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terça-feira, 26 de junho de 2012

Valsa Brasileira - Chico Buarque & Edu Lobo -



Composição: Edu Lobo / Chico Buarque

Vivia a te buscar
Porque pensando em ti
Corria contra o tempo
Eu descartava os dias
Em que não te vi
Como de um filme
A ação que não valeu
Rodava as horas pra trás
Roubava um pouquinho
E ajeitava o meu caminho
Pra encostar no teu

Subia na montanha
Não como anda um corpo
Mas um sentimento
Eu surpreendia o sol
Antes do sol raiar
Saltava as noites
Sem me refazer
E pela porta de trás
Da casa vazia
Eu ingressaria
E te veria
Confusa por me ver
Chegando assim
Mil dias antes de te conhecer

CANJA DE GALINHA, A RECEITA

BUTECO DO EDU


Façam uma idéia do orgulho que senti quando, colheres postas nos pratos, ouvi mamãe dizer:
- Foi a melhor canja de galinha que já comi na vida…
E como se não bastasse, vovó, do alto de seus 84 anos, anuiu:
- Eu também!
Diante de duas confissões tão pungentes decidi dividir com vocês, meus poucos mas fiéis leitores, como venho fazendo com alguma regularidade, a receita de mais esse prato, esse clássico que é a canja de galinha. E vou lhes contar como foi, timtim por timtim.
Liguei ontem cedo (eu preparei, à noite, uma canja de galinha em homenagem à memória de minha bisavó, mãe de vovó e vó de mamãe, desde 17 de dezembro de 1982 noutras plagas) pra Casa Ribeiro Aves, na rua do Matoso (leiam sobre ela aqui), telefone 2273-0896. Pedi ao Márcio (seguramente um dos mais grossos comerciantes de que se tem notícia, salve a Tijuca!) duas galinhas vermelhas devidamente abatidas e limpas. Paguei R$ 30,00 pelas aves, que me foram entregues em menos de meia hora, devidamente cortadas, com a carcaça, com os pés, com as ovas e tudo o mais. E fui às compras. Eis, tomem nota, o que usei (éramos cinco)…
Para o caldo, usei as carcaças e os pés das galinhas, muito bem lavadas com limão e vinagre, 1 cebola inteira com casca, 5 dentes de alho inteiros com casca, 1 tomate inteiro com casca, 2 talos de aipo, 1 caule de alho-poró, 5 folhas de louro fresco, talhos e folhas de um molho de salsinha, sal a gosto (pouco), pimenta-do-reino preta moída na hora, 3 litros d´água e azeite extra-virgem para regar.
Para a canja propriamente dita, os pedaços das galinhas (valendo usar os fígados, os corações, as moelas…), 4 colheres de sopa de azeite extra-virgem, 1 cebola picada em cubos, 2 dentes de alho picados em cubos, 2 talos de aipo em cubos, 1 caule de alho-poró também em cubos, 5 galhos de tomilho fresco, 1 xícara de arroz, 1 tomate sem casca e sem semente cortado em cubos, 2 cenouras raladas grosseiramente, azeite extea-virgem para regar, salsinha e cebolinha picadas grosseiramente, sal a gosto e, para pôr no final, talos de cebolinha cortados na transversal e deixados de molho na água com gelo.
Como diria minha cunhada, monte a praça antes de qualquer coisa…
receita de canja de galinha, foto de Eduardo Goldenberg
Antes de mais nada, prepare o caldo… Ponha todos os ingredientes em um caldeirão, cubra com a água e regue, de leve, com o azeite. Leve ao fogo e deixe ferver por meia hora, 40 minutos. Depois, passe pelo chinois (aguardo sua esculhambação, Luiz Antonio Simas), passe tudo para uma panela e deixe ferver um bocado para reduzir o caldo e concentrar, ainda mais, os temperos (esqueça, para sempre, caldos industrializados em cubinhos!). Feito isso, reserve.
É hora de se preocupar com a canja!
Numa panela grande de fundo bem grosso, aqueça o azeite e refogue a cebola e o alho. Pouco depois, junto o aipo, o alho-poró e o tomilho. Sirva-se de uma dose de Red Label e aproveite o perfume, agudíssimo, do refogado. Refogue mais um pouco com fogo médio e ponha, aos poucos, os pedaços de galinha na panela. Logo depois, quando a galinha ameaçar ganhar cor, ponha o arroz.
receita de canja de galinha, foto de Eduardo Goldenberg
Despejo o caldo imediatamente em seguida. Prove do sal e, se necessário, faça o ajuste conforme seu gosto.
Deixe fervendo em fogo médio…
Quando o arroz estiver cozido adicione ao caldo, pela ordem, o tomate em cubos, as cenouras, a salsinha, a cebolinha e note que a cor vai tomar conta da panela – sirva-se da segunda dose em homenagem a esse espetáculo.
receita de canja de galinha, foto de Eduardo Goldenberg
Deixe levantar fervura por uns 5 minutos.
Desligue o fogo.
Com um pegador, pesque cada um dos pedaços de galinha e retire-os da panela. Numa tábua, corte a carne desprezado os ossos. Volte a carne, com alguns pedaços desfiados, para a panela.
Deixe ferver por mais uns 5, 10 minutos e, pouco antes de desligar o fogo (próximo passo!), ponha com cuidado sobre o caldo as ovas da galinha… gema pura, uma delícia!
Desligue o fogo.
Sobre o caldo, coloque as tiras de cebolinha que, cortadas na transversal, ganharão a aparência de um spaghetti verde (as tiras ficarão naturalmente encaracoladas, vejam na fotografia!).
Regue com azeite extra-virgem e sirva!
receita de canja de galinha, foto de Eduardo Goldenberg
À mesa, tenha pão francês fatiado para acompanhar a canja.
Para acompanhar a canja e o pão, um vinho tinto que ninguém é de ferro.
Um prato fundo, de preferência egresso de louças de família, e bom apetite!
receita de canja de galinha, foto de Eduardo Goldenberg
Até.

http://butecodoedu.wordpress.com/2008/12/18/canja-de-galinha-a-receita/


NOTA: Ah, se eu tivesse quem me fizesse essa canjinha!!!! com uma ressaca e preguiça danada!!!! regina

Gilberto Gil em 10 momentos

Relembre abaixo os dez principais momentos da vida e da carreira de Gilberto Gil.

 

Disco "Gilberto Gil" (1968)

GIL TROPICALISTA
Nos anos 1960, Gilberto Gil e Caetano Veloso lideraram uma revolução na música brasileira, o tropicalismo. O movimento propunha a mistura de ritmos brasileiros (samba, bossa, baião) com rock e até música erudita. O estouro tropicalista aconteceu no festival da música brasileira de 1967, quando Gil apresentou "Domingo no Parque" e Caetano, "Alegria, Alegria".
O disco
O segundo álbum de Gil, "Gilberto Gil" (1968), é uma das obras-primas do tropicalismo. Com arranjos do maestro Rogério Duprat e acompanhamento d'Os Mutantes, o cantor interpreta clássicos como "Domingo no Parque", "Marginália II" e "Frevo Rasgado". Samba, baião e frevo convivem com rock e psicodelia e o experimentalismo se mistura com o popular.


Disco "Gilberto Gil" (1971)

GIL EXILADO
Em 1969, Gilberto Gil e Caetano Veloso foram presos. Acusados de "subversão" pela ditadura militar, ambos se exilaram em Londres. Na Inglaterra, Gil começou a tocar com músicos locais (fez até uma jam session com Dave Gilmour, do Pink Floyd) e fez shows em outros países da Europa, como França e Alemanha. Em 1971, gravou um disco em inglês, chamado "Gilberto Gil".
O disco
O disco britânico de Gil tem oito faixas em inglês. Há canções só de Gil ("Nêga"), e parcerias com Jorge Mautner ("Crazy Pop Rock"), além de uma versão em inglês de "Volks Volkswagen Blue" e um cover de "Can't Find My Way Home", do Traffic. Naquele mesmo ano, Gil começou a trabalhar num segundo álbum britânico, mas abandonou o projeto.
A música
"Nêga"

 

Disco "Expresso 2222" (1972)

GIL NO BRASIL
Em janeiro de 1972, Gil retorna ao Brasil. Mas os problemas com a ditadura continuam - "Cálice", sua parceria com Chico Buarque, foi censurada e só pôde ser lançada em 1978. Após a volta, faz shows por todo o país e apresenta novas músicas, que depois entrariam no disco "Expresso 2222" (1972). Também lança uma série de músicas só em compacto, com destaque para "Maracatu Atômico" (1973).
O disco
O álbum "Expresso 2222" (1972) abre com "Pipoca Moderna", tocada pela banda de pífanos de Caruaru. A presença do tradicional grupo pernambucano representa a volta de Gil a suas raízes brasileiras, reforçada em regravações de Gordurinha ("Chiclete com Banana") e João do Vale ("O Canto da Ema"). Das composições próprias, destaque para "Expresso 2222", "Oriente" e "Back in Bahia".
A música
"Back in Bahia"

 

Disco "Doces Bárbaros" (1976)

GIL PRESO
Em 1976, Gilberto Gil foi preso por porte de maconha. A detenção aconteceu no dia 7 de julho, durante um show dos Doces Bárbaros (grupo formado por Gil, Caetano Veloso, Gal Costa e Maria Bethânia) em Florianópolis. Após admitir que era usuário da droga, ele e o baterista da banda, Chiquinho Azevedo, tiveram que passar por tratamento médico.
O disco
O álbum duplo "Doces Bárbaros" foi gravado ao vivo durante a turnê em que Gil foi preso por porte de drogas. Ao lado de Caetano, Gal e Bethânia, ele interpreta canções até então inéditas. Entre elas, músicas que depois se tornariam clássicas, como "Esotérico" e "Um Índio". Das composições de Gil, o grande destaque é "O Seu Amor".
A música
"O Seu Amor"

 

Disco "Refavela" (1977)

GIL NA ÁFRICA
No início de 1977, Gilberto Gil fez uma série de shows em Lagos, na Nigéria. A passagem pela África foi uma experiência transformadora, e o resultado foi o disco "Refavela", lançado naquele mesmo ano. A influência da música originária do Golfo da Guiné pode ser sentida, por exemplo, em canções como a própria "Refavela" e em "Babá Alapalá", "Balafon" e "Patuscada de Gandhi".
O disco
"Refavela" (1977) é a segunda parte de uma trilogia, que começou com "Refazenda" (1975) e terminaria com "Realce" (1979). É o trabalho mais "africano" de Gil. Canções como "Babá Alapalá" e "Balafon" são claramente influenciadas pelo continente negro, mas também há baladas ("Sandra"), toques nordestinos ("Norte da Saudade") e uma recriação bem pessoal de Tom Jobim ("Samba do Avião").
Veja abaixo: Artistas dão parabéns a Gilberto Gil



 

Disco "A Gente Precisa Ver o Luar" (1981)

GIL POP
Gilberto Gil já era um artista famoso desde os anos 1970, mas sua popularidade deu um salto após o sucesso de "Realce", de 1979. Ele então iniciou os anos 1980 liderando as paradas em todo o Brasil, com músicas como "Toda Menina Baiana", "Palco", "Andar com Fé" e "Drão", entre outras. Nessa mesma época, consolidou sua carreira internacional, com turnês constantes pelo hemisfério norte.
O disco
Após o estouro de "Realce", seu disco mais vendido até então, Gil iniciou uma parceria com o produtor Liminha. O pontapé inicial foi o álbum "A Gente Precisa Ver o Luar", de 1981. O trabalho tem todas as características do Gil dos anos 1980: apelo pop, produção cristalina, um toque de reggae. Destaque para os hits "Palco" e "Se Eu Quiser Falar com Deus".
A música
"Palco"

 

Disco "Gilberto Gil Unplugged" (1994)

GIL ACÚSTICO
Em 1994, Gilberto Gil foi apresentado a um público mais jovem. Foi quando ele gravou o disco "Gilberto Gil Unplugged", um dos primeiros acústicos da MTV brasileira. Foi também um dos maiores sucessos da carreira do cantor, e rendeu uma extensa turnê, que durou cerca de um ano e meio e passou por boa parte do planeta - incluindo seus primeiros shows no Chile e no Uruguai.
O disco
"Gilberto Gil Unplugged" foi gravado ao vivo no final de 1993 e lançado no ano seguinte. O repertório mistura alguns dos maiores sucessos da carreira de Gil ("Palco", "Aquele Abraço", "Realce") com algumas surpresas ("Sampa" e "A Novidade", que ele nunca havia gravado), todas em versões acústicas. É, ao lado de "Realce", o trabalho mais vendido de sua carreira.
A música
"A Novidade"

 

Disco "Eu Tu Eles" (2000)

GIL E GONZAGA
O forró e o baião de Luiz Gonzaga são influências marcantes desde o início da carreira de Gilberto Gil - seu disco de 1969 já trazia uma canção dele, "17 Léguas e Meia". Mas, em 2000, ele deixou essa influência explícita pela primeira vez ao assinar a trilha sonora do filme "Eu Tu Eles". Uma das canções, "Esperando na Janela", estourou nas rádios de todo o país.
O disco
A trilha sonora de "Eu Tu Eles" é composta principalmente de versões de clássicos de Luiz Gonzaga - "Asa Branca", "Assum Preto", "Qui Nem Jiló" e outras. Gil também compôs duas inéditas ("O Amor aqui de casa" e "As Pegadas do Amor") e regravou "Lamento Sertanejo". Mas o grande hit do álbum é "Esperando na Janela", um baião de de Targino Gondim que foi uma das músicas mais tocadas daquele ano.

 

Disco "Banda Larga Cordel" (2008)

GIL MINISTRO
Nos anos 1980, Gilberto Gil já havia se aventurado na política, cumprindo um mandato como vereador em Salvador pelo PMDB. Depois de anos dedicando-se somente à música, em 2003 ele assumiu o Ministério da Cultura no governo Lula. Uma das principais características de sua gestão foi a defesa da flexibilização dos direitos autorais. Em 2008, deixou o cargo.
O disco
Em 2008, pouco antes de pedir demissão do Ministério da Cultura, Gil lançou o disco "Banda Larga Cordel". Composto por 16 canções inéditas, o álbum foi lançado primeiro na internet. O cantor também fez shows com transmissão ao vivo pela rede, além de ter disponibilizado as canções para qualquer pessoa fazer seu remix.


Disco "Banda Dois" (2009)


GIL RETROSPECTIVO
Após deixar o Ministério da Cultura, Gilberto Gil dedicou-se a produzir material inédito ("Banda Larga Cordel", "Fé na Festa"), mas também a lançar releituras de sua própria obra. Em 2009, por exemplo, interpretou canções antigas no formato voz o violão no CD e DVD "Banda Dois". No final deste ano, lança outro CD e DVD, desta vez revisitando sucessos acompanhado de uma orquestra.
O disco
Em "Banda Dois", gravado ao vivo num teatro em São Paulo, Gilberto Gil canta alguns de seus clássicos ora acompanhado só de seu violão, ora também com o violão de seu filho, Bem Gil. As poucas exceções são "Amor Até o Fim", em que ele divide os vocais com Maria Rita, e "Refavela", "Babá Alapalá" e "Expresso 2222", em que outro filho, José, toca baixo e percussão.
A música
"Amor Até o Fim"