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segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Uma do Aldir

DOIS PRA LÁ, DOIS PRA CÁ ELIS REGINA


... sobre os misteriosos meios por que uma canção se torna nossa, de como é possível que uma melodia tem de guardar nela significados que vão além dela mesma e se imiscuem na vida de quem as ouve, multiplicando-os exponencialmente, me lembrou uma história em que isto ocorre numa tal grau que compreende-se o processo, ainda que não racionalmente, mas no mesmo nível em que ele se dá – no centro do que na falta de outro nome chamamos de coração, como Wisnik diz. Quem conta é Aldir Blanc, é eu reconto de memória, de modo que se soma na narrativa os eventuais romanceamentos da repetição na lembrança e o estilo particular, meio rodrigueano, do próprio autor - que a vivenciou realmente.
Conta Aldir que um dia estava num bar zurrapa de um largo da lapa qualquer, quando, na mesa ao lado, começou uma altercação entre dois sujeitos – dois caras bem grandes, sendo um deles um negão com qualquer coisa entre dois e três metros de altura. A desavença foi num crescendo, da discordância passando aos xingamentos e desses às ameaças físicas, e o Aldir na mesa próxima, já muito receoso do momento em que começassem a voar garrafas, mesas e cadeiras, procurando onde poderia se refugiar.
Pois foi então que o inesperado fez uma surpresa: bem no instante em que o Aldir pensou que os dois brutamontes iam partir para as vias de fato, justamente o maior deles, o tal negão, vociferou: “Eu só não vou lhe partir a cara agora mesmo porque está tocando a MINHA música!”
Dito isto, o gigante se recolheu a uma mesa mais afastada, colocou a cabeça entre as mãos e (permitam o estilo) prorrompeu a soluçar como uma criança. Nos pobres auto-falantes do boteco, a voz de Elis Regina interpretava Dois pra lá, dois pra cá, de João Bosco e Aldir Blanc.
Aldir afirma que depois de ter visto isso, deixou de considerar Dois pra lá, dois pra cá como uma música sua – esta e qualquer outra, aliás. Dois pra lá, dois pra cá é daquele negão - e de qualquer um que tenha a capacidade de senti-la tão a fundo. E quem sou eu para discordar?

cama & mesa


para a cabeça: pelos
para o nariz: seu cangote
para os ouvidos: sussurros
para os olhos: sonhos
para a boca: pele

para os lábios: beijos
para os cabelos: vento
para o pescoço: mordida
para o peito: esperança
para as mãos: carícias
para a barriga: espaço
para o quadril: movimento
para os joelhos: versos
para o pensamento: expressão
para o coração: anseios
para os músculos: espasmos
para os pés: caminhos




Michael Jackson tribute, Gone Too Soon lyrics


Jackson's doctor found guilty of manslaughter

Michael Jackson's doctor was convicted Monday of involuntary manslaughter after a trial that painted him as a reckless caregiver who administered a lethal dose of a powerful anesthetic that killed the pop star.



Sussurrando...


Ele me disse: “Pode pesar, não quero que pese...”

E eu não entendi o significado, nem o tamanho do peso....

E se não doesse? Se não houvesse nenhuma espera, nenhuma angústia? Se não fosse necessário que essa palavra viesse, que esse dizer chegasse? Se eu não ficasse na janela, na estação, na calçada? Se não houvesse esse silêncio com gosto de ontem? Se não queimasse a pele cada letra não escrita? Se eu não me encolhesse, miúda, pra caber na sua mão? Se eu seguisse, apenas seguisse, sem precisar?



Se não doesse -

CHICO....sempre ele!!!!


Chico Buarque: 67 anos de poesia (Ou "O chico é eterno")



A Arte é um tipo de conhecimento que transita no terreno arenoso das paixões, da sensibilidade, da intuição, do aspecto mais fluídico do Ser. A Filosofia e a Ciência, diferentemente, perquirem os aspectos estáveis da realidade, utilizando um discurso lógico e rigoroso, quase dogmático, movidas pela crença na posse de um conhecimento objetivo (universal e necessário). Mas a Arte conta com uma linguagem que não se submete aos cânones convencionais de forma e conteúdo, por isso o artista, mesmo quando se contradiz, é capaz dizer: ali está o real, sem qualquer necessidade de demonstração.

O poeta e escritor Francisco Buarque de Holanda é, por excelência, a personificação do artista no sentido estrito do termo. É capaz de sintetizar numa frase aquilo que filósofos e cientistas não conseguem em tratados inteiros. Chico é irreverente, ousado, rigorosamente desordeiro. Sabe que a ordem é produto do intelecto humano e a vida – o seu verdadeiro objeto – não tem regras preconcebidas, e que, para capturá-la, é preciso lançar a rede ao desconhecido sem saber o que nela virá.

Chico quando olha para a sociedade sempre a inverte e subverte. Fala do guri e do pivete de forma não institucionalizada. O menor infrator não é somente um delinqüente, mas alguém que vive a vida em suas limitações, fraquezas e ilusões. A meretriz, filha do desprezo, ironicamente precisa conter o asco de dormir com um nobre forasteiro para redimir uma cidade inteira. O que é o justo e o correto? O poeta não diz, apenas nos atormenta com suas insinuações.

Quando fala do sentimento feminino, não o faz buscando definições universais com descrições exatas e idealizadas, mas retrata a mulher individual, imperfeita, que sofre com a submissão; que se desespera e chora baixinho atrás da porta ao ser abandonada. Que espera o marido no portão todo dia, fazendo tudo igual. Fala também de uma mulher forte, que leva o sorriso da gente e é capaz de encontrar outro “mais e melhor”, como quem diz: “não se mirem no exemplo das mulheres de Atenas”.

Chico sabe que não é preciso ser filósofo para ver o que está ao redor dos acontecimentos. Quando se vai contra a correnteza, a roda viva (o sistema) nos leva “para lá”. Que o malandro - na dureza - não é julgado, condenado e culpado pelo gole de cachaça que indevidamente consumiu, mas pela situação, pelo contexto, que, como um turbilhão, faz o que quer com o nosso destino.

Mas o poeta, ao mesmo tempo, ri e brinca com o próprio destino, culpando-o ironicamente das nossas imperfeições e desditas, das nossas condutas transgressoras, sugerindo que não há um anjo malvado ou um chato de um querubim capaz de nos fazer bons ou ruins; nem mesmo existe um Deus gozador que se compraz em nos colocar em situações embaraçosas, porque a vida é responsabilidade nossa, enquanto pudermos sorrir, enquanto pudermos cantar.

Chico, mais uma vez, desbanaliza o cotidiano nos dizendo que não é na Lapa que está o verdadeiro malandro, mas em algum lugar do serviço público, com gravata, mulher, tralha e tudo. E que apesar dele, amanhã há de ser outro dia. E se esse dia chegar, não será obra do acaso, mas daqueles que nada tem a perder para ousarem formar um verdadeiro cordão contra os poderosos. Porque a vida tem sempre saída, a vida tem sempre razão.

As palavras são a matéria prima do poeta. Falando sério ou só por ouvir dizer, ele sabe quão difícil é acordar calado. Que não há coisa mais nobre no mundo que expressar o pensamento. Não há meio termo possível: ou a voz é nossa ou de mais ninguém. Chico sabe que as palavras tem o condão de criar a realidade, como o artista cria as metáforas. Cala-se, dizendo. Diz em silêncio, “porque a dor não passa”. Porque a condição humana é simples e cruel.

Quando ele fala de amor, parece querer nos confundir. Desdenha do grande amor mudando de calçada; mas, de repente, sente o peito arder de desejo ao ver Cecília passar. Chico não fala de um amor atemporal – pretensão dos filósofos – mas de um sentimento mundano que nos faz contar segredos lindos e indecentes; ou que nos deixa paralisados ao ver a amada saindo do mar. O poeta denuncia a instabilidade do espírito humano, "que ri e chora, que chora e ri".

O Chico é isso e muito mais, porque com a sua arte nos faz duvidar das crenças do dia a dia, nos provoca, nos deixa inseguro e depois nos conforta com uma linda canção de amor. Porque a verdade não é o seu tema. O seu objeto é, simplesmente, a vida.

Parabéns ao Francisco, porque o Chico é eterno!
http://blogdefilosofiadowolgrand.blogspot.com/2011/06/chico-buarque-67-anos-de-poesia-ou-o.html



 

Rima interna


Tres poetas nuevos y una casa de la cultura

por Martín López-Vega


1. En los años de la bonanza, España se llenó de casas de cultura con tres salones de actos (uno por si vienen mil personas, otro por si vienen cien y otro por si el conferenciante y su familia), museos de ya veremos qué y otros monumentos a la apariencia y a la buena comisión urbanística. Muy cerca de mi pueblo, basándose en un garabato que regaló Oscar Niemeyer, montaron un chiringuito gigante en el que junto a actividades interesantes (pero limitadas casi a aquellos que tenían invitación, como el famoso Shakespeare de Kevin Spacey y Sam Mendes) hicieron otras absurdas como una exposición de la colección de máscaras de Wole Soyinka (que al ver el sitio vino a decir algo así como “si llego a saber que es tan grande, me traigo las buenas”) y pagaron viajes y hoteles a unos cuantos bradpits del mundo para salir en los papeles. Ahora se pelean por el sitio el presidente regional nuevo y el de antes y a ver en qué acaba la cosa. La cultura, como siempre, es lo de menos para un clase política que nunca ha tenido muy claro que hay una cosa que se llama así y que es distinta del espectáculo (en otro chiringo de esos cercanos a mi pueblo, comenzaron queriendo ser referentes de la cultura moderna y acabaron por encargarle la programación a José Luis “toma” Moreno). Mientras tanto, a las bibliotecas se les limaba cada vez más el presupuesto para compras y a nadie se le ocurría que, tal vez, convendría empezar por la base y, qué sé yo, conseguir que tuviesen algún mínimo interés por la lectura no ya los alumnos de literatura, sino los profesores de esa misma materia...

Entre las pocas excepciones a una política cultural absurda y derrochadora (centros regionales de las letras mediantes: ¿qué sentido tiene pagar a dos conferenciantes, más vuelos, cenas y hoteles, para que luego haya tres personas en el acto, contando al bibliotecario y al señor que va al lugar a domir la siesta?) está la ya más veces alabada Editora Regional de Extremadura. La alabanza, claro, va dirigida a su catálogo y a su diseño, pero probablemente necesitaría muchos matices si montar una editorial es la mejor forma que tiene una administración de gastarse los dineros públicos en cultura. Preocupación de ciudadano que no afecta al disfrute como lector de sus nuevas publicaciones, claro. Luis María Marina (Cáceres, 1978) había publicado ya un libro de poemas en México, Lo que los dioses aman (2008) pero Continuo mudar (Editora Regional de Extremadura) es su primera colección editada en España. Se trata de un libro de influencias cruzadas que dan lugar a una voz muy personal. La intersección entre el barroco castellano y el modernismo mexicano dan a luz, contra todo pronóstico, a un poeta claro, que conoce el valor exacto de cada palabra y que además no le teme a ningún tema. En el primer poema del libro, Santo Tomás visita Auschwitz para escuchar el diálogo entre Celan, Edipo y dos judíos polacos. En el siguiente, Francisco de Goya dialoga con “España, madre amantísima” recuperando un tema tan caro a la poesía patria como orillado en los últimos tiempos (tan presente, por lo demás, en las hojas volanderas de los periódicos). El libro es variado en temas y tonos como para reducirlo a una definición apresurada, pero conviene anotar el nombre de Luis María Marina y tener en cuenta su propuesta a la hora de los recuentos de la última poesía española.

2. Contra la crisis, que afecta (y mucho) a las editoriales con colección de poesía, la italiana Mondadori ha comenzado (bastante al estilo de la serie de Faber & Faber "New Faber poets", incluso en el diseño) una colección de plaquettes para dar cabida a los autores más jóvenes. Los diecisiete poemas de Canti dell'abbandono presentan al romano (de 1980) Carlo Carabba, heredero de lo mejor de la tradición italiana en lo que tiene de exacta y compleja construcción de lo que podríamos llamar epigrama narrativo. Un nombre más a seguir de la riquísima poesía italiana contemporánea. Dejo aquí como ejemplo la traducción de su poema “Los cielos del sur”:

Es diez de agosto y los cuerpos son estrellas
que descienden la avenida
entre las luces de los bares y los restaurantes
para turistas. Relajado
esperararía el paso
de las Nereidas sin embargo
camino lentamente llego a la plaza.
De cuantos encuentro
imagino sus historias -y me equivoco siempre.
De los hombre de los astros
lo sé todo, leyes del movimiento
ejes de inclinación
las fases de la vida
y de disolución. No conozco
más de cuanto revelan
la materia y los principios
de un universo ardiente siempre opaco.
Si saltase más allá
encontraría el estupor
del centinela solo y silencioso
la primera noche austral.

3. Curses and Wishes (Louisiana State University Press), primer libro de poemas de Carl Adamshick (nacido en el Toledo de Ohio), es uno de mis estrenos favoritos de la temporada. La cantidad y calidad de la poesía norteamericana contemporánea actual, tanto ya consolidada como joven, es enorme, y tan difícil de cartografiar que si uno toma cualquiera de las antologías que por allí circulan rara vez encontrará coincidencia de nombres. El tiempo dirá. El año pasado se publicó en España La familia americana. Antología de nueva poesía de Estados Unidos, preparada por Elizabeth Zuba y Carlos Pardo, tan parcial como cualquier otra (privilegia sobre todo a los autores con tics modernetes) pero repleta de sorpresas y propuestas interesantes. Adamshick (quien además es uno de los fundadores de la interesantísima editorial Tavern Books) sigue otra veta, más narrativa, de la poesía norteamericana, pero rompe la semilla desde dentro y añade un punto de extrañeza (hacia sí mismo y el mundo) que da lugar a una voz nueva, distinta más por honda que por vistosa, más por su profundidad que por sus tics. Un ejemplo, esta “Confesión de un albaricoque”:

Amo equivocadamente.

Con solemnidad en las manos,
en el modo en que la palma se curva
conforme al contorno de la piel,
a cómo desencadenará una historia.

Tal debería ser el peregrinaje.
El tacto de un manantial.
Eso es lo que santifica.

Esta súplica. Esta misericordia.
Que mi peregrinación alcance a todos,
cerca de cada inexactitud, de la astringente
mordacidad, de la paz caprichosa, de las palabras
privadas. Querría estar cerca del habla.
Sentir el suspiro de cada uno.

Después de florecer, colgaré.
La encíclica que ha llegado
por las ramas
nos enseña a arraigar, a convertirnos
en el diseño que nuestro interior esconde.

Carne que ayuda a la piedra a ser árbol.

No quiero llevar la vida
a mis extremidades, ver cómo se preparan
a sí mismas para perpetuarme.
Quiero tocar y ser tocado
por cosas parecidas de este mundo.

Quiero conocer algunos días de perfección
secular. Ya tarde en esta gran estación
la luz difusa de la mañana
esconde el horizonte marino. Todo
tiene el color de una pizarra, una suave lápida
en la que apretujar una filosofía entera.
http://elcultural.es/blogs_comentario/Rima_interna/22/32582/Tres_poetas_nuevos_y_una_casa_de_la_cultura

Magic y la infancia eterna

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07NOV 2011 09:30

 

Cejas canas, de abuelo; patas de gallo, de cincuentón; papada rolliza, de jubilado... Qué bonito llegar a viejo. Magic Johnson lo celebra desde la página web de su Fundación, donde, desde hace días, un reloj descontaba segundos hasta llegar a la medianoche pasada, cuando se cumplían las dos décadas exactas del anuncio de su enfermedad. El reloj a cero no marca el final, sino el principio. Y a esa alegría nos sumamos quienes 20 años atrás le creíamos irremediablemente enterrado.Éramos demasiado menudos para comprender que VIH no es lo mismo que sida y que estar enfermo no significa estar muerto y, mucho menos, dejar de vivir. Aunque aquella incultura no era sólo cosa de nuestra falta de luces adolescentes, sino uno de tantos estigmas que nuestros mayores cargaban sobre los infectados por VIH. El tiempo, en cuerpo de Magic, se encargó de desmentir el supuesto destino inmediato, irremediable y fúnebre de los enfermos. Ése es su triunfo, revitalizado cada amanecer, un éxito que se suma al logrado aquel 7 de noviembre de 1991, al que corresponde la imagen superior. "La vida sigue y voy a ser un hombre feliz", prometió entonces, en el inicio de una batalla con magníficas secuelas más allá de sí mismo.


Al anunciar su drama, negó los mitos circulantes y cambió la concepción sobre la pandemia. Antes que Magic, celebridades como el actor Rock Hudson o el tenista Arthur Ashe habían hecho pública su enfermedad, pero la repercusión de sus anuncios resultó apenas reconocible en la concienciación social. Sin embargo, desde Magic, definitivamente, el VIH dejó de ser una exclusiva de homosexuales, drogadictos y negros africanos, esos 'apestados', para convertirse en una amenaza posible para todos, también para un rico, famoso y heterosexual como Magic, que siempre había mostrado desprecio por las campañas antisida. La enfermedad cambió la filosofía de Magic y Magic cambió la filosofía sobre la enfermedad. Sacó a los infectados de la marginalidad, despertó a la sociedad de su infancia y nos perpetuó a muchos en ese tiempo virgen.
Nada de lo que algunos vimos, casi palpamos, después, compite con la ilusión que emanaba de aquella NBA, desde el duelo Magic-Bird que enganchó a nuestros hermanos mayores hasta la dicotomía que nos tocó a los chavales de 1991. La 'vida' nos bendecía, aunque nos obligaba a la más dura de las elecciones, entre Michael Jordan y Magic Johnson, es decir, entre quien sería el mejor jugador de la historia y quien era nuestro modelo accesible. Jordan hacía cosas que era ridículo intentar incluso en canastas de minibasket. Sin embargo, para 'ser' como Magic bastaba la imaginación y una sonrisa. En los años que siguieron, Jordan se daría a competir con Dios y, durante sus retiradas transitorias y tras la definitiva, no le faltarían supuestos sucesores. A Magic, sin embargo, nadie jamás le mentaría herederos. Único, aún más que Jordan, no hubo nadie después que se le asemejara. Sólo nosotros, sus niños eternos.
PD.: En 1991, en un artículo en primera persona en el 'Sports Illustrated', Magic escribió: "Es casi seguro que en 10 años desarrollaré la enfermedad". Pasaron otros 10 más y aún no lo hizo, como prueba de los avances de la ciencia y como denuncia de tantas muertes evitables.

http://www.elmundo.es/blogs/deportes/pressing/2011/11/07/magic-y-la-infancia-eterna.html

Decálogo dos Direitos do Blogueiro



10. Toda blogagem se dará em paz e exercitará a liberdade de expressão inerente a qualquer democracia. A blogagem estará a salvo de perseguição política, religiosa ou doutrinária de qualquer caráter. O blogueiro será livre para dizer o que lhe venha à telha, desde que, obviamente, não cometa com a linguagem crimes de calúnia ou plágio.

9. Todo blogueiro terá o direito de passar um dia sem blogar e não receber mensagens alarmistas, preocupadas ou encheção de saco. Os blogueiros serão poupados de receber emails com gritaria ou esbravejação em letras maiúsculas e, no caso de recebê-los, serão livres para exercitarem o direito de ignorá-los ou apagá-los.

8. Todas as blogueiras terão direito de blogar em próprio nome, em pseudônimo ou em heterônimo como lhes apraza, de forma exclusiva ou simultânea. Assim como todos os outros direitos nomeados aqui preferencialmente no feminino, este também se aplica, evidentemente, aos homens que possam, saibam ou ousem exercitá-lo.

7. Sendo publicitário, funcionário público, palhaço, vendedor de seguro, jogador de futebol, aeromoça, professor universitário, paquita, lixeiro ou desempregado nas horas vagas, o blogueiro tem direito de não ser importunado, agredido, chantageado ou ofendido por sua escolha ou necessidade profissional fora das horas de blogagem.

6. Todas as blogueiras terão direito de livre associação em quaisquer grupos, incluindo-se aí grupos com objetivos e programas contraditórios. Entender-se-á a blogagem sobretudo como um direito à coexistência bizarra, insólita e feliz de diferenças na internet. Na blogosfera haverá paz de se retribuir as visitas ao blogs de cada um na devida temporalidade baiana que deve reger as coisas, sem pressa, sem culpa e sem cobrança. Ao visitar o blog alheio o blogueiro também temperará o natural desejo da recíproca com semelhante tranqüilidade.

5. Toda blogueira estará livre de qualquer responsabilidade sobre afirmações feitas por outras pessoas em seu blog. Nenhuma blogueira poderá ser interpelada, processada ou censurada por ofensas ditas por outrem em seu blog. Caso alguma pessoa se sinta ofendida por algum comentário e reclame, a blogueira terá amplo tempo para decidir qual a atitude correta de anfitriã que exercita seus direitos de cidadã numa democracia onde àqueles correspondem, é claro, deveres também.

4. A todo blogueiro será garantido o direito de promover votações, concursos, citações, retrospectivas, autolinkagem ou reciclagem sem ser acusado de estar ficando sem assunto.

3. Todo blog terá liberdade absoluta de linkar, deslinkar e relinkar como lhe preze, entendendo-se que a linkagem é ato livre, unilateral e jamais significa, por si só, um endosso de conteúdo do site linkado. Todo blogueiro terá paz para ir linkando aqueles que o linkam ou não, na medida em que ele vá viciando-se em blogs.

2. Todo blogueiro terá o direito de exercitar periodicamente o direito de dizer abobrinhas sobre assuntos que não entende, de tal forma que os blogs de futebol serão apoiados quando resolvam falar de música e os blogs de economia contarão com a compreensão geral quando decidam falar sobre a composição do vinho. Mais bobagem que certas revistas semanais blog nenhum conseguirá dizer.

1. Todo blogueiro terá o direito de propor decálogos incompletos – eneálogos, na verdade – e solicitar ser completado, corrigido ou auxiliado pela caixa de comentários. Esqueci de alguma coisa? Sejam bem-vindos.

Escrito por Idelber às 02:26 | link para este post |

Golden Gate Bridge prepara-se para a festa de aniversário


SÃO FRANCISCO - Daqui a sete meses, um dos ícones da arquitetura mundial da primeira metade do século XX completa 75 anos: a Golden Gate Bridge, na entrada da Baía de São Francisco, na Califórnia, comemora seu jubileu de diamante em 27 de maio de 2012.

Curiosidade: cada uma das duas torres de sustentação contém 21,5 mil toneladas de aço, pesa 44 mil toneladas e aguenta 61,5 mil toneladas. Por ano, 40 milhões de veículos passam pela ponte, e passarão inclusive no dia 27 de maio de 2012. Por conta da multidão de 1987, no aniversário de 75 anos não haverá caminhadas acima da baía gelada. Mas a cidade californiana tem planos grandiosos para festejar o aniversário de seu maior símbolo. E um dos maiores ícones americanos: em maio deste ano, para marcar os 74 anos do monumento, o jornal "San Francisco Chronicle" definiu a ponte de design art déco, projetada pelo engenheiro Joseph Strauss, como "um engenho maravilhoso da era da Depressão".

Para os 75 anos, está prevista uma série de 75 palestras, performances e eventos culturais diversos. O "75 Tributes", como o programa está sendo chamado, começa em janeiro e termina nos píeres de São Francisco no fim de semana de 26 e 27 de maio (o dia 28 será o feriado do Memorial Day). Para este fim de semana prolongado estão previstos eventos gratuitos, como exposições de memorabilia e peças históricas, shows de música e caminhadas guiadas. O Golden Gate National Parks Conservancy criou um website para a festa: goldengatebridge75.org .

Quem visitar São Francisco um pouco antes ou depois das comemorações, também poderá tirar proveito do aniversário: as trilhas no parque nacional que cerca a ponte, que liga a cidade ao norte do estado da Califórnia, passarão por melhorias, e nelas serão inaugurados dois novos mirantes. Mas mesmo nos pontos de observação, nem sempre é fácil fotografar a Golden Gate de primeira, por causa da neblina constante na baía. Aliás, diz a história que o arquiteto Irving Morrow, responsável pela cor da ponte, escolheu laranja-avermelhado justamente para contrastar com os cinzas da água, do céu e das nuvens. Um dos melhores lugares para fotografar a ponte é justamente na água, ou melhor, no barco, a caminho da ilha de Alcatraz, por exemplo.
Os projetos festivos têm um custo estimado de US$ 8 milhões. Greg Moore, diretor executivo do Golden Gate National Parks Conservancy, disse ao "Chronicle" que a ideia é angariar parte dos recursos com empresas privadas e fundos de filantropia. Outra fonte de renda será a memorabilia criada especialmente para o aniversário. Um calendário de 2012, com desenhos da ponte, já está a venda no site oficial por US$ 9,95.

 



Há 25 anos, na festa do cinquentenário, mais de 800 mil pessoas apareceram naquela manhã de primavera dispostas a caminhar a pé pela bela ponte suspensa, que no dia ficou fechada ao tráfego de automóveis. Umas 300 mil de fato estiveram em cima da Golden Gate ao mesmo tempo e, bem, a estrutura naturalmente flexível acusou o excesso de peso.

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/viagem/mat/2011/11/04/uma-das-pontes-mais-famosas-do-mundo-golden-gate-de-sao-francisco-prepara-sua-festa-de-75-anos-925737164.asp#ixzz1d2Evb4uQ
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