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sábado, 5 de maio de 2012

Lua, lua, lua.....

"superlua"

a lua de Perigeu está na janela do meu quarto






Lua de Perigeu

Na noite de hoje e na madrugada de domingo (6 de maio), a Lua estará mais brilhante e com uma aparência maior. É a chamada "superlua", o melhor momento do ano para apreciar o satélite.

O fenômeno, chamado também de "lua de perigeu", ocorre quando a Lua cheia coincide com o momento exato em que o satéite passa mais próximo da Terra.

A Lua está em média a 384,4 mil km da Terra, mas a órbita do satélite em torno do nosso planeta não é um círculo exato, e sim uma elipse, com um lado cerca de 50 mil km mais próximo do que o outro. Isso faz com que, a cada volta que a Lua dá, ela chegue a um ponto de máxima aproximação da Terra, chamado perigeu.

Ao menos uma vez a cada 12 meses o perigeu ocorre em uma noite de Lua cheia, como acontece nesta noite, fazendo com que ela pareça mais brilhante do que no resto do ano. Em teoria, a Lua será vista hoje com um tamanho 14% superior ao usual e brilho 30% maior.

O perigeu é comumente associado a catástrofes naturais. Uma das teorias diz respeito à influência deste fenômeno ocorrido em 1912 no acidente do Titanic, em 14 de abril do mesmo ano.

Segundo a Nasa, agência espacial americana, não há garantia de que todo mundo possa perceber a diferença de tamanho ao olhar para o céu, mas o melhor momento para tentar visualizar a superlua é quando a Lua está próxima da linha do horizonte, no começo da noite.

O fenômeno influencia a intensidade das marés, principalmente do oceano Atlântico, mas o aumento é de poucos centímetros, sem qualquer risco para quem vive nas regiões costeiras.

A maioria dos estudos modernos descarta qualquer relação entre essa fase da Lua e mudanças no comportamento das pessoas.

NOTA: ela me acompanhará no meu translado do hemisferio norte ao sul. A lua, minha eterna companheira, vai iluminando o caminho....
regina 

Viola Enluarada - Marcos Valle e Milton Nascimento



Marcos Valle e Milton Nascimento - Viola Enluarada

A mão que toca um violão
Se for preciso faz a guerra
Mata o mundo
Fere a Terra...

A voz que canta uma canção
Se for preciso
canta um hino

Louva a morte!...

Viola em noite enluarada
No sertão é como espada
Esperança de vingança

O mesmo pé que dança um samba
Se preciso
Vai à luta

Capoeira!!!...

Quem tem de noite a companheira
Sabe que a paz é passageira
Pra defendê-la se levanta

E grita: Eu vou!!!

Mão, violão, canção, espada.
E viola enluarada
Pelo campo e cidade...

Porta-bandeira, capoeira
Desfilando
vão cantando

Liberdade!

Milton:
Quem tem de noite a companheira
Sabe que a paz é passageira
Pra defendê-la se levanta. E grita:

Eu vou!

Porta-bandeira capoeira
Desfilando vão cantando
Liberdade!!!...

Liberdade!!!

A lucidez coloquial de Isabel Allende.



 



(...) o mais terrível da velhice não é a solidão, mas a dependência. Não quero incomodar meu filho e meus netos com a minha decrepitude, embora não fosse nada mau passar meus últimos anos perto deles. Fiz uma lista de prioridades para meus 80 anos: saúde, recursos econômicos, família, cachorra, histórias. Os dois primeiros pontos me permitiriam decidir como e onde viver; o terceiro e quarto me acompanhariam; e as histórias me manteriam calada e divertida, sem atritos com ninguém. Willie e eu temos pavor de perder a lucidez e com isso Nico ou, pior ainda, estranhos, decidam por nós. Penso em você, filha, que esteve meses à mercê de desconhecidos antes que pudéssemos te trazer para a Califórnia. Quantas vezes você pode ter sido maltratada por um médico, uma enfermeira ou uma empregada, e eu não fiquei sabendo? Quantas vezes terá desejado, no silêncio daquele ano, morrer de uma vez e em paz?
Os anos transcorrem silenciosos, na ponta dos pés, zombando da gente em sussurro, e de repente nos assustam no espelho, nos acertam nos joelhos e nos cravam um punhal nas costas. A velhice nos ataca dia após dia, mas parece se tornar evidente ao final de cada década. Há uma foto minha, tirada aos 49 anos, apresentando O plano infinito na Espanha; é de uma mulher jovem, as mãos nos quadris, desafiante, com um xale vermelho nos ombros, as unhas pintadas e uns longos brincos de Tabra. Foi nesse exato momento, com Antonio Banderas a meu lado e uma taça de champanhe na mão, que me disseram que você acabava de dar entrada no hospital. Saí correndo, sem imaginar que a tua vida e a minha juventude estavam por terminar. Outra foto minha, um ano mais tarde, mostra uma mulher madura, os cabelos curtos, os olhos tristes, a roupa escura, sem enfeites. O corpo me pesava, eu me olhava no espelho e não me reconhecia. Não foi apenas tristeza que me envelheceu subitamente, porque, ao repassar o álbum de fotos familiares, pude comprovar que quando fiz 30 anos e depois 40 também houve uma mudança drástica na minha aparência. Assim será no futuro, só que, em vez de eu perceber a cada década, será a cada ano bissexto, como diz minha mãe. Ela vai vinte anos adiante de mim, abrindo caminho, mostrando como serei em cada etapa de minha vida. “Tome cálcio e hormônios, para que seus ossos não falhem, como os meus”, me aconselha. Repete que me cuide, que me ame, que saboreie as horas, porque tudo se vai muito rápido, que não deixe de escrever, para manter a mente ativa, e que faça ioga para poder me abaixar e calçar os sapatos sozinha.
Acrescenta que não me esforce para preservar uma aparência jovem, porque os anos serão notados de qualquer forma, por mais que a gente disfarce, e não há nada mais ridículo que uma velha botando banca de lolita. Não há truques mágicos que evitem a deterioração, no máximo pode-se adiar um pouco. “Depois dos cinqUenta, a vaidade só serve para sofrer”, me garante essa mulher com fama de bonita. Mas a fealdade da velhice me assusta e penso combatê-la enquanto me restar saúde; por isso estiquei a cara com cirurgia plástica, já que não descobriram a forma de rejuvenescer com uma poção. Não nasci com a esplêndida matéria-prima de Sofia Loren, necessito de toda a ajuda que possa conseguir. A cirurgia equivale a desprender músculos e pele, cortar o que sobra e costurar a carne de novo na caveira, colada como malha de bailarino. Durante semanas tive a sensação de andar com uma máscara de madeira, mas no final valeu a pena. Um bom cirurgião pode enganar o tempo. Esse é um assunto que não devo comentar na frente de minhas Irmãs da Desordem ou de Nico, porque acham que a velhice tem a sua beleza própria, inclusive com verrugas peludas e varizes. Você era da mesma opinião, Paula. Sempre gostou mais dos velhos que das crianças.

deu no "Sarau"




Maria Bethânia se declara a Chico Buarque no 'Sarau': 'Sou apaixonada por ele'

Por: Carla Bittencourt em

Maria Bethânia é a convidada do "Sarau", apresentado por Chico Pinheiro. No programa, que será exibido em dois episódios (dias 4 e 11 de maio), ela cantará antigos sucessos e músicas de seu novo CD, "Oásis de Bethânia". Bethânia chegou ao local da gravação alegre, disposta a contar em detalhes os 47 anos de uma trajetória iluminada. Maria Bethânia chegou ao Rio de Janeiro em 1965, para substituir Nara Leão no espetáculo Opinião. De lá para cá, já são 50 discos de sucesso. No bate-papo com Chico Pinheiro, ela falou de sua admiração pelas cantoras Billy Holliday, Janis Joplin, Amy Winehouse, Dalva de Oliveira e Nana Caymmi. E destacou compositores importantes na sua carreira, como Gonzaguinha e Chico Buarque. Sobre Chico, a estrela baiana foi mais longe: " Eu sou apaixonada por ele, Thais (Gulin) que se cuide...", disse rindo.
Entre as curiosidades de bastidores, um namoro inusitado. Bethânia contou que teve uma história com Jerry Adriani, na época da Jovem guarda: "Ele tinha um Simca Chambord lindo, me buscava na saída do Opinião e me levava pra passear. Nara morria de inveja". Uma conversa divertida, entremeada de grandes sucessos. Bethânia cantou músicas que não canta em público há muito tempo, como "Carcará", "Olhos nos olhos" e "Explode coração".


 

Leia mais: http://extra.globo.com/tv-e-lazer/telinha/maria-bethania-se-declara-chico-buarque-no-sarau-sou-apaixonada-por-ele-4799490.html#ixzz1u1AYjZli

vida violada

04/05/2012

Laerte diz ter perdido livro inédito com material roubado de sua casa

Obra não-publicada seria coletânea de material do cartunista desde 2004.
Casa do artista foi roubada na terça (1º); dois computadores foram levados.

Rafael SampaioDo G1 SP

Campanha virtual pede que obras de Laerte não sejam apagadas de computadores roubados (Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal)

Campanha virtual pede que obras de Laerte não sejam deletadas de computadores roubados (Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal)
O cartunista Laerte Coutinho, que teve sua casa assaltada nesta terça-feira (1º), diz estar comovido com a campanha via internet pela devolução de sua obra, iniciada na tarde desta quinta-feira (3). Em menos de oito horas, 2,4 mil pessoas compartilharam um aviso em rede social pedindo que o acervo do artista, guardado em dois computadores e um HD externo roubados, não sejam apagados. "É uma amostra de afeto, eu fico muito sensibilizado com isso", afirma Laerte.
Uma das maiores perdas para o artista foi um livro inédito, que ele estava preparando para ser publicado em breve. "Havia uma coletânea que eu estava montando do meu trabalho mais recente, de 2004 para cá", diz Laerte. O trabalho, que ainda não tinha nome, ficou "bem comprometido". "Tenho um entendimento com a Companhia das Letras [para publicar], mas estava tudo no ar. A gente tinha o propósito de fazer o livro com esse material [que foi roubado]."
O cartunista ressalta não ter backup dos arquivos perdidos. A grande maioria são ilustrações e tiras publicadas desde 2000. "Eu estava fazendo o backup, mas esse 'armazém geral' era no HD externo, que foi levado junto", diz Laerte. "Não levaram o monitor, o teclado, o mouse, não levaram CDs nem DVDs", ressalta. Ele afirma que uma pequena parte do seu material de trabalho está em CDs e poderia ser recuperado, se "as mídias não fossem antigas e não estivessem danificadas".
O quadrinista não acredita que os criminosos irão devolver o conteúdo dos computadores, mesmo com a campanha. "Ele [o bandido] estaria se expondo ao devolver, não acho que faria isso. Se chegasse até mim uma proposta de comprar meu acervo, acho que procuraria a polícia", afirma.
Recuperar o material será difícil, de acordo com Laerte. "Eu vou atrás do que existe por aí de arquivo nos jornais, em editoras. Vai ser um trabalho de formiguinha, vou ter que contar com a sorte e a tecnologia", diz. Além dos computadores, pouca coisa foi roubada da casa, que fica no Rio Pequeno, na Zona Oeste de São Paulo. "Meus equipamentos eletrônicos são todos velhos, esse telefone deve ter uns 50 anos", ri o artista. "Não levaram minha televisão. Levaram um microondas de quase 12 anos, um grill e dois botijões de gás."
Algumas medidas de segurança estão sendo tomadas por Laerte após o crime. "Tem uma corrente de bicicleta que coloquei no portão. Talvez eu bote uma trava na parte debaixo da porta, para não facilitar para o bandido", diz. São poucas as prevenções, diz o cartunista, poque não existe segurança em São Paulo. "Quanto mais você se blinda, mais qualifica o ataque. O sujeito que chegar a você se você tem alarme em casa é o mais qualificado de todos", diz.

Laerte 1 (Foto: Reprodução/TV Globo)
Recuperar material roubado será difícil e não há
backup, diz Laerte (Foto: Reprodução/TV Globo)
Laerte nega a possibilidade de se mudar de casa. "Não existe uma região da cidade que esteja imune. Nem os prédios em condomínios, a gente vê a quantidade de arrastões", diz. O cartunista faz uma conta: cerca de um terço das casas da sua rua já sofreram roubos do mesmo tipo em que os criminosos arrombam o imóvel e levam objetos sem que os donos estejam em casa. "O pessoal coloca o primeiro olhar sobre a favela [que existe na região]. Acho isso uma injustiça."
A porta do imóvel foi destruída pelo arrombamento, segundo Laerte, que mora sozinho. "Não havia ninguém na casa, só as minhas duas gatas. Uma delas é paraplégica, ela fica presa na cozinha quando viajo. Quando voltei, encontrei as duas na calçada".

Violado
A sensação de ter a casa roubada é a de ter a vida violada, segundo Laerte. "O sumiço dos arquivos é parte do problema. Outra parte é revirarem suas gavetas. Estava tudo no chão. Móveis, roupas. Você vê sua intimidade devassada. É uma coisa que desestabiliza", diz o cartunista. Para ele, toda vítima de roubo em casa deve ter uma sensação similar. "Você se sente invadido, é um caldeirão de sentimentos", completa.
Laerte registrou um boletim de ocorrência no 93º Distrito Policial, no Jaguaré. Para ele, não há expectativa de que a polícia recupere os computadores e os arquivos. "Os policiais foram muito gentis, fazendo o trabalho deles, mas é difícil. Tem um problema estrutural da polícia, que é desaparelhada", lamenta.
O cartunista quer que, além do seu caso, a campanha virtual a seu favor inclua os objetos retirados de moradores de rua da Praça da Sé, em ações realizadas por agentes públicos. "Eu fico comovido com o movimento de solidariedade, e gostaria que, além de mim, ele fosse estendido a eles [moradores de rua]. Os bens deles muitas vezes são a única coisa que tem, significam a sua própria vida, e para o poder público eles são lixo", critica.
Laerte diz, em um apelo, que as obras furtadas em seus computadores não tem valor de venda. "O material roubado não tem valor para ninguém. Ninguém seria louco de publicar, pode ser processado e identificado [como criminoso]. O único valor é para mim, são meus materiais de trabalho."

http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2012/05/laerte-diz-ter-perdido-livro-inedito-com-material-roubado-de-sua-casa.html