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domingo, 29 de janeiro de 2017

La La Land

Elio Gaspari em 'La La Land' cura qualquer mau humor

Por mais algumas semanas funcionarão pelo mundo afora salas de distribuição de bom humor. Seja qual for a aporrinhação que azara a vida do sujeito, ele poderá entrar num cinema e o filme "La La Land" o ajudará a ficar de bem com a vida. (O juiz Moro deveria fazer sessões terapêuticas para os seus hóspedes de Curitiba.)

"La La Land" tem romance, poesia e a mágica da máquina de moer gente de Hollywood. Tudo isso e mais dois grandes atores: Ryan Gosling (um músico à procura de um cantinho para seu talento) e Emma Stone (uma jovem atriz sem futuro). Isso e mais os olhos dela, capazes de cantar.

Passarão os anos para que se saiba o nome dos diretores de elenco que humilharam Ryan e Emma. (A cena do diretor que encerrou o teste para combinar um almoço aconteceu com ele, não com ela.)

Quase tudo ali é fantasia e verdade. Ela não trabalhava numa lanchonete, mas numa loja de petiscos para cachorros. A Emma da vida real é muito mais obstinada. Quando tinha 14 anos montou para os pais uma apresentação de PowerPoint intitulada "Projeto Hollywood". Meses depois, a mãe mudou-se com ela para Los Angeles. O resto é o sonho americano no cenário de Hollywood.

Desde 1951, quando o diretor Vittorio De Sica botou os favelados de Milão montados em vassouras e voando felizes sobre a praça do Duomo, essa mágica dá sorte aos filmes. Em 1982, Steven Spielberg botou o E.T. para voar na caçamba da bicicleta do garoto. Emma e Ryan voam dançando.




http://www1.folha.uol.com.br/colunas/eliogaspari/2017/01/1853945-la-la-land-cura-qualquer-mau-humor.shtml