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sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Doce ilusão - Ed Motta



até amanhã...


Gilson Nogueira:Uma música de Chopin e as lembranças de uma rua de Salvador chamada Jenipapeiro


Do jornalista Gilson Nogueira para o editor do Bahia em Pauta:
Caro Vítor, um forte abraço!
Certamente, amigo, ao ouvir essa música, aqui, agora, no espaço sonoro do Bahia em Pauta, você lembrará da rua estreita que unia o Jogo do Carneiro, no bairro de Nazaré, entrada para a Saúde, à Baixa do Sapateiro ( Avenida J. J. Seabra ).
Mais que isso, talvez, de um bangalô cor-de-rosa e branco, que ficava logo na entrada da rua, quase defronte à Escola Ana Nery, das professoras Jorgina e Guiomar, suas fundadoras, onde uma gorducha mangueira fazia de sua sombra a plataforma de paz para a recreação das crianças que lá estudavam.
Era dalí, daquela casa em que residiam meus pais, meus irmãos e este seu fã, que aquela música clássica, durante um bom tempo da nossa mocidade, servia de fundo musical para o sono nosso que chegava e invadia as noites daquele trecho de moradia da comunidade amigueira que, até hoje, nos enche de saudade.
O disco, de José Iturbi, tocando Chopin, rodava em uma radiola que desligava sozinha, tendo seu volume regulado, no ponto que não incomodava, para facilitar o sono e, assim, garantir o deleite dos que ouviam a música, em família.
Enquanto Chopin dominava os ares, meu velho, o homem mais inteligente que conheci, paripateticamente, de pijama, sem camisa, na varanda, filosofando com as estrelas, conversava com os filhos e, também, os vizinhos, você, entre eles, quando não estava, depois das nove da noite, com seu Philco, no ouvido, escutando transmissões de O Globo no ar, ou, então, às quartas-feiras, as narrações dos dois filhos mais velhos, em jornadas esportivas, em uma emissora AM de Salvador, líder em audiência nas resenhas esportivas, graças ao talento das equipes chefiadas por dois monstros sagrados da radiofonia brasileira: José Ataíde e França Teixeira, esse, gênio da raça, espécie de Picasso da bola, Guerreiro da Liberdade, o Pasquim e o Verbo Encantado em pessoa.
E nós, ali, naquele clima de festa de vida, sentindo as estrelas dialogando com o velho e nos iluminando sonhos e caminhos. Nossa rua continua lá, não era um palco iluminado, mas, linda, charmosa, próxima a um buraco que já foi Fonte Nova, o estádio, onde um time de futebol, ao entrar em campo, fazia o Céu se Abrir e Uma Voz Ecoar no Firmamento : ” Êta Bahia Retado!
Gilson Nogueira é jornalista, colaborador e amigo da primeira hora do Bahia em Pauta.


How Do You Keep the Music Playing?




one great song
three magnificent interpretations

How do you keep the music playing?
How do you make it last?
How do you keep the song from fading
too fast?

How do you lose yourself to someone
and never lose your way?
How do you not run out of new things
to say?

And since you know we're always changing
How can it be the same?

And tell me how year after year
You're sure your heart won't fall apart
Each time you hear his name?

I know the way I feel for you is now or never
The more I love, the more that I'm afraid
That in your eyes I may not see forever, forever

If we can be the best of lovers
Yet be the best of friends
If we can try with every day to make it better as it grows
With any luck than I suppose
The music never ends

I know (how do you keep the music playing)
the way I feel for you is now or never (how do you make it last)
The more I love the more that I'm afraid
(how do you keep the song from fading)
That in your eyes I may not see forever
(Keep the song from fading)
Forever

If we can be the best of lovers
yet be the best of friends
If we can try with every day to make it better as it goes
With any luck than I suppose
The music never ends

Writer(s): Legrand/Bergman 

“I LOVE YOU”




There is a much greater motivation than simply my spoken words.

For me to love, is to commit myself, freely and without reservation. I am sincerely interested in your happiness and well being. Whatever your needs are, I will try to fulfill them and will bend in my values depending on the importance of your need. If you are lonely and need me, I will be there. If in that loneliness you need to talk, I will listen. If you need to listen, I will talk. If you need the strength of human touch, I will touch you. If you need to be held, I will hold you. I will lie naked in body with you if that be your need. If you need fulfillment of the flesh, I will give you that also, but only through my love.


SPECTRUM OF LOVE BY WALTER RINDER




De repente fez-se MAGIC in Rio




SINA

Você já foi à bahia? Não? Então vá....








Jorge Amado – Biografia


Nome:
Jorge Amado
Nascimento:
10/08/1912
Natural:
Itabuna - BA
Morte:
06/08/2001

"Avô, mesmo que a gente morra, é melhor morrer de repetição na mão, brigando com o coronel, que morrer em cima da terra, debaixo de relho, sem reagir. Mesmo que seja pra morrer nós deve dividir essas terras, tomar elas para gente. Mesmo que seja um dia só que a gente tenha elas, paga a pena de morrer".

(Os Subterrâneos da Liberdade - Agonia da Noite)



Bahia de Todos os Santos - JORGE AMADO



BAHIA DE TODOS OS SANTOS
O povo é doce, acolhedor e ruidoso, mas também dotado de certa timidez, fruto da mistura de portugueses e negros. Nesta cidade onde se conversa muito, sopra uma aragem marítima constante e o tempo ainda não adquiriu a velocidade dos grandes centros urbanos. A topografia é privilegiada: situada entre o mar e o morro, divide-se em Cidade Alta e Cidade Baixa e se abre para o mar.
Jorge Amado compõe aqui um guia das ruas e dos mistérios de São Salvador da Bahia de Todos os Santos, a cidade da Bahia, “negra por excelência”, fundada em 1549. O autor descreve os bairros proletários e os nobres, as feiras e os mercados, as inúmeras ladeiras e ruas da cidade, e apresenta as praias locais, como Itapuã, Amaralina, Pituba e o Farol da Barra.
Além de traçar a cartografia do lugar, faz uma crônica dos costumes da população baiana: discorre sobre as igrejas, as macumbas e os terreiros, as comidas típicas, a lavagem da igreja de Nosso Senhor do Bonfim, as homenagens a Iemanjá e a são João, entre outras festas populares. O autor investiga o caráter do baiano, valorizando a mestiçagem do povo e as contradições de seu espírito libertário e conservador.
Apesar do esforço histórico e interpretativo para compreender Salvador, Jorge Amado chama a atenção para o mistério que recobre a cidade. De onde ele vem, ninguém sabe. Dos batuques do candomblé? Dos saveiros do cais? Das igrejas? Do mercado? Da Baixa dos Sapateiros? O escritor recomenda que não se tente decifrar os segredos da cidade, pois seus mistérios envolvem por completo o corpo, a alma e o coração dos baianos.

Camafeu de Oxóssi