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quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Esse samba tá diferente


Ana Costa e Paulinho Moska dão um tom pop-rock ao programa

 
OAna Costa mostra a alegria do seu gingado no Samba na GamboaAna Costa mostra a alegria do seu gingado no Samba na Gamboa Samba na Gamboa desta semana traz uma dupla de cantores e compositores que passa longe da máxima “mais do mesmo”. Sambista de raiz, Ana Costa busca no pop-rock novos horizontes pro seu samba. Já o multifacetado Paulinho Moska vai do samba às experimentações do rock, sempre trazendo algo de novo para sua música. Nesse encontro, o anfitrião Diogo Nogueira faz do programa uma bem-sucedida mescla de gêneros musicais.
No repertório, Ana Costa mostra a sua versão de samba para Olhos Felizes, de Marina Lima, e Moska interpreta Falsa Baiana e Maneiras. A dupla apresenta ainda um lindo dueto na canção Alma Gêmea.


http://tvbrasil.ebc.com.br/sambanagamboa/episodio/esse-samba-ta-diferente#media-youtube-1
 

A idade, o travesseiro e o colchão

 

Na carona dessas reflexões sobre a idade, que são impossíveis de serem evitadas em alguma parte da vida, venho aqui solenemente dizer que estou ficando velha. A constatação? O travesseiro e o colchão.

Sempre achei o máximo aquelas pessoas que sentam no aeroporto e... dormem. Ou que se aconchegam em meio a mochilas, põe o pé na mala grande e roncam profundamente na rodoviária (tenho uma amiga assim). Eu, mesmo tendo um sono mais pesado de todo o mundo até me tornar mãe, nunca consegui dormir sentada. Nem em um confortável ônibus.
Por outro lado, acho um saco aquelas pessoas que precisam de quatrocentos tipos de “ses” para viajar. Oras, viajar protegido, indo de hotel 5 estrelas para dentro de taxis é no mínimo ridículo, na minha opinião (por favor, se vc é assim, não me leve a mal). Acho que viagem pressupõe sair da zona de conforto, do que é sempre ajustado e ir ao encontro do desconhecido testando as possibilidades de adaptação.

Mas chega um momento que a coisa complica. Não sei se é o corpo que fica de cara com tanta adaptação ou se, com o tempo, a gente deixa essa possibilidade de adaptação em segundo plano e quer dar atenção a outras coisas da viagem.
Admiro muito as pessoas, como outra amiga minha, que dormem no sofá, na mesa, no chão e tudo está sempre bem.

Quando vim para Sevilla, fiquei pensando seriamente em trazer meu travesseiro especial. Sim, eu já tenho um travesseiro especial. Porque descobri em todas as dores nas costas e idas ao médico que o jeito que eu durmo é fundamental para não ter dores. Sempre dormi amassada, nunca na mesma posição e embolada de algum jeito. Bem, depois de dores mil, aprendi que algumas posições estão proibidas para mim (de bruço é uma delas). Enfim, ouvi o conselho do namorado que disse que preciso ter qualidade de sono para produzir. Enrolei meu travesseiro, coloquei embaixo do braço e vim. Aluguei o apartamento já mobiliado que tinha um colchão muito bom, comprei mais um travesseiro para colocar no meio das pernas (o joelho agradece) e me ajeitei para ter noites altamente qualitativas de sono. Em 3 meses aqui, não tive um dia sequer de dores nas costas.

Final de semana passado fomos a Barcelona com orçamento reduzido, logo, nossa opção foi ficar em hostel. Sem problemas. E, em viagens assim eu me nego a carregar travesseiro. Aí é demais.

Pela primeira vez, notei na pele (e costas, músculos e articulações), a tal da falta de qualidade no sono. O hostel era bom, mas os travesseiros finos e o colchão de mola. O namorado construiu para ele um travesseiro mais alto colocando as jaquetas e moleton dentro da fronha. Ele vislumbrou que teria uma noite melhor com um travesseiro maior. Eu, com a minha mente jovem, pensei comigo: 3 noites não são nada. Vou ficar bem. Ledo engano... Tive uma média de 9 horas de sono por noite lá e acordei todos os dias des-truí-da. Dor de cabeça, dor no joelho, no dedão do pé (o que tem artrose) e nos ombros. E eu achando que era porque caminhamos muito durante todos os dia e tals... Humpf.

De volta a Sevilla, 6 horas de sono e estou me sentido como se alguém tivesse me passado com ferro à vapor. Nova.

Sim, estou velha, preciso do meu travesseiro especial e de uma boa noite de sono.

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Show de Joyce Moreno em homenagem a Sidney Miller


Feito pra Acabar - Marcelo Jeneci



Feito Pra Acabar

Marcelo Jeneci

Quem me diz
Da estrada que não cabe onde termina
Da luz que cega quando te ilumina
Da pergunta que emudece o coração
Quantas são
As dores e alegrias de uma vida
Jogadas na explosão de tantas vidas
Vezes tudo que não cabe no querer
Vai saber
Se olhando bem no rosto do impossível
O véu, o vento o alvo invisível
Se desvenda o que nos une ainda assim
A gente é feito pra acabar
Ah Aah
A gente é feito pra dizer
Que sim
A gente é feito pra caber
No mar
E isso nunca vai ter fim
Uh Uhhh

Um grande projeto

 

Mensagem de náufrago

O Projeto 365 Canções cumpriu sua missão: ouviu e leu uma canção diferente a cada novo dia durante os 365 dias de 2010.
Agradeço aos companheiros de viagem que, com leituras e estímulos, ajudaram a atravessar as ondas sonoras das nossas neo(neon)sereias. Não foi fácil, mas conseguimos.
Quem sabe isso tudo não vira um livro impresso.
Não quero, nem consigo, ancorar e dar um ponto final nesta viagem cancional, neste trabalho tão quixotesco quanto prazeroso. Parto agora para outros mares: ouvir e ler a Canção Popular Brasileira na virada da década.
Sem exorcizar o passado, ao contrário, iluminando-o e sendo iluminado por ele, quero mapear a "geração 00" e o que se anuncia na "geração 10". Continuo antenado nas ondas do rádio, mas com políticas e rotinas diferentes: abandono a tarefa de comentar a primeira canção ouvida no dia e abro espaço para as sugestões dos leitores dos 5 cantos do Brasil; as publicações seguirão meu ritmo de possibilidades e não mais, necessariamente, diárias; e, deste modo, as canções não serão mais enumeradas, pois não há mais meta numérica a ser alcançada.
No mais, tudo continuará a ser feito pelo sabor do gesto de ouvir e ler canção.
Convido-os a conhecer o Lendo Canções.
Façamos!

31 dezembro 2010

365. Copo d'água

"A gente é feito pra acabar (...) pra caber no mar e isso nunca vai ter fim". Os versos da canção que dá nome ao disco Feito pra acabar (2010), de Marcelo Jeneci, traduzem um desejo que atravessa todas as canções: roçar a vida com os diferentes e diversos cíclicos extratos sonoros que ela oferece, sem pseudos experimentalismos que tentam negar o fim das coisas.
Com mirada aguda na canção popular AM e FM, Marcelo montou um disco que consagra o canto simples, brejeiro, mulato, mas por isso mesmo mestiço, malandro e antenado com os recursos modernos. Dito de outro modo, Jeneci não tenta, nem quer, "reinventar a roda". Seu gesto cancional é o de iluminar momentos e movimentos da canção: ilumina-los para que o ouvinte os recebam de forma direta e simples. Com melodias passíveis de ser assobiadas por qualquer um, Jeneci busca o sim do som. E seu prazer em fazer canção é contagiante.
Eis a sofisticação do trabalho de Marcelo Jeneci: restituir-nos (aos ouvintes de canção popular) o prazer de assobiar uma melodia. Algo que tornou-se raro por longo tempo. Aliado a isso, os sujeitos de suas canções agem muito próximos de nós: brincam com nossas experiências cotidianas. É assim, por exemplo, com o sujeito de "Copo d'água", de Marcelo Jeneci, Arnaldo Antunes, Pedro Baby e Chico Salem.
Em "Copo d'água", temos um sujeito às voltas com os desejos e os ciúmes das relações amorosas na era das "ferramentas de sociabilidade". Nas "novas" relações é cada vez mais comum cobrar (ou ser cobrado) o porque de manter-se com o status de "solteiro" no orkut; perguntar (ou ser perguntado) sobre aquela pessoa que manda recado via twitter; o porque de ter sido marcado na foto de alguém no facebook; ou por não saber o que dizer quando se "flagra" (ou se é flagrado com) pedidos de atenção no msn e o "eu eu eu (...) ãh ãh ãh" do instante denuncia.
A canção "Copo d'água" tematiza a insegurança em tempos de amores líquidos, mas recusa a fragilidade dos laços humanos (detectada e analisada por um sujeito que vive experimenta tal situação). Para o sujeito da canção, além de estar conectado ao(s) outro(s) é preciso ter vínculo. E ele aponta os vínculos já estabelecidos e importantes para configurar a relação cantada.
O sujeito da canção se argumenta elencando os objetos (elementos-de-si) que só o outro pode manipular: "o meu cabelo, jeito, cheiro, dedo, pele no seu orkut, e-mail, skype, net, messenger", diz.
Ele joga com as categorias quente (cheiro do corpo) e frio (tela do micro), mostrando ao outro onde está o desejo e em qual direção ambos devem investir a energia erótico-amorosa. Afinal, "quando um não quer os dois não fazem tempestade em copo d'água".
"Você é a pessoa que eu quero pra mim", diz o sujeito ao ritmo de uma melodia pop: liberto (sobreposto às dificuldades de amar o próximo) das neuras e certo da "sua roupa, bolsa, escova, lenço, maquiagem na minha cama, quarto, sala, até na minha tatuagem".
O sujeito sugere que no peito dos internautas também bate um coração: os perfis e as máscaras "sociais" espalhados em orkuts, twitters, facebooks tem algo de orgânico: espelham o desejo do indivíduo por trás de tudo. E o desejo dele é ela: feitos para acabar juntos.

***

Copo d'água(Marcelo Jeneci / Arnaldo Antunes / Pedro Baby / Chico Salem)

Eu, eu, eu
Eu não disse nada
Por que essa cara?
Você quer atenção

Ãh, ãh, ãh
Ãh, até parece
Que não me conhece
Como a palma da sua mão

O meu cabelo, jeito, cheiro, dedo, pele
No seu orkut, e-mail, skype, net, messenger

Quando um não quer os dois não fazem
Tempestade em copo d’água

Sem, sem, sem
Sem nenhuma mágoa
É só uma palavra…

Sim, sim, sim
Vamos ficar numa boa
Você é a pessoa
Que eu quero pra mim

A sua roupa, bolsa, escova, lenço, maquiagem
Na minha cama, quarto, sala, até na minha tatuagem

Quando um não quer os dois não fazem
Tempestade em copo d’água
 
 
 
 

MEU PRIMEIRO AMOR - BETHANIA E CAETANO -

 
 
Igual uma borboleta
Vagando triste por sobre a flor
Seu nome, sempre em meus lábios
Irei chamando por onde for

"Homens Nus"

30/01/2013 - 08h49

Museu de Viena vai aceitar visitantes sem roupa em exposição sobre nus

Uma visita fora do comum. http://folha.com/no1222731 Museu de Viena vai aceitar visitantes sem roupa em exposição sobre nus.
(Foto: REUTERS)
(Foto: REUTERS)
 
O Museu Leopold de Viena anunciou na última terça-feira (29) que prepara um dia especial para os que desejem visitar bem à vontade sua exposição "Homens Nus", sobre a história da representação do corpo masculino na arte.
No próximo dia 18 de fevereiro, a partir das 18h, o museu abrirá suas portas para quem deseje visitar a exposição sem roupa, após ter recebido várias solicitações a esse respeito por parte de associações nudistas.
A exposição "Homens Nus" foi motivo de polêmica e até autocensura em outubro por conta de um cartaz promocional com um nu frontal de três homens que divulgava a exposição.
A foto foi motivo de tantas ligações de protesto, tanto de mulheres como de homens, que o museu decidiu cobrir os genitais com uma chamativa faixa vermelha em muitas das cópias distribuídas pela cidade.
A exposição, aberta até o dia 4 de março, reúne mais de 300 quadros, fotos e esculturas.
Em 2005, o mesmo museu ofereceu a entrada gratuita às pessoas que visitassem nuas a exposição "A Verdade Nua: Klimt, Schiele, Kokoschka e outros escândalos".
Esse dia se tornou em um sucesso e centenas de pessoas visitaram a exposição com roupas de baixo ou completamente nuas.
 
Com agências de notícias

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Ponto de Encontro - Zé Renato


Último ato [Walmor Chagas] - Gustavo Fioratti

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

FOLHA DE SÃO PAULO

Amigos de Walmor Chagas e sua filha, a cantora Clara Becker, contam como foram os dias finais na vida do ator, que se matou no dia 18 com um tiro na cabeça
GUSTAVO FIORATTIDE SÃO PAULOCom que determinação teria Walmor Chagas colocado em prática o ato final do personagem de sua última peça, "Um Homem Indignado"?
No monólogo, que escreveu e levou ao palco em 2004, um ator veterano se debruça sobre enfermidades sociais e, desesperançoso com a velhice, põe fim à própria vida.
Dias antes de cometer suicídio na fazenda em que morava em Guaratinguetá (SP)aos 82 anos, Walmor comparou seu organismo a "um calhambeque que tinha de ir todo dia para a oficina", conta à Folha a cantora Clara Becker, filha do ator gaúcho e da atriz Cacilda Becker (1921-1969).
"Num dia é o para-choque, no outro é a rebimboca da parafuseta", brincou ele, referindo-se à bateria de exames médicos a que se submeteu nos últimos dias de vida.
Walmor era diabético e sofria, desde 2005, de degeneração da mácula, doença ocular sem cura que o impedia de ler, sua maior paixão. A visão, diz Clara, piorara nos últimos tempos.
"Foi o primeiro baque e o principal. Ele começou a ficar dependente de mim e achou que estava dando trabalho. Eu dizia que era natural: os pais cuidam dos filhos, e os filhos cuidam dos pais."
A fragilidade não eclipsou seu senso de humor, traço forte na personalidade do ator cuja trajetória profissional passa pela criação do TBC (Teatro Brasileiro de Comédia), em São Paulo, e por trabalhos entre cinema, teatro e televisão nos mais de cem títulos em que atuou.
Além de marido e parceiro da mítica Cacilda Becker, no teatro atuou ao lado de Ítalo Rossi (1931-2011). Seu último trabalho foi no filme "A Coleção Invisível", de Bernard Attal, ainda não lançado.
LIGADO NO MUNDO
Até o fim da vida, ele "esteve ligado no mundo", diz Clara. Quase cego, assistia à TV bem próximo a ela, sempre na companhia de seus três cães, Fred, Frida e Jade.
Divertiu-se com a novela "Avenida Brasil" e avaliou Adriana Esteves como "uma atriz sem medo". Admirava ainda o ator João Miguel, a quem se referiu em sua última semana de vida como "o maior ator de sua geração".
Desde meados de 2012, inapetente, começou a emagrecer. "Quando passei o fim de ano na fazenda, insisti para que ele fizesse um checkup em São Paulo."
Walmor viajou à capital no dia 6 de janeiro, foi examinado por uma gastroenterologista, que diagnosticou esofagite e gastrite. Passou ainda pelo ortopedista, pois fraturara o metatarso em um tombo no fim do ano.
Na quarta, dia 16, quis retornar à fazenda e prometeu à filha que voltaria a São Paulo em três dias. Ao despedir-se de Clara, disse: "Eu te amo, te adoro! Volto na semana que vem". Um motorista o conduziu a Guaratinguetá.
A cidade fica a 187 km de São Paulo. Para chegar à fazenda, na zona rural, onde também funciona a pousada Sete Nascentes, são três horas de carro desde a capital. Os 3 km finais são de terra, com trechos íngremes, mas que um carro comum pode superar. No alto do morro, a vista se abre para a serra.
Não é possível dizer que Walmor tenha sido uma pessoa solitária ali. Foi um retiro voluntário. Ele mudou-se do Rio há 20 anos para aquelas terras, por cuja porteira passavam, além da filha, duas irmãs e amigos longevos, como as atrizes Camilla Amado e Lucélia Santos.
Na mesma propriedade, em casa separada, vive a família de José Arteiro de Almeida, cearense que trabalhou para Walmor desde os anos 1980. Ele foi obreiro de um teatro criado pelo ator no Rio, a sala Ziembinski. E há dois anos -indício da preparação para a morte- Walmor passou a escritura da pousada para o seu nome.
Em Guaratinguetá, o ator cultivou amizades. Algumas de suas últimas refeições foram preparadas por Masae Shimizu, mulher de Antonio Cardoso. Sujeito de olhar sereno e barba rala, ele administra um restaurante nas cercanias da fazenda. Ela guarda receitas para pessoas sem apetite.
Walmor costumava apreciar conversas sobre assuntos filosóficos, diz Cardoso, e nessa toada costumava incluir também sua percepção sobre a morte. "Era um cético convicto", diz. "Para ele, a morte era realmente o fim."
DETERMINAÇÃO
A hipótese de suicídio foi confirmada na última quinta pelo 2º DP de Guaratinguetá. O corpo de Walmor foi encontrado, no dia 18, por Arteiro, sentado na copa de sua casa. Com o tiro que disparou contra a cabeça com uma pistola calibre 38, o corpo e a cadeira reclinaram-se para trás levemente e, escorados por um armário, não tombaram.
Naquele dia, o ator havia tomado sol pela manhã. Também perguntara a Arteiro como estava a família dele, abordagem pouco frequente.
Walmor era "irredutível", diz Cardoso. "Se tinha algo em mente, era impossível demovê-lo daquilo", conta, pouco surpreso com o suicídio. "Falava que queria morrer antes de usar fraldão."
Sua determinação pode ser ilustrada com a construção da casa onde viveu. "Quando meu pai comprou a fazenda, em 1993, não havia estrada nem luz elétrica. O transporte de mantimentos era no lombo da mula Lavrinha", diz Clara. Além de abrir com recursos próprios a estrada para o terreno, ele participou de campanha publicitária da Eletropaulo em troca de eletricidade na vizinhança.
Segundo a atriz Camilla Amado, Walmor lhe disse que, se um dia se matasse, não deixaria carta de suicídio, para não tornar o ato dramático demais. "Ele dizia que não gostava muito de dramas, gostava de tragédias." De fato, não houve nem bilhete.


    FRASE
    "Ele ficou dependente de mim e achou que dava trabalho. Eu dizia que os pais cuidam dos filhos e os filhos cuidam dos pais"

    segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

    On Emotions...





    YOUR ANSWERS QUESTIONED....

    Born Wild

    I’ve been feeling sad lately...for no reason that I know of.
    You are holding — that may be the whole problem. You don’t trust life. Somewhere deep down there is a mistrust of life, as if, if you don’t control them, things will go wrong and that if you remain in control only then can things go right; you have to always deliberately manage things. Maybe your childhood conditioning has helped in that way. That has done much damage, because when a person starts managing everything, his life is lived at the minimum.

    Life is such a vast phenomenon; it is impossible to manage it. And if you really want to manage it, you have to cut it to the minimum; then you can manage. Otherwise life is wild.

    It is as wild as these clouds, and this rain and this breeze and these trees and the sky. It is wild — and you have cut your wild part out completely. You are afraid of it — that’s why you don’t open as much as you can, and that is creating your sadness also.

    Sadness is nothing but the same energy that could have been happiness.

    When you don’t see that your happiness is flowering, you become sad. Whenever you see somebody happy, you become sad: Why is it not happening to you? It can happen to you! There is no problem in it. You just have to uncondition your past. You will have to go a little out of the way for it to happen, so just make a little effort to open yourself. Even if it feels a little painful in the beginning.... In the beginning it will feel painful.

    Start one meditation in the night, from tonight. Just feel as if you are not a human being at all. You can choose any animal that you like. If you like a cat, good. If you like a dog, good...or a tiger — male, female — anything you like. Just choose, but then stick to it. Become that animal. Move on all fours in the room and become that animal.

    For fifteen minutes enjoy the fantasy as much as you can. Bark if you are a dog and do things a dog is expected to do — and really do them! Enjoy it and don’t control, because a dog cannot control. A dog means absolute freedom, so whatsoever happens in that moment, do. In that moment don’t bring in the human element of control. Be really doggedly a dog! For fifteen minutes roam around the room...bark, jump. Continue this for seven days. It will help.

    You need a little more animal energy. You are too sophisticated, too civilized, and that is crippling you.

    Too much civilization is a paralyzing thing. It is good in a small dose but too much of it is very dangerous. One should always remain capable of being an animal.

    Your animal has to be freed; that is the problem as I see it. If you can learn to be a little wild, all your problems will disappear. So start from tonight — and enjoy it!
    Osho, The Passion For the Impossible
    (This talk is no longer available at Osho’s request)


    Copyright © 2013 Osho International Foundation

    domingo, 27 de janeiro de 2013

    Kind Of Blue - Miles Davis -


    Belo é o Recife

     
    Belo é o Recife pegando fogo na pisada do Maracatu

     
    Caetano Veloso
    O colunista escreve aos domingos

    Belo é o Recife

    ‘O som ao redor’, do pernambucano Kleber Mendonça Filho, “é um dos melhores filmes feitos recentemente no mundo”

    Nesta Bahia maltratada, vi, sozinho, o filme de Kleber Mendonça Filho e fiquei estarrecido. Raramente um diretor encontra com tanta precisão o tom do filme que deve e quer fazer. “O som ao redor” é um desses raros momentos em que tudo acontece de modo adequado sem que a obra seja apenas suficiente: o filme transcende, inspira, ensina e exalta. Ensina aprendendo. Esperando o jeito de dizer surgir dos atores e dos não atores como confirmação da sabedoria na construção dos diálogos. Não há pontes nem Marco Zero, não há sobrados nem maracatu. Mas os prédios feios, as decorações tolas, a fantasmagórica percepção do dia a dia dos recifenses de agora deixa entrever todas as nuances da sociedade pernambucana, de toda a sociedade brasileira mirada daquele ângulo. Todo o horror mas também toda a beleza se revela a cada lance de montagem, a cada som de máquina ou de voz, a cada escolha de ponto de vista.
    A“Festa” de Gonzaguinha — imperdoavelmente ausente do bom “Gonzaga de pai para filho” — está presente aqui, mesmo sem ser ouvida. A começar pela própria existência do filme. Que um filme assim tenha sido feito em Pernambuco, com gente de lá e por gente de lá, é prova da beleza intrínseca que se possibilita nessa quina nordestina do Brasil.
    Ouvir a canção (ou paródia de canção) carnavalesca baiana irritando alguns moradores e trabalhadores desses prédios das redondezas da Boa Viagem (“Perigo de tubarões”, diz uma placa), isso dentro do cinema Glauber Rocha na Praça Castro Alves, é experimentar uma espécie peculiar de iluminação. A mãe de família interpretada pela extraordinariamente sexy Maeve Jinkings é de tirar o fôlego e de apertar o coração. A sobriedade e a profunda verdade de cada milimétrico gesto de Irandhir Santos preparam a cabeça do espectador para estudar tudo o que o filme tem a dizer. E o sotaque pernambucano!... As nuances das diferenças da língua entre gerações e extrações sociais. Os mais jovens e mais urbanos palatalizam mais os tês e os dês. O nome do primo encrenqueiro de João é tudo entre Dinho e Dginho na escala que vai do avô coronel ao primo cosmopolita.
    Em “Gonzaga de pai para filho” há pernambuco e há cinema. Ainda não vi “A febre do rato”. “Gonzaga” não é um filme pernambucano. Em “Gonzaga” falta Ivan Lins e o MAU, falta Som Livre Exportação, sobretudo falta “Festa”, o elo perdido entre o filho e o pai. Canção que é também uma obra-prima. Em “O som ao redor” ela ecoa forte, à roda dos sons divinamente editados, dos pátios dos edifícios, da trilha magnífica de DJ Dolores, do mar barrento. Um tal filme ter sido feito no Recife diz da beleza que ele é. Não senti falta, em “Gonzaga”, da menção ao papel secundário e pequeno que o movimento tropicalista desempenhou na redescoberta de Gonzagão pelo público jovem da época. Eu teria posto algo a respeito apenas do “Luiz Gonzaga volta pra curtir”, show que, acho, Waly Salomão dirigiu no Terezão (por que, aliás, mudar o nome do Tereza Rachel para Net Rio? A Net poderia manter o nome consagrado — ou assumir logo Terezão — e colocar-se como patrocinadora: um dia essas empresas vão ver que não é gostoso ter teatros e casas de espetáculos com nomes tipo Credicard Hall, ATL Hall, American Airlines Arena…), mas a ausência de “Festa” é sintoma de falha do roteiro. Ouço-a ao ver “O som ao redor”. Onde, aliás, o tropicalismo recebe uma homenagem que só não considero imerecida porque, sendo a escolha tão profundamente pensada e a inserção do trecho da gravação tão incrivelmente bem feita, minha reação é de gratidão infinita por ter minha voz, minha pobre voz, fazendo parte desse filme. Mais do que a minha, a voz transcendental de Jorge Ben. Mais do que ela, seu violão. Mais do que o violão, a canção e o que ela sugere.
    Não posso deixar de pensar em Eduardo Campos e na seriedade da política em Pernambuco. Eu aqui nessa Bahia maltratada. Sou o cara que canta a peça de axé hilária que soa no filme. Sou o cara que a compõe. Fico, do meu canto, esperando qual será a consequência dos planos de Carlinhos Brown de abrir espaço especial para os blocos afro no carnaval de Salvador. Ele sempre enriquece a cultura popular da cidade. Não vai ser para este ano, como eu esperava. Clarindo não será, como imaginávamos e queríamos seus admiradores, o subprefeito do Pelourinho. Mas Neto deve saber o que está fazendo. E Clarindo há de ver dias (e noites) melhores na Cantina da Lua.
    “O som ao redor” é um dos melhores filmes brasileiros de sempre. É um dos melhores filmes feitos recentemente no mundo. Gonzaga, Brown, Clarindo, axé, Glauber, Ivan Lins, todos se engrandecem com isso. Deve-se isso ao tom encontrado por Kleber.


    Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/cultura/belo-o-recife-7405983#ixzz2JD2jGQim

    sábado, 26 de janeiro de 2013

    A cidade que encanta e enlouquece

     
     
     
    Por José Fausto
    Nassif,
    Acabei de receber este vídeo, de um amigo homenageando a "louca" SAMPA.
    Não resisti e postei no Youtube.
    Um olhar diferenciado,reverenciando esta Senhora que tanto nos encanta e nos enlouquece.
    Só mesmo tarja preta!!!
    abs.
     

    Conhecendo São Paulo

    Por lucianohortencio
    Comentário ao post "A cidade que encanta e enlouquece"

    Postei ontem, em homenagem ao aniversário de São Paulo, a interpretação dos Anjos do Inferno para "VOCÊ JÁ FOI A SÃO PAULO?"
    Recebi do comentarista Raí a pergunta: Caro Lucianoortencio, e você, já esteve em São Paulo, na verdadeira acepção da palavra ? - Aqui vai minha resposta ao comentarista Raí:
    Afirmar conhecer São Paulo, na verdadeira acepção da palavra, seria uma temeridade, caro Raí. Conheço São Paulo sim e vou aí pelo menos duas ou três vezes ao ano. Adoro passear a pé pelas ruas desertas do Centro Antigo, aos domigos pela manhã e depois ir almoçar comida oriental nas barraquinhas que existem na praça onde há a estação de metrô Liberdade.
    Gosto muito de fazer um tour por livrarias para adquirir livros e cds que não encontro aqui no Ceará e ir assistir peças de teatro e musicais. O último que assisti foi A FAMÍLIA ADAMS e gostei muito. Cochilei um pouquinho, mas nada que umas cotoveladas não dessem jeito.
    Gosto demais do mercado central, principalmente por sua arquitetura e vitrais, além do aspecto visual das frutas, verduras, frutas frescas e secas, tempeiros e especiarias. Tudo isso me fascina.
    Quando posso vou caminhar no Parque Ibirapuera. À última vez que lá estive tive imenso prazer em visitar o Museu ali existente, que recomendo a todos. À noite, após teatro, cinema ou mesmo shopping, gosto de jantar nas cantinas que existem no bairro do Bexiga. Adoro aquele ambiente descontraído, com decoração italiana, mais chamativa até do que na própria Itália e comer um bom talharim e degustar um vinho, pelo menos razoável.
    Ah! Sempre vou também à rua Santa Ifigência comprar coisas, às vezes necessárias, porém na maioria das vezes, desnecessárias. Necessárias somente na hora em que as compramos.
    Gosto de passear pela Avenida Paulista, ali me perder e me achar. Adoro ir à Paulista durante o mês de dezembro, ficar em frenta ao Itau vendo a decoração natalina e assistindo a grupos que entoam canções de natal. Falando nisso, o excelente violonista Edgard Gianullo, através da agência publicitária de seu filho, é o responsável por aquele maravilhoso espetáculo decembrino.
    Eita! Ia esquecendo o bar da brahma, onde ainda tomo uns porrezinhos bem legais, que ninguém é de ferro, além das excelentes pizzarias existentes no Itaim Bibi.
    Passeio pelos jardins para ver as vitrines, pois sou do tempo em que se saia de casa para ver vitrines, principalmente à época do natal. Não compro nada ali porque é meio salgado o preço das coisas e sou meio mão de vaca...

    Amigo Raí: Estou me sentindo, depois dessa longa exposição, como aquele sujeito inocente (pra não dizer otário), que, ao responder uma saudação de "como vai", desarreda a contar toda sua vida e desfia um rosário de lágrimas. Ainda bem que meu rosário é de prazer e satisfação por gostar de São Paulo.
    Finalizo perguntando: Você conhece o Ceará? Não? Então vem.
    Abraço do luciano.

    Anjos do Inferno - VOCÊ JÁ FOI A SÃO PAULO? - Wilson Batista-Jorge de Castro.
    Ano de 1944.

     
    Quatro Ases e Um Coringa - NO CEARÁ É ASSIM - Carlos Barroso
     
     
     

    quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

    Pedido de Casamento - Arnaldo Antunes -


    Lindo, Zé

    O suicídio de Walmor Chagas: resposta a TV Bandeirantes

    “Boa tarde!
    Sou pauteiro do Jornal da Band e estou atrás do contato do Zé Celso. O ator Walmor Chagas faleceu na tarde desta sexta-feira e gostaríamos de repercutir a morte do ator amanhã (19) com o Zé Celso.
    Vocês poderiam, por favor, me passar o contato do Zé?
    Aguardo o seu retorno.
    Obrigado,
    Diego Costa.”

    Ió! Diego, recebi a notícia do suicídio corajoso de Walmor aqui na “Praia dos Carneiros”, uma das muitas maravilhas de Pernambuco, nosso Repouso de Guerreiros, meu e do Ator Poeta da Arte Teatral: Roderick HimÉros.
    Estamos preparando a Guerra pra ganhar 2013, estrategiando com nosso Poder Teat(r)al a peça: Cacilda!!! – Glória no TBC, 3ª das 4 peças que escrevi sobre a Arte Elétrica Quântica de Cacilda Becker, a partir de um prêmio que ganhei na gestão de Fernando Morais na Secretaria de Cultura da Cidade de SamPã em 1990. Este ato Trágico de Walmor atinge a peça em que estamos trabalhando, em cheio.
    É sobre Cacilda, o TBC e… Walmor. Ele chega em Sampã e entra no TBC, dirigido por Ziembinski.
    Conheci o poder deste gênio estóico pela primeira vem em “VOLPONE”, fazendo o MOSCA. Cacilda apaixonou-se de cara pelo sujeito transumano e pelo Ator, quando conheceu aquele menino, mais novo que ela, atuando em cima de um monte de Merda como uma Mosca Varejeira.
    Em “Gata em Teto de Zinco Quente”, a personagem de Cacilda, Maggie, a Gata, não consegue trepar com ele, ele é gay, vive na cama do casal, enchendo a cara, não quer nada com ela. Walmor-Brik está atormentado pelo suicídio do seu Amante Skipper. E está ferido na perna esquerda, sem poder locomover-se direito. Na peça e na vida: Cacilda acaba ganhando por 12 anos Walmor Brick como marido, e seu maior parceiro Teatral.
    Abandona o conforto do TBC e funda a Cia. com Walmor: o TCB (Teatro Cacilda Becker). Cara!, a peça agora podia se chamar Cacilda!!! – Walmor!!!
    Cacilda teve um aneurisma no 2º ato de “Esperando Godot”. Walmor assistiu e viveu os 39 dias de coma da Atriz-Matriz e depois com permissão da família dela desligou os aparelhos que a mantinham com vida vegetativa e ele … suicidou-se pra não ser peso, nem pra ele, nem pra ninguém.
    É uma Tragédia completa de Teat(r)o.
    Uma TRAGYKOMÉDIORGYA.
    Walmor e Cacilda: os maiores Ator e Atriz que o Brasil já fabricou!
    Vai mudar muito a peça que escrevi em 1990.
    Já encenei duas, da Tetralogia: na 1ª, Cacilda! (uma Exclamação) Walmor já entrou, vivido por Marcelo Drummond. Montei a segunda, também Cacilda!!(duas Exclamações), quando ela é uma Estrela a Vagar pelo Rio de Janeiro. Dou o ano de 2013 pra Cacilda!!! (três Exclamações) e este acontecimento com Walmor vira do avesso esta peça.
    Em 2015, se estiver vivo, monto Cacilda!!!! (quatro Exclamações).

    Cacilda Estragon e Wladimir Walmor, em Esperando Godot
    Cacilda Estragon e Wladimir Walmor, em Esperando Godot

    Agora é claro: pela atitude de Walmor, diante da vida toda, tudo que fez, Walmor e Cacilda equivalem-se, são ambos protagonistas. Marcelo Drummond vai viver este Protagonista este ano, da peça que será montada:
    - no Teat(r)o Oficina
    - em seu Entorno tombado pelo IPHAN em 2010, que já estamos ocupando: Um quarteirão Inteiro do Bixiga e
    - no TBC em obras.
    Soubemos da notícia por Felipe, o dono da Pousada que nos chamou pra ver em seu quarto uma entrevista dele com 80 anos, que a Globo News pôs imediatamente no ar. Nela Walmor, o entrevistado, contagiou a entrevistadora e vi uma das mais belas entrevistas teatrais de minha vida. Tente ver, é deslumbrante. Walmor nela afirma emocionado o Valor Incomensurável do Teatro, atuando, contando do aneurisma de Cacilda no 2º Ato de “Esperando Godot”, como nunca havia contado.

    ENFIM, TENHO MUITO Q DIZER SOBRE WALMOR, MITO DE “CACILDA!!! – GLÓRIA NO TBC”, ONDE A ATRIZ DAS ATRIZES ENCONTRA UM JOGADOR COM A POTÊNCIA DE SEU JOGO.
    Os dois nesta peça abrem espaço para a complementação de Lina Bardi de seu Projeto Urbano pro Oficina, o renascimento do BIXIGA.

    A Bandeirantes foi onde Cacilda mais trabalhou no tempo do Video Cassete. Tem de entrar nesta Aventura. Eu SOU APAIXONADO POR TODA MINHA VIDA PELA DUPLA – ESTE SUICÍDIO BATEU EM MIM FORTE.
    MERDA

    http://blogdozecelso.wordpress.com/2013/01/24/o-suicidio-de-walmor-chagas-resposta-ao-reporter-da-bandeirantes/

    'Amour' - aging and romance

    'Amour' Review: Film Offers Unflinching Look at Aging Process

     

    Oscar nominations gave us a few major surprises. From the snub of Oscar-winning director Kathryn Bigelow (“Zero Dark Thirty”) to the exclusion of Ben Affleck (“Argo”) in the directorial race, many critics were wondering what the Academy was thinking.

    One thing that they must have been thinking about was the film “Amour,” which surprised critics and audiences alike by receiving five nominations (including for Best Director and Best Picture). And although the movie is still an underdog in most categories, it has a solid shot at several big awards because of the delicacy in which it handles the stirring subjects of aging and romance.

     
    The story focuses on a married couple in their 80s, who are warmly played by Jean-Louis Trintignant and Emmanuelle Riva. Near the beginning, the two are sharing a lovely but quiet meal together when Anne (Riva) suddenly becomes quiet, her face locked in a blank stare that her husband Georges (Trintignant) doesn’t understand. She was playing a practical joke, he assumes when she returns back to her normal self a few moments later.
    But no. Something has changed.
    The stroke that she suffered only hints at the health issues that Anne faces as her husband takes care of her, standing by her side as her condition worsens. “You inflict nothing on me,” he tells her when she knows otherwise. She is weak and grows weaker by the day. He carries the burden for both of them as they face the inevitable pain of aging and loss. carrying the burden for both of them.
    Several years ago, I worked at an assisted living facility and watched as older people faced an inevitable decline in their health and their faculties. The grand thing about “Amour” is how true it rings. Aging isn’t like an injury. It’s not like a concussion an athlete experiences on the field, only to recover from a few days later. It’s a slow and painful departure from the normal way of doing things into an acceptance of a new, harsher reality where actions take longer than they did before and pain never seems to go away.
    Anne faces such a scenerio. She becomes paralyzed on her right side. She remains in bed for a long time and fails to wake up in the middle of the night to go to the bathroom. This is aging in the film and the complexities that arise with it are shown clearly and unflinchingly in a script by writer/director Michael Haneke.
    The characters are flawed and sometimes resistant to the help they are offered. Anne never wants to go back to the hospital after her first trip there and Georges coldly writes off his own daughter’s support (“Your concern is no use to me,” he says). But through it all, “Amour” captures the pain and perils of aging in a way that will be hard to forget. One development in the third act did surprise me (and not in a good way) but for most of the film, the story looks and feels very real.
    Films like “Amour” are hard to watch because they so honestly—removing pretense and self-pity—examine the heartbreak of the aging process. The movie pales in comparison to Sarah Polley's 2006 drama "Away from Her" but is still well worth seeing for the honesty and sobriety it shows in taking on such a difficult subject.

    http://www.breitbart.com/Big-Hollywood/2013/01/11/Amour-Review-Film-offers-an-unflinching-look-of-the-aging-process
     

    terça-feira, 22 de janeiro de 2013

    Literatura en las canciones de amor inolvidables


    Por: Winston Manrique Sabogal
     
    Laserenata-NicolasLancret
    La serenata (1740), de Nicholas Lancret.

    Hay canciones de amor, sus letras, que nos gustan por su secreto atisbo de profecía y otras porque copian e iluminan nuestras vivencias. Unas llegan a nuestras vidas mucho antes de que descubramos, experimentemos y comprendamos lo que allí se nos cuenta y las otras parecen inspiradas en nuestra propia historia. Al final, las dos parecen creadas y cantadas para cada uno de nosotros. Da igual si los expertos musicales las consideran buenas, regulares o malas canciones; y si sus letras son de alta o baja calidad literaria. Están allí, han llegado para quedarse por motivos superiores a nosotros y forman parte esencial de la banda literaria y sonora de nuestras vidas.
    Trovadores conrtemporáneos.
    Uno de los escritores que mejor hizo este acercamiento a esa realidad fue Marcel Proust. Él, tan exquisito en sus gustos, escribió en 1893 Elogio de la mala música, donde reconocía el misterioso, profundo y sentido valor de la música popular; el efecto milagroso de tocar el alma de las personas incluso contra su deseo. Porque "se han llenado del sueño y las lágrimas de la gente". Teo Sanz, catedrático de literatura francesa, lo describió bien en su blog, hace tres años: "En él señala (Proust en su artículo), con un loable deseo de buscar la verdad, que se puede odiar esa clase de música, pero no menospreciarla porque se toca y canta con más pasión que la buena y, sobre todo, porque "se ha llenado del sueño y las lágrimas de la gente".
    Trovadores contemporáneos. En las letras de esas canciones hay literatura. Bob Dylan suena cada año como candidato al Nobel, y el año pasado Leonard Cohen obtuvo el Premio Príncipe de Asturias de las Letras. Traigo a colación estos dos ejemplos de artistas y compositores universales para hablar de la literatura en las letras de las canciones de amor en el día de san Valentín. Y para que nos hablen del asunto he pedido a un poeta, a un filósofo especialista en el tema y a un lector y dos admiradores de Dylan que compartan con nosotros sus letras de canciones de amor inolvidables.
    Y, sí, todo esto es por recordar o celebrar entre todos el día de san Valentín de una manera diferente como hemos hecho en los últimos dos años en este blog. En 2011 fueron las mejores poesías de amor (puedes ver aquí el psot), y en 2010 las mejores novelas (puedes ver el post aquí), en las que ustedes completaban el artículo con sus comentarios. A ver si se animan este año también con el tema de hoy: la literatura, las letras, en las canciones de amor inolvidables:
    Serenata-JanSteenUna autoridad en esto es el poeta colombiano Darío Jaramillo, autor del libro Poesía en la canción popular latinoamericana (Pre-Textos): "Más que expresarlo, lo que la canción popular latinoamericana ha hecho con el amor es inventarlo. Boleros, tangos, rancheras: Las canciones son el guión del sentimiento, lo modelan y lo condicionan. Son el alfabeto del amor y dictan las maneras de sentir. Con ellas se quiere y se desquiere, se enamora y se olvida. Bien se sabe que el amor es un estado preverbal, donde el retozo o el gruñido reemplazan a la palabra. Llegado el momento de usar el verbo, el más aproximado es el del bolero, el del tango, el de la ranchera: se trata de canciones que circularon en todo el continente desde los años treinta del siglo veinte y que se repitieron generación tras generación hasta quedar grabadas en la memoria colectiva a modo de atavismo, de reflejo condicionado, como esas cosas que uno se sabe sin saber que las sabe". (en la imagen Serenata, de Jan Steen)
    "Cada canción, además de contar la historia que la origina, termina contado la historia del que la oye más con el corazón que con el oído. La canción es cardiocéntrica.
    "Aunque simples y directas, algunos boleros, algunos tangos y rancheras tienen un valor poético intrínseco en sus palabras, como por ejemplo Abrázame así de Mario Clavell, Amanecí en tus brazos de José Alfredo Jiménez, Tú me has de querer de Bola de Nieve, Qué me importa de Mario Fernández Porta y Piensa en mí de Agustín Lara, para citar sólo cinco

     
     
     
     
     
    BUENAS NOCHES!!!!
     
     
     

     

    Pasajes literarios de la gran hechicera Toni Morrison

    Epígrafe de Ojos azules (su primera novela, 1970):

     "A las dos personas que me dieron la vida y a la persona que me hizo libre".


    JazzComienzo de Jazz (1992): “Sssst… yo conozco a esa mujer. Vivía rodeada de pájaros en la avenida Lenox. También conozco a su marido. Se encaprichó de una chiquilla de 18 años y le dio uno de esos arrebatos que te calan hasta lo más hondo y que a él le metió dentro tanta pena y tanta felicidad que mató a la muchacha de un tiro solo para que aquel sentimiento no acabara nunca. Cunado la mujer, que se llama Violet, fue al entierro para ver a la chica y acuchillarle la cara sin vida, la derribaron al suelo y la expulsaron de la iglesia. Entonces echó a correr, en medio de toda aquella nieve, y en cuanto estuvo de vuelta en su apartamento sacó a los pájaros de las jaulas y les abrió las ventanas para que emprendiesen el vuelo o para que se helaran, incluido el loro, que decía: “Te quiero”.

    Pasaje de Beloved (1987) en la mitad: "-Estaba hablando del tiempo. Me resulta difícil creer en el tiempo. Algunas cosas pasan. Otras se quedan. Antes pensaba que era mi memoria. Ya sabes, algunas cosas se olvidan, otras siempre se recuerdan. Pero no es eso. Los lugares, los lugares siguen en su sitio. Si una casa se incendia, desaparece, pero el lugar... la imagen del lugar permanece, y no solo en mi memoria sino allí, en el mundo. Lo que yo recuerdo es una imagen flotando en redondo fuera de mi cabeza. Quiero decir que aunque lo piense, aunque se muera, la imagen de lo que hice, o supe, o vi, sigue allí. Exactamente en el lugar donde ocurrió.
    - ¿Y los demás pueden verla? -inquirió denver.
    - Oh, sí. Oh, sí, sí, sí. Algún día irás andando por el camino y oíras o verás algo. Con toda claridad. Y pensarás que eres tú la que está pensando. Una imagen pensada. Pero no. Es cuando tropiezas con un recuerdo que le pertenece a otro".

    Pasaje de Amor (2003), hacia el desenlace: "Él la mira. Azorada (¿le habrá visto menear las caderas?) y temerosa. Él es el guapo gigante propietario del hotel y al que nadie replica. Heed se detiene, incapaz de moverse o decir: 'Disculpe. Lo siento'. (...)
    Le toca el mentón y entonces, con naturalidad, sin dejar de sonreír, le toca un pezón, o mejor el lugar bajo el traje de baño donde habrá un pezón (...) Heed se queda ahí durante un tiempo que le parece una hora pero que es menos del que se requiere para hacer una burbuja de chicle perfecta. (...)
    Heed no ha traído las piezas. Le dice a Christine que no las ha encontrado. Esa primera mentira, de las muchas que seguirán, se debe a que Heed cree que Christine sabe lo que ha sucedido y eso la ha hecho vomitar. Así pues, hay algo en Heed que no está bien. El viejo lo ha visto enseguida, y por ello le ha bastado con tocarla para que se moviera, como él sabía que iba a suceder, porque esa cosa mala ya estaba ahí, esperando que un pulgar la despertara. Ahora Christine también sabe que eso está ahí, y no puede mirarla porque la cosa mala es visible".

    PUEDES LEER AQUÍ LA ENTREVISTA CON TONI MORRISON PUBLICADA EN BABELIA:"Los afroamericanos mandan ahora en la cultura"

    http://blogs.elpais.com/papeles-perdidos/2013/01/la-gran-hechicera-toni-morrison.html#more

    UM CLÁSSICO DO MILLÔR

    Pinguinho




    Pinguinho, do livro "Cazuza", de Viriato Corrêa (23º ed. -1971)
                                                    
    No lugarejo em que nasci dava-se uma singularidade que eu não sei se ocorria em outra parte do mundo: o dia mais alegre era aquele em que morria alguma pessoa.
    Explica-se. No povoado, quando alguém estava para morrer, mandava-se avisar à gente da redondeza. E, logo que o doente fechava os olhos, a sua casa se enchia. Vinham, não só os vizinhos ali de perto, como os de cinco, sete e mesmo de dez léguas distantes.
    O trabalho paralisava. Os lavradores não iam às roças; os vaqueiros não iam ao campo; a escola não se abria e até as casas de negócios fechavam as portas.
    E o lugarejo, dorminhoco e triste dos dias comuns da vida, agitava-se, vivamente, nos raros dias de morte.
    A todo o instante chegavam bandos de homens e mulheres, ora em cavalos que alegravam os ares com relinchos, ora em carros de bois que vinham chiando pelos caminhos.
    A povoação transformava-se num formigueiro ruidoso de crianças. No sertão, quando uma família sai de casa para ir à de um defunto, sai completa, os grandes, a filharada e até mesmo os cachorros.
    Os grandes ficam na sala e no terreiro do morto, a prestar as homenagens do costume; a meninada, essa vem para fora, para a sombra das árvores, brincar em liberdade.
    No meu tempo, quando morria alguém no povoado, para nós, os pequeninos, o dia inteiro era de traquinada, de algazarra e de alegria. Os taludos juntavam-se lá com os taludos; nós, pequeninos, brincávamos com os pequeninos.
    Talvez fôssemos mais de trinta, mais de quarenta. Mas nenhum, nenhum tão afoito e tão disposto a brincar como o Pinguinho.
    O Pinguinho devia ser o mais velho de todos nós, mas, tão franzino e tão frágil, que parecia o mais novo. Magro, pescoço comprido, ombros estreitos, ossinhos de fora.
    Uma tossezinha seca. Mãos sempre geladas, testa sempre quente.
    Mas, o que nele havia de belo, de vivo e de brilhante, eram os olhos, dois grandes olhos negros e febris, como que iluminados por um eterno desejo de viver.
    Como não podia correr porque cansava e não podia gritar porque tossia, o Pinguinho animava a brincadeira. Se a cabra-cega ia aborrecendo, fazia-nos mudar para a boca-de-forno; se a boca-de-forno já não despertava entusiasmo, lembrava a gangorra, o rempo-reá, o anel, ou qualquer outro brinquedo.
    Foi ele que, uma vez (na manhã da morte do Chico da Lúcia), se apresentou entre nós com quatro rodas de ferro, encontradas atrás da casa da máquina de descaroçar algodão.
    Não sei onde se foi buscar um caixão de bacalhau, não sei onde se arranjaram martelo e pregos. Em pouco, estava armado um carro.
    E o carro encheu-nos o grande dia. Dois garotinhos dentro, outros dois empurrando e a pequenada a revezar-se dirigida pelo Pinguinho que, por ser doentio e dono das rodas, não empurrava nunca e era empurrado sempre.
    A morte parecia-nos um bem que Deus mandava às crianças da terra para que elas brincassem em liberdade.
    Vivíamos a desejá-la através dos nossos sonhos como se deseja um brinquedo através dos vidros de uma vitrina.
    Quando o enterro saía e a meninada de fora partia com os pais, as nossas almas ficavam mais tristes do que as casas em que o luto havia entrado. Para nós, que nada sabíamos da morte, nada mais tinha havido do que um maravilhoso dia de brinquedo, que terminava inesperadamente.
    E as nossas cabecinhas inconscientes punham-se então a fazer cálculos, desejando outro dia como aquele. Quando haveria de novo tanta criança, tanta alegria e tanta liberdade? Quando morreria outra criatura?'


    Quem mais acertava nos cálculos era a Chiquitita. Bastava dizer que um doente morreria em breve, para que o doente não durasse um mês.#
    Vivíamos sonhando com os dias de luto que traziam grandes dias de folguedos.
    O Maneco repetia constantemente com a boca cheia de língua:
    — Se eu fosse Deus Nosso Senhor, três vezes por semana tinha que haver um defunto.
    De uma feita, a Tetéia nos encheu de inveja. Garantiu-nos que em breve a brincadeira seria no seu quintal. Tinha em casa três pessoas para morrer: a tia velha, a avó e o padrasto de sua mãe.
    Para nosso entendimento aquilo era uma fortuna. Nós que nada sabíamos da vida, só víamos na morte motivo de brinquedo.
    Um dia, quando brincávamos a cabra-cega, o Pinguinho, ao amarrar a venda nos olhos da Rosa, sentiu uma dor no peito, uma sufocação e quis gritar. Mas, em vez de grito, o que lhe saiu da boca foi uma golfada de sangue.
    Carregamo-lo nos braços para casa.
    À noite, o pobrezinho ardia em febre. Não comeu mais, não saiu mais do fundo da rede. De quando em quando — golfadas de sangue. E emagrecendo, emagrecendo — ficou pele e osso.
    Não lhe saíamos de perto. Quando podíamos enganar a vigilância de nossos pais, íamos para junto dele, consolar-lhe os sofrimentos.
    Numa manhã, linda manhã em que as andorinhas brincavam no céu como garotinhos travessos, ele morreu.
    O povoado encheu-se. Foi criança, criança, como eu nunca vi tanta na minha vida.
    Não podia haver dia melhor para se brincar. Mas (surpresa para toda a gente!) nenhum de nós brincou. Nenhum de nós saiu, sequer, para o terreiro.
    Ficamos todos em derredor do cadáver, sossegadinhos, tristes, silenciosos. Quando queríamos falar uns aos outros, era baixinho, aos cochichos, como se temêssemos perturbar a majestade da dor que nos afligia.
    Tínhamos, pela primeira vez, compreendido a morte. Era a primeira vez que ela nos tocava de perto.
    E, dali por diante, quando alguém morria no povoado, nunca mais enchemos de alaridos os terreiros e os quintais.
    Nunca mais fizemos de um dia de luto um dia de festa.
    Dali por diante, a morte ficou sendo para nós uma coisa séria, muito séria e muito triste.

    Linda Flor (Ai YôYô) - Bebel & João Gilberto -

     
    O passarinho que me despertou estava certo:
    "já está chovendo no sertão baiano".
    Alvíssaras!

    Bom tempo - Chico Buarque e João Bosco



    Bom Tempo

    Chico Buarque

    Um marinheiro me contou
    Que a boa brisa lhe soprou
    Que vem aí bom tempo
    O pescador me confirmou
    Que o passarinho lhe cantou
    Que vem aí bom tempo
    Do duro toda semana
    Senão pergunte à Joana
    Que não me deixa mentir
    Mas, finalmente é domingo
    Naturalmente, me vingo
    Eu vou me espalhar por aí
    No compasso do samba
    Eu disfarço o cansaço
    Joana debaixo do braço
    Carregadinha de amor
    Vou que vou
    Pela estrada que dá numa praia dourada
    Que dá num tal de fazer nada
    Como a natureza mandou
    Vou
    Satisfeito, a alegria batendo no peito
    O radinho contando direito
    A vitória do meu tricolor
    Vou que vou
    Lá no alto
    O sol quente me leva num salto
    Pro lado contrário do asfalto
    Pro lado contrário da dor
    Um marinheiro me contou
    Que a boa brisa lhe soprou
    Que vem aí bom tempo
    Um pescador me confirmou
    Que um passarinho lhe cantou
    Que vem aí bom tempo
    Ando cansado da lida
    Preocupada, corrida, surrada, batida
    Dos dias meus
    Mas uma vez na vida
    Eu vou viver a vida
    Que eu pedi a Deus


    NOTA: estava dormindo e sonhando com essa música... levantei-me pra postar aqui...BOM DIA!
    regina