A Alegoria da Caverna é um texto contido na "República", livro VII, onde se narra o diálogo de Sócrates com Glauco e Adimato. É um dos textos mais lidos na história da filosofia. Nele, Platão utilizou linguagem metafórica para ilustrar o quanto estamos presos a preconceitos e superstições. Basicamente, é o relato da vida de homens que nascem e vivem dentro de uma caverna e ficam voltados para o fundo dela. Ali contemplam apenas uma réstia de luz que reflete sombras no fundo da parede. E esse é o seu mundo. Porém, certa dia, um dos habitantes resolve voltar-se para o lado de fora da caverna. Assim que olha, quase fica cego devido à intensidade da luz. Mas, aos poucos, vai vislumbrando um "outro mundo", completamente diferente daquele visto no fundo da caverna. Então, volta-se para dentro para narrar esse maravilhoso fato aos seus amigos, mas estes não acreditam nele e, revoltados com a "mentira", o matam.
Com essa alegoria, Platão pretende dividir o mundo em duas realidades distintas: a sensível, que se percebe pelos sentidos, e a inteligível (o mundo das ideias). A primeira realidade é imperfeita, falsa, enquanto a segunda mostra toda a verdade possível ao homem. Portanto, o ser humano deveria procurar o mundo da verdade para atingir o bem maior para sua vida. Entretanto, a grande maioria dos seres humanos ainda hoje continua olhando para o fundo da caverna, e julgando loucos todos aqueles que olham para fora.
A liberdade é perigosa. A vida livre é arriscada, insegura, incerta, é cheia de surpresas, cheia de perigos e de buscas, mudanças, sobressaltos. A liberdade é muito perigosa... Só quem ama o risco é que pode ser livre. Só quem é dono de si mesmo é que pode ser livre de verdade. Só quem é dono do próprio destino é que arrisca a vida para salvar a própria vida. A liberdade, portanto, não é para qualquer um: os acomodados e os covardes jamais serão livres. Escravos não conseguem ser livres. E a segurança da gaiola seduz.
http://edsonmarquesw.blogspot.com/
Pesquisar este blog
quinta-feira, 17 de janeiro de 2013
Nas livrarias
Título: Quatro baianos porretas
Autor: Silvio Tendler
Número de páginas: 288
Formato: 13,5 x 19 cm
Coeditor: Garamond
Coleção: Ciências Sociais nº 60
Autor: Silvio Tendler
Número de páginas: 288
Formato: 13,5 x 19 cm
Coeditor: Garamond
Coleção: Ciências Sociais nº 60
Na abertura de cada roteiro, o livro, uma parceria Editora PUC-Rio e a Garamond, traz depoimentos de Tendler sobre a relação dele com os retratados. Castro Alves é “o mais seminal dos poetas românticos, que embalou, com imagens de amor, as mocinhas namoradeiras, inspirou candidatos a galãs e abasteceu de verve artistas libertários”. O guerrilheiro Carlos Marighella, “um homem de coragem numa geração de outros tantos homens de coragem”. Em relação ao também cineasta Glauber Rocha, Tendler diz que tinha fascínio por suas provocações e repulsa pela imprevisibilidade de suas atitudes. E o geógrafo Milton Santos era, para ele, “um brasileiro da estatura de Darcy Ribeiro e Josué de Castro”.
O cineasta Orlando Senna escreve a apresentação da obra. Na análise sobre esses trabalhos de Tendler, explica como as histórias desses quatro baianos se encontram: “a unidade que perpassa suas vidas e suas façanhas movidas pelo ideal libertário e pela ação civilizatória é a mola propulsora da quadrilogia iluminada e inquieta de Silvio Tendler sobre as possibilidades de mudar o mundo”.
http://www.editora.vrc.puc-rio.br/4baianosporretas.html
Assinar:
Postagens (Atom)