Pesquisar este blog
terça-feira, 7 de fevereiro de 2012
Que fim tem uma ação amorosa?
Por que não diz que se ama de vez?
Que mal há numa verdade tão simples?
Quanto bem perde-se ao tratarmos o amor
À guisa de uma transação açoriana?
Que fim tem uma ação amorosa?
Será biológica ou uma chama divina?
Seja esta ou aquela, ou uma terceira hipótese,
Isso não importa quão grande for a alma.
A minha amada devo dizer que a amo,
Sem levar em conta o seu resultado,
Pois ele já está posto em um pressuposto:
Amo e devo expressar essa necessidade imperante.
Se amo esconder é um crime lesa-pátria,
Sua punição é a perda da autenticidade.
A sensação que se tem é o dito de pronto,
Assim a missão é cumprida, e quem sabe?
Wellington Trotta
Neil Young, Steve Jobs e música para ouvir
por Pedro Dória
Postado Por Túlio Villaça
O jornalista Pedro Dória não é especializado em música, mas trata de tecnologia no Globo. Isso é ótimo, porque permite que sua explicação seja objetiva ao tratar da matemática que leva a resultados diferentes do som em LP, CD e no formato digital. Mas no final, graças a Neil Young, que motivou o texto, ele abre uma porta para outras considerações – e aí me permito continuar um pouquinho. Eis:
A notícia estava no site do Globo e em tudo quanto é canto da internet: em casa, Steve Jobs ouvia LPs. Vinil, mesmo. A informação foi passada por Neil Young, um dos grandes músicos da história do rock. A turma do Twitter, claro, adorou: LPs, segundo Jobs teria dito a Young, têm mais qualidade do que a música num iPod. Trending topics mundial. E, em meio à curiosidade geral, a sofisticada análise de Young a respeito do estado da música se perdeu.
A música num LP é infinitamente superior àquela ouvida nos iPods. Não há nada de polêmico na afirmação. É matemática. Também não vai, aí, qualquer julgamento a respeito da discussão entre reprodução digital ou analógica de música. A música num CD também é infinitamente superior àquela ouvida nos iPods. Novamente: é matemática. Uma música de três minutos em CD tem algo entre 30 e 40 Mb. A mesma música convertida para os formatos MP3 ou AAC, padrões mais populares em iPods, tem menos de 3 Mb. Isso mesmo: o disco baixado da loja iTunes, da Apple, tem muito menos qualidade do que o CD comprado na esquina. Para comprimir, muita informação foi jogada fora.
O som é formado por ondas que fazem o tímpano vibrar e são traduzidas pelo cérebro naquilo que ouvimos. O desenho destas ondas é reproduzido nos sulcos do vinil. Um bom vinil carrega a representação perfeita do que foi gravado. É por isso que muita gente defende o analógico. Quem tem memória daqueles tempos ainda nos anos 80, porém, sabe que nada é tão simples. Para que o som seja perfeito, o disco não pode estar empenado, não pode haver grão de poeira, a agulha tem que ser de diamante novo. É para quem pode, não para quem quer. Dá trabalho e custa caro. E o disco perde qualidade com o tempo.
Som digital é diferente. O equipamento faz um retrato daquela onda sinuosa de tempos em tempos e o registra em número. Se fosse um desenho, ao invés de uma linha contínua da curva veríamos inúmeros pontinhos, um seguido do outro, na forma da mesma curva. Quanto menor os intervalo entre cada registro, mais parecido o resultado final. A olho nu, nem se percebe a diferença. Ou a ouvido nu.
O ouvido humano mais afiado não ouve nada abaixo de 20Hz (é um baixo bem surdo) ou acima de 20.000 Hz (e põe agudo nisso). Para segurar o tamanho da música, o padrão de CD corta todos os sons abaixo e acima desta faixa. A turma purista sugere que, embora não ouçamos estas faixas, nosso cérebro as percebe de outra forma. A perda desta informação afetaria os mais sensíveis. Além disso, CDs também economizam na informação dos extremos. Quanto mais próximo de 20Hz ou de 20.000Hz o som, menos dele é registrado. É porque, como ouvimos pior nessas frequências, menos delas seriam necessárias para causar o efeito.
Música digital no computador, MP3 e similares, joga fora 90% da informação no CD. Para enganar nossos ouvidos é necessário um sistema bem complexo. Ele quebra cada trecho de áudio e descobre como economizar. Corta ainda mais nas faixas que ouvimos menos, se há um agudo numa frequência seguido de outro agudo numa frequência bem parecida, junta os dois, e segue neste processo fazendo economias e cortes e junções. O resultado é um iPod com dez mil músicas e ninguém percebe a diferença em música bate estaca. Mas, aí, o trompete de Dizzy Gillespie tem um quê menos de brilho e o ouvido do maestro mal reconhece Mozart. Quanto mais complexa a música, maior a perda.
É evidente que o leitor precisaria ter um ouvido um tanto melhor do que o meu para perceber tudo isso. Mas a matemática não mente: a informação foi embora.
O som do LP nas condições ideais não precisa ser melhor do que o digital. Num disco Blu-ray cabe uma quantidade infinitamente maior de informação do que num CD. Nada precisaria ser jogado fora e o equipamento para reproduzir música já começa a entrar na casa das famílias de classe média.
E aí está a proposta de Neil Young. O MP3 pirata, ele sugere, é o novo rádio. A música não tem a mesma qualidade daquela que o ouvinte compra na loja, mas serve para divulgar, para que as pessoas conheçam o que há de novo. O que falta é existir, nas lojas, uma opção muito superior. Algo para além do CD, com qualidade total de música.
Se existisse, bastaria ao ouvinte sentar-se no sofá, imerso nas 5.1 caixas do home theater, e se perder. Dizzy merece.
Este final de texto, com a declaração curta de Neil Young (MP3 pirata é o novo rádio), mostra que o velho Young continua mais jovem que muita gente, e me parece a parte mais importante do artigo, em que pesem as informações técnicas precisas. Fala-se hoje que nunca se escutou tanta música, e tão mal. É verdade, exatamente pela enorme portabilidade da música, que traz consigo a perda intrínseca de detalhes. Pois, por mais que a tecnologia pareça milagrosa, há sempre um preço a ser pago.
Mas repito, esta constatação do tráfego (hoje às vezes) ilegal de arquivos na internet assumindo as funções do rádio soa óbvio (até em termos tecnológicos, já que a emissão de rádio também privilegia as frequências médias, perdendo qualidade em graves e agudos, assim como o MP3), diante da perda de qualidade vertiginosa da maioria das rádios tomadas pelo jabá das gravadoras e impedindo a passagem da maioria da criação independente. A geração atual então tratou de buscar seu próprio rádio. Rômulo Fróes, expoente desta geração, afirma:
Aí é que está: em boa parte, deixou de fazer sentido se é direito deles ou não. Porque a onda da mudança vem avassaladora, e pode-se apenas resistir parcialmente a ela, atrasá-la, mas não impedí-la. O Napster já foi, o Megaupload foi fechado, seus donos foram presos. Não vai adiantar, e isto não é uma previsão: assim como a de Neil Young, é uma constatação. A adaptaçao não se dá sem choques e injustiças, que o digam o atual Ministério da Cultura e nomes consagrados com Aldir Blanc, que esbravejam contra a pirataria que lhes tira dinheiro dos direitos autorais. Estão cobertos de razão, mas na contramão da história.
Postado Por Túlio Villaça
Categorias: Música
O jornalista Pedro Dória não é especializado em música, mas trata de tecnologia no Globo. Isso é ótimo, porque permite que sua explicação seja objetiva ao tratar da matemática que leva a resultados diferentes do som em LP, CD e no formato digital. Mas no final, graças a Neil Young, que motivou o texto, ele abre uma porta para outras considerações – e aí me permito continuar um pouquinho. Eis:
A notícia estava no site do Globo e em tudo quanto é canto da internet: em casa, Steve Jobs ouvia LPs. Vinil, mesmo. A informação foi passada por Neil Young, um dos grandes músicos da história do rock. A turma do Twitter, claro, adorou: LPs, segundo Jobs teria dito a Young, têm mais qualidade do que a música num iPod. Trending topics mundial. E, em meio à curiosidade geral, a sofisticada análise de Young a respeito do estado da música se perdeu.
A música num LP é infinitamente superior àquela ouvida nos iPods. Não há nada de polêmico na afirmação. É matemática. Também não vai, aí, qualquer julgamento a respeito da discussão entre reprodução digital ou analógica de música. A música num CD também é infinitamente superior àquela ouvida nos iPods. Novamente: é matemática. Uma música de três minutos em CD tem algo entre 30 e 40 Mb. A mesma música convertida para os formatos MP3 ou AAC, padrões mais populares em iPods, tem menos de 3 Mb. Isso mesmo: o disco baixado da loja iTunes, da Apple, tem muito menos qualidade do que o CD comprado na esquina. Para comprimir, muita informação foi jogada fora.
O som é formado por ondas que fazem o tímpano vibrar e são traduzidas pelo cérebro naquilo que ouvimos. O desenho destas ondas é reproduzido nos sulcos do vinil. Um bom vinil carrega a representação perfeita do que foi gravado. É por isso que muita gente defende o analógico. Quem tem memória daqueles tempos ainda nos anos 80, porém, sabe que nada é tão simples. Para que o som seja perfeito, o disco não pode estar empenado, não pode haver grão de poeira, a agulha tem que ser de diamante novo. É para quem pode, não para quem quer. Dá trabalho e custa caro. E o disco perde qualidade com o tempo.
Som digital é diferente. O equipamento faz um retrato daquela onda sinuosa de tempos em tempos e o registra em número. Se fosse um desenho, ao invés de uma linha contínua da curva veríamos inúmeros pontinhos, um seguido do outro, na forma da mesma curva. Quanto menor os intervalo entre cada registro, mais parecido o resultado final. A olho nu, nem se percebe a diferença. Ou a ouvido nu.
O ouvido humano mais afiado não ouve nada abaixo de 20Hz (é um baixo bem surdo) ou acima de 20.000 Hz (e põe agudo nisso). Para segurar o tamanho da música, o padrão de CD corta todos os sons abaixo e acima desta faixa. A turma purista sugere que, embora não ouçamos estas faixas, nosso cérebro as percebe de outra forma. A perda desta informação afetaria os mais sensíveis. Além disso, CDs também economizam na informação dos extremos. Quanto mais próximo de 20Hz ou de 20.000Hz o som, menos dele é registrado. É porque, como ouvimos pior nessas frequências, menos delas seriam necessárias para causar o efeito.
Música digital no computador, MP3 e similares, joga fora 90% da informação no CD. Para enganar nossos ouvidos é necessário um sistema bem complexo. Ele quebra cada trecho de áudio e descobre como economizar. Corta ainda mais nas faixas que ouvimos menos, se há um agudo numa frequência seguido de outro agudo numa frequência bem parecida, junta os dois, e segue neste processo fazendo economias e cortes e junções. O resultado é um iPod com dez mil músicas e ninguém percebe a diferença em música bate estaca. Mas, aí, o trompete de Dizzy Gillespie tem um quê menos de brilho e o ouvido do maestro mal reconhece Mozart. Quanto mais complexa a música, maior a perda.
É evidente que o leitor precisaria ter um ouvido um tanto melhor do que o meu para perceber tudo isso. Mas a matemática não mente: a informação foi embora.
O som do LP nas condições ideais não precisa ser melhor do que o digital. Num disco Blu-ray cabe uma quantidade infinitamente maior de informação do que num CD. Nada precisaria ser jogado fora e o equipamento para reproduzir música já começa a entrar na casa das famílias de classe média.
E aí está a proposta de Neil Young. O MP3 pirata, ele sugere, é o novo rádio. A música não tem a mesma qualidade daquela que o ouvinte compra na loja, mas serve para divulgar, para que as pessoas conheçam o que há de novo. O que falta é existir, nas lojas, uma opção muito superior. Algo para além do CD, com qualidade total de música.
Se existisse, bastaria ao ouvinte sentar-se no sofá, imerso nas 5.1 caixas do home theater, e se perder. Dizzy merece.
Este final de texto, com a declaração curta de Neil Young (MP3 pirata é o novo rádio), mostra que o velho Young continua mais jovem que muita gente, e me parece a parte mais importante do artigo, em que pesem as informações técnicas precisas. Fala-se hoje que nunca se escutou tanta música, e tão mal. É verdade, exatamente pela enorme portabilidade da música, que traz consigo a perda intrínseca de detalhes. Pois, por mais que a tecnologia pareça milagrosa, há sempre um preço a ser pago.
Mas repito, esta constatação do tráfego (hoje às vezes) ilegal de arquivos na internet assumindo as funções do rádio soa óbvio (até em termos tecnológicos, já que a emissão de rádio também privilegia as frequências médias, perdendo qualidade em graves e agudos, assim como o MP3), diante da perda de qualidade vertiginosa da maioria das rádios tomadas pelo jabá das gravadoras e impedindo a passagem da maioria da criação independente. A geração atual então tratou de buscar seu próprio rádio. Rômulo Fróes, expoente desta geração, afirma:
A questão não é ter medo do sucesso, a questão é não querer demais o sucesso. Porque o sucesso como o conhecemos –da mitificação, do artista que entende e traduz uma nação- talvez não se realize mais. O nó dessa geração é que ela não precisa dialogar com o sucesso para produzir sua obra, talvez por isso mesmo nunca o alcance.e
Não queremos canalizar nossa energia na construção de um pensamento, se de cara esse pensamento é dado como vencido e ultrapassado. Por isso, botamos nossa energia na construção de nossa música, gravando discos aos milhares e espalhando nossa música pela internet para levá-la até onde for possível. E essa força de produção já começa a dar resultado. Quem tiver interesse em ouvir e pensar essa nova música brasileira que vá atrás. Nós estamos fazendo nossa parte, produzindo e compartilhando essa nova música.Ou seja, a Internet passa a ser o lugar onde a amostra da música pode ser ouvida e – sim – baixada, só que – e isto é importante – sem a melhor qualidade. O que motiva um público certamente menor do que o que baixou a ir ao show, comprar o CD, ou mesmo o LP, e fazer divulgação gratuita daquele trabalho a outras pessoas, na própria Net ou fora dela. Tudo estaria muito bem, se todos estivessem de acordo. Acontece que passamos por um período de transição, em que parte dos artistas não está disposto a mudar o modo com que atuaram e viveram – sem falar das indústrias que se criaram e lucraram sob esta égide. Direito deles, não?
Aí é que está: em boa parte, deixou de fazer sentido se é direito deles ou não. Porque a onda da mudança vem avassaladora, e pode-se apenas resistir parcialmente a ela, atrasá-la, mas não impedí-la. O Napster já foi, o Megaupload foi fechado, seus donos foram presos. Não vai adiantar, e isto não é uma previsão: assim como a de Neil Young, é uma constatação. A adaptaçao não se dá sem choques e injustiças, que o digam o atual Ministério da Cultura e nomes consagrados com Aldir Blanc, que esbravejam contra a pirataria que lhes tira dinheiro dos direitos autorais. Estão cobertos de razão, mas na contramão da história.
Palace of Fine Arts, Letterman Digital Arts Center in San Francisco
Beautiful traditional and modern art centers face each other in San Francisco's Marina district.
The Palace of Fine Arts showcased artworks during the 1915 Panama-Pacific International Exposition, which celebrated the opening of the Panama Canal. San Francisco fought hard to host the exposition to announce the city's rebirth after the devastating 1906 earthquake and fire.
Just across from the Palace of Fine Arts is the Letterman Digital Arts Center in the Presidio. When the Presidio was converted to civilian use in 1994, the 23-acre Digital Arts Center was born, 17 acres of which are an inviting public park designed by landscape artist Lawrence Halprin. The combined home of Industrial Light & Magic, LucasArts and Lucasfilm, the center is much beloved not only because of the friendly park but also because its brick and stucco buildings gently blend in with the historic Presidio.
Because the palace was built to be temporary, it had to be largely demolished in 1964 and rebuilt with permanent, lightweight materials. In 2003, the palace closed for further renovation - a seismic retrofit, new landscaping, paths and benches. A radiant, restored palace reopened in 2009.
Housed at the palace are the Exploratorium, an interactive science museum much loved by children and a 1,000-seat theater.
Before you enter, walk along Baker Street to enjoy the sumptuous Marina homes. Once inside the palace, circle the sparkling freshwater lagoon, home to swans, turtles, frogs, coots, black-crowned night herons and ruddy ducks. The lagoon is on the Pacific flyway, providing a rest stop for migrating birds. Informational signs around the lagoon offer history and background about the structure. Memorial benches provide rest.
Walk under the rotunda of the mammoth 1,100-foot pergola, which is supported by rows of Corinthian columns. The statues of the weeping women atop the colonnade were the work of artist Ulric Ellerhusen. You may have to tiptoe around a bride in full regalia, as this one of San Francisco's favorite wedding locations.
Walk around to your right and uphill. Directly in front of the Starbucks is an imposing statue of Eadweard Muybridge, known for his locomotion studies, a precursor of modern motion pictures. If you wonder about the unusual spelling of his first name, know that he picked it himself. His original name was the more prosaic Edward Muggeridge. A splendid view of the Palace of Fine Arts is directly in front of you.
Continue uphill to Building B at 1 Letterman Drive to find a statue of Yoda atop a fountain. During weekdays, the building lobby is open to the public. Inside are an impressive Darth Vader and Boba Fett, a statue of Willis O'Brien with his creation, King Kong, and lots of Lucasfilm memorabilia.
Many trails lead out from the Digital Arts Center through the Presidio. If you are a history buff, follow the small trail that leads across Letterman Drive. Walk to the second set of benches (you will be almost at Lombard Street). In front of the benches, embedded in the ground are bricks inscribed with the names of the people who worked at Letterman Hospital and the years they worked there. You will find General of the Army Douglas MacArthur, as well as many unknown workers.
By car, from downtown San Francisco, head north on Franklin Street or Van Ness Avenue to Lombard Street. Turn left on Lombard, which merges to the right into Richardson Avenue. Turn right on Lyon Street, then left into the Palace of Fine Arts.
Parking is limited at the palace because of Doyle Drive/Presidio Parkway construction. To find additional free parking, from Marina Parkway turn into Yacht Road and follow the signs for Palace of Fine Arts parking. The lot is next to the St. Francis Yacht Club.
Urban Outings are presented by Greenbelt Alliance, the Bay Area's advocate for protecting open spaces and creating vibrant places. To suggest an Urban Outing, contact Gail Todd, tour leader for S.F. City Guides and author of "Lunchtime Walks in Downtown San Francisco." To find out more about Greenbelt Alliance's work, go to www.greenbelt.org.
Read more: http://www.sfgate.com/cgi-bin/article.cgi?f=/c/a/2012/01/04/NSIM1MIC5O.DTL#ixzz1ljltmWZY
The Palace of Fine Arts showcased artworks during the 1915 Panama-Pacific International Exposition, which celebrated the opening of the Panama Canal. San Francisco fought hard to host the exposition to announce the city's rebirth after the devastating 1906 earthquake and fire.
Just across from the Palace of Fine Arts is the Letterman Digital Arts Center in the Presidio. When the Presidio was converted to civilian use in 1994, the 23-acre Digital Arts Center was born, 17 acres of which are an inviting public park designed by landscape artist Lawrence Halprin. The combined home of Industrial Light & Magic, LucasArts and Lucasfilm, the center is much beloved not only because of the friendly park but also because its brick and stucco buildings gently blend in with the historic Presidio.
Palace of Fine Arts
Designed by famed architect Bernard Maybeck, the palace is the only structure from the 1915 exposition still at its original site. Although other buildings were razed when the exposition ended, the palace was so popular that a Palace Preservation League, spearheaded by Phoebe Apperson Hearst, acted to save it.Because the palace was built to be temporary, it had to be largely demolished in 1964 and rebuilt with permanent, lightweight materials. In 2003, the palace closed for further renovation - a seismic retrofit, new landscaping, paths and benches. A radiant, restored palace reopened in 2009.
Housed at the palace are the Exploratorium, an interactive science museum much loved by children and a 1,000-seat theater.
Before you enter, walk along Baker Street to enjoy the sumptuous Marina homes. Once inside the palace, circle the sparkling freshwater lagoon, home to swans, turtles, frogs, coots, black-crowned night herons and ruddy ducks. The lagoon is on the Pacific flyway, providing a rest stop for migrating birds. Informational signs around the lagoon offer history and background about the structure. Memorial benches provide rest.
Walk under the rotunda of the mammoth 1,100-foot pergola, which is supported by rows of Corinthian columns. The statues of the weeping women atop the colonnade were the work of artist Ulric Ellerhusen. You may have to tiptoe around a bride in full regalia, as this one of San Francisco's favorite wedding locations.
Digital Arts Center
Cross Lyon Street (Gorgas Avenue) at the Francisco Street traffic light and walk south on Lyon, entering the Presidio at the pedestrian-only Chestnut Street gate. You are at the Digital Arts Center park, with its scenic lagoon and flowing creek. Sit on a bench and enjoy the palm trees, fountain and view of the Golden Gate Bridge. The area is well patrolled (too well patrolled for children who long to scamper on the rocks).Walk around to your right and uphill. Directly in front of the Starbucks is an imposing statue of Eadweard Muybridge, known for his locomotion studies, a precursor of modern motion pictures. If you wonder about the unusual spelling of his first name, know that he picked it himself. His original name was the more prosaic Edward Muggeridge. A splendid view of the Palace of Fine Arts is directly in front of you.
Continue uphill to Building B at 1 Letterman Drive to find a statue of Yoda atop a fountain. During weekdays, the building lobby is open to the public. Inside are an impressive Darth Vader and Boba Fett, a statue of Willis O'Brien with his creation, King Kong, and lots of Lucasfilm memorabilia.
Many trails lead out from the Digital Arts Center through the Presidio. If you are a history buff, follow the small trail that leads across Letterman Drive. Walk to the second set of benches (you will be almost at Lombard Street). In front of the benches, embedded in the ground are bricks inscribed with the names of the people who worked at Letterman Hospital and the years they worked there. You will find General of the Army Douglas MacArthur, as well as many unknown workers.
Getting there
By bus, catch the Muni No. 30 at Market and Third streets. Get off at Broderick and Bay streets. Walk west on Bay, jog right at Baker, then left again at Bay, which merges into Lyon Street and the Palace of Fine Arts. Other Muni routes serving the area include Nos. 28 and 43.By car, from downtown San Francisco, head north on Franklin Street or Van Ness Avenue to Lombard Street. Turn left on Lombard, which merges to the right into Richardson Avenue. Turn right on Lyon Street, then left into the Palace of Fine Arts.
Parking is limited at the palace because of Doyle Drive/Presidio Parkway construction. To find additional free parking, from Marina Parkway turn into Yacht Road and follow the signs for Palace of Fine Arts parking. The lot is next to the St. Francis Yacht Club.
Urban Outings are presented by Greenbelt Alliance, the Bay Area's advocate for protecting open spaces and creating vibrant places. To suggest an Urban Outing, contact Gail Todd, tour leader for S.F. City Guides and author of "Lunchtime Walks in Downtown San Francisco." To find out more about Greenbelt Alliance's work, go to www.greenbelt.org.
Read more: http://www.sfgate.com/cgi-bin/article.cgi?f=/c/a/2012/01/04/NSIM1MIC5O.DTL#ixzz1ljltmWZY
California's same-sex marriage ban unconstitutional
Casais comemoram decisão da 9ª Corte de Apelação sobre o casamento gayAFP
Assim, a Proposta 8, que proibia o casamento homossexual e fora aprovada por 52% dos eleitores californianos em 2008, foi derrubada. A decisão da Corte apoiou a postura do ex-juiz e presidente do tribunal Vaughn Walker, que em 2010 considerou a união gay um direito fundamental protegido pela Constituição.
“Apesar de a Constituição permitir que as comunidades aprovem a maioria das leis que elas acreditam ser desejáveis, isso requer que exista pelo menos uma razão legítima para a sanção de uma lei que ameaça diferentes classes de pessoas de diferentes formas”, escreveu o juiz da 9ª Corte, Stephen Reinhardt. “Não há razão para que a Proposta 8 possa ter sido aprovada”.
A Corte disse que o casamento gay não poderá ser oficializado na Califórnia até que expire o prazo para que os defensores da Proposta 8 apelem sobre a decisão à 9ª Corte de Apelações. Assim, o casamento gay permanece suspenso até que o tema seja judicialmente solucionado. Os opositores do casamento entre pessoas do mesmo sexo poderão ainda levar o caso à Suprema Corte americana.
A Corte acrescentou que não há provas de que Vaughn Walker teve preconceitos e que deveria ter anunciado que é gay e mantém uma relação de longo prazo antes de emitir a decisão.
Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/mundo/california-derruba-veto-ao-casamento-gay-3907252#ixzz1ljfEDFk2
(02-07) 12:34 PST SAN FRANCISCO -- A federal appeals court declared California's ban on same-sex marriage unconstitutional today, saying a state can't revoke gay rights solely because a majority of its voters disapprove of homosexuality.
In a 2-1 ruling, the Ninth U.S. Circuit Court of Appeals in San Francisco said Proposition 8's limitations on access to marriage took rights away from a vulnerable minority without benefiting parents, children or the marital institution.
"Proposition 8 serves no purpose, and has no effect, other than to lessen the status and human dignity of gays and lesbians in California, and to officially reclassify their relationships and families as inferior to those of opposite-sex couples," said Judge Stephen Reinhardt in the majority opinion.
"The Constitution simply does not allow for laws of this sort." (Read the full ruling here.)
Reinhardt, joined by Judge Michael Hawkins, pointedly refrained from deciding whether gays and lesbians have a constitutional right to marry. Instead, he said Prop. 8 violated the Constitution because it was rooted in moral disproval of gays and lesbians and withdrew rights they had won less than six months earlier, when the state Supreme Court legalized same-sex marriage.
Their narrowly framed ruling would apply only to California, if upheld on appeal.
In dissent, Judge N. Randy Smith said Prop. 8 must be upheld if there was any reasonable basis for its enactment. For example, he said, Californians could have concluded - rightly or wrongly - that children were better off with married, biological parents, and that limiting marriage to opposite-sex couples would encourage responsible child-rearing.
But the court majority said prohibiting same-sex marriage does not encourage opposite-sex couples to marry or raise children.
Sponsors of Prop. 8, who defended the measure in court, denounced the ruling.
"We will immediately appeal this misguided decision that disregards the will of more than 7 million Californians who voted to restore marriage as the unique union of only a man and a woman," said Andy Pugno, lawyer for the Prop. 8 campaign committee, a conservative religious coalition called Protect Marriage.
The ban on same-sex marriage remains in effect while the case proceeds toward the U.S. Supreme Court.
Announcement of the impending ruling this morning drew about 100 gay-rights supporters to the courthouse steps. They cheered when a woman emerged, held up her laptop computer and shouted that the court had struck down Prop. 8.
"It brings you to tears," said James Pearman, 60, of Daly City. "You know that you are equal. You know that you have rights, that children (of gay parents) will have rights."
Prop. 8 was approved by 52 percent of the voters in November 2008. It amended the California Constitution to repeal a May 2008 ruling by the state Supreme Court, which said the state's then-existing ban on same-sex marriage violated California's constitutional guarantee of equality.
After the nation's first federal court trial on same-sex marriage, Chief U.S. District Judge Vaughn Walker overturned Prop. 8 in August 2010. He said gays and lesbians have a constitutional right to marry their chosen partner - a broadly stated ruling that, if upheld on appeal, would apply nationwide.
The appeals court majority took a more limited approach, which could narrow the scope of future Supreme Court review of the case.
Reinhardt relied on a 1996 Supreme Court ruling that struck down a Colorado initiative prohibiting cities and counties from enacting civil rights laws protecting gays and lesbians. The high court, in an opinion by Justice Anthony Kennedy, said a state violates equal protection when it strips rights from a vulnerable minority for no apparent reason other than moral disapproval.
Prop. 8 falls into the same category, Reinhardt said.
He said the rationales offered by the measure's supporters were either unsupported by the evidence, like promoting responsible child-rearing, or legally baseless, like preserving a traditional but exclusionary definition of marriage. Reinhardt also said evidence presented to Walker showed that the Prop. 8 campaign appealed to voters' fears of homosexuals.
With no demonstrated "legitimate purpose," Reinhardt said, the court must conclude that the ballot measure was rooted in "disapproval of gays and lesbians as a class."
In another part of the ruling, the court unanimously rejected arguments by Prop. 8's sponsors that Walker should have been disqualified, and his decision set aside, because he did not reveal at the time of the trial that he is a gay man with a longtime partner, whom he could marry if same-sex marriage were legalized.
The court said a judge is not required to disqualify himself just because his ruling might affect him, along with many other members of the public.
Chronicle staff writer Will Kane contributed to this report.
In a 2-1 ruling, the Ninth U.S. Circuit Court of Appeals in San Francisco said Proposition 8's limitations on access to marriage took rights away from a vulnerable minority without benefiting parents, children or the marital institution.
"Proposition 8 serves no purpose, and has no effect, other than to lessen the status and human dignity of gays and lesbians in California, and to officially reclassify their relationships and families as inferior to those of opposite-sex couples," said Judge Stephen Reinhardt in the majority opinion.
"The Constitution simply does not allow for laws of this sort." (Read the full ruling here.)
Reinhardt, joined by Judge Michael Hawkins, pointedly refrained from deciding whether gays and lesbians have a constitutional right to marry. Instead, he said Prop. 8 violated the Constitution because it was rooted in moral disproval of gays and lesbians and withdrew rights they had won less than six months earlier, when the state Supreme Court legalized same-sex marriage.
Their narrowly framed ruling would apply only to California, if upheld on appeal.
In dissent, Judge N. Randy Smith said Prop. 8 must be upheld if there was any reasonable basis for its enactment. For example, he said, Californians could have concluded - rightly or wrongly - that children were better off with married, biological parents, and that limiting marriage to opposite-sex couples would encourage responsible child-rearing.
But the court majority said prohibiting same-sex marriage does not encourage opposite-sex couples to marry or raise children.
Sponsors of Prop. 8, who defended the measure in court, denounced the ruling.
"We will immediately appeal this misguided decision that disregards the will of more than 7 million Californians who voted to restore marriage as the unique union of only a man and a woman," said Andy Pugno, lawyer for the Prop. 8 campaign committee, a conservative religious coalition called Protect Marriage.
The ban on same-sex marriage remains in effect while the case proceeds toward the U.S. Supreme Court.
Announcement of the impending ruling this morning drew about 100 gay-rights supporters to the courthouse steps. They cheered when a woman emerged, held up her laptop computer and shouted that the court had struck down Prop. 8.
"It brings you to tears," said James Pearman, 60, of Daly City. "You know that you are equal. You know that you have rights, that children (of gay parents) will have rights."
Prop. 8 was approved by 52 percent of the voters in November 2008. It amended the California Constitution to repeal a May 2008 ruling by the state Supreme Court, which said the state's then-existing ban on same-sex marriage violated California's constitutional guarantee of equality.
After the nation's first federal court trial on same-sex marriage, Chief U.S. District Judge Vaughn Walker overturned Prop. 8 in August 2010. He said gays and lesbians have a constitutional right to marry their chosen partner - a broadly stated ruling that, if upheld on appeal, would apply nationwide.
The appeals court majority took a more limited approach, which could narrow the scope of future Supreme Court review of the case.
Reinhardt relied on a 1996 Supreme Court ruling that struck down a Colorado initiative prohibiting cities and counties from enacting civil rights laws protecting gays and lesbians. The high court, in an opinion by Justice Anthony Kennedy, said a state violates equal protection when it strips rights from a vulnerable minority for no apparent reason other than moral disapproval.
Prop. 8 falls into the same category, Reinhardt said.
He said the rationales offered by the measure's supporters were either unsupported by the evidence, like promoting responsible child-rearing, or legally baseless, like preserving a traditional but exclusionary definition of marriage. Reinhardt also said evidence presented to Walker showed that the Prop. 8 campaign appealed to voters' fears of homosexuals.
With no demonstrated "legitimate purpose," Reinhardt said, the court must conclude that the ballot measure was rooted in "disapproval of gays and lesbians as a class."
In another part of the ruling, the court unanimously rejected arguments by Prop. 8's sponsors that Walker should have been disqualified, and his decision set aside, because he did not reveal at the time of the trial that he is a gay man with a longtime partner, whom he could marry if same-sex marriage were legalized.
The court said a judge is not required to disqualify himself just because his ruling might affect him, along with many other members of the public.
Chronicle staff writer Will Kane contributed to this report.
Bob Egelko is a Chronicle staff writer. begelko@sfchronicle.com.
Read more: http://www.sfgate.com/cgi-bin/article.cgi?f=/c/a/2012/02/07/BA1H1N3T1H.DTL#ixzz1ljgoGWwM
Paulo Francis "Puta que Pariu"
Paulo Francis, pseudônimo de Franz Paul Trannin da Matta Heilborn (Rio de Janeiro, 3 de setembro de 1930 - Nova York, 4 de fevereiro de 1997); foi um jornalista, articulista, crítico e escritor brasileiro.
Trinta anos esta noite
- "A sociedade de massas é por definição o fim da civilização. Bolsões de vida inteligente sobrevivem a duras penas."
-
- - "Trinta anos esta noite: 1964, o que vi e vivi"; Por Paulo Francis; Publicado por Companhia das Letras, 1994; ISBN 8571643695, 9788571643697; 207 páginas
- "O Brasil é um asilo de lunáticos onde os pacientes assumiram o controle".
-
- - "trinta anos esta noite: 1964, o que vi e vivi", Por Paulo Francis; Publicado por Companhia das Letras, 1994; ISBN 8571643695, 9788571643697; 207 páginas; Página 104
- "É preciso ter mingau na cabeça para acreditar em astrologia".
-
- - Waaal: o dicionário da corte de Paulo Francis - Página 21, Paulo Francis - Companhia das Letras, 1996, ISBN 857164571X, 9788571645714 - 291 páginas
- "Eu gostaria de ser o fantasma do Metropolitan Museum.
-
- - Waaal: o dicionário da corte de Paulo Francis - Página 181, Paulo Francis - Companhia das Letras, 1996, ISBN 857164571X, 9788571645714 - 291 páginas
- "A descoberta do clarinete por Mozart foi uma contribuição maior do que toda África nos deu até hoje".
-
- - Waaal: o dicionário da corte de Paulo Francis - Página 190, Paulo Francis - Companhia das Letras, 1996, ISBN 857164571X, 9788571645714 - 291 páginas
Atribuídas
- Não há quem não cometa erros e grandes homens cometem grandes erros."
-
- - citado em "Logus"; Por Fabiano Lemo; Publicado por Thesaurus Editora; ISBN 8570621663, 9788570621665 [1], página 167
- "Quem não lê não pensa, e quem não pensa será para sempre um servo."
-
- - citado em "A Defesa nacional", Volumes 789-791 - página 151, 2001
- "Intelectual não vai a praia. Intelectual bebe".
-
- - fontes: citado em "Corinthians (camisa 13)"; Publicado por Ediouro Publicações; ISBN 8500016027, 9788500016028 [2], página 150;
- - todavia "Lua Nova: Revista de cultura de politica"; Publicado por CEDEC (Brazil) [3], página 29, dá crédito ao jornalista Carlinhos de Oliveira
- "Não levo ninguém a sério o bastante para odiá-lo".
-
- - citado em "República", Edições 27-29 - página 8, Editora D'Avila Comunicações, 1999
- "O PT diz ter um programa operário. Mas é um programa de radicais de classe média que imaginam representar a classe operária, e não os operários, porque estes querem mesmo é se integrar à sociedade de consumo, ter empregos, boa vida etc. Não lhes passa pela cabeça coisas como socialismo."
-
- - citação de 1985; referida em "Paulo Francis: Brasil na cabeça"; Por Daniel Piza; Publicado por Relume Dumará, 2004; ISBN 8573163658, 9788573163650; 117 páginas [4], página 83
- "A ignorância é a maior multinacional do mundo".
-
- - Paulo Francis citado em "Duailibi Essencial: Minidicionário com mais de 4.500 frases essenciais" - Página 220, Roberto Duailibi, Marina Pechlivanis - Elsevier Brazil, 2006, ISBN 8535219579, 9788535219579, 496 páginas
- "A função da universidade é criar elites, e não dar diplomas à pés-rapados".
-
- - citado no artigo "Terminou a polêmica"; Revista Veja, edição 12 de fevereiro de 1997
- "Quando ouço falar em ecologia, saco logo meu talão de cheques" [5]
- "Dizem que ofendo as pessoas. É um erro. Trato as pessoas como adultas. Critico-as. É tão incomum isso na nossa imprensa que as pessoas acham que é ofensa. Crítica não é raiva. É crítica. Às vezes é estúpida. O leitor que julgue. Acho que quem ofende os outros é o jornalismo em cima do muro, que não quer contestar coisa alguma. Meu tom às vezes é sarcástico. Pode ser desagradável. Mas é, insisto, uma forma de respeito, ou, até, se quiserem, a irritação do amante rejeitado"
-
- - Waaal: o dicionário da corte de Paulo Francis, Paulo Francis - Companhia das Letras, 1996, ISBN 857164571X, 9788571645714 - 291 páginas
- "Há em mim um resíduo de saltimbanco. Gosto de uma platéia, quero mantê-la cativa, afinal vivo disso há 40 anos"
-
- - citado no artigo Perfil de Paulo Francis, Agência Folha 04/02/97
- "Marx escrevendo sobre dinheiro é como padre falando sobre sexo.
-
- - Paulo Francis citado em "Citações da Cultura Universal" - Página 159, Alberto J. G. Villamarín, Editora AGE Ltda, 2002, ISBN 8574970891, 9788574970899
- "A morte é uma piada. A vida é uma tragédia. Mas, dentro de nós, mesmo no maior desespero, há uma força que clama por coisas melhores. Os artistas estão sempre aí nos lembrando disso. Existe um paraíso, pois Beethoven ou Gauguin já nos deram mostras convincentes. É inatingível permanentemente, mas devemos ser gratos pelas sobras que nos couberem" [6]
Origem: Wikiquote, a coletânea de citações livre.
"A desimportância da liberdade nos países capitalistas como os EUA é um tema freqüente, da melhor literatura marxista (que se faz, não acidentalmente, em nações capitalistas livres, EUA, Inglaterra, França e Bélgica) à propaganda stalinista, com a qual não perderei tempo. Os marxistas alegam que essa liberdade é contida dentro de certos limites, que não afetam o controle dos meios de produção e o chamado Governo Permanente (os grupos econômicos dominantes), que transcende partidos ou nuanças ideológicas (a referência aí é aos EUA, em que não existe força política organizada que vise a derrubar o sistema, havendo apenas diferenças de opinião quanto à maneira de administrá-lo). Liberdade também permitida, pois caso se torne ameaçadora, será cerceada. E, descendo a miúdos, se o jornal do capitalismo, depende obviamente deste para sobreviver (o que seria do New York Times sem anúncios), logicamente não vai propor destruí-lo."
"Há um bocado de meias verdades tentadoras nesse raciocínio, mas o curioso é que, do ponto de vista marxista, é claramente antidialético. Quando muito, admite haver "contradições" no sistema, nunca um conflito dialético, exceto se surgir um movimento proletário disposto a empolgar o poder. A meu ver, isso é tolice. Vejamos uma realidade pouco política, explicitamente política, que se verifica nos EUA. Sindicatos operários que os marxistas chamam de "economistas", epíteto de Lenin, referindo-se a organizações de trabalhadores que se interessavam apenas por melhorar o nível de vida dos membros, sem consciência ideológica e revolucionária. O problema com Lenin é que, na maioria dos casos, ele estava descrevendo a situação na Rússia tzarista, num regime fechado e autocrático, onde só mesmo pela força o sistema desabaria (terminou se desintegrando na I Guerra, o que nenhum marxista esperava, ou previu). Nos EUA, 1974, a analogia é ridícula, não por culpa de Lênin, claro, e, sim, dos marxistas e propagandistas que o transformaram num ícone. Os sindicatos americanos, apesar da orientação direitista, gozam de total liberdade de reivindicar. E, nos EUA, não existe sequer Justiça do Trabalho. Ou seja, uma greve pode durar até que as partes se cansem, ou fiquem arruinadas."
http://www.paulofrancis.com
"A desimportância da liberdade nos países capitalistas como os EUA é um tema freqüente, da melhor literatura marxista (que se faz, não acidentalmente, em nações capitalistas livres, EUA, Inglaterra, França e Bélgica) à propaganda stalinista, com a qual não perderei tempo. Os marxistas alegam que essa liberdade é contida dentro de certos limites, que não afetam o controle dos meios de produção e o chamado Governo Permanente (os grupos econômicos dominantes), que transcende partidos ou nuanças ideológicas (a referência aí é aos EUA, em que não existe força política organizada que vise a derrubar o sistema, havendo apenas diferenças de opinião quanto à maneira de administrá-lo). Liberdade também permitida, pois caso se torne ameaçadora, será cerceada. E, descendo a miúdos, se o jornal do capitalismo, depende obviamente deste para sobreviver (o que seria do New York Times sem anúncios), logicamente não vai propor destruí-lo."
"Há um bocado de meias verdades tentadoras nesse raciocínio, mas o curioso é que, do ponto de vista marxista, é claramente antidialético. Quando muito, admite haver "contradições" no sistema, nunca um conflito dialético, exceto se surgir um movimento proletário disposto a empolgar o poder. A meu ver, isso é tolice. Vejamos uma realidade pouco política, explicitamente política, que se verifica nos EUA. Sindicatos operários que os marxistas chamam de "economistas", epíteto de Lenin, referindo-se a organizações de trabalhadores que se interessavam apenas por melhorar o nível de vida dos membros, sem consciência ideológica e revolucionária. O problema com Lenin é que, na maioria dos casos, ele estava descrevendo a situação na Rússia tzarista, num regime fechado e autocrático, onde só mesmo pela força o sistema desabaria (terminou se desintegrando na I Guerra, o que nenhum marxista esperava, ou previu). Nos EUA, 1974, a analogia é ridícula, não por culpa de Lênin, claro, e, sim, dos marxistas e propagandistas que o transformaram num ícone. Os sindicatos americanos, apesar da orientação direitista, gozam de total liberdade de reivindicar. E, nos EUA, não existe sequer Justiça do Trabalho. Ou seja, uma greve pode durar até que as partes se cansem, ou fiquem arruinadas."
http://www.paulofrancis.com
Website
BOM DEMAIS PARA SER VERDADE
De manhã, as vezes o Francis cantava. Não, não era absolutamente alegria de viver. Era para enganar a depressão. "Quem canta, seus males espanta", ele me dizia, sério. Francis cantava umas coisas antigas, jingles de rádio dos anos 50, marchinhas de carnaval da década de 40; quanto maior a melancolia da manhã, mais obsoleta e estapafúrdia era a recordação. Se ele abria o dia com "Edgar chorou, quando viu a Rosa, gingando toda prosa...", era um sinal de que a vida estava preta. Mas se o Francis -personagem de certa manhã- resolvia imitar o vozeirão do Cauby Peixoto (que admirava) ou um crooner americano, em canções que ele chamava de "babacário popular", e me seguia pela casa como um apaixonado "You're just too good to be true/ can't take my eyes of you...", eu podia estar certa que o dia lhe traria melhores possibilidades.
A década de 50, a infância, é a minha favorita. Nostalgia de um tempo que parecia mais inocente e feliz. Parecia. Francis, nascido em 1930, viveu intensamente aqueles anos, como adulto; e tinha recordações mais reais que as minhas. Ligava suas estórias curiosas, engraçadas, ou até escatológicas, a jingles de rádio e televisão. Conhecia intimamente os anos 60, e igualmente suas musiquetas comerciais. Gostava de me atazanar com "Só Esso dá ao seu carro o máximo, veja o que Esso faz. Só Esso Extra, Esso Extra..." Diante do meu espanto, e curiosidade, ele me detalhava os escândalos sociais e políticos da época (iguaizinhos aos atuais), deliciado com as recordações que lhe traziam, e imitando vozes e gestos. Ria ao lembrar como a rapaziada de seu tempo usava maliciosamente a antiga propaganda da Esso, "Ponha um tigre no seu carro!". E a musiqueta falsa-inocente que a Virginia Lane, conhecida corista do teatro de revista cantava num programa de TV para crianças, no qual ela se apresentava fantasiada de coelho, as fabulosas pernas de fora, e a que todos os pais assistiam? Dobro de rir só de lembrar o Francis caricaturando o coelho da Virginia, revirando os olhos, dobrando os braços como se fossem patinhas.
"Recordar é viver, dizia Tia Marocas" - era como o Francis arrematava os casos que transformavam seu humor matinal. Não lembro agora se tia Marocas era a Marocas do Pafuncio, personagem de história em quadrinhos, que o Francis imitava, tocando um piano imaginário, e se esgoelando, "um lindo jangadeiro, de olhos verdes cor do mar...".
O comercial da cera para assoalhos Parquetina, que o Francis parodiava, rimando com cretina, nas manhãs que a faxineira pedia que ele não entrasse na cozinha recém-lavada, quem lembra?
Ontem acordei com aquela conhecida sensação de perda. Peguei o jornal na porta e fiquei andando pela casa, com ele na mão, sem saber o que fazer. Já devia estar habituada a tristeza que me abate nessa data, quando enfrento o mesmo frio siberiano e as mesmas recordações. Mas pensei que, depois de seis anos, teria mudado. Não tomei conhecimento da nuvenzinha negra que há duas semanas ameaçava meu humor. Ontem de manhã a coisa começou a desabar.
Mas, espera aí... Ao escovar os dentes, já batalhando a inquietação, aquele jingle do passado brotou da minha cabeça, ou o Francis estava mesmo ali na porta do banheiro, cantarolando baixinho, "Três vezes ao ano, visite o dentista, três vezes ao dia, seja kolynosista", para me salvar da depressão matinal ?
De repente me deu uma saudável vontade de rir. E rindo olhei a cidade lá embaixo, coisa que o Francis gostava de fazer, e ainda pontificava, "Nova York deve ser vista de cima"; e constatei também que o céu estava totalmente azul, naquele tom que o Francis descreveu como "azul inocente" na manhã seguinte ao bombardeio do Iraque pelos americanos, em 1991.
Tenho que rir. O Francis acordava deprimido, mas já fazia declarações contundentes sobre questões políticas, sociais e culturais, e ainda me fazia rir com sua nostalgia por cultura pop do passado mais remoto. Tinha coragem de continuar. Desafiava a tristeza, diariamente.
Esta é a primeira vez que escrevo sobre o Francis. Rompi um silêncio que provavelmente não será repetido. Prefiro convidar os amigos antigos e os jovens admiradores do Francis a contarem aqui suas experiências pessoais com ele, como e quando o conheceram, em que sentido ele marcou sua vida, etc. Escrevi esta apresentação a pedido do Marcelo Vita, criador do Website, e porque me dei conta do meu silêncio (nos últimos dois anos e tanto trabalhei para as Nações Unidas no Timor Leste) e aparente falta de consideração com os cerca de 750 sites dedicados ao Francis. Conheço quase todos. São na maioria de gente jovem. São ótimos, inteligentes, criativos (um deles apresenta nossos três gatos!).
A editora W11, que fundei com o Wagner Carelli em novembro passado, acaba de lançar os dois primeiros romances do Francis, "Cabeça de Papel" (1977) e "Cabeça de Negro" ( 1979) , atendendo a curiosidade de milhares de jovens que vem procurando esses livros há 10 anos e não os encontram porque as editoras os deixaram esgotar. O interesse constante e crescente dos jovens pela obra do Paulo Francis me deixa comovida e, ao mesmo tempo, animada com o futuro. É uma gente que não desperdiça a manhã cultivando depressão. Sai dessa!
Foi a manhã de ontem que me deu ânimo para escrever a apresentação do Website, há semanas adiada. Pedi a companhia, o apoio de alguns amigos mais chegados. Não dava tempo de pedir colaboração a muitos. Os convidados atuais são apenas os primeiros dos muitos que virão. Assim esperamos.
Sonia Nolasco
http://www.paulofrancis.com/main/popups/sonia.htm
Lembranças do Francis
Carlos Heitor Cony
RIO DE JANEIRO - Vi no Canal Brasil o documentário sobre o 15º aniversário da morte do jornalista Paulo Francis. Bom programa, inclusive com o final wagneriano de "Tristão e Isolda", talvez seu trecho lírico preferido.
Ele foi um dos personagens mais instigantes de nosso meio cultural e marcou época na segunda metade do século 20. Eu estava em Roma quando ele morreu em Nova York e confesso que me senti um pouco perdido.
Foi o primeiro leitor dos originais de alguns romances que publiquei. Polêmico, às vezes contraditório e sempre brigão, tinha duas faces: a do intelectual superdotado, que se exaltava, odiando, como Horácio, o vulgo e o profano, e o homem mais do que educado e gentil, desses que raramente encontramos, que não existem mais.
O Luiz Schwarcz lembrou a amizade que Paulo dedicava aos amigos. Num fim de semana, sabendo que Jorge Zahar, doente, estava deprimido, tomou um avião na sexta. No sábado, apanhou amigos comuns (Ruy e Millôr) e levou-os a fazer companhia ao editor, que morreria pouco depois. No domingo à noite, embarcou de volta para Nova York. Passou um de seus últimos fins de semana integralmente ao lado de um dos amigos que mais admirava.
Todos os que tiveram sua amizade podem contar episódios iguais. Seu último jantar no Rio foi em minha casa, em companhia do Ruy. Levei-o ao hotel em Copacabana. Ao saltar, não se esqueceu daquela cortesia que quase ninguém usa mais: pediu que eu agradecesse à minha mulher o modesto jantar que lhe oferecemos.
Em 1965, oito amigos seus foram presos em frente ao hotel Glória. Ao saltarmos no quartel, Glauber Rocha apontou para a calçada: "Olha, o Paulo Francis!" Ele nos acompanhara à distância, solidário, temendo que fossemos maltratados.
Ele foi um dos personagens mais instigantes de nosso meio cultural e marcou época na segunda metade do século 20. Eu estava em Roma quando ele morreu em Nova York e confesso que me senti um pouco perdido.
Foi o primeiro leitor dos originais de alguns romances que publiquei. Polêmico, às vezes contraditório e sempre brigão, tinha duas faces: a do intelectual superdotado, que se exaltava, odiando, como Horácio, o vulgo e o profano, e o homem mais do que educado e gentil, desses que raramente encontramos, que não existem mais.
O Luiz Schwarcz lembrou a amizade que Paulo dedicava aos amigos. Num fim de semana, sabendo que Jorge Zahar, doente, estava deprimido, tomou um avião na sexta. No sábado, apanhou amigos comuns (Ruy e Millôr) e levou-os a fazer companhia ao editor, que morreria pouco depois. No domingo à noite, embarcou de volta para Nova York. Passou um de seus últimos fins de semana integralmente ao lado de um dos amigos que mais admirava.
Todos os que tiveram sua amizade podem contar episódios iguais. Seu último jantar no Rio foi em minha casa, em companhia do Ruy. Levei-o ao hotel em Copacabana. Ao saltar, não se esqueceu daquela cortesia que quase ninguém usa mais: pediu que eu agradecesse à minha mulher o modesto jantar que lhe oferecemos.
Em 1965, oito amigos seus foram presos em frente ao hotel Glória. Ao saltarmos no quartel, Glauber Rocha apontou para a calçada: "Olha, o Paulo Francis!" Ele nos acompanhara à distância, solidário, temendo que fossemos maltratados.
Assinar:
Postagens (Atom)