Publicados em 1973 na Universidade Federal da Bahia - Faculdade de Direito
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terça-feira, 5 de junho de 2012
O futuro que queremos, slogan da Rio+20, depende dos oceanos
Pulmão do mundo, oceanos são o maior desafio ambiental
Os mares provêm boa parte do oxigênio que respiramos e absorvem o excesso de gás carbônico que lançamos na atmosfera
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RIO - O pulmão do mundo está no azul dos mares, e não no verde das florestas. Os oceanos provêm boa parte do oxigênio que respiramos e absorvem o excesso de gás carbônico que lançamos na atmosfera. Eles controlam o clima e a água deste planeta chamado Terra. Estão entre os grandes temas da Rio+20 e um dos poucos em que há otimismo para a chance de avanços concretos. A riqueza e os desafios dos mares são o assunto de reportagens especiais publicadas no GLOBO nesta terça-feira, Dia Mundial do Ambiente.
— Mesmo que você nunca tenha a chance de ver os mares, eles virão até você a cada vez que respirar, em cada gota d'água que beber, em cada alimento que comer. Cada pessoa, cada ser vivo, é íntima e profundamente dependente da existência do mar — disse recentemente em palestra a bióloga americana Sylvia Earle, hoje o mais importante nome da pesquisa e da defesa dos oceanos em todo o mundo e uma das principais conferencistas da Rio+20.
Os oceanos contêm 97% da água da Terra e 97% da biosfera. A vida fervilha da linha d'água às fossas hidrotermais das profundezas. E mesmo em fontes frias, onde micro-organismos sobrevivem a partir da quimiossíntese, um processo que, na ausência de luz, gera energia a partir de minerais. De fato, a maior parte dos oceanos está mergulhada na escuridão. O mar profundo começa a cerca de 300 metros abaixo da superfície, limite para o mergulho do ser humano. Mas a luz do Sol não chega a mais do que 200 metros de profundidade. Ainda assim, há vida, como peixes transparentes, lulas do tamanho de barcos e invertebrados de aparência extraterrestre.
Está nos mares também a oportunidade das riquezas do pré-sal e de minérios, como o cobalto, importante para indústria de eletrônicos.
Os mares absorveram ainda 80% do calor adicionado pela ação humana nos últimos 200 anos e governam a química planetária. A água dos mares que evapora para a atmosfera retorna à superfície como chuva e neve, num ciclo de restauração de rios, lagos e aquíferos. Sem os oceanos salgados não há água doce na Terra. Sem os oceanos, nem a Humanidade nem qualquer outra forma de vida existiria. Menos de 1% da vida dos mares, porém, é conhecido, diz o coordenador da Campanha Oceanos da ONU, André Abreu, que representa a ONG de estudo dos mares Fundação Tara Expeditions.
Nas últimas décadas do século XX e no início deste século, com o avanço científico, descobriu-se mais sobre os mares do que em toda a História da Humanidade. Aprendemos que dependemos deles para continuar a existir e descobrimos que ainda sabemos pouco. No mesmo período, as ações humanas provocaram mais destruição nos oceanos do que em toda a História precedente. Porém, ainda assim, André Abreu está otimista em relação às chances de sucesso das negociações sobre acordo e proteção dos mares na Rio+20.
— Se há uma área em que podemos obter progressos significativos é a proteção dos mares — frisa Abreu, que acompanha as negociações preparatórias para a Rio+20.
Mas os especialistas alertam que é preciso agir logo. O sistema dos oceanos começa a falhar. Por toda a nossa História, nos costumamos a acreditar que o azul do mar era infinito. Os mares seriam tão vastos que jamais sofreriam qualquer impacto. Mas hoje 90% das espécies de peixes de valor comercial estão superexploradas. Há mais de 400 zonas mortas em áreas costeiras no mundo. O número de zonas mortas cresce em função da alteração da química oceânica decorrente de poluição e mudanças no clima.
Os mares estão em processo de acidificação devido ao acúmulo do CO2 absorvido da atmosfera. A acidificação é a maior ameaça, pois afeta do fitoplâncton aos moluscos. Todas as formas de vida marinha sofrerão as consequências.
— O futuro que queremos, slogan da Rio+20, depende dos oceanos. Mas confiamos que acordos para regular o transporte oceânico e a criação de novas áreas de proteção serão ser fechados — frisa Abreu.
Há mais seres vivos no mar do que estrelas no Universo. Não é força de expressão. Os oceanos são hoje a grande fronteira da biodiversidade, do clima e dos recursos minerais. Só 5% dos oceanos já foram observados pelo ser humano, mas o que se sabe é espantoso. São as minúsculas plantas do fitoplâncton que produzem mais de 50% de todo o oxigênio da Terra, como resultado de sua fotossíntese. No mesmo processo, elas absorvem entre 25% e 30% de todo o CO2 emitido pelo homem.
Os oceanos contêm 97% da água da Terra e 97% da biosfera. A vida fervilha da linha d'água às fossas hidrotermais das profundezas. E mesmo em fontes frias, onde micro-organismos sobrevivem a partir da quimiossíntese, um processo que, na ausência de luz, gera energia a partir de minerais. De fato, a maior parte dos oceanos está mergulhada na escuridão. O mar profundo começa a cerca de 300 metros abaixo da superfície, limite para o mergulho do ser humano. Mas a luz do Sol não chega a mais do que 200 metros de profundidade. Ainda assim, há vida, como peixes transparentes, lulas do tamanho de barcos e invertebrados de aparência extraterrestre.
Está nos mares também a oportunidade das riquezas do pré-sal e de minérios, como o cobalto, importante para indústria de eletrônicos.
Os mares absorveram ainda 80% do calor adicionado pela ação humana nos últimos 200 anos e governam a química planetária. A água dos mares que evapora para a atmosfera retorna à superfície como chuva e neve, num ciclo de restauração de rios, lagos e aquíferos. Sem os oceanos salgados não há água doce na Terra. Sem os oceanos, nem a Humanidade nem qualquer outra forma de vida existiria. Menos de 1% da vida dos mares, porém, é conhecido, diz o coordenador da Campanha Oceanos da ONU, André Abreu, que representa a ONG de estudo dos mares Fundação Tara Expeditions.
Nas últimas décadas do século XX e no início deste século, com o avanço científico, descobriu-se mais sobre os mares do que em toda a História da Humanidade. Aprendemos que dependemos deles para continuar a existir e descobrimos que ainda sabemos pouco. No mesmo período, as ações humanas provocaram mais destruição nos oceanos do que em toda a História precedente. Porém, ainda assim, André Abreu está otimista em relação às chances de sucesso das negociações sobre acordo e proteção dos mares na Rio+20.
— Se há uma área em que podemos obter progressos significativos é a proteção dos mares — frisa Abreu, que acompanha as negociações preparatórias para a Rio+20.
Mas os especialistas alertam que é preciso agir logo. O sistema dos oceanos começa a falhar. Por toda a nossa História, nos costumamos a acreditar que o azul do mar era infinito. Os mares seriam tão vastos que jamais sofreriam qualquer impacto. Mas hoje 90% das espécies de peixes de valor comercial estão superexploradas. Há mais de 400 zonas mortas em áreas costeiras no mundo. O número de zonas mortas cresce em função da alteração da química oceânica decorrente de poluição e mudanças no clima.
Os mares estão em processo de acidificação devido ao acúmulo do CO2 absorvido da atmosfera. A acidificação é a maior ameaça, pois afeta do fitoplâncton aos moluscos. Todas as formas de vida marinha sofrerão as consequências.
— O futuro que queremos, slogan da Rio+20, depende dos oceanos. Mas confiamos que acordos para regular o transporte oceânico e a criação de novas áreas de proteção serão ser fechados — frisa Abreu.
Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/ciencia/pulmao-do-mundo-oceanos-sao-maior-desafio-ambiental-5122196#ixzz1wxb6rqey
Todas as cartas de amor são ridículas
05/06/2012 | Autor: Pedro Corrêa do Lago
Fernando Pessoa levou uma vida modesta e solitária. Sua única “namorada” foi
a jovem Ophélia Queiroz, menina inocente que encontrara em 1920, quando tinha 19
anos e o poeta 31. O romance só veio à tona em 1978, com a publicação das quase
50 cartas de Fernando à Ophélia, que esta conservara piedosa e discretamente
desde 1930, data da última.
Descobriu-se então um lado inesperado de Pessoa, falando às vezes com a amada como criança, o que levou certos puristas a considerar que a publicação dessas cartas prejudicava a imagem de Fernando Pessoa. Outros estudiosos, mais numerosos, acharam que, ao contrário, a dimensão trivial que as cartas acrescentavam, humanizava a figura do poeta. Afinal, o próprio Pessoa escrevera que “todas as cartas de amor são ridículas”...
A gigantesca fama póstuma de Pessoa repousa naturalmente na qualidade de seu legado literário, − publicado em sua quase totalidade décadas após sua morte, − mas também na extrema originalidade do uso de diversos heterônimos que assinam porções de sua obra, entre os quais os mais famosos são Álvaro de Campos, Ricardo Reis e Alberto Caiero.
Reproduzida nesta página, uma das cartas para Ophélia é justamente assinada pelo “engenheiro Álvaro de Campos” e refere-se ao próprio Fernando Pessoa de forma irônica:
1 – Pesar mais gramas
2 – Comer pouco
3 – Não dormir nada
4 – Ter febre
5 – Pensar no indivíduo em questão
Pela minha parte, e como íntimo e sincero amigo que sou do meliante, cuja comunicação (com sacrifício) me encarrego, aconselho V. Exa. a pegar na imagem mental que acaso tenha formado do indivíduo, cuja citação está estragando esse papel razoavelmente branco, e deitar essa imagem mental na pia, por ser materialmente impossível dar esse justo Destino à entidade fingidamente humana a quem ele competiria, se houvesse justiça no mundo.
Cumprimento a V. Exa., Álvaro de Campos, Engenheiro Naval”.
Ophélia contou mais tarde que teria dito ao namorado: “Detesto esse Álvaro de Campos. Gosto é do Fernando Pessoa”.
A carta, de setembro de 1929, é das primeiras que Pessoa mandou a Ophélia já na segunda parte de seu relacionamento, quando retomaram por quatro meses sua correspondência, após nove anos de afastamento.
Ophélia morreu aos 90 anos, em 1991, e seus herdeiros venderam dez anos depois o conjunto de cartas em bloco, num leilão em Londres, quando foram adquiridas por seu atual detentor, que pretende publicar toda a correspondência em fac-símile no correr deste ano
http://revistapiaui.estadao.com.br/blogs/questoes-manuscritas/geral/todas-as-cartas-de-amor-sao-ridiculas
NOTA: Um homem escrevendo cartas de amor, tem coisa mais linda?????
regina
Descobriu-se então um lado inesperado de Pessoa, falando às vezes com a amada como criança, o que levou certos puristas a considerar que a publicação dessas cartas prejudicava a imagem de Fernando Pessoa. Outros estudiosos, mais numerosos, acharam que, ao contrário, a dimensão trivial que as cartas acrescentavam, humanizava a figura do poeta. Afinal, o próprio Pessoa escrevera que “todas as cartas de amor são ridículas”...
A gigantesca fama póstuma de Pessoa repousa naturalmente na qualidade de seu legado literário, − publicado em sua quase totalidade décadas após sua morte, − mas também na extrema originalidade do uso de diversos heterônimos que assinam porções de sua obra, entre os quais os mais famosos são Álvaro de Campos, Ricardo Reis e Alberto Caiero.
Reproduzida nesta página, uma das cartas para Ophélia é justamente assinada pelo “engenheiro Álvaro de Campos” e refere-se ao próprio Fernando Pessoa de forma irônica:
Clique na
imagem para ampliá-la
“Um abjeto e miserável indivíduo chamado Fernando Pessoa, meu particular e
querido amigo, encarregou-me de comunicar a V. Exa. – considerando que o estado
atual dele o impede de comunicar qualquer coisa mesmo uma ervilha seca (exemplo
de obediência e de disciplina) − que V. Exa. está proibida de:1 – Pesar mais gramas
2 – Comer pouco
3 – Não dormir nada
4 – Ter febre
5 – Pensar no indivíduo em questão
Pela minha parte, e como íntimo e sincero amigo que sou do meliante, cuja comunicação (com sacrifício) me encarrego, aconselho V. Exa. a pegar na imagem mental que acaso tenha formado do indivíduo, cuja citação está estragando esse papel razoavelmente branco, e deitar essa imagem mental na pia, por ser materialmente impossível dar esse justo Destino à entidade fingidamente humana a quem ele competiria, se houvesse justiça no mundo.
Cumprimento a V. Exa., Álvaro de Campos, Engenheiro Naval”.
Ophélia contou mais tarde que teria dito ao namorado: “Detesto esse Álvaro de Campos. Gosto é do Fernando Pessoa”.
A carta, de setembro de 1929, é das primeiras que Pessoa mandou a Ophélia já na segunda parte de seu relacionamento, quando retomaram por quatro meses sua correspondência, após nove anos de afastamento.
Ophélia morreu aos 90 anos, em 1991, e seus herdeiros venderam dez anos depois o conjunto de cartas em bloco, num leilão em Londres, quando foram adquiridas por seu atual detentor, que pretende publicar toda a correspondência em fac-símile no correr deste ano
http://revistapiaui.estadao.com.br/blogs/questoes-manuscritas/geral/todas-as-cartas-de-amor-sao-ridiculas
NOTA: Um homem escrevendo cartas de amor, tem coisa mais linda?????
regina
Happy Birthday Gabee!!!!
Gabee & Chloe
Dearest Gabee: today is
the day to celebrate you!!!! Your life is the greatest gift God graciously gave
to me. You are the energy that moves our family, many of our friends and the
world!!! The source of your energy is LOVE, true and generous
LOVE, and it is what you are all about. May life treat you well and protect you
against the adversity and cruelty always!!!! I LOVE YOU!!!!! your MOM
regina
Queridíssima
Gabee: Hoje é o dia de celebrar você!!! Sua vida é o maior presente que Deus,
tão generosamente, me deu. Você é a energia que move nossa familia, muitos dos
nossos amigos e o mundo!!! A fonte de sua energia é o AMOR, verdadeiro e
generoso AMOR, e é do que você é feita. Que a vida lhe trate bem e lhe proteja
contra a adversidade e a crueldade, sempre!!!! EU TE AMO!!!!
Sua mãe, regina
Sua mãe, regina
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