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segunda-feira, 28 de novembro de 2011

"O jardim das folhas sagradas", de Pola Ribeiro

28 Novembro 2011

"O jardim das folhas sagradas", de Pola Ribeiro


O jardim das folhas sagradas, primeiro longa metragem de Pola Ribeiro, é uma produção genuinamente baiana (um filme da Bahia e não um filme na Bahia, como se costuma muito confundir), que procura um tratamento temático em plural: a questão ambiental (as folhas e, principalmente, o verde, muito mais que um símbolo assume a dimensão de uma proposição), a intolerância religiosa (o candomblé como manifestação autêntica da cultura negra), o preconceito racial (a posição do negro na sociedade brasileira), e um brado retumbante contra a matança de animais em liturgias religiosas e, ainda, a questão da identidade do homem negro e sua necessidade de uma adequação num meio social que ainda revela preconceitos e animosidades.

Bonfim (Antonio Godi) é um bancário que se torna gerente, bem posicionado no trabalho, negro e bissexual, casado com Ângela (Evelyn Buchegger, atriz baiana que também está presente em O homem que não dormia, de Edgar Navarro), mulher branca e evangélica. Vivendo na Salvador contemporânea, a mãe dele fora uma figura importante nos rituais de candomblé, e, por isso, alertado por Martiniano (Harildo Dêda, o grande ator soteropolitano), homem branco, mas de importância na hierarquia dos terreiros, entra em crise de identidade. De repente, toma a decisão de sua vida: rasgar as vestes da sociedade branca (cabelo cortado, roupas clássicas) e assumir a sua cultura (rastafari, roupas coloridas e típicas, e, principalmente, a branca). Tem como objetivo montar um terreiro de candomblé no espaço urbano. Para atingir o seu plano, todavia, enfrenta a especulação imobiliária sedenta de lucro e corrupta (compra um lote de terras e é enganado pelo corretor), o preconceito racial e a intolerância religiosa. Bonfim, apesar de obediente aos ensinamentos de Martiniano, não concorda com a morte de animais nos rituais de celebração, e procura substituí-los pelas folhas verdes, o jardim das folhas sagradas, como sugere o título do filme.

Produção caprichada, O jardim das folhas sagradas, sobre ser um filme bem cuidado na sua elaboração técnica, tem, no entanto, uma sobrecarga temática que determina um não aprofundamento dos diversos assuntos em que pretende questionar, além de uma ausência de ritmo mais dinâmico que é substituído por uma virtuose de imagens com teor mais ilustrativo e maneirista do que propriamente estético. Na estrutura narrativa (e Pola Ribeiro, o diretor, tem consciência de que o cinema é uma estrutura audiovisual), há um desequilíbrio na estruturação do dínamo propulsor dos conflitos. Em seu lugar, O jardim das folhas sagradas perde tempo dramático na virtuose da contemplação da paisagem, das folhas, do verde, e na inclusão de efeitos figurativos desnecessários ao desenvolvimento da idéia (Godi agachado, rodando, plenamente iluminado, por exemplo). O diretor não seguiu o conselho de Alberto Cavalcanti, quando disse que ao invés de se fazer um documentário sobre o correio é melhor fazê-lo sobre uma carta.

Mas estas observações não eliminam a beleza plástica da obra cinematográfica, havendo, nela, um fascínio mais para a contemplação de sua plástica de imagens. O que resiste à crítica é concernente ao elo semântico (a hipertrofia temática) e defeitos estruturais narrativos concernentes ao elo sintático, à sintaxe cinematográfica para ser mais exato. Há um momento, inclusive, de especial especulação não imobiliária, mas satírica e futurística: a câmera, acelerada, registra um metrô de filme de ficção científica a andar nos trilhos de uma paisagem idealizada. O que dá, ao filme, um touch especial.

Pola Ribeiro em O jardim das folhas sagradas faz o seu primeiro longa muitas décadas depois de sua iniciação cinematográfica. É um ativo participante da explosão superoitista, desse boom da pequena bitola que deu origem também à iniciação de praticamente todos os cineastas baianos que labutam na árdua tarefa de expressar seus pensamentos e seus anseios por meio das imagens em movimento. Lembro-me, inclusive, se não há falha memorialística, que seus primeiros ensaios no Super 8, A conversa e Abílio matou Paschoal, que foram proibidos pela Polícia Federal na época da ditadura militar (1977). A lenda do pai Inácio, feito em 35mm, ainda que um média metragem, foi exibido com grande sucesso de público e crítica no extinto Teatro Maria Betânia, que ficava no bairro do Rio Vermelho.

A função da crítica é apontar, na sua leitura do filme, os desequilíbrios na ordenação do tempo e do espaço cinematográficos, e verificar a devida correspondência entre o seu elo semântico (o chamado conteúdo) e o seu elo sintático. O fato é que, observados esses aspectos, O jardim das folhas sagradas é um filme bonito de se ver e que vale a locomoção do cinéfilo. Há, nele, patente, como já me referi, o cuidado de produção, a fotografia funcional de Antonio Luiz Mendes, e a consonância da cor na estrutura dramática, isto quer dizer: o filme é verde e o verde se integra à sua paisagem cinematográfica.

Nas fotos, Harildo Dêda (o grande ator baiano, decano de toda uma geração) e Antonio Godi (que faz Bonfim). Cliquem nas imagens para vê-las ampliadas.
 
 
NOTA: Na Bahia, a amizade vale mais que dinheiro no bolso! Pola Ribeiro e André Setaro são velhos amigos meus do tempo de escola...
Abraços para ambos, regina.
 
 

Amigos Nao Se Fazem Se Reconhecem




Pode ser que um dia deixemos de nos falar...
Mas, enquanto houver amizade,
Faremos as pazes de novo.

Pode ser que um dia o tempo passe...
Mas, se a amizade permanecer,
Um de outro se há-de lembrar.

Pode ser que um dia nos afastemos...
Mas, se formos amigos de verdade,
A amizade nos reaproximará.

Pode ser que um dia não mais existamos...
Mas, se ainda sobrar amizade,
Nasceremos de novo, um para o outro.

Pode ser que um dia tudo acabe...
Mas, com a amizade construiremos tudo novamente,
Cada vez de forma diferente.
Sendo único e inesquecível cada momento
Que juntos viveremos e nos lembraremos para sempre.

Há duas formas para viver a sua vida:
Uma é acreditar que não existe milagre.
A outra é acreditar que todas as coisas são um milagre.



Abrindo as portas à meus amigos
venham fazer essa blogueira feliz!

Diogo Nogueira (malandro, pode apostar!!!)




SAMBA E SALSA

Carreira meteórica leva samba de Diogo Nogueira a Havana
MARCO AURÉLIO CANÔNICO
ENVIADO ESPECIAL A HAVANA

Tudo aconteceu muito rápido na vida de Diogo Nogueira. É isso o que ele está explicando ao senhor cubano do trompete enquanto aguardam os ensaios recomeçarem, no palco do enorme teatro Karl Marx, em Havana.
Veja fotos da gravação do DVD
"Quando eu vi, estava fazendo um show para 2.000 pessoas e gravando um DVD ao vivo", diz ele, referindo-se ao início de sua carreira profissional, há quatro anos.
O senhor, integrante do Los Van Van, uma das bandas mais famosas de Cuba, com quem Diogo cantaria na noite seguinte, ri, simpático.

Lester Péres Jímenez/Divulgação
Diogo Nogueira em show em Havana, com imagem do pai projetada ao fundo do palco
Diogo Nogueira em show em Havana, com imagem do pai projetada ao fundo do palco
Não faz ideia de como aquele rapaz de olhos verdes e braços tatuados chegou ali, no principal palco da ilha, cercado de câmeras que acompanham cada passo seu para um documentário.
Nisso, aliás, o trompetista não está sozinho. "Muita gente acha que eu caí de paraquedas na música. 'Ah, é porque ele é filho do João Nogueira'", diz Diogo à Folha. "Acham que eu sou uma invenção da gravadora."
Essas suspeitas certamente derivam de um preconceito-padrão (todo filho de famoso que segue a carreira do pai ouve essa acusação) mas também da velocidade com que as coisas aconteceram.
Desde 2007, foram três CDs, dois DVDs, um programa televisivo ("Samba na Gamboa", na TV Brasil, cuja nova temporada começa na terça), seis canções em trilhas de novela e 33 participações em projetos especiais.
Nesse período, acumulou três discos de ouro, dois DVDs de platina e prêmios do Multishow (como revelação) e da MTV (melhor artista de MPB), além de um Grammy Latino (melhor álbum de samba).
Cantou com a nata do samba e da MPB, e hoje colhe elogios. "Além da herança maravilhosa do João no DNA, Diogo tem a facilidade de se adaptar a outros gêneros, mas com uma inconfundível maneira de cantar", diz o cantor e compositor Ivan Lins.
SAMBA E SALSA
Em Cuba, Diogo esteve como convidado do governo brasileiro para cantar para empresários que participaram da Feira Internacional de Havana -uma estratégia de promoção cultural do país.
Aproveitou a viagem, no início deste mês, para registrar em vídeo seus passeios pela ilha: visitou uma escola de música e cantou com os alunos. Também participou de uma típica rumba cubana.
No show, realizado no imponente e decadente Karl Marx (onde Chico Buarque, Djavan e Simone cantaram em 1978, três anos antes de Diogo nascer), fez um roteiro novo, para lançar em CD em 2012, com o documentário.
Misturou sucessos de seu pai (como "Mineira"), de sua própria carreira ("Tô Fazendo a Minha Parte"), velhos hits românticos ("Deixa eu te Amar", "Verdade Chinesa") e clássicos da MPB.
No melhor momento da noite, recebeu Los Van Van para cantar "El Cuarto de Tula", sucesso do Buena Vista Social Club. E reencontrou o senhor do trompete.
"Quando eu vi, tava cantando salsa em Cuba, com Los Van Van", diria à Folha no dia seguinte.

O jornalista MARCO AURÉLIO CANÔNICO viajou a convite da produção do cantor



O Brazil e Dilma Rousseff

A Reporter at Large

The Anointed

Can a former political radical lead Brazil through its economic boom?

by  

 

                                                                                                                                                  

ABSTRACT: A REPORTER AT LARGE about Brazilian President Dilma Rousseff. Until recently, Brazil has been one of the most uneducated, economically imbalanced countries in the world. Now its economy is growing much more rapidly than that of the U.S. Twenty-eight million Brazilians have moved out of severe poverty in the past decade. The country has a balanced budget, low national debt, nearly full employment, and low inflation. It is, chaotically, democratic, and it has a free press. Brazil operates in ways we have been conditioned to think are incompatible with a successful free society. It isn’t just that Brazil is ruled by unapologetic former revolutionaries, many of whom—including the President—were imprisoned for years for being terrorists. The central government is far more powerful and intrusive than it is in the U.S. It is also far more corrupt. Crime is high, schools are weak, roads are bad, and ports barely function. And yet, among the world’s major economic powers, Brazil has achieved a rare trifecta: high growth, political freedom, and falling inequality. The President, Dilma Rousseff, is a forceful presence. As part of the Palmares Armed Revolutionary Vanguard, she spent years in prison and was subjected to torture. Her first major Presidential initiative, Brasil Sem Miséria, unveiled in June, was a sweeping anti-poverty program. The U.S. constantly seems to be on Rousseff’s mind, as an example of how not to handle the global economic crisis. Politics in Brazil revolves around Rousseff’s predecessor, Luis Inácio Lula da Silva, known to Brazilians and the rest of the world simply as Lula. For the last five of Lula’s eight years as President, Rousseff served as his Minister of the Civil House. Lula anointed her as his successor in 2010. Describes the political history of Brazil. Mentions President Fernando Henrique Cardoso. The writer describes his visit with Lula in São Paulo. Brazil will be hosting the World Cup, in 2014, and the Olympics, in 2016. Rousseff, now sixty-three, was a university student during the 1964 coup that established Brazil’s military dictatorship, and she quickly became radicalized. By the late sixties, she was married to another militant, Cláudio Galeno Linhares. They lived in hiding, storing and transporting caches of guns, bombs, and stolen money, planning and executing “actions.” Later, she left Galeno for Carlos Araújo, another prominent militant. In early 1970, the military caught up with her, and she spent three years in prison, where she was reportedly subjected to extensive torture. She insists she was never personally involved in violent actions during her militant days. After she was released, she went to graduate school in economics and then worked in a think tank. She joined the mainline political party, the Partido Democrático Trabalhista (P.D.T.), and soon began working in government positions in Porto Alegre. Eventually, she met with Lula and so impressed him that he appointed her Secretary of Energy in his administration. Mentions the numerous scandals which have plagued Rousseff’s administration. Nobody believes that Rousseff is corrupt, but she had worked for years with some of the people who resigned. Describes the writer’s visit with Rousseff.


Read more http://www.newyorker.com/reporting/2011/12/05/111205fa_fact_lemann#ixzz1f1IBplhw

 Ninguém acredita que Dilma é corrupta, diz ‘The New Yorker’

RIO – A revista americana “The New Yorker” traz na edição desta semana uma reportagem sobre a presidente Dilma Rousseff em que traça o perfil da primeira mulher eleita para o mais alto cargo do Executivo no Brasil. O autor da reportagem relembra a atuação de Dilma contra a ditadura, informando que ela foi presa e torturada durante o regime militar.

“O Brasil é governado por ex-revolucionários sem remorso, muitos dos quais, incluindo a presidente, foram presos por anos por serem terroristas”, diz o texto.
Ao falar da gestão da presidente, a quem elogiam dizendo ter “uma presença forte”, a revista destaca os escândalos, mas não mira na presidente:
“Ninguém acredita que Dilma é corrupta, mas ela trabalhou por anos com algumas das pessoas que se demitiram”, diz a reportagem.
Entre frases que destacam o crescimento da economia brasileira, a publicação diz que 28 milhões de brasileiros saíram da extrema pobreza na última década e que o país tem um orçamento equilibrado, dívida e inflação baixas e atinge quase o pleno emprego. Mas também fala de aspectos negativos.
“O governo central é muito mais poderoso que nos Estados Unidos. Também é muito mais corrupto”, afirma a revista, dizendo que o Brasil é “caoticamente democrático e tem uma imprensa livre”.
“A criminalidade é alta, as escolas são fracas e as estradas são ruins”, completa.


Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/pais/ninguem-acredita-que-dilma-corrupta-diz-the-new-yorker-3338157#ixzz1f1JpAzmK

GOOD FOR YOU!!!!



Acho a maior graça. Tomate previne isso,cebola previne aquilo, chocolate faz bem, chocolate faz mal, um cálice diário de vinho não tem problema, qualquer gole de álcool é nocivo, tome água em abundância, mas não exagere...

Diante desta profusão de descobertas, acho mais seguro não mudar de hábitos.

Sei direitinho o que faz bem e o que faz mal pra minha saúde.

Prazer faz muito bem.
Dormir me deixa 0 km.
Ler um bom livro faz-me sentir novo em folha.
Viajar me deixa tenso antes de embarcar, mas depois rejuvenesço uns cinco anos.
Viagens aéreas não me incham as pernas; incham-me o cérebro, volto cheio de idéias.
Brigar me provoca arritmia cardíaca.
Ver pessoas tendo acessos de estupidez me
embrulha o estômago.
Testemunhar gente jogando lata de cerveja pela janela do carro me faz perder toda a fé no ser humano.
E telejornais... os médicos deveriam proibir - como doem!
Caminhar faz bem, dançar faz bem, ficar em silêncio quando uma discussão está pegando fogo,
faz muito bem! Você exercita o autocontrole e ainda acorda no outro dia sem se sentir arrependido de nada.
Acordar de manhã arrependido do que disse ou do que fez ontem à noite é prejudicial à saúde!
E passar o resto do dia sem coragem para pedir
desculpas, pior ainda!
Não pedir perdão pelas nossas mancadas dá câncer, não há tomate ou mussarela que previna.
Ir ao cinema, conseguir um lugar central nas fileiras do fundo, não ter ninguém atrapalhando sua visão, nenhum celular tocando e o filme ser espetacular, uau!
Cinema é melhor pra saúde do que pipoca!
Conversa é melhor do que piada.
Exercício é melhor do que cirurgia.
Humor é melhor do que rancor.
Amigos são melhores do que gente influente.
Economia é melhor do que dívida.
Pergunta é melhor do que dúvida.
Sonhar é melhor do que nada!

Dedicatória aos Amigos…



Um dia a maioria de nós irá separar-se.

Sentiremos saudades de todas as conversas jogadas fora, das descobertas que fizemos, dos sonhos que tivemos, dos tantos risos e momentos que partilhamos. Saudades até dos momentos de lágrimas, da angústia, das vésperas dos finais de semana, dos finais de ano, enfim… do companheirismo vivido.

Sempre pensei que as amizades continuassem para sempre.

Hoje não tenho mais tanta certeza disso.

Em breve cada um vai para seu lado, seja pelo destino ou por algum desentendimento, segue a sua vida.

Talvez continuemos a nos encontrar, quem sabe… nas cartas que trocaremos.

Podemos falar ao telefone e dizer algumas tolices… Até que os dias vão passar, meses…anos… até este contacto se tornar cada vez mais raro.

Vamo-nos perder no tempo…. Um dia os nossos filhos vão ver as nossas fotografias e perguntarão: “Quem são aquelas pessoas?” Diremos…que eram nossos amigos e…… isso vai doer tanto! “

Foram meus amigos, foi com eles que vivi tantos bons anos da minha vida!” A saudade vai apertar bem dentro do peito.

Vai dar vontade de ligar, ouvir aquelas vozes novamente…… Quando o nosso grupo estiver incompleto… reunir-nos-emos para um último adeus de um amigo.

E, entre lágrimas abraçar-nos-emos. Então faremos promessas de nos encontrar mais vezes desde aquele dia em diante.

Por fim, cada um vai para o seu lado para continuar a viver a sua vida, isolada do passado.

E perder-nos-emos no tempo….. Por isso, fica aqui um pedido deste humilde amigo: não deixes que a vida te passe em branco, e que pequenas adversidades sejam a causa de grandes tempestades…. Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos!”


Fernando Pessoa