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segunda-feira, 15 de abril de 2013

SEM ARREPENDIMENTOS



Non, je ne regrette rien

Non, rien de rien
Non, je ne regrette rien
Ni le bien qu'on m'a fait
Ni le mal; tout ça m'est bien égal !
Non, rien de rien
Non, je ne regrette rien
C'est payé, balayé, oublié
Je me fous du passé !
Avec mes souvenirs
J'ai allumé le feu
Mes chagrins, mes plaisirs
Je n'ai plus besoin d'eux !
Balayées les amours
Et tous leurs trémolos
Balayés pour toujours
Je repars à zéro
Non, rien de rien
Non, je ne regrette rien
Ni le bien qu'on m'a fait
Ni le mal; tout ça m'est bien égal !
Non, rien de rien
Non, je ne regrette rien
Car ma vie, car mes joies
Aujourd'hui, ça commence avec toi

No, I have no regrets

No, nothing at all
No, I have no regrets
Neither the good that made ​​me
Nor evil, all that I care!
No, nothing at all
No, I have no regrets
It is paid, swept away, forgotten
I care about the past!
With my memories
I lit the fire
My sorrows, my pleasures
I no longer need them!
Swept the loves
And all their tremors
Swept away forever
I start from scratch
No, nothing at all
No, I have no regrets
Neither the good that made ​​me
Nor evil, all that I care!
No, nothing at all
No, I have no regrets
Because my life, because my joys
Today, that begins with you

Não, eu não me arrependo de nada

 

Não, nada de nada
Não, não me arrependo de nada
Nem do bem que me fizeram
Nem do mal, isso tudo tanto faz para mim
Não, nada de nada
Não, eu não me arrependo de nada
Tudo já foi pago, varrido, esquecido
Pouco me importa o passado
Com minhas lembranças
Eu acendi o fogo
Minhas tristezas, meus prazeres
Não preciso mais deles
Os amores varridos
E todos os tremores
Varridos para sempre
Eu começo novamente do zero
Não, nada de nada
Não, não me arrependo de nada
Nem do bem que me fizeram
Nem do mal, isso tudo tanto faz para mim
Não, nada de nada
Não, não me arrependo de nada
Pois minha vida e minhas alegrias
Começam hoje contigo

O que você faria?

 - Suzana Singer

OMBUDSMAN
SUZANA SINGER ombudsman@uol.com.br @folha_ombudsman  
in folha de são paulo
O que você faria?
Foto de um homem prestes a ser atropelado pelo metrô levanta discussão ética sobre frieza da imprensa
Reprodução/New York Post
Empurrado para os trilhos, Ki-Suck Han, momento antes de morrer
Empurrado para os trilhos, Ki-Suck Han, momento antes de morrer
A imagem de um homem prestes a morrer atropelado por um trem de metrô está rendendo uma grande discussão sobre ética jornalística no mundo. O fotógrafo não deveria ter ajudado o homem em vez de ficar clicando? Faz sentido publicar uma imagem tão trágica?
Tudo aconteceu em 22 segundos. Na noite de segunda-feira passada, na estação de Times Square, em Nova York, um homem parecia discutir com um mendigo na plataforma. De repente, houve uma espécie de suspiro coletivo. Ki-Suck Han, 58, tinha sido empurrado pelo mendigo para os trilhos.
O fotógrafo freelancer R. Umar Abbasi estava lá, esperando a condução para cumprir uma pauta. Viu Han caído e começou a clicar. O trem se aproximava. A vítima tentou sair, mas não deu tempo.
A foto foi a capa do tabloide "New York Post" no dia seguinte, com a manchete, de extremo mau gosto, "CONDENADO", seguida de "Este homem está prestes a morrer".
Choveram críticas à atuação do fotógrafo e do jornal. Abbasi foi a um programa de TV para se explicar. Disse que não estava preocupado em fotografar o acidente, apenas usava o flash para chamar a atenção do condutor do trem. Desfiou outras justificativas: não teria dado tempo de ajudar Han, teve medo de ser empurrado também, não teria forças para puxá-lo.
Havia outras pessoas na estação, mas ninguém se mexeu.
A polêmica lembra a que envolveu a famosa fotografia da criança famélica espreitada por um abutre, tirada no Sudão em 1993. A imagem premiada, símbolo da luta contra a fome, tornou-se motivo de orgulho e tormenta para seu autor.
Kevin Carter era um dos quatro membros do Clube do Bangue-Bangue, apelido que a trupe de destemidos fotógrafos recebeu por seu trabalho na África do Sul, no período violentíssimo entre a libertação de Nelson Mandela (1990) e sua eleição para presidente (1994). O grupo registrou toda sorte de tragédias e ganhou fama internacional.
Questionado sobre por que não ajudara a criança moribunda, Carter deu diferentes versões: disse que não era preciso porque havia um centro de distribuição de alimentos perto dali, que enxotou o abutre, que ela se levantou sozinha... Um ano depois de ter produzido a imagem, Carter, que tinha vários problemas, inclusive com drogas, matou-se.
Como regra geral, repórteres e fotógrafos não devem intervir nos acontecimentos. O papel deles é registrar os fatos, o que não é pouco, principalmente em situações extremas como guerras e epidemias.
Mas existe, é claro, a linha da solidariedade humana, o momento quando se age por instinto para tentar salvar quem está ali.
Colega de Carter no Bangue-Bangue, João Silva estava no Afeganistão em 1994, quando ouviu uma explosão. Viu emergir da poeira um pai carregando o filho ferido. Em vez de clicar, correu para ajudar. A criança morreu no hospital.
Fotografar teria levado segundos, não mudaria o destino do garotinho e poderia ter rendido uma cena que comovesse o mundo. "Eram imagens de guerra muito boas, mas decidi não bater. Nunca tinha feito isso. Mas a morte da criança acabou tornando meio sem sentido o gesto humanitário", escreveu o fotógrafo no livro "O Clube do Bangue-Bangue" (Companhia das Letras, infelizmente fora de catálogo).
Casos extremos como o de Nova York ou do Sudão alimentam a imagem de frieza da imprensa, de jornalistas como "eunucos éticos", nas palavras de David Carr, colunista de mídia do "New York Times".
Diante da imagem arrepiante do homem sem esperanças nos trilhos, a reação usual é apontar culpados: não apenas o sujeito que provocou o acidente, mas aquele que registrou tudo e ainda quem teve o sangue-frio de publicar. A foto incomoda porque transporta o leitor até a cena e o faz se perguntar "eu teria me arriscado a ajudar o homem?"
A melhor opinião veio de um "herói do metrô de Nova York". Em 2009, o ator Chad Lindsey pulou da plataforma para retirar um homem que tinha caído na linha do trem. Em vez de condenar a atitude do fotógrafo, Chad lembrou o medo que aqueles trilhos provocam e disse: "Você nunca sabe como suas pernas vão reagir até serem testadas".
 
 

Mais indie impossível(Wilson das Neves)-


Baterista Wilson das Neves dá maior visibilidade ao lado compositor no CD Se me chamar, ô sorte, do MP, B Discos


Ailton Magioli

Estado de Minas: 15/04/2013 

“É o disco independente mais dependente do mundo”, constata, divertindo-se, o sambista Wilson das Neves, de 76 anos, a respeito de Se me chamar, ô sorte, que ele está lançando pelo selo MP, B Discos, depois da campanha crowdfunding, em que o interessado adquire o produto antes mesmo de sua existência. Quarto trabalho solo do cantor, compositor e baterista que ganhou notoriedade desde que passou a tocar com Chico Buarque, há mais de 30 anos, o CD traz a elegância característica de Das Neves no quesito interpretação, acompanhado, na faixa Ao nosso amor maior, parceria com Luiz Carlos da Vila, da não menos elegante Áurea Martins.

“Eu já era músico quando Áurea apareceu no programa A grande chance, de Flávio Cavalcanti, em que eu tocava na orquestra do maestro Cipó. Gravei inclusive o primeiro disco dela, uma das melhores cantoras do mundo”, afirma Wilson, que gravou Ao nosso amor maior depois de a composição ter sido registrada pelo parceiro Luiz Carlos da Vila, já falecido, e pela mineira Ângela Evans, de cuja gravação ele participou.

Distante da denominada faixa de trabalho que as gravadoras costumam impor aos artistas, Wilson das Neves diz que faz discos para que todas as faixas cheguem ao público. “São todas filhas do mesmo pai. Têm de tocar”, defende o sambista, consciente de que o Samba para João, que o parceiro Chico Buarque letrou em homenagem ao bisneto, tem potencial suficiente para ganhar mundo. “Venho compondo desde 1970”, diz ele ao justificar o crescente aparecimento do compositor, em detrimento do baterista famoso.

“Sempre que surge a oportunidade de mostrar o trabalho do compositor a gente tem de aproveitar, já que o do músico já mostrei”, justifica o cantor, compositor e baterista. Sem demonstrar preferência pelo ato de compor, cantar ou tocar, Das Neves lembra ter passado pelo menos a metade da vida em estúdio.

Além de estrear parceria com o mineiro Toninho Gerais (O dono da razão) e Toninho Nascimento (Limites), Wilson volta a exercitar a reconhecida musicalidade ao lado de poetas como Paulo César Pinheiro, com quem divide a maioria das faixas do novo CD: Cara de queixa, Trato, Jeito errado, Peão de obra, Máscara de cera e Licor, sereno e mágoas.

E mais: o compositor tem parcerias também com Claudio Jorge (a faixa título do disco), Nelson Sargento (Fragmentos do amor), Vitor Bezerra (Feito siameses) e Délcio Carvalho (Não existe mais saudade), enquanto os arranjos foram entregues a mestres do formato como o próprio Cláudio Jorge, Zé Luiz Maia, João Rebouças, Vittor Santos, Jorge Helder, Bia Paes Leme e Luis Cláudio Ramos.

Depois do lançamento no Sesc Copacabana, com direito à presença ilustre do parceiro Chico Buarque, Wilson se prepara para fazer show do clássico instrumental Som quente é das neves, no em 19 de maio, no Sesc Belenzinho. A turnê nacional do novo disco, produzido por ele em parceria com Paulo César Pinheiro e Berna Ceppas, já está sendo agilizada pela produção do artista.

Nascido para o samba

Autor de divertidas frases de efeito, o cantor, compositor e baterista comenta o atraso no lançamento do documentário O samba é meu dom, sobre a sua trajetória, produzido em Belo Horizonte pelo diretor Cristiano Abud: “A gente acaba correndo o risco de transformá-lo em E o vento levou... Wilson das Neves”, afirma, sorridente.

“Com mais de 30 horas gravadas, o desafio agora é selecionar o material que vai compor o longa”, explica o diretor, sem ocultar as dificuldades de fazer um filme sobre um artista carioca em Minas.

“Não estamos na Lei Estadual de Incentivo à Cultura, nem no programa Filme em Minas”, lamenta, comentando restrições impostas pela regionalização do mercado. Segundo Abud, até o momento ele e o parceiro Alexandre Segundo já investiram R$ 90 mil no documentário, cujo orçamento integral é de R$ 800 mil, aprovado pela Agência Nacional de Cinema (Ancine). “Estamos em fase de finalização do filme”, garante Abud, que acompanhou a vida de Wilson das Neves ao longo de mais de quatro anos, pegando inclusive parte importante da carreira solo do artista.

Além da gravação e lançamento do disco anterior, O samba é meu dom registra os bastidores da mais recente turnê de Chico Buarque, com direito a entrevista do parceiro maior do sambista, além da participação de Wilson no desfile deste ano da Império Serrano, escola de coração dele, na Sapucaí. “Estamos fazendo tudo sem leis e sem patrocínio”, afirma o diretor, justificando o atraso.
 
http://beneviani.blogspot.com.br/2013/04/mais-indie-impossivelwilson-das-neves.html