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quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Discutindo a relação - ANIME-SE!

"Eu te amo"

Eu te amo quando não preciso mais dizer te amo.
Eu te amo quando te deixo partir ou ficar – conforme você queira.
Eu te amo quando reconheço teu Direito de Fazer Escolhas.
Eu te amo quando respeito tua própria liberdade tanto quanto a minha.
Eu te amo quando compreendo tua vontade de às vezes ficar só.
Eu te amo quando não te sufoco com chiliques ou pressões.
Eu te amo quando ponho afeto entre as nossas distâncias.
Eu te amo quando aplaudo sempre os teus desejos de voar.
Eu te amo quando me convenço de que o ciúme é o câncer do amor.
Eu te amo quando te ajudo a ser mais livre do que era quando eu te conheci.
Eu te amo quando a recíproca a tudo isso também é verdadeira.

Esse poema é do Edson Marques

Medo da Chuva
É pena que você pense
Que eu sou seu escravo
Dizendo que eu sou seu marido
E não posso partir
Como as pedras imóveis na praia
Eu fico ao seu lado sem saber
Dos amores que a vida me trouxe
E eu não pude viver
Eu perdi o meu medo
O meu medo, o meu medo da chuva
Pois a chuva voltando
Pra terra traz coisas do ar
Aprendi o segredo, o segredo
O segredo da vida
Vendo as pedras que choram sozinhas
No mesmo lugar
Eu não posso entender
Tanta gente aceitando a mentira
De que os sonhos desfazem aquilo
Que o padre falou
Porque quando eu jurei meu amor
Eu traí a mim mesmo, hoje eu sei
Que ninguém nesse mundo
É feliz tendo amado uma vez...
Uma vez
Eu perdi o meu medo
O meu medo, o meu medo da chuva
Pois a chuva voltando
Pra terra traz coisas do ar
Aprendi o segredo, o segredo
O segredo da vida
Vendo as pedras que
Choram sozinhas no mesmo lugar
Vendo as pedras que
Choram sozinhas no mesmo lugar
Vendo as pedras que
Sonham sozinhas no mesmo lugar
Composição: Paulo Coelho / Raul Seixas


A Maçã
Se esse amor
Ficar entre nós dois
Vai ser tão pobre amor
Vai se gastar...
Se eu te amo e tu me amas
Um amor a dois profana
O amor de todos os mortais
Porque quem gosta de maçã
Irá gostar de todas
Porque todas são iguais...
Se eu te amo e tu me amas
E outro vem quando tu chamas
Como poderei te condenar
Infinita tua beleza
Como podes ficar presa
Que nem santa num altar...
Quando eu te escolhi
Para morar junto de mim
Eu quis ser tua alma
Ter seu corpo, tudo enfim
Mas compreendi
Que além de dois existem mais...
Amor só dura em liberdade
O ciúme é só vaidade
Sofro, mas eu vou te libertar
O que é que eu quero
Se eu te privo
Do que eu mais venero
Que é a beleza de deitar...
Quando eu te escolhi
Para morar junto de mim
Eu quis ser tua alma
Ter seu corpo, tudo enfim
Mas compreendi
Que além de dois existem mais...
Amor só dura em liberdade
O ciúme é só vaidade
Sofro, mas eu vou te libertar
O que é que eu quero
Se eu te privo
Do que eu mais venero
Que é a beleza de deitar...
Composição: Raul Seixas / Paulo Coelho

O QUE VOCÊ ACHA?

"I Heart Jazz"

O Ministério da Saúde adverte: jazz pode emocionar mais do que seu coração possa aguentar (rs)...





Jazz é preponderantemente emoção, mas também pode ser humor (rs)! Este vídeo foi selecionado pela Associação de Jornalistas de Jazz dos EUA (Jazz Journalist Association), para concorrer ao prêmio na categoria "vídeo do ano" (VIDEO SHORT FORM OF THE YEAR) no Jazz Jornalist Awards (vide o referido post abaixo). O autor desta animação é o produtor e cartunista Allan Mesquida, que também é saxofonista de jazz -- inclusive é dele o solo de saxofone tocado pelo personagem do vídeo, Smigly. Para assistir mais vídeos emocionantes, acesse nossa página de VIDEOS disposta no topo do blog!

Everybody Hurts - R.E.M.


Everybody Hurts

(Berry/Buck/Mills/Stipe)

When the day is long and the night, the night is yours alone,
When you're sure you've had enough of this life, well hang on
Don't let yourself go, 'cause everybody cries and everybody hurts sometimes

Sometimes everything is wrong. Now it's time to sing along
When your day is night alone, (hold on, hold on)
If you feel like letting go, (hold on)
When you think you've had too much of this life, well hang on

'Cause everybody hurts. Take comfort in your friends
Everybody hurts. Don't throw your hand. Oh, no. Don't throw your hand
If you feel like you're alone, no, no, no, you are not alone

If you're on your own in this life, the days and nights are long,
When you think you've had too much of this life to hang on

Well, everybody hurts sometimes,
Everybody cries. And everybody hurts sometimes
And everybody hurts sometimes. So, hold on, hold on
Hold on, hold on, hold on, hold on, hold on, hold on
Everybody hurts. You are not alone

Para além da milionésima parte de diferente




Fora uma fotografia feliz. Era um ritual seu, o de as fotografar depois do duche que lhes apetecia, sempre, a seguir ao prazer. Mais do que nos momentos de intimidade partilhados momentos antes, era nesses instantâneos que nelas captava aquilo que Kundera chamara a “milionésima parte de diferente” que distinguia cada uma de todas as outras. Mas desta vez a diferença ia muito para além de milionésimos. E, por isso, ao contrário de todas as outras que saíam, ainda a pingar a água do duche, para não mais voltarem, desta vez quis o que nunca quisera. Que ela ficasse. Que ela voltasse. Que voltasse, uma, duas, três vezes, até ficar para sempre. Ela era, não tinha dúvidas, aquilo que Teresa fora para o Tomaz de Kundera. Ela era a síntese dos milhares de milionésimas partes de diferente (uma por noite nos últimos vinte anos, assim o provavam as fotografias) que somara ao longo da sua vida de predador. A essência viera, finalmente. Se era isto a que chamavam amor, ele aí estava em todo o seu esplendor.
Nunca percebera por que se fora ela, de forma tão repentina. Aquela sua cara, que ele captara a seguir ao duche retemperador do prazer, parecia ser a imagem da felicidade pura. Parecia. Mas ele sabia que ela não era uma mulher como as outras. Para o bem e para o mal, a sua diferença ia para além de milionésimos. Aparecera-lhe, assim, sem mais nem menos, para lhe mudar a vida. E mudara. Depois dela, nunca mais tivera uma mulher. Se não a tinha, pensava ele, não podia ter mais nenhuma. Porque a tinha para sempre. E tudo, por causa de uma fotografia que nunca mais o largou.

 

Com qualquer dez mil réis e uma negra se faz um vatapá?

 

“Décadas depois do que ocorreu na Europa e nos Estados Unidos, finalmente a era das empregadas domésticas está chegando ao fim no Brasil. As moças pobres querem estudar para seguir outra profissão, já não têm como horizonte apenas dedicarem suas vidas às vidas de outras gentes. Não querem ser mais ‘praticamente da família’, como se dizia, querem ter suas próprias famílias. Tampouco almejam que suas filhas herdem o serviço, trabalhando para os filhos dos patrões, como acontecia antigamente. ‘A família dela está na nossa família há anos’: quantas vezes ouvi isso? Acabou.
Mas vejam o que se dá. Em vez de dizermos ‘adeus, queridas, obrigada por tudo’ e tentarmos descobrir outra maneira de cuidar da casa e criar nossos filhos, o que se vê são narizes torcidos. Fala-se das moças que não querem mais dormir no emprego porque estudam à noite como ‘esnobes sem causa’. Ironiza-se a empregada que ’se acha melhor do que a patroa’, a que sente saudade de sua terra e quer ir embora, a ‘estudante-de-direito’. Acusa-se toda uma categoria de estar fazendo guerra de classes dentro de casa, roubando as patroas. Por último: como antes se importava do Nordeste, agora importam-se criadas do Paraguai.
Em termos familiares, construímos nossas vidas com a ilusão de que teríamos empregadas domésticas para sempre. No Brasil, ao contrário de outros países, as crianças passam um tempo mínimo na escola. Em casa, ensinamos nossos filhos – e eu mesma me penitencio por isso – a não fazerem qualquer tarefa doméstica. Há quem se gabe de, na cozinha, ser incapaz de fritar um ovo. Mas, sem as empregadas, já não somos como a garota do anúncio antigo da batedeira Walita, toda sorridente porque, depois, vai ter quem limpe a bagunça. Órfãs, não sabemos o que fazer daqui para a frente.
Para começo de conversa, não há maneira mais digna de se lidar com esta realidade do que aceitar que nossas empregadas estão subindo na vida. Sem chororô, com orgulho: é mais uma etapa que superamos do subdesenvolvimento. O que temos de fazer é modificar a maneira como vivemos até agora – exigindo escolas integrais e semi-integrais para nossos filhos, por exemplo. Também é preciso, mais do que nunca, que homens e mulheres, adultos e crianças, ajudem nas tarefas do lar, lembrando que as divisões por gênero foram abolidas há muito. Não nos resta outra saída a não ser simplificar nosso modo de morar, de viver – e de comer. Chegou a hora de aprender a mexer o vatapá.”
Trecho de As garotas Walita órfãs, artigo de Cynara Menezes
O título do post remete à canção Vatapá, de Dorival Caymmi
 
 

Losing My Religion - R. E .M . (Canada)


Losing My Religion

Berry/Buck/Mills/Stipe


Oh, life is bigger
It's bigger than you
And you are not me
The lengths that I will go to
The distance in your eyes
Oh no, I've said too much
I set it up

(chorus)
That's me in the corner
That's me in the spotlight, I'm
Losing my religion
Trying to keep up with you
And I don't know if I can do it
Oh no, I've said too much
I haven't said enough
I thought that I heard you laughing
I thought that I heard you sing
I think I thought I saw you try

Every whisper
Of every waking hour I'm
Choosing my confessions
Trying to keep an eye on you
Like a hurt lost and blinded fool, fool
Oh no, I've said too much
I set it up
Consider this
Consider this
The hint of the century
Consider this
The slip that brought me
To my knees failed
What if all these fantasies
Come flailing around
Now I've said too much
I thought that I heard you laughing
I thought that I heard you sing
I think I thought I saw you try

But that was just a dream
That was just a dream

(repeat chorus)

But that was just a dream
Try, cry, why try?
That was just a dream
Just a dream, just a dream
Dream

Com Dionísio ou com Abraão?






“Nossas vidas são dominadas pelo conflito eterno e irreconciliável entre Atenas e Jerusalém. De um lado, o mundo não do hedonismo, mas da tolerância, do reconhecimento de que o sexo e o amor têm suas dimensões irônicas e perversas. De outro, a exigência pétrea do sacrifício, da restrição e da conformidade, e a invenção de punições cada vez mais cruéis para os desvios, como se não fosse este próprio fanatismo o responsável por tudo.”

Do escritor anglo-americano Christopher Hitchens