Equador – Miguel Sousa Tavares
Sinopse:
“Quando naquela manhã chuvosa de Dezembro de 1905, Luís Bernardo é chamado por El-Rei D. Carlos a Vila Viçosa, não imaginava o que o futuro lhe reservava. Não sabia que teria de trocar a sua vida despreocupada na sociedade cosmopolita de Lisboa por uma missão tão patriótica quanto arriscada na distante ilha de S. Tomé. Não esperava que o cargo de governador e a defesa da dignidade dos trabalhadores das roças o lançassem numa rede de conflitos e interesses com a metrópole. E não contava que a descoberta do amor lhe viesse mudar a vida.
Equador é um retrato brilhante da sociedade portuguesa nos últimos dias da Monarquia, que traça um paralelo entre os serões mundanos da capital e o ambiente duro e retrógrado das colónias.
É com esta história admirável, comovente e perturbadora, que Miguel Sousa Tavares inaugura a sua incursão no romance.“
Já muito me tinham falado deste livro, da forma como nos viciava e eu fui anotando, deixando crescer a vontade de o ler um dia. E um dia, a medo, lá lhe peguei, nos intervalos de um outro que tinha deixado na mesa de cabeceira.
O que primeiro me agarrou foi a escrita de época sem os trejeitos e as expressões que lemos em escritores “da” época. A escrita fácil, a história e as aventuras amorosas, o desenrolar de todo o processo de ida de Luís Bernardo para S. Tomé. Depois deixei-me esmorecer pelas descrições do reconhecimento que tem que fazer da ilha, pelo constatar de que o esperava uma missão ingrata.
Com a entrada em cena do cônsul inglês e da sua bela esposa, a história ganha um novo fôlego (na minha modesta opinião, a história de vida do cônsul é um livro dentro do livro, um pequeno conto delicioso) e a partir daí largar as terras quentes de S. Tomé tornou-se um sacrifico, a todos os momentos me apetecia viajar para as roças, para as praias desertas, para a varanda de Luís Bernardo e sentar-me a ouvir um dos seus discos levados de Lisboa, ajudar nos preparativos da visita de Sua Majestade, convencer com Ann e David.
Ficou-me a curiosidade de ver como tudo acabava, qual o rumo que o Governador daria à ilha e à sua vida, para onde o levariam os devaneios políticos e amorosos, se para os braços do amor, se da política, se do mundo.
Li os últimos capítulos sofregamente e quando terminei só me ocorreu que já não se vivem vidas assim nos nossos dias, e é pena. Vou sentir falta do Luís Bernardo e das rosas loucas ao adormecer.
Fica a self note: As edições ilustradas não são portáteis e tiram quase toda a piada de ler na cama.
http://osmeuslivros.wordpress.com/2008/12/01/equador/
"E de novo acredito que nada do que é importante se perde verdadeiramente. Apenas nos iludimos, julgando ser donos das coisas, dos instantes e dos outros. Comigo caminham todos os mortos que amei, todos os amigos que se afastaram, todos os dias felizes que se apagaram. Não perdi nada, apenas a ilusão de que tudo podia ser meu para sempre".
Este é um trecho do livro Equador, de Miguel Sousa Tavares.
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segunda-feira, 26 de março de 2012
nos momentos de solidão, dá poesia....
Sem teu abraço
Eu cabia todinha dentro
Do teu abraço.
Se sentia frio, arrulhava
Se vinha o calor, libertava
Eram apertados e suaves
Quentes e sedentos, os teus abraços...
Se vinha o silencio,
Era conforto no meio da noite
Na volta, o despertar do orvalho...
Eu queria ficar nele,
Apenas isso: estar contigo.
RS 03/26/12
O preço da negligência - Paloma Oliveto
Estudo sobre mortalidade de 12,3 mil idosos na América Latina, China e Índia conclui que a falta de políticas públicas faz com que doenças tratáveis gerem mais óbitos que o previsto.
Paloma Oliveto
Aos 63 anos, a aposentada Maria Pereira sofre com um sério problema na coluna e precisa de um marcapasso para controlar um mal cardíaco |
A morte está chegando cedo demais para os idosos, segundo um estudo da pesquisadora brasileira Cleusa Ferri, do King’s College London e da Universidade Estadual de São Paulo (Unesp), publicado na revista PLoS Medicine. Embora seja natural que a maior parte dos óbitos ocorra entre pessoas mais velhas, o aumento mundial da expectativa de vida faz com que homens e mulheres com mais de 60 anos ainda tenham um grande potencial de contribuição à sociedade. Essa faixa etária, porém, de acordo com o artigo, é negligenciada, principalmente em países em desenvolvimento, onde faltam políticas específicas para ela.
“Eu acho que uma das mensagens mais importantes desse estudo é chamar a atenção para o fato de que o conceito de morte precoce está mudando”, destaca Cleusa. “Hoje, as pessoas estão vivendo mais e contribuindo para a sociedade por mais tempo, daí a importância de se estudar o assunto nesse grupo etário”, justifica. No artigo publicado na PLoS, uma equipe internacional de pesquisadores analisou as tendências de mortalidade entre 12.373 idosos da América Latina, da Índia e da China. As principais causas de óbito são as doenças crônicas, embora, em alguns lugares, tuberculose e problemas hepáticos estejam no topo do ranking. Dados do Brasil não entraram, mas, de acordo com o Ministério da Saúde, a realidade aqui não é diferente.
Ao analisar os fatores socioeconômicos por trás das mortes, os pesquisadores constataram que educação, trabalho, renda e recebimento de pensão são inversamente proporcionais aos óbitos precoces, sendo a escolaridade o indicador mais importante. Na área urbana da Índia, por exemplo, entre a população idosa mais vulnerável, 20% encontravam-se em situação de insegurança alimentar. Na República Dominicana, somente 30,5% recebiam pensão. Na zona rural do México, 84,2% não haviam terminado sequer o ensino primário.
Vulnerabilidade Sem nenhum estudo, Maria Pereira Dias, de 63 anos, jamais recebeu orientações de campanhas sobre cuidados com a saúde. Na zona rural de Januária, no Norte de Minas, onde nasceu, começou a trabalhar cedo para ajudar a família. “Sempre trabalhei na casa dos outros, graças a Deus”, relata. O excesso de serviço prejudicou a coluna da mulher, que precisa mostrar a carteira de identidade para provar a idade – ela parece ser pelo menos 10 anos mais velha. Mesmo com dores por todo o corpo, foi doméstica até oito anos atrás, quando se aposentou, recebendo um salário mínimo por mês.
Maria tem um marcapasso, instalado há quatro anos. O que mais a incomoda, porém, são as pernas dormentes. “Eu não sei o que é isso. Já me disseram que eu tinha diabetes, depois falaram que não. Acho que é porque trabalhei muito na friagem. Às vezes, fico tonta, caio e não enxergo nada. Por causa dessas pernas, não consigo sair na rua, até porque tenho medo de ser atropelada”, diz a mulher, que é mãe de oito filhos e, mesmo doente, ajuda a criar seis netos.
Os fatores socioeconômicos são importantes, mas os pesquisadores destacam que apenas a classe social não pode explicar a vulnerabilidade de idosos ao óbito precoce. Outros estudos já demonstraram que doenças cardiometabólicas ocorrem, principalmente, entre pessoas com alto nível educacional. Por isso, eles destacam a importância de haver políticas de saúde pública direcionadas aos idosos, independentemente do fator renda. “Proteção social para pessoas mais velhas e um sistema de saúde efetivo na prevenção e no tratamento de doenças crônicas podem ser tão importantes quanto o desenvolvimento econômico e humano”, dizem no artigo.
O mundo
envelhece
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), entre 1980 e 2010, a expectativa de vida do brasileiro subiu de 62 anos e 7 meses para 73 anos e 6 meses. Em países desenvolvidos, como os Estados Unidos, a expectativa média é de 80 anos. Já em nações mais pobres, como países da África Subsaariana, as pessoas vivem menos
que 40 anos.
envelhece
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), entre 1980 e 2010, a expectativa de vida do brasileiro subiu de 62 anos e 7 meses para 73 anos e 6 meses. Em países desenvolvidos, como os Estados Unidos, a expectativa média é de 80 anos. Já em nações mais pobres, como países da África Subsaariana, as pessoas vivem menos
que 40 anos.
Em busca de proteção
Antenor teve de se aposentar, mas se considera apto para trabalhar |
No Brasil, há quase seis anos, foi aprovada a Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa, voltada a cidadãos com mais de 60 anos. “O envelhecimento populacional desafia a habilidade de produzir políticas de saúde que respondam às necessidades das pessoas idosas. A proporção de usuários idosos de todos os serviços prestados tende a ser cada vez maior, quer pelo maior acesso às informações do referido grupo etário, quer pelo seu expressivo aumento relativo e absoluto na população brasileira”, justifica a Portaria nº 2.528/2006.
O documento, que institui o conjunto de medidas protetivas, como a criação da carteira de saúde do idoso e a articulação de ações do Sistema Único de Saúde com o Sistema Único de Assistência Social, destaca que incapacidades funcionais e limitações físicas não são consequências inevitáveis do envelhecimento. “A prevalência da incapacidade aumenta com a idade, mas a idade, sozinha, não prediz incapacidade”, diz o texto. “Envelhecer, portanto, deve ser com saúde, de forma ativa, livre de qualquer tipo de dependência funcional, o que exige promoção da saúde em todas as idades.”
Voltar a trabalhar e não depender de ninguém é tudo com o que sonha o aposentado Antenor José dos Santos, de 63 anos. Até oito meses atrás, ele fazia serviços gerais, de capina a montagem de tubulações 30m abaixo do solo. O trabalho rendia, em média, R$ 1 mil, o suficiente, segundo ele, para comprar alimentos e roupas e viver razoavelmente bem na casa que aluga, no Distrito Federal. Com os braços fortes e a saúde geral em dia, Antenor, porém, teve de se aposentar, ganhando um salário mínimo. Ele tem uma doença degenerativa nos membros inferiores e agora só anda de bengala. No ano passado, ficou quatro dias internado para fazer uma cirurgia, que não ocorreu. “Me mandaram embora, dizendo que não tinha mais lugar para mim. Todo mês vou atrás e não consigo remarcar a operação. Sou forte e posso trabalhar. Só que agora não consigo fazer mais nada.”
Insuficiência Cleusa Ferri reconhece os avanços da legislação e das políticas sociais brasileiras. “O Brasil, em relação a outros países em desenvolvimento, tem melhorias importantes na área de intervenções focadas na vulnerabilidade econômica e social da população idosa”, diz. Ela lembra, porém, que na prática ainda há o que melhorar.
“Estamos ainda muito aquém do que poderia ser feito, com diferenças regionais extraordinárias. Minha cunhada, recentemente, estava em férias e teve um acidente vascular cerebral no interior do Ceará e foi atendida em um serviço local. O médico a dispensou, dizendo que era ‘piripaque’”, relata Cleusa. “Meu irmão a levou para um hospital particular em Fortaleza, onde um AVC extenso foi diagnosticado, deixando sequelas importantes em uma mulher de 45 anos de idade. Essas sequelas teriam sido minimizadas ou talvez completamente eliminadas se o médico tivesse feito o diagnóstico e o tratamento agudo tivesse sido adequado. Imagine, então, a realidade da população idosa dessa mesma região”, questiona.
Para a pesquisadora, é preciso pensar não apenas nos idosos de hoje, mas nas gerações que envelhecerão. “Como sugerimos no artigo, o acesso universal à educação pode conferir benefícios à saúde de idosos no futuro. Em relação aos idosos atuais, sugerimos que as políticas de prevenção ainda são totalmente voltadas à população adulta ativa e que isso tem que mudar. Prevenir a morte precoce e melhorar a saúde do idosos em geral tem que ser uma prioridade.”
O documento, que institui o conjunto de medidas protetivas, como a criação da carteira de saúde do idoso e a articulação de ações do Sistema Único de Saúde com o Sistema Único de Assistência Social, destaca que incapacidades funcionais e limitações físicas não são consequências inevitáveis do envelhecimento. “A prevalência da incapacidade aumenta com a idade, mas a idade, sozinha, não prediz incapacidade”, diz o texto. “Envelhecer, portanto, deve ser com saúde, de forma ativa, livre de qualquer tipo de dependência funcional, o que exige promoção da saúde em todas as idades.”
Voltar a trabalhar e não depender de ninguém é tudo com o que sonha o aposentado Antenor José dos Santos, de 63 anos. Até oito meses atrás, ele fazia serviços gerais, de capina a montagem de tubulações 30m abaixo do solo. O trabalho rendia, em média, R$ 1 mil, o suficiente, segundo ele, para comprar alimentos e roupas e viver razoavelmente bem na casa que aluga, no Distrito Federal. Com os braços fortes e a saúde geral em dia, Antenor, porém, teve de se aposentar, ganhando um salário mínimo. Ele tem uma doença degenerativa nos membros inferiores e agora só anda de bengala. No ano passado, ficou quatro dias internado para fazer uma cirurgia, que não ocorreu. “Me mandaram embora, dizendo que não tinha mais lugar para mim. Todo mês vou atrás e não consigo remarcar a operação. Sou forte e posso trabalhar. Só que agora não consigo fazer mais nada.”
Insuficiência Cleusa Ferri reconhece os avanços da legislação e das políticas sociais brasileiras. “O Brasil, em relação a outros países em desenvolvimento, tem melhorias importantes na área de intervenções focadas na vulnerabilidade econômica e social da população idosa”, diz. Ela lembra, porém, que na prática ainda há o que melhorar.
“Estamos ainda muito aquém do que poderia ser feito, com diferenças regionais extraordinárias. Minha cunhada, recentemente, estava em férias e teve um acidente vascular cerebral no interior do Ceará e foi atendida em um serviço local. O médico a dispensou, dizendo que era ‘piripaque’”, relata Cleusa. “Meu irmão a levou para um hospital particular em Fortaleza, onde um AVC extenso foi diagnosticado, deixando sequelas importantes em uma mulher de 45 anos de idade. Essas sequelas teriam sido minimizadas ou talvez completamente eliminadas se o médico tivesse feito o diagnóstico e o tratamento agudo tivesse sido adequado. Imagine, então, a realidade da população idosa dessa mesma região”, questiona.
Para a pesquisadora, é preciso pensar não apenas nos idosos de hoje, mas nas gerações que envelhecerão. “Como sugerimos no artigo, o acesso universal à educação pode conferir benefícios à saúde de idosos no futuro. Em relação aos idosos atuais, sugerimos que as políticas de prevenção ainda são totalmente voltadas à população adulta ativa e que isso tem que mudar. Prevenir a morte precoce e melhorar a saúde do idosos em geral tem que ser uma prioridade.”
Clara de Assis: a coragem de uma mulher apaixonada
Há 800 anos, na noite de 19 de março de 1212, dia seguinte à festa de Domingos de Ramos, Clara de Assis, toda adornada, fugiu de casa para unir-se ao grupo de Francisco de Assis na capelinha da Porciúncula que ainda hoje existe. As clarissas do mundo inteiro e toda a família franciscana celebram esta data que significa a fundação da Ordem de Santa Clara espalhada pelo mundo inteiro.
Clara junto com Francisco - nunca devemos separá-los, pois se haviam prometido, em seu puro amor, que “nunca mais se separariam” segundo a bela legenda época - representa uma das figuras mais luminosas da Cristandade.
É bom lembrá-la neste mês de março, dedicado às mulheres. Por causa dela, há milhões de Claras e Maria Claras no mundo inteiro. Ela, de família nobre de Assis, dos Favarone, e ele, filho de um rico e afluente mercador de tecidos, dos Bernardone.
Com 16 anos de idade quis conhecer o então já famoso Francisco com cerca de 30 anos. Bona, sua amiga íntima conta, sob juramento nas atas de canonização, que entre 1210 e 1212 Clara “foi muitas vezes conversar com Francisco, secretamente, para não ser vista pelos parentes e para evitar maledicências”.
Destes dois anos de encontro nasceu grande fascínio um pelo outro. Como comenta um de seus melhores pesquisadores, o suíço Anton Rotzetter em seu livro Clara de Assis: a primeira mulher franciscana (Vozes 1994): “neles irrompeu o Eros no seu sentido mais próprio e profundo pois sem o Eros nada existe que tenha valor, nem ciência, nem arte, nem religião, Eros que é a fascinação que impele o ser humano para o outro e que o liberta da prisão de si mesmo”(p. 63). Esse Eros fez com que ambos se amassem e se cuidassem mutuamente mas numa transfiguração espiritual que impediu que se fechassem sobre si mesmos. Francisco afetuosamente a chamava de a “minha Plantinha”.
Três paixões cultivaram juntos ao longo de toda vida: a paixão pelo Jesus pobre, a paixão pelos pobres e a paixão um pelo outro. Mas nesta ordem. Combinaram então a fuga de Clara para unir-se ao seu grupo que queria viver o evangelho puro e simples.
A cena não tem nada a perder em criatividade, ousadia e beleza, das melhores cenas de amor dos grandes romances ou filmes. Como poderia uma jovem rica e bela fugir de casa para se unir a um grupo parecido com os “hippies” de hoje?
Pois assim devemos representar o movimento inicial de Francisco. Era um grupo de jovens ricos, vivendo em festas e serenatas que resolveram fazer uma opção de total despojamento e rigorosa pobreza nos passos de Jesus pobre. Não queriam fazer caridade para pobres, mas viver com eles e como eles. E o fizeram num espírito de grande jovialidade, sem sequer criticar a opulenta Igreja dos Papas.
Na noite do dia 19 de março, Clara, escondida, fugiu de casa e chegou à Porciúncula. Entre luzes bruxoleantes, Francisco e os companheiros a receberam festivamente. E em sinal de sua incorporação ao grupo, Francisco lhe cortou os belos cabelos louros. Em seguida, Clara foi vestida com as roupas dos pobres, não tingidas, mais um saco que um vestido.
Depois da alegria e das muitas orações foi levada para dormir no convento das beneditinas a 4 km de Assis. 16 dias após, sua irmã mais nova, Ines, também fugiu e se uniu à irmã. A família Favarone tentou, até com violência, retirar as filhas. Mas Clara se agarrou às toalhas do altar, mostrou a cabeça raspada e impediu que a levassem.
O mesmo destemor mostrou quando o Papa Inocêncio III não quis aprovar o voto de pobreza absoluta. Lutou tanto até que o Papa enfim consentisse. Assim nasceu a Ordem das Clarissas.
Seu corpo intacto depois de 800 anos comprova, uma vez mais, que o amor é mais forte que a morte.
Leonardo Boff é teólogo e filósofo
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