Pesquisar este blog

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

O amor enlouquece o verbo?

 

“Digo, aqui tô eu
Que te amo e às tuas pernas quero bem
Já que estamos nós
Te sugeri-me então o que fazer
Claro que eu beijei
Ao tendo o que outro alguém não quis
E tudo isso
Foi no mês que vem
Foi quando eu chegar
Foi na hora em que eu te vi
E mais que tudo
Foi no mês que vem
Foi quando eu chegar
Na hora em que eu te quis”
Trecho de Foi no Mês que Vem, canção de Vitor Ramil
Interpretada pelo próprio Ramil
 

Nunca é tarde

 



Nunca é tarde


Tu dizes que não queres abraçar nova aventura
porque a idade já não é a dos sonhos cor de rosa
as rugas te comeram todo o viço e formosura
e já não tens poesia em teus lábios, sòmente prosa

Que teu corpo e tua pele já só têm cores de outono
que o inverno já gelou o calor dos teus abraços
teus seios já murcharam não valendo em teu abono
e teu sexo já só sente o verão a breves espaços

Mas esqueces que és mulher, que estás viva e o que importa
é pensares que em ti ‘inda restam primaveras
que o amor pode estar à tua espera junto à porta
com o sol doutra paixão te oferecendo o que não esperas

Compõe o teu cabelo, veste o teu melhor vestido
passa o rouge pelo rosto e p’lo corpo a emulsão...
mulher olha-te ao espelho e verás que faz sentido
não te deixares prender nas redes da solidão

Nunca é tarde para amar, nunca é tarde p’ra sentir
a emoção duma paixão a pulsar em nosso peito
nunca é tarde p’ra sentir sentimentos a fluir
de dois corpos se amando sem vergonha ou preconceito.

Abgalvão (Maio 2012)

http://palavrasaladas.blogs.sapo.pt/