras disciplinas com o mesmo sufixo, nas quais os pesquisadores lidam com uma grande quantidade de dados que só podem ser analisados com ferramentas computacionais poderosas. A dificuldade para reprodução desses estudos pode levar a prejuízos importantes, como mostrou o exemplo citado por John Ioannidis e Muin Khoury. Eles evocaram o caso de um estudo segundo o qual assinaturas gênicas específicas poderiam ser usadas para prever a eficácia da quimioterapia contra alguns tipos de câncer. As conclusões do estudo motivaram a realização de testes clínicos dos marcadores em questão, mas os ensaios não foram adiante depois que se constatou que era impossível replicar os resultados do estudo.
Mas não é apenas o acesso à tecnologia que limita a possibilidade de reprodução dos estudos. Mesmo as pesquisas com animais de laboratório podem apresentar dificuldades sérias de reprodução. Num dos artigos da Science, dois especialistas no estudo da cognição de primatas explicam que, nesse campo de estudo, as conclusões dos experimentos com animais de laboratório dificilmente podem ser extrapoladas para animais selvagens ou mesmo de outros laboratórios. “Diferentes populações cativas podem ter tido diferentes experiências relevantes para uma tarefa cognitiva específica”, explicam.
Na maioria dos casos, a transparência é a melhor receita para facilitar a reprodutibilidade dos estudos. No caso das pesquisas que envolvem a observação do comportamento de animais selvagens, por exemplo, os cientistas podem ajudar seus pares tornando públicos os registros feitos em campo com a ajuda de câmeras de vídeo ou rastreamento por satélite. Em outro artigo da série, Michael Ryan, da Universidade do Texas em Austin, propõe que, ao submeter um estudo para publicação, os pesquisadores sejam obrigados a mandar também os dados primários colhidos na pesquisa.
Transparência é também a chave para a replicabilidade dos estudos que dependem de ferramentas computacionais. No caso das ciências -ômicas, muitos dos dados gerados já são depositados em repositórios de acesso público. Mas isso não impede a dificuldade de replicação dos resultados, como lembram John Ioannidis e Muin Khoury: “é um desafio verificar que os dados e protocolos completos foram de fato depositados, que os arquivos estão em condições de ser acessados e que os resultados são replicáveis”, ponderam.
Os dois autores acreditam que as agências de fomento à pesquisa têm um papel importante no sentido de tornar os dados acessíveis. Eles sugerem que essas agências ofereçam bônus aos pesquisadores que disponibilizarem os dados primários de seus estudos e apliquem punições aos grupos que não tornarem acessíveis as informações necessárias para a replicação do estudo.
Um papel importante cabe também aos periódicos que publicam os artigos científicos. Roger Peng sugere que essas revistas exijam dos pesquisadores que submetam, junto com os artigos que envolvam ferramentas computacionais, não só os dados usados na análise, mas também o código-fonte dos programas usados em seu tratamento. Em seu artigo para a Science, ele disse estar estimulando a transparência dos dados no periódico Biostatistics, de cujo corpo editorial ele faz parte. Sempre que os autores o permitem, a revista publica on-line o código e os dados usados em seus artigos, que recebem uma classificação indicativa da transparência dos dados.
De qualquer forma, não custa lembrar que a preocupação com a transparência e a replicabilidade não deve substituir o rigor na coleta e análise dos dados. Como ressaltou Peng “o fato de uma análise ser reprodutível não garante a qualidade, correção ou validade dos resultados publicados”.

Arte: Detalhe de 10 Marilyns, serigrafia de 1967 de Andy Warhol

http://revistapiaui.estadao.com.br/blogs/questoes-da-ciencia/geral/o-experimento-na-era-da-sua-irreprodutibilidade-tecnica

Ho! Ho! Ho!

por Caco Galhardo

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http://revistapiaui.estadao.com.br/edicao-63/cartuns/ho-ho-ho

"I have a chance to be normal" - Paris Jackson

Paris Jackson gives rare interview, talks film role

Shares behind-the-scenes stories of growing up with Michael Jackson for a father

IMAGE: Paris Jackson
 
Paris Jackson, the daughter of late singer Michael Jackson, talked with Ellen DeGeneres about wanting to be an actress, and of doing improv with her father.
 
 
Michael Jackson's daughter Paris gave a rare televised interview this week, during which she discussed life with her late father and a budding acting career.
The 13-year-old's appearance on "The Ellen DeGeneres Show" has already been taped and airs on Thursday.
According to a partial transcript released to publicize the show, Paris said that as a younger child she felt it was "stupid" wearing a mask when she went out in public with her famous father.
Jackson, who died aged 50 in 2009, would sometimes give his children masks to wear to protect them from the frenzy of media and public attention that accompanied their every appearance.
 
"Yeah, I'm like, 'This is stupid, why am I wearing a mask?'" Paris told show host Ellen DeGeneres.
"But I kind of realized the older I got, like, he only tried to protect us and he'd explain that to us too."
Paris, one of Jackson's three children who are now in the care of their grandmother Katherine, has gradually emerged from her father's shadow in recent months, and the DeGeneres show was billed as Paris's first "solo" interview.

The teenager is set to appear in a movie called "Lundon's Bridge and the Three Keys" based on a young adult fantasy novel.
Asked when she realized that she wanted to act, Paris replied: "When I was really little. My dad was in the movie 'Moonwalker' and I knew he could sing really well but I didn't know he could act. I saw that and I said, wow, I want to be just like him.
"We would do 'improv' together. He would give us little scenarios. He would (say) 'OK, in this scene you're going to cry' and I'd cry on the spot."
The movie's website, to which Paris's official Twitter page is linked, says she will star as Lundon O'Malley in a film combining live action and animation and which is described as "the war between the land and the sea."

It is based on a novel by Dennis Christen, and half the proceeds from the film and sales of the book will be donated to schools with insufficient funding.
There is no release date, although one of the production companies involved, Paralight Films, said on its website that "Lundon's Bridge" had been due to hit screens in 2010.
It listed the movie's production budget at $31 million and "prints and advertising" at $39 million.

Paris also said she was enjoying her time at school.
"I do have like a regular childhood," she said. "I mean, I'm treated the same. When I came to Buckley (School) they didn't know who I was. I was like, yes, I have a chance to be normal."
Copyright 2011 Thomson Reuters
 
 

Humour - American X British


The Difference Between American and British Humour

Apart from the spelling of the word, obviously
Left; NBC: Everett
It’s often dangerous to generalize, but under threat, I would say that Americans are more “down the line.” They don’t hide their hopes and fears. They applaud ambition and openly reward success. Brits are more comfortable with life’s losers. We embrace the underdog until it’s no longer the underdog.We like to bring authority down a peg or two. Just for the hell of it. Americans say, “have a nice day” whether they mean it or not. Brits are terrified to say this. We tell ourselves it’s because we don’t want to sound insincere but I think it might be for the opposite reason. We don’t want to celebrate anything too soon. Failure and disappointment lurk around every corner. This is due to our upbringing. Americans are brought up to believe they can be the next president of the United States. Brits are told, “it won’t happen for you.”

There’s a received wisdom in the U.K. that Americans don’t get irony. This is of course not true. But what is true is that they don’t use it all the time. It shows up in the smarter comedies but Americans don’t use it as much socially as Brits. We use it as liberally as prepositions in every day speech. We tease our friends. We use sarcasm as a shield and a weapon. We avoid sincerity until it’s absolutely necessary. We mercilessly take the piss out of people we like or dislike basically. And ourselves. This is very important. Our brashness and swagger is laden with equal portions of self-deprecation. This is our license to hand it out.

This can sometimes be perceived as nasty if the recipients aren’t used to it. It isn’t. It’s play fighting. It’s almost a sign of affection if we like you, and ego bursting if we don’t. You just have to know which one it is.
I guess the biggest difference between the U.S. version and the U.K. version of The Office reflected this. We had to make Michael Scott a slightly nicer guy, with a rosier outlook to life. He could still be childish, and insecure, and even a bore, but he couldn’t be too mean. The irony is of course that I think David Brent’s dark descension and eventual redemption made him all the more compelling. But I think that’s a lot more palatable in Britain for the reasons already stated. Brits almost expect doom and gloom so to start off that way but then have a happy ending is an unexpected joy. Network America has to give people a reason to like you not just a reason to watch you. In Britain we stop watching things like Big Brother when the villain is evicted. We don’t want to watch a bunch of idiots having a good time. We want them to be as miserable as us. America rewards up front, on-your-sleeve niceness. A perceived wicked streak is somewhat frowned upon.
Recently I have been accused of being a shock comic, and cruel and cynical. This is of course almost solely due to a few comments I made as host of this years Golden Globes. But nothing could be further from the truth.

(VIDEO: Ricky Gervais on Talking Funny, The Office and Hosting Awards Shows)

I never actively try to offend. That’s churlish, pointless and frankly too easy. But I believe you should say what you mean. Be honest. No one should ever be offended by truth. That way you’ll never have to apologize. I hate it when a comedian says, “Sorry for what I said.” You shouldn’t say it if you didn’t mean it and you should never regret anything you meant to do. As a comedian, I think my job isn’t just to make people laugh but also make them think. As a famous comedian, I also want a strict door policy on my club. Not everyone will like what I say or find it funny. And I wouldn’t have it any other way. There are enough comedians who try to please everyone as it is. Good luck to them, but that’s not my game, I’m afraid.
I’m not one of those people who think that comedy is your conscience taking a day off. My conscience never takes a day off and I can justify everything I do. There’s no line to be drawn in comedy in the sense that there are things you should never joke about. There’s nothing that you should never joke about, but it depends what that joke is. Comedy comes from a good or a bad place. The subject of a joke isn’t necessarily the target of the joke. You can make jokes about race without any race being the butt of the joke. Racism itself can be the butt, for example. When dealing with a so-called taboo subject, the angst and discomfort of the audience is what’s under the microscope. Our own preconceptions and prejudices are often what are being challenged. I don’t like racist jokes. Not because they are offensive. I don’t like them because they’re not funny. And they’re not funny because they’re not true. They are almost always based on a falsehood somewhere along the way, which ruins the gag for me. Comedy is an intellectual pursuit. Not a platform.

As for cynicism, I don’t care for it much. I’m a romantic. From The Office, and Extras to The Invention Of Lying and Cemetery Junction, goodness and sweetness, honour and truth, love and friendship always triumph.
For me, humanity is king.
Oh and for the record I’d rather a waiter say, “Have a nice day” and not mean it, than ignore me and mean it.

Gervais is a comedian, actor and producer. The views expressed are his own.


Read more: http://ideas.time.com/2011/11/09/the-difference-between-american-and-british-humour/#ixzz1gWVM1kPx

Diamonds are an auction house’s best friend


Elizabeth Taylor’s $115 Million Jewels Break Auction Records

Carlo Allegri / Reuters
Carlo Allegri / Reuters
A phone bidder signals her bid near an image of Elizabeth Taylor during an auction of the late actress' jewelry, clothing, art and memorabilia at Christie's Auction house in New York on December 13, 2011.
Diamonds are an auction house’s best friend – at least when they belonged to Elizabeth Taylor.
The iconic actress’ legendary pearls and diamonds sold for nearly $116 million at Christie’s on Tuesday, smashing the previous record for a single collection, set in 1987 by the Duchess of Windsor’s jewels.
The 80 items included several pieces given to Taylor by her actor husband Richard Burton, including a 16th century pearl that once belonged to Mary Tudor of England and Spanish queens Margarita and Isabel. The pear-shaped pearl, which Burton purchased in 1969 for $37,000, sold for a record $11,842,500.
(PHOTOS: Taylor and Burton, Timeless Romance)
The heart of the collection — a 33.19-carat diamond bought by Burton in 1968 – sold for $8,818,500 to South Korean hotel conglomerate Eland World. The giant rock, newly christened as The Elizabeth Taylor Diamond, will go on display in one of Eland World’s hotels.
The results of the auction staggered Christie’s officials. “This truly is one of the greatest jewelery collections in the world,” head of jewelery Rahul Kadakia told Reuters. “But in my wildest dreams, I did not think we would outsell the estimate by five times.”
Other pieces sold include the Taj Mahal diamond, a gift from Burton for Taylor’s 40th birthday and a Van Cleef & Arpels ruby-and-diamond ring he gave her in 1968 for Christmas.
The auction will continue today, where eager bidders can snap up Taylor’s haute couture, including the gowns from her two weddings to Burton.
MORE: Elizabeth Taylor, from TIME’s Archives


Read more: http://newsfeed.time.com/2011/12/14/elizabeth-taylors-115-million-jewels-break-auction-records/#ixzz1gWSo44bn

"The Cloud" - Seul (Coreia do Sul)


Autor do projeto que lembra o 11/9 diz que não fará mudanças



O arquiteto responsável pelo polêmico projeto de duas torres luxuosas no centro financeiro de Seul (Coreia do Sul) que lembram as torres gêmeas do World Trade Center, em Nova York, sob ataque terrorista, disse que não fará mudanças, apesar do desconforto gerado.

Uma das torres sul-coreanas, conhecidas como "The Cloud" (A Nuvem) terá 54 andares. A outra, 60. Elas serão ligadas por uma estrutura que imita uma nuvem. A empresa responsável é a holandesa MVRDV.


"As alegações de que o design foi inspirado no 11 de Setembro são infundadas. Não foi nossa intenção criar uma imagem que se assemelhe aos ataques. E nem notamos semelhança durante o processo do design. Acho que estão tentando fazer sensacionalismo. É uma maneira fácil de conseguir publicidade", disse White Paik, porta-voz do grupo Yongsan Development Corporation, que administrará as torres, segundo o "News.com".


A pergunta continua: mau gosto ou apenas coincidência

Person of the Year 2011

TODAY.com

Time magazine reveals its Person of the Year 2011

   
Time magazine revealed the 2011 choice for its iconic Person of the Year cover live on TODAY Wednesday. The Protester is this year’s choice, managing editor Rick Stengel told Matt Lauer and Ann Curry.
“There was a lot of consensus among our people,” Stengel told the TODAY anchors as he revealed the magazine’s cover. “It felt right.”
As it has for the past 84 years, the weekly newsmagazine selected the person (or sometimes group, or thing) that its editors deemed had the single greatest impact during the past year, for better or for worse.
Time’s Person of the Year has been a perennial topic of year-end debate ever since aviator Charles Lindbergh was chosen the first Man of the Year back in 1927 (the title was amended to Person of the Year in 1999). But the title is not necessarily an accolade; while many presidents, political leaders, innovators and captains of industry have been cited, some of the more notorious Persons of the Year include Adolf Hitler in 1938, Joseph Stalin in 1943 and Iran’s Ayatollah Khomeini in 1979. There have also been more conceptual choices, such as “the American Fighting-Man” (1950), “Middle Americans” (1969), and this year’s choice, The Protester.


Other candidatesPolled online earlier this week, hundreds of TODAY.com readers came up with many other nominees for 2011, including late Apple co-founder Steve Jobs, Rep. Gabrielle Giffords, and SEAL Team 6, who killed Osama bin Laden.
“Gabrielle Giffords is in the magazine,” Stengel pointed out when Lauer mentioned the support for her and Jobs. "Steve Jobs is in the beginning of our Farewell section.” (The Farewell section spotlights the most noteworthy deaths of the year.)
Via Facebook, TODAY.com reader April Merenda said Jobs should be the choice “to make up for (Time) not getting it right in 1984 as well as acknowledging his contribution to our global society and generations to come.” Reader ririjam suggested “the three women who just won the Nobel Peace Prize” or first lady Michelle Obama, who “has maintained grace and dignity.”

 
And Time conducted its own poll last month, offering a list of 34 candidates that ranged from prominent political leaders to pop culture icons. Time’s list included Casey Anthony, Herman Cain, Kim Kardashian, Steve Jobs, and such movements and groups as “The 99%” (and “The 1%”), and the international hacking collective Anonymous.
Time also revealed the runners-up for 2011 Person of the Year on its website, Time.com. Coming in No. 2 on the list is Admiral William H. McRaven, who organized the raid that led to the death of Osama bin Laden in May (a choice similar to the popular TODAY.com nominee SEAL Team 6).
The No. 3 choice is Ai Wei Wei, the Chinese conceptual artist and activist who helped design Beijing National Stadium for the 2009 Olympics — and was held incommunicado for 81 days and interrogated some 50 times by Chinese authorities last spring and summer while supporters around the world petitioned for his release.

 
No. 4 on Time’s list is Rep. Paul Ryan, the Wisconsin Republican whom the magazine credits with bringing to the front of the national consciousness an issue that Washington was loath to confront: America’s ballooning national debt.
And coming in No. 5: Duchess Kate. Having captured the attention and affection of millions, the magazine says, the former Kate Middleton is now “poised to reinvent celebrity with restraint.”
“Admiral McRaven captured bin Laden, and the Duchess of Windsor captured our hearts,” Stengel commented on TODAY. Still, he added, “It’s not a lifetime achievement award.”
So in the end, it was the image of The Protester — summarizing mass actions against dictators in the Middle East, anti-drug cartel sentiment in Mexico, marches against unaccountable leaders in Greece, the America-spawned Occupy movement, and dissent from the Putin regime in Russia — that appeared on Time’s 2011 Person of the Year cover.

“There’s this contagion of protest,” Stengel said on TODAY Wednesday. “These people who risked their lives... I think it is changing the world for the better.”