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terça-feira, 21 de fevereiro de 2012
Evoé Momo! O Bacanal de Manuel Bandeira
“Carnaval” é o título do segundo livro de poemas de Manuel Bandeira (1886-1968). Considerado até então um simbolista –ah! essas etiquetas–, o poeta do Recife radicado no Rio de Janeiro é visto como precursor da vanguarda ao escrever já neste volume, de 1919, versos como os de ”Os Sapos”, que vão se tornar famosos na história do movimento modernista.
O que nosso poeta mais tristonho faz do Carnaval? Pouco mais de duas dezenas de lindos e melancólicos poemas. Não adianta tentar causar graça, saudar Baco, Momo e Vênus, como em “Bacanal”: “Se me perguntarem: Que mais queres,/Além de versos e mulheres?…/ – Vinhos!…o vinho que é o meu fraco!” O que predominam são arlequins e colombinas desencantados. Como no “Poema de uma Quarta-feira de Cinzas”, em que se tem: “Entre a turba grosseira e fútil/ Um Pierrot doloroso passa./ Veste-o uma túnica inconsútil/Feita de sonho e de desgraça…”
Copio os versos acima e os de baixo da minha edição da Nova Aguilar. Faz tempo que, por brigas entre herdeiros, a obra de Bandeira não é reeditada. A pendenga persiste, mas em fins do ano passado a Global anunciou que iria relançá-lo a partir deste 2012 –assim como Cecilia Meireles e Origenes Lessa –, em seus volumes originais. Escrevi esse texto na “Ilustrada” naqueles dias.
Epílogo
Eu quis um dia, como Schumann, compor
Um carnaval todo subjetivo:
Um carnaval em que o só motivo
Fosse o meu próprio ser interior…
Quando o acabei, –a diferença que havia!
O de Schumann é um poema cheio de amor,
E de frescura, e de mocidade…
E o meu tinha a morta mortacor
Da senilidade e da amargura…
–O meu carnaval sem nenhuma alegria!…
19/02/12 - 14:07
POR Joselia Aguiar
http://livrosetc.blogfolha.uol.com.br/2012/02/19/evoe-momo-o-bacanal-de-manuel-bandeira/
Acabou o nosso carnaval
Vi a foto no mural da roteirista Maria Camargo no Facebook.
O registro é do francês Marcel Gautherot no Rio de Janeiro da década de 1960. Seu acervo, assim como o de outros fotógrafos importantes, é guardado hoje pelo Instituto Moreira Salles.
Procurei nos livros que tenho de Gautherot em casa. Não vi esta, mas outras imagens de carnaval em “O Brasil de Marcel Gautherot”. Encontrei também algumas em álbuns de Pierre Verger, também francês radicado no país. Alguém se lembra de mais livros com fotos de antigos carnavais brasileiros?
A foto de Gautherot não só prenderia meu olhar porque gosto de fotografia em geral (gosto muito, e muito mesmo, como já deu para perceber desde o antigo blog), mas porque mostra como era mais leve e engraçado o Carnaval de décadas atrás.
Sinto falta desse Carnaval que não vivi porque nem era nascida. Acho que esse sentimento é desproporcionalmente grande porque nasci numa cidade chamada de ”capital do carnaval” (ou da alegria!) onde o constraste se tornou ainda maior com a passagem do tempo. As ruas estão hoje ocupadas de camarotes, roupas padronizadas e músicas ruins. Não queria fazer um post saudosista, mas foi o que saiu.
21/02/12 - 11:28
POR Joselia Aguiar
PerfilJosélia Aguiar é jornalista especializada na cobertura de livros
Leia maisA Maior Parada de Bateria da História do Sambódromo - Mangueira 2012
quem escuta isso aqui e não se emociona tem que dar uma revisada rápida se ainda tem coração...
Pra Que Chorar - Vinicius de Moraes e Baden Powell.
Pra Que Chorar
(Vinicius de Moraes / Baden Powell)
Pra que chorar
Se o sol já vai raiar
Se o dia vai amanhecer
Pra que sofrer
Se a lua vai nascer
É só o sol se pôr
Pra que chorar
Se existe amor
A questão é só de dar
A questão é só de dor
Quem não chorou
Quem não se lastimou
Não pode nunca mais dizer
Pra que chorar
Pra que sofrer
Se há sempre um novo amor
Em cada novo amanhecer
(Vinicius de Moraes / Baden Powell)
Pra que chorar
Se o sol já vai raiar
Se o dia vai amanhecer
Pra que sofrer
Se a lua vai nascer
É só o sol se pôr
Pra que chorar
Se existe amor
A questão é só de dar
A questão é só de dor
Quem não chorou
Quem não se lastimou
Não pode nunca mais dizer
Pra que chorar
Pra que sofrer
Se há sempre um novo amor
Em cada novo amanhecer
Etiqueta: até que o Carnaval os separe
Evoé, Momo! O blog mais amoroso do país, sempre preocupado com o que restará dos casais depois das cinzas da quarta-feira, deixa aqui algumas dicas para os foliões enamorados.
Resumo do baticum: como sobreviver inclusive aos tremendos e naturalíssimos barracos momescos.
Você sabe, amigo, você entende, amiga, é difícil brincar o carnaval com as algemas amorosas em punho.
Comédia de erros mais troncha. Pobres casais que resolvem pôr a algema e sobreviver juntinhos à prova de sacanagens e adultérios provisórios.
E aqueles pombinhos acolá, repare bem, se separaram antes do cocorocó dionisíaco do Galo da Madrugada.
Não sobreviveram às saídas do “Enquanto isso na Sala da Justiça”, do “I love Cafusú” nas ladeiras de Olinda. Não aguentaram nem a maciota do “Urso Manhoso da Mustardinha” no Pátido de São Pedro.
Cada um para o seu lado até o bacalhau da quarta. Até as cinzas cristãs para benzer e encobrir os chifres na fronte do artista.
Seja no Recife, Rio ou Salvador, a mesma pipoca do amor e da sorte. Danou-se.
Porque separação de carnaval não conta, é resenha de horas, fábula com urso do pé de lã como protagonista, os Ricardões clandestinos da vida.
Barraco para turista ver que não somos cool, ah, de jeito nenhum, que não somos frios, que não somos ingleses, que o meu sangue ferve por vocês, minhas jambo-girls fantasiadas de colegiais, diabinhas ou de freiras.
Quantas vezes já vimos essa comédia?
Existem os que se separam na semana pré ou na véspera do glorioso sábado de Zé Pereira. Haja nego a inventar confusão sem sentido a semana toda. Cantando o tempo inteiro “Me dê motivo!”
Haja lavagem de roupa suja, pendengas antigas, roupa que já virou molambo, pano de chão, qualquer coisa serve para uma boa refrega.
Passar na cara do outro uns chifres que de tão velhos já viraram artesanato, pente, bugiganga de hippie, enfeite do Bar dos Cornos…
Me dê motivo! Que comédia! Tudo para dar uns beijos na boca de uns belos desconhecidos e desconhecidas.
Traição de carnaval não conta, meu irmão, perdão pela ignorância, mas sai na urina.
Na quarta lá estão vocês, dividindo a mesma aspirina, a mesma rotina-tapioca da harmonia dos lares.
“Então tá combinado, cada um vai para o seu lado.” Bom se pudesse ser assim, mas o sangue quente não deixa, somos passionais, corações à cabidela, corações ao molho sanguinolento.
Vai ser sempre um drama, diz que me ama, porra. Então tá combinado, coincidência de pensamento, cada um na sua safadeza.
Então tá combinado, se quer aprontar, não me atarracha um chifre público, vai lá no privê do Baile dos Casados, lá em Afogados, Recife, Pernambuco.
Então tá combinado, tu brincaste todo à vontade no bloco das Virgens, vestido de heterossexual enrustido, agora me deixe, peste!
Pense! Pense num casal mal-intencionado! Esse sim, um raro casal relax, civilizadíssimo, fica beijando de três, quatro, valha-me Deus, seriam do bloco dos pansexuais?
Eu já vi esse filme, viste? Se é um casal de primeira viagem, primeiro carnaval de mãos dadas, menos grave, embora os perigos rondem a carne do mesmo jeito.
E quando um dos dois vira o maior moralista desse mundo, conservado em barris de bons costumes, condenando até o beijo no rosto mais inocente?
Pense em dias em que se vive perigosamente. E a graça é essa. A boa onda da festa da carne. No melhor sentido cristão que deu origem à fuzarca.
POR xicosa 15/02/12
cachaça não é agua não...
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Un beso es un beso es un beso...
Hoy me desperté evocando besos apasionados (los correspondidos), e irremediablemente acudieron a ese paisaje de semi-inconsciencia también los otros, los besos deseados pero apenas devueltos por cortesía. ¡Qué desperdicio, con lo esenciales que son los besos para enamorarse (y para que nuestro cerebro libere endorfinas, oxitocina y todos los antídotos naturales contra la abulia)!
Desayuné y encendí el ordenador. Un amigo de Facebook había colgado un vídeo de Let me kiss you (Déjame besarte) de Morrisey (Live in Manchester, 2004). Y si a alguien no puedo resistirme es, justamente, al ex líder de los Smiths que ya pisa firme los cincuentaytantos (y que, al parecer, nunca dejará de ser ‘así’ de sexy). Por lo tanto, allí cliqueé.
'Let me kiss you', por Morrisey, el ex líder de los Smiths, en directo, en Manchester (2004).
Boquiabierta por enésima vez frente al señor de Manchester, repetí la acción del play hasta que se hizo la hora del almuerzo. Entretanto, pensaba en lo sensual que me resulta este admirador de Goethe y de todos los torturados sentimentales de este mundo; lo recordé en el FIB de Benicássim, un par de años atrás, protestando desde su vegetarianismo radical contra las hamburgueserías del predio que asaban “cadáveres”; miré detenidamente sus labios británicos, nada carnosos y sin embargo, tan apetecibles, pidiendo “let me kiss you”.
Hay que encontrar “un lugar bajo el sol”, canta Morrisey. “Yo ya encontré el mío”, dice tan campante, y luego te propone besarte, besarlo, besarme.
Desayuné y encendí el ordenador. Un amigo de Facebook había colgado un vídeo de Let me kiss you (Déjame besarte) de Morrisey (Live in Manchester, 2004). Y si a alguien no puedo resistirme es, justamente, al ex líder de los Smiths que ya pisa firme los cincuentaytantos (y que, al parecer, nunca dejará de ser ‘así’ de sexy). Por lo tanto, allí cliqueé.
'Let me kiss you', por Morrisey, el ex líder de los Smiths, en directo, en Manchester (2004).
Boquiabierta por enésima vez frente al señor de Manchester, repetí la acción del play hasta que se hizo la hora del almuerzo. Entretanto, pensaba en lo sensual que me resulta este admirador de Goethe y de todos los torturados sentimentales de este mundo; lo recordé en el FIB de Benicássim, un par de años atrás, protestando desde su vegetarianismo radical contra las hamburgueserías del predio que asaban “cadáveres”; miré detenidamente sus labios británicos, nada carnosos y sin embargo, tan apetecibles, pidiendo “let me kiss you”.
Hay que encontrar “un lugar bajo el sol”, canta Morrisey. “Yo ya encontré el mío”, dice tan campante, y luego te propone besarte, besarlo, besarme.
Vuelvo sobre los besos del arte: el de Klimt; el de La eterna primavera de Rodin; el beso pop de Roy Lichtenstein; el de Hero y Leandro según la escultura que hay en un parque de Buenos Aires de Jean Paul Baptiste Gask y, por supuesto, el de Doisneau.
'Der Kuss' ('El beso'), óleo de Gustav Klimt.
El beso de Doisneau habrá sido la foto más vendida de la historia, pero significó apenas un mojón en el largo recorrido de las representaciones artísticas de besos con gracia. La pareja del París de los años cincuenta la conformaban dos estudiantes de arte dramático. Quizá por eso, porque eran actores y hacían más que posar, transmitieron tanto a tanta gente.
Algo similar ha conseguido Dior encargando a Sofia Coppola un spot publicitario que protagoniza Natalie Portman y que contagia verdadera ternura y mucho deseo de un beso de aquellos. Aun los que casi nunca prestamos atención a los anuncios de la tele nos enganchamos con la expresividad de la chica que en esos mismos días, sufriente cisne, también estaba en la gran pantalla.
Spot de Sofía Coppola para Dior, protagonizado por Natalie Portman.
Rodolfo Valentino y todos aquellos intérpretes del cine de gestos ampulosos tendrían que vérselas hoy con la naturalidad que exige cualquier representación. Sin embargo, había una mujer que ya en los treinta podía hacer creíble y deseable lo que tocara: Marlene Dietrich. ¿Alguien se ha perdido aquel beso ‘lésbico’ de la Dietrich de frac en Morocco (1930) de Josef Von Sternberg? Si la respuesta es afirmativa, aquí va la escena, ¿la pionera?
Escena mítica de 'Morocco', de Josef Von Sternberg, con Marlene Dietrich.
Volviendo al asunto de bocas entre hombres y mujeres, en su libro Anatomía del amor, rescata la antropóloga Helen Fisher al etólogo Desmond Morris que, en 1967, “propuso que cuando nuestros antepasados se convirtieron en bípedos, los signos sexuales que inicialmente ornamentaban la grupa (‘cadera’) pasaron a decorar el tórax y la cabeza. A partir de ahí, las mujeres desarrollaron labios rojizos y protuberantes, para semejar labios vaginales, y pechos bamboleantes y carnosos para semejar nalgas prominentes”.
Estos signos de “predisposición sexual” frente a los “machos ancestrales”, apunta Fisher, estarían detrás de la evolución, ya que las mujeres con grandes pechos “engendraron más hijos, legando ese rasgo a través de los siglos”. No sabemos si las chicas con labios aparentemente más jugosos también triunfaron como madres, pero no cabe duda de que este sigue siendo uno de los rasgos icónicos del erotismo.
A una amiga de piel translúcida de venas azules, un macho casi tan ancestral como aquellos le dijo una vez que ella besaba como una morena de labios carnosos, a pesar de no estar dotada de esa boca su anatomía boreal. Esto me llevó a preguntarme si es que podemos refinar nuestra técnica para suplir ciertas carencias físicas.
Como sea, está claro que para muchas mujeres y para algunos hombres, los buenos besos jugosos significan más que el sexo propiamente dicho a la hora de definir esa indefinible compatibilidad de piel o química entre dos personas.
A propósito, una vecina acaba de confesarme que la prueba de fuego para tomar la decisión de separarse de su marido fue la constatación de que hacía por lo menos dos años que no se daban un beso como dios manda, a pesar de que sus sesiones de cama gozaban de un aceptable nivel y buena frecuencia.
Y aquí cabe otra duda: ¿debemos interpretar los besos ajenos desde el valor sagrado que algunos les asignamos? ¿Esos besos llenos de pudor, esas bocas medio secas y entrecerradas son necesariamente un signo de desamor o falta de deseo?
Presiento, en base a una limitadísima experiencia, que en el Occidente conocido, los besos forman parte indisoluble de los preliminares y del sexo, pero que esto no ocurre de la misma manera en todos los continentes. Intuyo que hay culturas y culturas en cuestiones de erotismo labial (por lo demás, una materia tan relativa), pero esto será motivo de nuevos debates.
Mientras tanto, propongo combatir los días con baja humedad relativa a fuerza de canciones como Let me kiss you.
Por: Anne Cé| 11 de diciembre de 2011
http://blogs.elpais.com/eros/2011/12/un-beso-es-un-beso-es-un-beso-es-un-beso-listo.html
'Der Kuss' ('El beso'), óleo de Gustav Klimt.
El beso de Doisneau habrá sido la foto más vendida de la historia, pero significó apenas un mojón en el largo recorrido de las representaciones artísticas de besos con gracia. La pareja del París de los años cincuenta la conformaban dos estudiantes de arte dramático. Quizá por eso, porque eran actores y hacían más que posar, transmitieron tanto a tanta gente.
Algo similar ha conseguido Dior encargando a Sofia Coppola un spot publicitario que protagoniza Natalie Portman y que contagia verdadera ternura y mucho deseo de un beso de aquellos. Aun los que casi nunca prestamos atención a los anuncios de la tele nos enganchamos con la expresividad de la chica que en esos mismos días, sufriente cisne, también estaba en la gran pantalla.
Spot de Sofía Coppola para Dior, protagonizado por Natalie Portman.
Rodolfo Valentino y todos aquellos intérpretes del cine de gestos ampulosos tendrían que vérselas hoy con la naturalidad que exige cualquier representación. Sin embargo, había una mujer que ya en los treinta podía hacer creíble y deseable lo que tocara: Marlene Dietrich. ¿Alguien se ha perdido aquel beso ‘lésbico’ de la Dietrich de frac en Morocco (1930) de Josef Von Sternberg? Si la respuesta es afirmativa, aquí va la escena, ¿la pionera?
Escena mítica de 'Morocco', de Josef Von Sternberg, con Marlene Dietrich.
Volviendo al asunto de bocas entre hombres y mujeres, en su libro Anatomía del amor, rescata la antropóloga Helen Fisher al etólogo Desmond Morris que, en 1967, “propuso que cuando nuestros antepasados se convirtieron en bípedos, los signos sexuales que inicialmente ornamentaban la grupa (‘cadera’) pasaron a decorar el tórax y la cabeza. A partir de ahí, las mujeres desarrollaron labios rojizos y protuberantes, para semejar labios vaginales, y pechos bamboleantes y carnosos para semejar nalgas prominentes”.
Estos signos de “predisposición sexual” frente a los “machos ancestrales”, apunta Fisher, estarían detrás de la evolución, ya que las mujeres con grandes pechos “engendraron más hijos, legando ese rasgo a través de los siglos”. No sabemos si las chicas con labios aparentemente más jugosos también triunfaron como madres, pero no cabe duda de que este sigue siendo uno de los rasgos icónicos del erotismo.
A una amiga de piel translúcida de venas azules, un macho casi tan ancestral como aquellos le dijo una vez que ella besaba como una morena de labios carnosos, a pesar de no estar dotada de esa boca su anatomía boreal. Esto me llevó a preguntarme si es que podemos refinar nuestra técnica para suplir ciertas carencias físicas.
Como sea, está claro que para muchas mujeres y para algunos hombres, los buenos besos jugosos significan más que el sexo propiamente dicho a la hora de definir esa indefinible compatibilidad de piel o química entre dos personas.
A propósito, una vecina acaba de confesarme que la prueba de fuego para tomar la decisión de separarse de su marido fue la constatación de que hacía por lo menos dos años que no se daban un beso como dios manda, a pesar de que sus sesiones de cama gozaban de un aceptable nivel y buena frecuencia.
Y aquí cabe otra duda: ¿debemos interpretar los besos ajenos desde el valor sagrado que algunos les asignamos? ¿Esos besos llenos de pudor, esas bocas medio secas y entrecerradas son necesariamente un signo de desamor o falta de deseo?
Presiento, en base a una limitadísima experiencia, que en el Occidente conocido, los besos forman parte indisoluble de los preliminares y del sexo, pero que esto no ocurre de la misma manera en todos los continentes. Intuyo que hay culturas y culturas en cuestiones de erotismo labial (por lo demás, una materia tan relativa), pero esto será motivo de nuevos debates.
Mientras tanto, propongo combatir los días con baja humedad relativa a fuerza de canciones como Let me kiss you.
Por: Anne Cé| 11 de diciembre de 2011
http://blogs.elpais.com/eros/2011/12/un-beso-es-un-beso-es-un-beso-es-un-beso-listo.html
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