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terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Silencio - Ojos de Brujo

"O resto é silêncio." William Shakespeare

Todo o resto é silêncio....
Tudo aquilo que não fiz, que não sonhei, que não pensei... é silêncio.
Todas as armadilhas em que me emaranhei, calada em minha prosa interior... é silêncio.
Se muito disse, ou nada disse, não importa. O silêncio de minhas dúvidas estava presente.
Se questionei ou duvidei, sinto que o silêncio das respostas vagas me calaram.
O silêncio é arma secreta. Silêncio é bom , silêncio é resposta.
Silencio meus sonhos, meus medos, minha agonia.
Às vezes quero gritar, alto. Fazer ecoar minha voz embargada, mas o silêncio as contém.
E contida no silêncio , fico emudecida . Não tem mais eco.
Tudo virou silêncio. E eu sei o por que....

NOITE FELIZ




Canções de Natal
A mais popular das músicas da noite de Natal, “Noite Feliz”, foi criada pelo padre Joseph Franz Mohr e pelo professor Franz Xavier Grueber. A letra veio da inspiração do padre, em uma noite estrelada, que ficou imaginando como teria sido a noite em Belém, quando Jesus nasceu. Escreveu a letra em forma de poema, uniu a melodia presenteada pelo compositor Grueber e utilizou-a na Missa do Galo de 1818. Hoje, “Noite Feliz” é cantada em inúmeros idiomas.


Noite Feliz
Noite feliz! Noite feliz!
Oh Senhor, Deus de Amor,
Pobrezinho nasceu em Belém.
Eis na lapa Jesus, nosso bem.
Dorme em paz, oh Jesus!
Dorme em paz, oh Jesus!
Noite feliz! Noite feliz!
Eis que no ar vêm cantar
Aos pastores
Os anjos do céu
Anunciando
A chegada de Deus,
De Jesus Salvador!
(BIS)
Noite feliz! Noite feliz!
Oh! Jesus, Deus da Luz,
Quão amável é teu coração
Que quiseste nascer
Nosso irmão
E a nós todos salvar.
E a nós todos salvar!


12 Days of Christmas by Wind Walker




By Ronald R. Caseby, Chichester, WS, England, UK. PO19 5DN

Origin of "The Twelve Days of Christmas"


The above song to most people is just a nonsense rhyme set to music. But it is more than just a repetitious melody and had quite a serious purpose when it was written. Roman Catholics in England during the period 1558 to 1829 were prohibited from any practice of their faith by law in private or in public. It was in fact a crime to be a Roman Catholic.
"The Twelve Days of Christmas" was written in England as one of the "Catechism Songs" to help secret young Roman Catholics learn the tenets of their faith. The poem was a memory aid for those unenlightened times when to be caught with anything in writing indicating adherence to the Roman Catholic faith could not only get you transported to a nasty place such as America, but also imprisoned, beheaded or hanged.
The song's gifts are hidden meanings to the teachings of the faith. The "true love" mentioned in the song doesn't refer to an earthly suitor, it refers to God. The "me" who receives the presents refers to every baptised person. The partridge in a pear tree is Jesus Christ and the two turtle doves are the old and new Testaments.
The other verses represent the following:

3 French Hens are Faith, Hope and Charity,

4 Calling Bird are The Four Gospels,

5 Golden Rings are the first five books of the Old Testament,

6 Geese A-Laying are the six days of creation,

7 Swans A-Swimming are the seven gifts of The Holy Spirit,

8 Maids A-Milking are the eight beatitudes,

9 Ladies Dancing are the nine fruits of the Holy Spirit,

10 Lords A-Leaping are the Ten Commandments,

11 Pipers Piping are the eleven faithful apostles,

12 Drummers Drumming are the twelve points of doctrine in the Apostle's Creed.

ENDS.

      The Twelve days of Christmas start the day after Christmas Day, and end twelve days later on the 6th January with the Feast of Epiphany. Epiphany being from the Greek word for "manifestation," it being both a celebration of the Christ's Baptism (later reduced by the Church authorities to the solemn blessing of the Baptismal water) and of the revelation to the Three Wise Men, or Kings, or Magi. Shakespeare's play "Twelfth Night" makes the old reckoning of dates clear and also of the belief that the Christmas decorations should come down, and the tree removed from the house, 12 days after Christmas Day. Many Roman Catholic and high Anglican Churches in the UK would not sing Christmas Carols before Christmas Day. Even the traditional Nine Lessons and Carols Service was not held before the Sunday after Christmas Day. It was also normal when I was a child in the 1940s for all the family to help put up the decorations on Christmas Eve and sing all but the last verse (reserved for Christmas Day) of "The Holly and the Ivy" as we worked. This jolly time would end with Evening Prayers after which we children would hang one of our socks (usually the largest we could find) by an unlit fireplace and go to bed very tired for it was by then much later than our usual bedtime. On these occasions "The Holly and the Ivy" was called a Carol but was a lesson for us on how the ancient heathen religions of our country were replaced by Christian worship. Many of these old traditions seemed to break down during World War II and have all but vanished. But there are still some diehards. An elderly lady admonished me less than six days before Christmas Day 2002 for humming Carols in our Public Swimming Pool as I did my daily exercises. She said she objected not to my happiness but to the tunes being those for Carols which should not be voiced until Christmas Day. The day after Christmas Day in the UK is known as Boxing Day when we are supposed to open our Christmas "Boxes" (just another word for wrapped goods) which Santa brought to us in the early hours of Christmas Day morning and left in our stockings. So the 26th of December is called Boxing Day and marks the first of the 12 days of Christmas.
Thus, "The Twelve Days of Christmas" starts off with "On the first day of Christmas . . ." because it was thought wrong when it was written for Christians to sing Carols outside of Church before Boxing Day. So, being a very proper young lass, the subject of the Carol would open the first gift that her true love had sent on Boxing Day. That "true love" represented God who had sent Jesus to be born the day before, and all the gifts sent on the subsequent days of Christmas were gifts disguised in the words of the song that came to all believers from God through his son Jesus Christ.
So you would be correct to publish the facts about the Carol "The Twelve Days of Christmas" at any time between 26th December 2002 and 6th January 2003 according to these ancient facts and standards.


Natal


Rubem Braga


É noite de Natal, e estou sozinho na casa de um amigo, que foi para a fazenda. Mais tarde talvez saia. Mas vou me deixando ficar sozinho, numa confortável melancolia, na casa quieta e cômoda. Dou alguns telefonemas, abraço à distância alguns amigos. Essas poucas vozes, de homem e de mulher, que respondem alegremente à minha, são quentes, e me fazem bem, "Feliz Natal, muitas felicidades!"; dizemos essas coisas simples com afetuoso calor; dizemos e creio que sentimos; e como sentimos, merecemos. Feliz Natal!

Desembrulho a garrafa que um amigo teve a lembrança de me mandar ontem; vou lá dentro, abro a geladeira, preparo um uísque, e venho me sentar no jardinzinho, perto das folhagens úmidas. Sinto-me bem, oferecendo-me este copo, na casa silenciosa, nessa noite de rua quieta. Este jardinzinho tem o encanto sábio e agreste da dona da casa que o formou. É um pequeno espaço folhudo e florido de cores, que parece respirar; tem a vida misteriosa das moitas perdidas, um gosto de roça, uma alegria meio caipira de verdes, vermelhos e amarelos.

Penso, sem saudade nem mágoa, no ano que passou. Há nele uma sombra dolorosa; evoco-a neste momento, sozinho, com uma espécie de religiosa emoção. Há também, no fundo da paisagem escura e desarrumada desse ano, uma clara mancha de sol. Bebo silenciosamente a essas imagens da morte e da vida; dentro de mim elas são irmãs. Penso em outras pessoas. Sinto uma grande ternura pelas pessoas; sou um homem sozinho, numa noite quieta, junto de folhagens úmidas, bebendo gravemente em honra de muitas pessoas.

De repente um carro começa a buzinar com força, junto ao meu portão. Talvez seja algum amigo que venha me desejar Feliz Natal ou convidar para ir a algum lugar. Hesito ainda um instante; ninguém pode pensar que eu esteja em casa a esta hora. Mas a buzina é insistente. Levanto-me com certo alvoroço, olho a rua e sorrio: é um caminhão de lixo. Está tão carregado, que nem se pode fechar; tão carregado como se trouxesse todo o lixo do ano que passou, todo o lixo da vida que se vai vivendo. Bonito presente de Natal!

0 motorista buzina ainda algumas vezes, olhando uma janela do sobrado vizinho. Lembro-me de ter visto naquela janela uma jovem mulata de vermelho, sempre a cantarolar e espiar a rua. É certamente a ela quem procura o motorista retardatário; mas a janela permanece fechada e escura. Ele movimenta com violência seu grande carro negro e sujo; parte com ruído, estremecendo a rua.

Volto à minha paz, e ao meu uísque. Mas a frustração do lixeiro e a minha também quebraram o encanto solitário da noite de Natal. Fecho a casa e saio devagar; vou humildemente filar uma fatia de presunto e de alegria na casa de uma família amiga.




Texto extraído do livro "A Borboleta Amarela", Editora do Autor - Rio de Janeiro, 1963, pág. 124.