Há tempos que penso como seria bom dormir
em seus braços. Você como cobertor, seu peito meu travesseiro, uma conversa
ritmada até eu dormir e você me olhar, assim entregue, completamente despida de
toda tentativa de ser quem se quer ser. Despida, apenas. Se isso pode ser
apenas...
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quarta-feira, 30 de maio de 2012
Vergonha na cara
Será que é isso que nos falta? Esse jeito calhorda de rir de tudo, de fazer piada com tudo, de não levar nada a sério, isso tudo seria falta de vergonha na cara?
O brasileiro lê no jornal que dos seis mil presos pela polícia federal em dois anos nenhum continua na cadeia. Todos eles roubaram, indiscutivelmente, e muito mais do que a galinha do vizinho. O que acontece com eles? Estão por aí, flanando com o sossego que nos falta, a nós, que perdemos o sono se não conseguimos mais pagar as contas rigorosamente em dia. E como reage o público? O brasileiro ri, porque alguém, que não gosta de perder tempo, inventa uma piada sobre o assunto. Pronto, estamos todos de alma lavada. O riso quase sempre nos dá uma sensação de superioridade ou dela resulta. Então, toca rir porque segundo um ditado popular, que deve ter nascido aqui, nesta terra de Santa Cruz, “é melhor rir do que chorar”. Um ditado importante, uma vez que serve de suporte para todo livro de autoajuda.
Lembro-me então daquele ministro chinês (se não me engano da agricultura). Lembro-me de sua expressão aguardando o veredicto dos juízes. Mas antes de ser mal interpretado, declaro-me solenemente contra a pena de morte. O ministro chinês olhava para os juízes como quem se despede da vida. Uma expressão de vergonha pela má vida que levou. Qual seu crime? Aproveitou-se do cargo para enfiar a mão no dinheiro público. Foi condenado à morte.
Ah, que inveja! Não da pena de morte, que nada resolve. Sinto inveja é da vergonha que o ministro chinês tinha grudada no rosto.
Nós não precisamos de pena de morte, mas uma prisãozinha perpétua, quem sabe uns trinta anos para nossos corruptos, isso diminuiria a bandalheira.
Este assunto me ocorre por ter recebido uma mensagem, não me lembro de quem, dando conta de que o ministro chinês, Wen Jiabao, em visita ao Brasil, deixou com as autoridades o decálogo das medidas utilizadas por eles para seu desenvolvimento e para a superação das crises econômicas do mundo. Li por alto, não sei de cor. Mas no capítulo da corrupção, o decálogo, lembro-me bem, não era nada indulgente: pena de morte.
publicado em colunistas
grandes nomes da cultura brasileira para download
A Coleção Aplauso, projeto da Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, disponibiliza 222 livros sobre a vida e a obra de grandes nomes da cultura brasileira para download ou leitura on-line. Os livros podem ser baixados nos formatos TXT ou PDF ou lidos no próprio site. Biografias e depoimentos de artistas, cineastas, músicos, dramaturgos, além de roteiros de cinema, peças de teatro e a história de algumas emissoras de televisão como TV Tupi, TV Excelsior e Rede Manchete, estão disponíveis. Fazem parte do acervo nomes como Zezé Motta, Walmor Chagas, Wagner Tiso, Tonico Pereira, Teresa Aguiar, Stênio Garcia, Sônia Oiticica, Sergio Viotti, Sergio Cardoso, Rubens Corrêa, Rogério Duprat, Rosamaria Murtinho, Renato Consorte, Pedro Paulo Rangel, Raul Cortez, Ozualdo Candeias, Paulo Betti, Paulo Hesse, Paulo José, Pedro Jorge de Castro, José Vicente, Marici Salomão, Noemi Marinho, Rodolfo Garcia Vázquez e Samir Yazbek.
Na apresentação do projeto, que foi criado em 2009, o professor Hubert Alquéres escreve: “A Coleção Aplauso, concebida pela Imprensa Oficial, tem como atributo principal reabilitar e resgatar a memória da cultura nacional, biografando atores, atrizes e diretores que compõem a cena brasileira nas áreas do cinema, do teatro e da televisão. Em entrevistas e encontros sucessivos foi-se estreitando o contato com todos. Preciosos arquivos de documentos e imagens foram abertos e, na maioria dos casos, deu-se a conhecer o universo que compõe seus cotidianos. A decisão em trazer o relato de cada um para a primeira pessoa permitiu manter o aspecto de tradição oral dos fatos, fazendo com que a memória e toda a sua conotação idiossincrásica aflorasse de maneira coloquial, como se o biografado estivesse falando diretamente ao leitor”.
publicado em web stuff
"Volver a los 17"
Volver A Los 17
Mercedes Sosa
Volver a los diecisiete después de vivir un siglo
Es como descifrar signos sin ser sabio competente,
Volver a ser de repente tan frágil como un segundo
Volver a sentir profundo como un niño frente a dios
Eso es lo que siento yo en este instante fecundo.
Se va enredando, enredando
Como en el muro la hiedra
Y va brotando, brotando
Como el musguito en la piedra
Como el musguito en la piedra, ay si, si, si.
Mi paso retrocedido cuando el de ustedes avanza
El arco de las alianzas ha penetrado en mi nido
Con todo su colorido se ha paseado por mis venas
Y hasta la dura cadena con que nos ata el destino
Es como un diamante fino que alumbra mi alma serena.
Se va enredando, enredando
Como en el muro la hiedra
Y va brotando, brotando
Como el musguito en la piedra
Como el musguito en la piedra, ay si, si, si.
Lo que puede el sentimiento no lo ha podido el saber
Ni el más claro proceder, ni el más ancho pensamiento
Todo lo cambia al momento cual mago condescendiente
Nos aleja dulcemente de rencores y violencias
Solo el amor con su ciencia nos vuelve tan inocentes.
Se va enredando, enredando
Como en el muro la hiedra
Y va brotando, brotando
Como el musguito en la piedra
Como el musguito en la piedra, ay si, si, si.
El amor es torbellino de pureza original
Hasta el feroz animal susurra su dulce trino
Detiene a los peregrinos, libera a los prisioneros,
El amor con sus esmeros al viejo lo vuelve niño
Y al malo sólo el cariño lo vuelve puro y sincero.
Se va enredando, enredando
Como en el muro la hiedra
Y va brotando, brotando
Como el musguito en la piedra
Como el musguito en la piedra, ay si, si, si.
De par en par la ventana se abrió como por encanto
Entró el amor con su manto como una tibia mañana
Al son de su bella Diana hizo brotar el jazmín
Volando cual serafín al cielo le puso aretes
Mis años en diecisiete los convirtió el querubín.
Es como descifrar signos sin ser sabio competente,
Volver a ser de repente tan frágil como un segundo
Volver a sentir profundo como un niño frente a dios
Eso es lo que siento yo en este instante fecundo.
Se va enredando, enredando
Como en el muro la hiedra
Y va brotando, brotando
Como el musguito en la piedra
Como el musguito en la piedra, ay si, si, si.
Mi paso retrocedido cuando el de ustedes avanza
El arco de las alianzas ha penetrado en mi nido
Con todo su colorido se ha paseado por mis venas
Y hasta la dura cadena con que nos ata el destino
Es como un diamante fino que alumbra mi alma serena.
Se va enredando, enredando
Como en el muro la hiedra
Y va brotando, brotando
Como el musguito en la piedra
Como el musguito en la piedra, ay si, si, si.
Lo que puede el sentimiento no lo ha podido el saber
Ni el más claro proceder, ni el más ancho pensamiento
Todo lo cambia al momento cual mago condescendiente
Nos aleja dulcemente de rencores y violencias
Solo el amor con su ciencia nos vuelve tan inocentes.
Se va enredando, enredando
Como en el muro la hiedra
Y va brotando, brotando
Como el musguito en la piedra
Como el musguito en la piedra, ay si, si, si.
El amor es torbellino de pureza original
Hasta el feroz animal susurra su dulce trino
Detiene a los peregrinos, libera a los prisioneros,
El amor con sus esmeros al viejo lo vuelve niño
Y al malo sólo el cariño lo vuelve puro y sincero.
Se va enredando, enredando
Como en el muro la hiedra
Y va brotando, brotando
Como el musguito en la piedra
Como el musguito en la piedra, ay si, si, si.
De par en par la ventana se abrió como por encanto
Entró el amor con su manto como una tibia mañana
Al son de su bella Diana hizo brotar el jazmín
Volando cual serafín al cielo le puso aretes
Mis años en diecisiete los convirtió el querubín.
bota fogo nela...
Enviado por Ricardo Noblat -
30.5.2012
Calcinha encontrada no plenário da Câmara é incinerada
Peça íntima - azul e vermelha - caiu de bolso de deputado que foi votar
Maria Lima, O Globo
Uma calcinha achada há duas semanas no plenário da Câmara dos Deputados foi incinerada, segundo disse um segurança da Casa. O mistério ronda a Câmara e preocupa um deputado saliente.
Por volta das 17h, há cerca de 15 dias, no horário da Ordem do Dia, esse deputado chegou correndo para votar, e na entrada principal do plenário, próxima à Mesa, mexeu nos bolsos e sem ver, deixou cair a prova do crime: uma calcinha - mais para calçola - azul e vermelha, com babadinhos nas laterais.
Sem saber que deixara para trás o fetiche, o parlamentar foi para o meio do plenário. Um dos seguranças, vendo a calcinha estendida na entrada do plenário, sem despertar a atenção dos parlamentares, assessores e jornalistas que se amontoam na entrada, deu um chutinho discreto, empurrando a lingerie para o lado da lixeira.
Avisado pelos seguranças, um assessor do presidente Marco Maia (PT-RS) recolheu a calcinha e a escondeu no bolso. A partir daí, a peça íntima foi examinada por assessores, jornalistas e seguranças à exaustão. A única conclusão: a peça foi usada antes e não pertence a uma sílfide.
Sem saber o que fazer com o achado, a calcinha foi recolhida “aos achados e perdidos” da Segurança da Câmara e, depois, queimada. Até agora não foi reclamada por nenhum parlamentar.
http://oglobo.globo.com/pais/noblat/
segunda-feira, 28 de maio de 2012
Uma ode ao desapego
26 de maio de 2012
Aninha Franco
Tenho um leitor em Paripe, ciumento, que me “acochou” semana passada: “Prezada cronista, o que é que eu tenho a ver com Roma?”. Tudo, eu lhe diria, mas ele prosseguiu: “Se desapegue de Roma e volte para a Baía”, o que me lembrou que é na Baía que eu moro, que é na Baía que eu optei por morar e de onde nunca saí, mesmo quando fui profissionalmente provocada. E desapeguei! Seu (…) estava defendendo seus interesses de leitor, que prefere que eu bata nos políticos, sempre merecedores de espancamentos.
Os políticos são uma classe que apanha sem reclamar, porque nem sabemos por que estamos batendo, mas eles sabem por que estão apanhando. “Diga a Aninha”, comunica à minha secretária, sua vizinha, depois de um espancamento político, “que ela brocou!”. E eu percebo o quanto ele gostou da batida porque o verbo brocar é pouco usado para escritores, e quase nunca para mulheres. Brocar é uma capacidade masculina.
Já o verbo desapegar é um brinco. E muito oportuno para os habitantes desta cidade linda da Baía de Todos-os-Santos, que deveria chamar-se Kiry Murê, apesar de já não ter papagaios emplumados, só humanos. Desapegar é tão preciso que eu quero dividir com todos nós, seus habitantes, a urgência de sua conjugação. Desapegar, com urgência, da mentalidade casagrandesenzala herdada dos bisavós escravocratas escravizados. Nem os fantasmas aguentam mais!
Desapegar a vida pessoal da vida profissional. E vice-versa. Desapegar das relações de compadrio que prevalecem sobre as da competência. Ainda! E crescer, sociedade, diminuindo a desigualdade infame.
E é fácil. É só qualificar os humanos para a viagem da sobrevivência. Que podem eles fazer se nada sabem fazer? Já passou da hora de desapegar da individualidade exagerada que nos paralisa e despertar a consciência coletiva, Bela Adormecida, que dorme à espera de um príncipe encantado que não vai chegar, não vai, porque está trabalhando muito longe, naqueles lugares onde tudo funciona, onde tudo dá certo.
http://revistamuito.atarde.uol.com.br/
Tenho um leitor em Paripe, ciumento, que me “acochou” semana passada: “Prezada cronista, o que é que eu tenho a ver com Roma?”. Tudo, eu lhe diria, mas ele prosseguiu: “Se desapegue de Roma e volte para a Baía”, o que me lembrou que é na Baía que eu moro, que é na Baía que eu optei por morar e de onde nunca saí, mesmo quando fui profissionalmente provocada. E desapeguei! Seu (…) estava defendendo seus interesses de leitor, que prefere que eu bata nos políticos, sempre merecedores de espancamentos.
Os políticos são uma classe que apanha sem reclamar, porque nem sabemos por que estamos batendo, mas eles sabem por que estão apanhando. “Diga a Aninha”, comunica à minha secretária, sua vizinha, depois de um espancamento político, “que ela brocou!”. E eu percebo o quanto ele gostou da batida porque o verbo brocar é pouco usado para escritores, e quase nunca para mulheres. Brocar é uma capacidade masculina.
Já o verbo desapegar é um brinco. E muito oportuno para os habitantes desta cidade linda da Baía de Todos-os-Santos, que deveria chamar-se Kiry Murê, apesar de já não ter papagaios emplumados, só humanos. Desapegar é tão preciso que eu quero dividir com todos nós, seus habitantes, a urgência de sua conjugação. Desapegar, com urgência, da mentalidade casagrandesenzala herdada dos bisavós escravocratas escravizados. Nem os fantasmas aguentam mais!
Desapegar a vida pessoal da vida profissional. E vice-versa. Desapegar das relações de compadrio que prevalecem sobre as da competência. Ainda! E crescer, sociedade, diminuindo a desigualdade infame.
E é fácil. É só qualificar os humanos para a viagem da sobrevivência. Que podem eles fazer se nada sabem fazer? Já passou da hora de desapegar da individualidade exagerada que nos paralisa e despertar a consciência coletiva, Bela Adormecida, que dorme à espera de um príncipe encantado que não vai chegar, não vai, porque está trabalhando muito longe, naqueles lugares onde tudo funciona, onde tudo dá certo.
http://revistamuito.atarde.uol.com.br/
Haneke: “La vista te puede engañar”
“¿Que si mis actores sufren mucho? No, ellos están concentrados en su trabajo, no ven hasta el final el conjunto, y en un rodaje no tienen tiempo para ese sufrimiento. Luego como espectador, te emocionas. La gente cree en ese mito romántico de que cuando ruedas un drama sufres y cuando haces una comedia, ríes. ¡Con la de comedias que conozco cuyo rodaje fue un infierno!”. Michael Haneke (Múnich, 1942) tiene que aclarar ese detalle porque sus películas son descarnadas, directas, duras: Funny games, La pianista, El tiempo de los lobos o La cinta blanca no dan un respiro. En Amor, la historia de un matrimonio de ancianos que ve su cotidianeidad alterada cuando ella sufre una embolia, aparece la cara más tierna de Haneke, siempre eso sí con su escalpelo preparado, pero con un cariño desconocido en su carrera al mostrar el desamparo de la tercera edad. “Sin embargo, yo nunca he escrito una película para mostrar algo. Y menos ahora. Pero sí quería hablar de cómo te enfrentas a la enfermedad cuando envejeces, o cuando la sufre alguien de tu alrededor”.
Rodeado de los dos actores protagonistas, Jean-Louis Trintignant y Emmanuelle Riva, y de Isabelle Huppert, que encarna a la hija de la pareja, Haneke, con su eterno aspecto de pastor protestante, siempre ascético, rechazó cualquier etiqueta: “Yo no sé interpretarme, no puedo juzgarme a mí mismo. En mis películas solo intento reflejar una situación dada por la vida. Pero yo no soy un retratista de la violencia, me niego a esa etiqueta. De ahí que trabaje en el rodaje sobre todo con las emociones. El cine se parece a la ópera en que los diálogos reflejan esos sentimientos y sí es cierto que trabajo más con los oídos que con los ojos, atento a la verdad: el sonido transmite mejor las emociones, la vista te puede engañar”.
El creador aclaró su amor por la sencillez: “Me gusta cuando puedo simplificar técnicamente un rodaje, y que Amor se desarrollara en un piso ha ayudado a eso”. Y no confirmó una imagen que provocó la risa de la concurrencia en Cannes. Emmanuelle Riva contó que cuando se montó en una silla de ruedas eléctrica se asustó, y que solo la condujo después de ver a Michael Haneke manejándola con soltura por el piso parisiense. El cineasta espartano también tiene su derecho a bromear.
Rodeado de los dos actores protagonistas, Jean-Louis Trintignant y Emmanuelle Riva, y de Isabelle Huppert, que encarna a la hija de la pareja, Haneke, con su eterno aspecto de pastor protestante, siempre ascético, rechazó cualquier etiqueta: “Yo no sé interpretarme, no puedo juzgarme a mí mismo. En mis películas solo intento reflejar una situación dada por la vida. Pero yo no soy un retratista de la violencia, me niego a esa etiqueta. De ahí que trabaje en el rodaje sobre todo con las emociones. El cine se parece a la ópera en que los diálogos reflejan esos sentimientos y sí es cierto que trabajo más con los oídos que con los ojos, atento a la verdad: el sonido transmite mejor las emociones, la vista te puede engañar”.
El creador aclaró su amor por la sencillez: “Me gusta cuando puedo simplificar técnicamente un rodaje, y que Amor se desarrollara en un piso ha ayudado a eso”. Y no confirmó una imagen que provocó la risa de la concurrencia en Cannes. Emmanuelle Riva contó que cuando se montó en una silla de ruedas eléctrica se asustó, y que solo la condujo después de ver a Michael Haneke manejándola con soltura por el piso parisiense. El cineasta espartano también tiene su derecho a bromear.
Palma a un Haneke angustioso y tierno
ver fotogalería
Al recibir su segunda Palma de Oro en el Festival de Cannes, Michael Haneke, ese hombre espigado y aparentemente glacial cuyo potente y tortuoso cerebro da terror, se la ha dedicado a su rubia esposa asegurando que lleva soportándole 30 años y recordando la mutua promesa que ambos se hicieron si las circunstancias vitales lo imponen. Y he sentido un escalofrío al asociar esa declaración con lo que ocurre en su película Amor, que ha logrado un reconocimiento bastante incontestable, ante el que nadie con criterio y sensatez se puede escandalizar.
Siempre esperas territorios cenagosos y el protagonismo de psicopatías y del mal en el cine de este director. Por ello, sorprende inicialmente que haya titulado Amor a su última película. Y no lo hace con desdén o con sarcasmo. Pero también sabes que no te hablará de la plenitud y la alegría del amor, sino que forzosamente aparecerá el dolor y las zonas sombrías. Son un matrimonio anciano que además de seguir queriéndose se llevan bastante bien con la vida, disfrutan de la música, de la cotidianidad, de las pequeñas cosas. Hasta que aparece la maldita enfermedad minando hasta extremos degradantes el cerebro y el cuerpo de ella. Y ocurre esa putada tan habitual de que la muerte no sea mutua y rápida en la gente que se ama, que uno tenga que asistir con impotencia y horror a la devastación del otro.
Todo ello ocurre en el espacio claustrofóbico de una casa, describiendo la tragedia de estos dos seres irremediablemente desvalidos, aunque también aparezcan algunos personajes episódicos, como el de una hija cuya relación con el marido, a diferencia de la de sus padres, está naufragando.
Haneke jamás ha escatimado en su cine el realismo aplicado al sufrimiento extremo y ha ofrecido una dureza y una frialdad expositiva que pueden hacer daño al espectador observando la violencia y lo enfermizo. Pero aquí, por primera vez, aunque esté hablando de la destrucción imparable y letal, se permite cierta ternura retratando la llegada de la oscuridad. Y dispone de los excelentes Jean-Louis Trintignant y Emmanuelle Riva, dos iconos del cine francés, para transmitir las sensaciones físicas y mentales que recorren a estos personajes en situación trágica. Te hacen compartir su angustia y su pavor. Es una película que te deja hecho polvo. Y hay que poseer talento para ello. Y respiro aliviado cuando dejo atrás esa atmósfera lúgubre, esa historia que solo puede ir a peor. Pero han pasado varios días y sus imágenes permanecen en la retina, señal inequívoca de su fuerza, de que te ha golpeado y removido.
El Gran Premio del Jurado, concedido a Reality, tampoco es injusto, aunque la acogida que le dieron los medios de comunicación fuera muy tibia. Hay bastantes elementos de la gran comedia italiana de antes en el patético retrato que hace Garrone de un pescadero napolitano que acaba enloqueciendo y perdiéndolo todo por su obsesión de que le seleccionen para concursar en Gran Hermano. Aunque lo que cuenta es muy triste y desgarrado, es una de las escasísimas películas que en algunos momentos te hacen sonreír o reír en una sección oficial con sobredosis de dramas espesos y seriedad vocacional o forzada.
Algo que también consigue Ken Loach en la vivaz, humanista y emotiva The angels’ share, un relato sobre perdedores que buscan una salida y la encuentran, en la que Loach vuelca comprensión y cariño hacia sus personajes y lo contagia al espectador que no sienta aversión profesional hacia los finales felices. Y se agradece mucho la frescura y el humor en medio de tanta pretensión de arte atormentado.
La película danesa The hunt es, junto a la estadounidense Mud, que no ha conseguido ningún premio, las dos que más me han gustado en la sección oficial. The hunt ha logrado al menos el muy justo premio de interpretación para su protagonista Mads Mikkelsen, que otorga estupor, acorralamiento, desesperación y dignidad a un hombre que ve cómo se derrumba todo su mundo por la mentira de una niña, hija de su amigo íntimo, acusándole de pederastia.
El director rumano Cristian Mungiu nos desasosegó perdurablemente a casi todo el público de Cannes cuando exhibió hace cinco años Cuatro meses, tres semanas, dos días, aquella asfixiante historia sobre una estudiante que intenta abortar clandestinamente ayudada por una amiga. Le concedieron la Palma de Oro. El jurado ha vuelto a reconocer su fuerza expresiva premiando el guion y a las dos actrices que protagonizan Beyond the hills, un relato que a mí me ha resultado alargado y plomizo sobre una mujer desequilibrada que recurre a su amiga de la infancia buscando refugio. Esta pertenece a una comunidad religiosa ferozmente ortodoxa que vive en el campo y empeñada en sacarle el diablo del cuerpo a la visitante con exorcismos tan bestias como vanos.
Acabo harto de la morosidad, los espasmos y las reiteraciones con las que está descrito el inacabable horror. Si el palmarés me parece lógico en varios casos y discutible en otros, encuentro un disparate lamentable el galardón como mejor director al mexicano Carlos Reygadas. Nada de lo que describe en Post tenebras lux tiene sentido pero el lenguaje para hacerlo está a la misma altura.
También había rumores, debido al entusiasmo marciano de la crítica francesa hacia ella, de que iban a premiar a la infame tontería Holy Motors, dirigida por Leos Carax, alguien que pretende ser fiel a sus longevos años a la sofisticada etiqueta de enfant terrible. Al menos, el jurado ha mantenido la lucidez ante la presión que recibían para reconocer a Carax. Pero si su idea de un director modélico se concreta en Carlos Reygadas y a este le salen demasiados imitadores, sería un notable motivo de preocupación. Por el bien del cine. Ha sido un Cannes decepcionante, la edición más floja que recuerdo desde hace bastantes años. Y te planteas con inevitable mosqueo que si los que seleccionan lo mejor de la cosecha anual te han ofrecido este material tan leve, lo que queda para el resto de los festivales puede provocar exclusivamente miedo.
http://cultura.elpais.com/cultura/2012/05/28/actualidad/1338159505_431249.html
Siempre esperas territorios cenagosos y el protagonismo de psicopatías y del mal en el cine de este director. Por ello, sorprende inicialmente que haya titulado Amor a su última película. Y no lo hace con desdén o con sarcasmo. Pero también sabes que no te hablará de la plenitud y la alegría del amor, sino que forzosamente aparecerá el dolor y las zonas sombrías. Son un matrimonio anciano que además de seguir queriéndose se llevan bastante bien con la vida, disfrutan de la música, de la cotidianidad, de las pequeñas cosas. Hasta que aparece la maldita enfermedad minando hasta extremos degradantes el cerebro y el cuerpo de ella. Y ocurre esa putada tan habitual de que la muerte no sea mutua y rápida en la gente que se ama, que uno tenga que asistir con impotencia y horror a la devastación del otro.
Todo ello ocurre en el espacio claustrofóbico de una casa, describiendo la tragedia de estos dos seres irremediablemente desvalidos, aunque también aparezcan algunos personajes episódicos, como el de una hija cuya relación con el marido, a diferencia de la de sus padres, está naufragando.
Haneke jamás ha escatimado en su cine el realismo aplicado al sufrimiento extremo y ha ofrecido una dureza y una frialdad expositiva que pueden hacer daño al espectador observando la violencia y lo enfermizo. Pero aquí, por primera vez, aunque esté hablando de la destrucción imparable y letal, se permite cierta ternura retratando la llegada de la oscuridad. Y dispone de los excelentes Jean-Louis Trintignant y Emmanuelle Riva, dos iconos del cine francés, para transmitir las sensaciones físicas y mentales que recorren a estos personajes en situación trágica. Te hacen compartir su angustia y su pavor. Es una película que te deja hecho polvo. Y hay que poseer talento para ello. Y respiro aliviado cuando dejo atrás esa atmósfera lúgubre, esa historia que solo puede ir a peor. Pero han pasado varios días y sus imágenes permanecen en la retina, señal inequívoca de su fuerza, de que te ha golpeado y removido.
El Gran Premio del Jurado, concedido a Reality, tampoco es injusto, aunque la acogida que le dieron los medios de comunicación fuera muy tibia. Hay bastantes elementos de la gran comedia italiana de antes en el patético retrato que hace Garrone de un pescadero napolitano que acaba enloqueciendo y perdiéndolo todo por su obsesión de que le seleccionen para concursar en Gran Hermano. Aunque lo que cuenta es muy triste y desgarrado, es una de las escasísimas películas que en algunos momentos te hacen sonreír o reír en una sección oficial con sobredosis de dramas espesos y seriedad vocacional o forzada.
Algo que también consigue Ken Loach en la vivaz, humanista y emotiva The angels’ share, un relato sobre perdedores que buscan una salida y la encuentran, en la que Loach vuelca comprensión y cariño hacia sus personajes y lo contagia al espectador que no sienta aversión profesional hacia los finales felices. Y se agradece mucho la frescura y el humor en medio de tanta pretensión de arte atormentado.
La película danesa The hunt es, junto a la estadounidense Mud, que no ha conseguido ningún premio, las dos que más me han gustado en la sección oficial. The hunt ha logrado al menos el muy justo premio de interpretación para su protagonista Mads Mikkelsen, que otorga estupor, acorralamiento, desesperación y dignidad a un hombre que ve cómo se derrumba todo su mundo por la mentira de una niña, hija de su amigo íntimo, acusándole de pederastia.
El director rumano Cristian Mungiu nos desasosegó perdurablemente a casi todo el público de Cannes cuando exhibió hace cinco años Cuatro meses, tres semanas, dos días, aquella asfixiante historia sobre una estudiante que intenta abortar clandestinamente ayudada por una amiga. Le concedieron la Palma de Oro. El jurado ha vuelto a reconocer su fuerza expresiva premiando el guion y a las dos actrices que protagonizan Beyond the hills, un relato que a mí me ha resultado alargado y plomizo sobre una mujer desequilibrada que recurre a su amiga de la infancia buscando refugio. Esta pertenece a una comunidad religiosa ferozmente ortodoxa que vive en el campo y empeñada en sacarle el diablo del cuerpo a la visitante con exorcismos tan bestias como vanos.
Acabo harto de la morosidad, los espasmos y las reiteraciones con las que está descrito el inacabable horror. Si el palmarés me parece lógico en varios casos y discutible en otros, encuentro un disparate lamentable el galardón como mejor director al mexicano Carlos Reygadas. Nada de lo que describe en Post tenebras lux tiene sentido pero el lenguaje para hacerlo está a la misma altura.
También había rumores, debido al entusiasmo marciano de la crítica francesa hacia ella, de que iban a premiar a la infame tontería Holy Motors, dirigida por Leos Carax, alguien que pretende ser fiel a sus longevos años a la sofisticada etiqueta de enfant terrible. Al menos, el jurado ha mantenido la lucidez ante la presión que recibían para reconocer a Carax. Pero si su idea de un director modélico se concreta en Carlos Reygadas y a este le salen demasiados imitadores, sería un notable motivo de preocupación. Por el bien del cine. Ha sido un Cannes decepcionante, la edición más floja que recuerdo desde hace bastantes años. Y te planteas con inevitable mosqueo que si los que seleccionan lo mejor de la cosecha anual te han ofrecido este material tan leve, lo que queda para el resto de los festivales puede provocar exclusivamente miedo.
http://cultura.elpais.com/cultura/2012/05/28/actualidad/1338159505_431249.html
sábado, 26 de maio de 2012
óleo sobre tela e um belo poema
Marcantonio, óleo sobre tela, 2003. (Clique para ampliar) |
Juntei quinhentas palavras,
Granítico vocabulário
Para erguer rígida muralha
Entre nós.
Fracasso de engenharia,
Este discurso de alvenaria
Não resiste ao sopro quente
Da tua voz.
Marcantonio
http://diarioextrovertido.blogspot.com/
A Ponte Golden Gate 75 anos
A Golden Gate Bridge (em português: Ponte do Portão de Ouro) é a ponte localizada no estado da Califórnia, nos Estados Unidos, que liga a cidade de São Francisco a Sausalito, na região metropolitana de São Francisco, sobre o estreito de Golden Gate. A ponte é o principal cartão postal da cidade, uma das mais conhecidas construções dos Estados Unidos, e é considerada uma das Sete maravilhas do Mundo Moderno pela Sociedade Americana de Engenheiros Civis.
Golden Gate Bridge 75
The Golden Gate: A city’s muse
So Sunday marks the 75th anniversary of our beloved Golden Gate Bridge. San Francisco is a city that has become obsessed with this grand structure, which towers above us so solidly it’s hard to even picture the time before its reign. Attempting to replicate its magical powers, artists marvel at its color and shape. Poets have blessed it with countless lines of prose. Musicians have even even reaped its steel groans for symphonic arrangements.
If you’ve never thought of yourself as a bridgeophile, this is the week to become one. Everyone is welcome to join the appreciation — and if you’re not sure where to begin, just follow the footsteps of some of its local admirers.
Aside from a myriad of parties honoring the bridge this weekend here are four things your can do today to help you get your bridge on.
1. Watch this video. The late Chronicle columnist Herb Caen used his gift for language to make event the most cynical appreciate the bridge’s wonder.
When fog pours around the bridge is there anything more beautiful?If you’ve never thought of yourself as a bridgeophile, this is the week to become one. Everyone is welcome to join the appreciation — and if you’re not sure where to begin, just follow the footsteps of some of its local admirers.
Aside from a myriad of parties honoring the bridge this weekend here are four things your can do today to help you get your bridge on.
1. Watch this video. The late Chronicle columnist Herb Caen used his gift for language to make event the most cynical appreciate the bridge’s wonder.
"At last the mighty task is done;
Resplendent in the western sun
The Bridge looms mountain high;
Its titan piers grip ocean floor,
Its great steel arms link shore with shore,
Its towers pierce the sky."
Joseph Strauss
Golden Gate Bridge - monument, work of art, star
Video
View Larger SizeGolden Gate Bridge 75
- Golden Gate Bridge - monument, work of art, star
- Events Calendar: Golden Gate Bridge 75th Anniversary
- Bridge as brand- An icon of everyday life
- SCRAPBOOK - A Golden Gate family album
- In other words: Great quotes on the Gate
- Golden Gate Bridge keepsakes
- Span of time: Key dates in Golden Gate Bridge history
- 5 places where bridges make a difference
- Golden Gate Bridge page
What is it about the Golden Gate Bridge, anyway? It's not the longest suspension bridge in the world anymore, or the tallest. It never was the busiest.
But it's a star, the way Bacall and Monroe were stars. The way Scarlett Johansson is a star today, and that lovely woman you met at a party isn't; the way Angela Lansbury is a star and your Aunt Lizzie is just a really nice 75-year-old lady.
The Golden Gate Bridge has everything: good looks, a gorgeous setting, a distinct color, a famous city on one side and steep, rolling hills on the other. It has style and sweeping curves. It appears and disappears in the fog, it has myths and legends and, sometimes, a fatal attraction.
"A necklace of surprising beauty," Chronicle reporter Willis O'Brien called it on the day it opened 75 years ago this month. "A masterpiece," John van der Zee called it in "The Gate," a book that appeared on the bridge's 50th birthday in 1987. "I believe it is America's Parthenon," he said more recently.
"It was pretty spectacular," said Martha Furman, who was 10 years old when she walked across it on opening day, May 27, 1937, and has remembered that walk ever since. She lives in Southern California now but is thinking about the bridge's 75th anniversary. "I might come up and walk across again," she said.
Robert David has worked for the Golden Gate Bridge district for 39 years. He is both a photographer and an architect, and has been everywhere on the bridge - from top to bottom.
The secret of what makes the Golden Gate special, he thinks, is all in the proportions of the bridge and the geometry that holds it up. Its design, he says, draws the eye.
One way to see the bridge's unique character is to compare it with its slightly older neighbor, the Bay Bridge. The Golden Gate's towers are much higher - 746 feet, compared with 526 feet for the Bay Bridge. Its roadway is placed at one-third of the height of the towers; on the Bay Bridge, the road cuts the towers in half.
The result, wrote Donald MacDonald, an architect who worked on both bridges, is "an aesthetically pleasing imbalance and sense of airiness - which the Bay Bridge ... lacked."
David goes further. Compared with the Golden Gate, he says, the Bay Bridge looks like a man wearing his pants too high.
The Golden Gate's towers also are stepped - they grow more slender as they grow taller, making them appear even higher than they really are.
Then there is the color.
Most bridges are painted a workmanlike green, silver or gray. The Golden Gate is vivid International Orange, a version of the original red lead primer applied to the steel when it first arrived from Pennsylvania mills. Consulting architect Irving Morrow, who hiked all over the Marin hills as a boy, wanted a bridge painted to fit the site where hills, water and fog mixed. He wanted "a red, earthy color ... admirable for enhancing the scale."
All of this, MacDonald says, "made the bridge a piece of art. There is nothing like it in the world."
"The bridge is like San Francisco," said Catherine Powell of the Labor Archives at San Francisco State University. "There is a story involved in it."
To begin, there is the strait at the entrance to San Francisco Bay. Just over a mile wide at its narrowest point and more than 300 feet deep, the strait is formidable in itself. The Spanish called it La Boca de Puerto de San Francisco, but when the Americans came in 1846, it got a new name. "I named it Chrysopolae, or Golden Gate," wrote John C. Fremont, adventurer and U.S. Army officer, "for the same reason that the harbor of Byzantium was called Chrysoceras, or Golden Horn."
The Golden Horn, an inlet at what is now Istanbul, was the crossroads of the Old World, where East met West. Golden Gate was the perfect name.
Read more: http://www.sfgate.com/cgi-bin/article.cgi?f=/c/a/2012/05/19/BAPT1OBTTQ.DTL&ao=2#ixzz1vzF5C1yr
But it's a star, the way Bacall and Monroe were stars. The way Scarlett Johansson is a star today, and that lovely woman you met at a party isn't; the way Angela Lansbury is a star and your Aunt Lizzie is just a really nice 75-year-old lady.
The Golden Gate Bridge has everything: good looks, a gorgeous setting, a distinct color, a famous city on one side and steep, rolling hills on the other. It has style and sweeping curves. It appears and disappears in the fog, it has myths and legends and, sometimes, a fatal attraction.
"A necklace of surprising beauty," Chronicle reporter Willis O'Brien called it on the day it opened 75 years ago this month. "A masterpiece," John van der Zee called it in "The Gate," a book that appeared on the bridge's 50th birthday in 1987. "I believe it is America's Parthenon," he said more recently.
"It was pretty spectacular," said Martha Furman, who was 10 years old when she walked across it on opening day, May 27, 1937, and has remembered that walk ever since. She lives in Southern California now but is thinking about the bridge's 75th anniversary. "I might come up and walk across again," she said.
Robert David has worked for the Golden Gate Bridge district for 39 years. He is both a photographer and an architect, and has been everywhere on the bridge - from top to bottom.
The secret of what makes the Golden Gate special, he thinks, is all in the proportions of the bridge and the geometry that holds it up. Its design, he says, draws the eye.
One way to see the bridge's unique character is to compare it with its slightly older neighbor, the Bay Bridge. The Golden Gate's towers are much higher - 746 feet, compared with 526 feet for the Bay Bridge. Its roadway is placed at one-third of the height of the towers; on the Bay Bridge, the road cuts the towers in half.
The result, wrote Donald MacDonald, an architect who worked on both bridges, is "an aesthetically pleasing imbalance and sense of airiness - which the Bay Bridge ... lacked."
David goes further. Compared with the Golden Gate, he says, the Bay Bridge looks like a man wearing his pants too high.
The Golden Gate's towers also are stepped - they grow more slender as they grow taller, making them appear even higher than they really are.
Then there is the color.
Most bridges are painted a workmanlike green, silver or gray. The Golden Gate is vivid International Orange, a version of the original red lead primer applied to the steel when it first arrived from Pennsylvania mills. Consulting architect Irving Morrow, who hiked all over the Marin hills as a boy, wanted a bridge painted to fit the site where hills, water and fog mixed. He wanted "a red, earthy color ... admirable for enhancing the scale."
All of this, MacDonald says, "made the bridge a piece of art. There is nothing like it in the world."
"The bridge is like San Francisco," said Catherine Powell of the Labor Archives at San Francisco State University. "There is a story involved in it."
To begin, there is the strait at the entrance to San Francisco Bay. Just over a mile wide at its narrowest point and more than 300 feet deep, the strait is formidable in itself. The Spanish called it La Boca de Puerto de San Francisco, but when the Americans came in 1846, it got a new name. "I named it Chrysopolae, or Golden Gate," wrote John C. Fremont, adventurer and U.S. Army officer, "for the same reason that the harbor of Byzantium was called Chrysoceras, or Golden Horn."
The Golden Horn, an inlet at what is now Istanbul, was the crossroads of the Old World, where East met West. Golden Gate was the perfect name.
An impossible project
It was impossible to build a bridge across the Golden Gate with the technology of the 19th century. But in the 20th century, the American century, bridging the Golden Gate seemed possible.
Joseph Baermann Strauss, a Chicago bridge builder, had constructed the Fourth Street drawbridge across Channel Creek in San Francisco in 1916; it still stands not far from AT&T Park. By the 1920s, Strauss had begun thinking about a bridge across the Gate.
His first design, in 1921, was for a combination cantilever and suspension bridge with towers nearly 800 feet high. It was amazingly ugly, but it was an idea, and Strauss was convinced it could be built.
In "The Gate," van der Zee points out that Strauss was not an engineer. "He was the drawbridge king," van der Zee said recently, "but not an engineer of any kind."
He was, however, a visionary, a promoter, an organizer and a master salesman. Historian Kevin Starr, in his 2010 book "Golden Gate," compares Strauss to P.T. Barnum and the Wizard of Oz.
Strauss made his first talk promoting a Golden Gate bridge at a Sausalito City Council meeting in 1922. Mayor James Madden recalled the event years later. At first it was a tough sell. Strauss, Mayor Madden would say, was "the world's worst speaker."
But Strauss got better and better, and his idea caught on. The 1920s were the flowering of the age of the automobile, and by the end of the decade thousands of cars overwhelmed the Marin ferry systems.
There was plenty of opposition to the bridge: particularly from the Southern Pacific Co., which had a transportation monopoly in the North Bay; from old-line conservatives; even from the Sierra Club, which worried that a bridge would destroy the beauty of the Golden Gate.
But the idea had power behind it. Bridge advocates circulated new drawings. The new design looked very much like the bridge we see now. It was stunning, and the idea of such a bridge fired the imagination. In 1930, at the beginning of the Great Depression, people in the new six-county Golden Gate Bridge and Highway District voted by a 3-to-1 margin for a $35 million bond issue, a major sum at the time.
Strauss held the title of chief engineer, but others were responsible for the design. Ellis, in particular, did all the mathematical calculations that made the bridge possible. "The look, the heart of the bridge is his design," van der Zee said. "It all comes from him."
But Strauss would fire Ellis before his work on the bridge was complete. So Strauss got the lion's share of the credit and a statue at the San Francisco end. Ellis' name does not appear on the bridge. Clifford Paine took over as his No. 2 man.
Construction began in January 1933 and the bridge opened in May 1937, four years and four months later. There were 1,200,000 rivets, 80,000 miles of spliced wire, 254 steel suspender ropes connecting the cables with the deck, and a single, slightly arching span - 4,200 feet between the towers.
It was dangerous and exacting work - 11 men were killed building the Golden Gate Bridge, 10 in a single accident in February 1937.
The men who built it knew it best: "The bridge was outstanding and far above anything else," said Charles Kring, superintendent of cable spinning. "Everybody who worked on that bridge thought it was special," said Evan "Slim" Lambert. "I thought it was an honor to be able to work on something like that," said John Urban, an ironworker, " 'cause it's gonna be there a long time."
The bridge opened May 27, 1937, and 200,000 walked across. "The old town went nuts ..." Willis O'Brien wrote in The Chronicle. "It stood on its head. It walked on its hands. It threw its hat in the air."
Strauss offered a poem: "At last, the mighty task is done," it began.
Not long afterward, the Golden Gate Bridge became a symbol - and not always a symbol of success. The first known suicide came in August 1937, not three months after the bridge opened. At least 1,500 others have followed.
It also became the symbol of San Francisco, the way the old Ferry Building had been before it. Then a symbol of the West. And then of the country itself, almost like the Statue of Liberty.
During World War II, more than 1.5 million men and women sailed beneath the Golden Gate on warships and troopships. More soldiers, sailors and Marines followed in the Korean War, the Cold War and Vietnam. For many service members , the Golden Gate Bridge was the last sight of home. Some never saw it again.
Dick Fontaine was a soldier, returning on a troopship after a long voyage from Korea. It was just at twilight and as the ship passed under the Golden Gate Bridge, the soldiers began to cheer, from the bow of the ship to the stern. They threw their caps in the water, and Fontaine remembers seeing hundreds of hats, floating in the ship's wake.
Why did they do that? It was simple, he said.
"When that ship went under the bridge, the long, lousy trip was over, and Korea was over, the Army was over, all that stuff was over. We were home."
In "The Gate," van der Zee points out that Strauss was not an engineer. "He was the drawbridge king," van der Zee said recently, "but not an engineer of any kind."
He was, however, a visionary, a promoter, an organizer and a master salesman. Historian Kevin Starr, in his 2010 book "Golden Gate," compares Strauss to P.T. Barnum and the Wizard of Oz.
Strauss made his first talk promoting a Golden Gate bridge at a Sausalito City Council meeting in 1922. Mayor James Madden recalled the event years later. At first it was a tough sell. Strauss, Mayor Madden would say, was "the world's worst speaker."
But Strauss got better and better, and his idea caught on. The 1920s were the flowering of the age of the automobile, and by the end of the decade thousands of cars overwhelmed the Marin ferry systems.
There was plenty of opposition to the bridge: particularly from the Southern Pacific Co., which had a transportation monopoly in the North Bay; from old-line conservatives; even from the Sierra Club, which worried that a bridge would destroy the beauty of the Golden Gate.
But the idea had power behind it. Bridge advocates circulated new drawings. The new design looked very much like the bridge we see now. It was stunning, and the idea of such a bridge fired the imagination. In 1930, at the beginning of the Great Depression, people in the new six-county Golden Gate Bridge and Highway District voted by a 3-to-1 margin for a $35 million bond issue, a major sum at the time.
An engineering dream team
Strauss assembled a matchless team to design and build the bridge: consulting engineers Charles Ellis, a professor at the University of Illinois; Leon Moisseiff, a designer and theoretician; and Othmar Ammann, a Swiss-born structural engineer who had built the George Washington Bridge in New York. There was also Charles Derleth, dean of the college of engineering at UC Berkeley; Andrew Lawson, a geologist and seismic expert; and two architects: John Elberson and Irving Morrow.Strauss held the title of chief engineer, but others were responsible for the design. Ellis, in particular, did all the mathematical calculations that made the bridge possible. "The look, the heart of the bridge is his design," van der Zee said. "It all comes from him."
But Strauss would fire Ellis before his work on the bridge was complete. So Strauss got the lion's share of the credit and a statue at the San Francisco end. Ellis' name does not appear on the bridge. Clifford Paine took over as his No. 2 man.
Construction began in January 1933 and the bridge opened in May 1937, four years and four months later. There were 1,200,000 rivets, 80,000 miles of spliced wire, 254 steel suspender ropes connecting the cables with the deck, and a single, slightly arching span - 4,200 feet between the towers.
It was dangerous and exacting work - 11 men were killed building the Golden Gate Bridge, 10 in a single accident in February 1937.
The men who built it knew it best: "The bridge was outstanding and far above anything else," said Charles Kring, superintendent of cable spinning. "Everybody who worked on that bridge thought it was special," said Evan "Slim" Lambert. "I thought it was an honor to be able to work on something like that," said John Urban, an ironworker, " 'cause it's gonna be there a long time."
The bridge opened May 27, 1937, and 200,000 walked across. "The old town went nuts ..." Willis O'Brien wrote in The Chronicle. "It stood on its head. It walked on its hands. It threw its hat in the air."
Strauss offered a poem: "At last, the mighty task is done," it began.
Not long afterward, the Golden Gate Bridge became a symbol - and not always a symbol of success. The first known suicide came in August 1937, not three months after the bridge opened. At least 1,500 others have followed.
It also became the symbol of San Francisco, the way the old Ferry Building had been before it. Then a symbol of the West. And then of the country itself, almost like the Statue of Liberty.
During World War II, more than 1.5 million men and women sailed beneath the Golden Gate on warships and troopships. More soldiers, sailors and Marines followed in the Korean War, the Cold War and Vietnam. For many service members , the Golden Gate Bridge was the last sight of home. Some never saw it again.
Dick Fontaine was a soldier, returning on a troopship after a long voyage from Korea. It was just at twilight and as the ship passed under the Golden Gate Bridge, the soldiers began to cheer, from the bow of the ship to the stern. They threw their caps in the water, and Fontaine remembers seeing hundreds of hats, floating in the ship's wake.
Why did they do that? It was simple, he said.
"When that ship went under the bridge, the long, lousy trip was over, and Korea was over, the Army was over, all that stuff was over. We were home."
Carl Nolte is a San Francisco Chronicle columnist. His column, Native Son, appears Sundays. cnolte@sfchronicle.com
This article appeared on page E - 21 of the San Francisco Chronicle
Read more: http://www.sfgate.com/cgi-bin/article.cgi?f=/c/a/2012/05/19/BAPT1OBTTQ.DTL&ao=2#ixzz1vzF5C1yr
Golden Gate Bridge anniversary celebration begins
Saturday, May 26, 2012
Everyone likes to make a good impression on her birthday, and the Golden Gate Bridge is no different.
The orange span was on glorious display Friday morning as the sun shone down on it and hundreds of people - many draped in the color du jour - gathered to exalt the bridge on its 75th birthday. The ceremony kicked off a weekend of celebrations that will culminate in a festival and fireworks display Sunday night.
In addition to professing their love and awe for the iconic bridge, many of the dignitaries who addressed the crowd on Friday noted the incredible foresight of those who built and supported the unprecedented public works project - particularly impressive because it happened during the Great Depression.
San Francisco Mayor Ed Lee declared Friday Golden Gate Bridge Anniversary Day in the city and said the span continues to symbolize the innovation and prosperity that are the hallmarks of the region.
Marvin Scott, a National Parks Service employee, sang an a capella version of "America the Beautiful," and House Minority Leader Nancy Pelosi drew a parallel between the patriotic song and the span.
While the visionaries who engineered the bridge have long since died, some of their descendents were on hand Friday. Lorna Strauss Bantz, the great-niece of chief bridge engineer Joseph Strauss, and Lucinda and Chris Cone, the granddaughters of resident engineer Russell G. Cone, said they all grew up in families where the Golden Gate loomed large.
"My grandfather arrived here on Valentine's Day - they all knew how difficult this would be," said Lucinda Cone, who lives in Sacramento. "He loved his men. He was a guy's guy, an Irishman who liked to drink and smoke. ... He used to give out sauerkraut juice to the men who arrived with hangovers. They were all hard-drinking guys."
But Cone was "very safety oriented," she said. He insisted that the bridge workers wear leather hard hats and, with Strauss, required that a safety net be hung under the bridge during construction. That net, of course, didn't save the 10 men who plummeted to their deaths in 1937 when a platform gave way. But it did save 10 other lives, according to the Bridge District.
"My grandfather also survived the bends when he dove down to inspect the foundations," Cone said.
Gov. Jerry Brown, who made a brief appearance, noted a family connection with the bridge. His sister, Cynthia, was 3 years old when the Golden Gate Bridge was completed and walked across with their father the first day it was open. She was in the front row Friday while her brother spoke.
"When this bridge was built, there was higher unemployment than there is today, and a lot of people were much poorer than they are today," Brown said. "When they couldn't afford it, they built a great monument of courage, and that's what this is. ... If we are never bold, we will never get things done."
The bridge, Brown said, is a connection not just between Marin and San Francisco counties, but between "our past and future."
"It's Golden Gate Bridge Day not just in San Francisco, but in California," he said, and presented a state proclamation.
Highlights of the weekend's festivities:
-- 75th anniversary tours:
Saturday, 10 a.m.-6 p.m., Sunday, 11 a.m.-10 p.m.
Meet at the San Francisco Maritime National Historic Park
More info: www.nps.gov/safr
-- Golden Gate Festival
Sunday, 11 a.m.-11 p.m.
Fireworks at 9 p.m. (Bridge closed to traffic from 9 to 10 p.m.)
Admission is free.
Main activities at Fort Point, Crissy Field, the Presidio and Marina Green.
Additional anniversary activities at Fort Mason Center, Ghirardelli Square, San Francisco Maritime Historical National Park, Fisherman's Wharf and Pier 39.
No event parking. People are advised to take public transit, walk or bike.
The orange span was on glorious display Friday morning as the sun shone down on it and hundreds of people - many draped in the color du jour - gathered to exalt the bridge on its 75th birthday. The ceremony kicked off a weekend of celebrations that will culminate in a festival and fireworks display Sunday night.
In addition to professing their love and awe for the iconic bridge, many of the dignitaries who addressed the crowd on Friday noted the incredible foresight of those who built and supported the unprecedented public works project - particularly impressive because it happened during the Great Depression.
San Francisco Mayor Ed Lee declared Friday Golden Gate Bridge Anniversary Day in the city and said the span continues to symbolize the innovation and prosperity that are the hallmarks of the region.
Marvin Scott, a National Parks Service employee, sang an a capella version of "America the Beautiful," and House Minority Leader Nancy Pelosi drew a parallel between the patriotic song and the span.
'Beyond the years'
"I love that song, especially the second verse - 'O beautiful, for patriot dream/ That sees beyond the years.' That's exactly what the people who envisioned this bridge did. They saw beyond the years," Pelosi said. "I want to celebrate what this bridge has given us, what it means to the city, the state and the nation. ... We are possessive of it in this area, but it is a national treasure that is recognized around the world."While the visionaries who engineered the bridge have long since died, some of their descendents were on hand Friday. Lorna Strauss Bantz, the great-niece of chief bridge engineer Joseph Strauss, and Lucinda and Chris Cone, the granddaughters of resident engineer Russell G. Cone, said they all grew up in families where the Golden Gate loomed large.
"My grandfather arrived here on Valentine's Day - they all knew how difficult this would be," said Lucinda Cone, who lives in Sacramento. "He loved his men. He was a guy's guy, an Irishman who liked to drink and smoke. ... He used to give out sauerkraut juice to the men who arrived with hangovers. They were all hard-drinking guys."
But Cone was "very safety oriented," she said. He insisted that the bridge workers wear leather hard hats and, with Strauss, required that a safety net be hung under the bridge during construction. That net, of course, didn't save the 10 men who plummeted to their deaths in 1937 when a platform gave way. But it did save 10 other lives, according to the Bridge District.
"My grandfather also survived the bends when he dove down to inspect the foundations," Cone said.
Gov. Jerry Brown, who made a brief appearance, noted a family connection with the bridge. His sister, Cynthia, was 3 years old when the Golden Gate Bridge was completed and walked across with their father the first day it was open. She was in the front row Friday while her brother spoke.
Dash of politics
Unable to leave politics entirely aside, the Democratic governor took the opportunity to press for some modern public works projects, including the state's fledgling high-speed rail system."When this bridge was built, there was higher unemployment than there is today, and a lot of people were much poorer than they are today," Brown said. "When they couldn't afford it, they built a great monument of courage, and that's what this is. ... If we are never bold, we will never get things done."
The bridge, Brown said, is a connection not just between Marin and San Francisco counties, but between "our past and future."
"It's Golden Gate Bridge Day not just in San Francisco, but in California," he said, and presented a state proclamation.
Anniversary events
For more information on the Sunday festival and the dozens of other anniversary events, visit goldengatebridge75.org.Highlights of the weekend's festivities:
-- 75th anniversary tours:
Saturday, 10 a.m.-6 p.m., Sunday, 11 a.m.-10 p.m.
Meet at the San Francisco Maritime National Historic Park
More info: www.nps.gov/safr
-- Golden Gate Festival
Sunday, 11 a.m.-11 p.m.
Fireworks at 9 p.m. (Bridge closed to traffic from 9 to 10 p.m.)
Admission is free.
Main activities at Fort Point, Crissy Field, the Presidio and Marina Green.
Additional anniversary activities at Fort Mason Center, Ghirardelli Square, San Francisco Maritime Historical National Park, Fisherman's Wharf and Pier 39.
No event parking. People are advised to take public transit, walk or bike.
Marisa Lagos is a San Francisco Chronicle staff writer. E-mail: mlagos@sfchronicle.com
This article appeared on page C - 1 of the San Francisco Chronicle
Read more: http://www.sfgate.com/cgi-bin/article.cgi?f=/c/a/2012/05/25/BAFJ1ONPNU.DTL#ixzz1vzBkYPsv
sexta-feira, 25 de maio de 2012
segredos
“O meu amor tem um jeito manso que é só seu/ Que rouba os meus sentidos, viola os meus ouvidos/ Com tantos segredos lindos e indecentes/ Depois brinca comigo, ri do meu umbigo/ E me crava os dentes”. Aaaaaaaaaaaaiiiiiiiiiiiiiiiiii
Chico Buarque
Watch What Happens (Reprise 1969) - Frank Sinatra
Let someone start believing in you,
Let him hold out his hand
Let him touch you and watch what happens
One someone who can look in your eyes,
And see into your heart,
Let him find you and watch what happens
Cold, no I won't believe your heart is cold
Maybe just afraid to be broken again
(Full Orch. Bridge)
Let someone with a deep love to give
Give that deep love to you,
And what magic you'll see..
Let someone one with a deep love to give
Give that deep love to you.
And what magic you'll see,
Let someone give his heart,
Someone who cares like me
Someone who cares like me...
agora ela é feliz novamente...
Ela
Agora ela decidiu não se importar com nada, decidiu parar de sofrer, decidiu tomar banho de chuva e não se importar em gripar no dia seguinte. Viver sem medo do futuro, seja ele bom ou ruim, mergulhar de cabeça!
A partir daquele dia, ela não chorou mais de tristeza, não reclamou da falta de tempo, não falou da sua estafa, sorriu com mais facilidade. Suas bebedeiras não são mais em momentos de infelicidade, só bebe pra festejar e quando a tristeza bate, procura algo que lhe dê prazer para fazer e se distrair. Ela anda com um brilho novo nos olhos, ela vê a vida com um olhar otimista, ela acredita numa melhora, afinal, ela está fazendo por onde melhorar. Sim, ela não precisa de ninguém pra melhorar, somente dela mesma.
E não foi que as coisas começaram a melhorar? Ou será que ela começou a ver o excesso de trabalho, estudos e compromissos como algo bom? Um novo emprego em sua área, seu esforço começou a ser reconhecido! Problemas, ela ainda tem um monte, mas quem disse
que são motivo de infelicidade? Ela trabalha, se esforça, corre atrás e consegue passar pelos problemas ilesa.
Ela aprendeu a se assumir, se amar e, a partir daquele dia, ela nunca mais desejou ser outra pessoa. Era completa, estando sozinha ou acompanhada ela se completa por si só. Ela sabe que enquanto ela não se amar por ser exatamente como é, ela nunca saberá amar outra pessoa ou ser amada por outra pessoa. Ela se viu preparada pra viver por si e apenas para si.
Ela finalmente entendeu que ela poderia conversar com amig@s, chorar com a psicologa, tomar remédios ou até mesmo se esconder da depressão dentro de um quarto trancado, se isolando do mundo, mas nada disso a curaria. A cura pra depressão estava dentro dela, estava em suas atitudes e em sua forma de ver e viver sua vida! Agora ela tá curada, agora ela é feliz novamente.
quinta-feira, 24 de maio de 2012
"Mis ojos, que codician cosas bellas"
Los ecos de Platón fueron recogidos en versos por Miguel Angel Buonarroti (1475-1564). Amor, belleza, muerte, Dios y vida, y pecado, a la vez que la identificación de aquello que suministra alegría y felicidad. Estos son los temas preferidos por Miguel Angel Buonarroti en sus rimas, que aunque no adquieren lo sublime de sus pinturas y esculturas confirman su arte. Así se puede apreciar en la antología Rimas (1507-1555), seleccionadas por Manuel J. Santayana Ruiz, editado por Pre-Textos.
"La obra poética de Michelangelo se realizó ajena a la ambición característica del literato profesional, del erudito humanista; desigual y fragmentaria, va de la imitación de diversos estilos a la sencillez de un confiteor a las puertas de lo desconocido, pasando por la complejidad y el virtuosismo. Las Rimas describen una impresionante parábola temporal y nos dejan el apasionante autorretrato del que apenas hay esbozos, casi secretas alusiones, en su escultura y en su pintura", escribe Santayana Ruiz en el prólogo del libro.
Lirismo conmovedor, como su arte visual, Miguel Ángel siempre nos descubre belleza. Escuchemos al artista:
CVII
Mis ojos, que codician cosas bellas
como mi alma anhela su salud,
no ostentan más virtud
que al cielo aspire, que mirar aquellas.
De las altas estrellas
desciende un esplendor
que incita a ir tras ellas
y aqui se llama amor.
No encuentra el corazón nada mejor
que lo enamore, y arda y aconseje
que dos ojos que a dos astros semejen.
Me permito cerrar este Poemas en red de hoy con un comentario que ha hecho Elia sobre Miguel Ángel: "Nunca dejará de impresionarnos la sobrecogedora capacidad artística de Miguel Ángel Buonarroti. Su excepcional talento para la escultura, la pintura, el dibujo, la arquitectura y, en alguna medida, para la poesía es un enigma que lleva a preguntarnos sin cesar cuáles son las condiciones que hacen posible que surja lo que desde hace siglos se ha venido denominando "genio". Entendimiento, imaginación, perseverancia... aunque esta cuestión no se pueda clausurar, creo que todos aceptamos la conmoción que nos produce el legado que Miguel Ángel cedió a la posteridad.
* Rimas (1507-1555). Selección, versión, introducción y notas de Manuel J. Santayana Ruiz (Pre-Textos)
Lirismo conmovedor, como su arte visual, Miguel Ángel siempre nos descubre belleza. Escuchemos al artista:
CVII
Mis ojos, que codician cosas bellas
como mi alma anhela su salud,
no ostentan más virtud
que al cielo aspire, que mirar aquellas.
De las altas estrellas
desciende un esplendor
que incita a ir tras ellas
y aqui se llama amor.
No encuentra el corazón nada mejor
que lo enamore, y arda y aconseje
que dos ojos que a dos astros semejen.
Me permito cerrar este Poemas en red de hoy con un comentario que ha hecho Elia sobre Miguel Ángel: "Nunca dejará de impresionarnos la sobrecogedora capacidad artística de Miguel Ángel Buonarroti. Su excepcional talento para la escultura, la pintura, el dibujo, la arquitectura y, en alguna medida, para la poesía es un enigma que lleva a preguntarnos sin cesar cuáles son las condiciones que hacen posible que surja lo que desde hace siglos se ha venido denominando "genio". Entendimiento, imaginación, perseverancia... aunque esta cuestión no se pueda clausurar, creo que todos aceptamos la conmoción que nos produce el legado que Miguel Ángel cedió a la posteridad.
* Rimas (1507-1555). Selección, versión, introducción y notas de Manuel J. Santayana Ruiz (Pre-Textos)
Boy who touched Obama’s hair
(Pete Souza/White House)Click image to see more photos.
The story behind a photograph showing a 5-year-old black boy touching President Obama's hair may be coming to your inbox soon.
The New York Times published the adorable back story about the photo—which has been hanging in the West Wing of the White House for more than three years—on Thursday, and it's quickly become the most-emailed article on the Times' website.
[Related: Obama can't stop talking about his girls]
In May 2009, the child, Jacob Philadelphia, was visiting the White House with his father, a former Marine who was leaving his 2-year stint working for the National Security Council as part of the White House staff. The father asked to take a family photo with the president. Jacob said he had a question for Obama, who was then in his fifth month in office.
The Times recounts the rest:
http://news.yahoo.com/blogs/cutline/story-behind-white-house-photo-boy-touched-president-140641932.html
The story behind a photograph showing a 5-year-old black boy touching President Obama's hair may be coming to your inbox soon.
The New York Times published the adorable back story about the photo—which has been hanging in the West Wing of the White House for more than three years—on Thursday, and it's quickly become the most-emailed article on the Times' website.
[Related: Obama can't stop talking about his girls]
In May 2009, the child, Jacob Philadelphia, was visiting the White House with his father, a former Marine who was leaving his 2-year stint working for the National Security Council as part of the White House staff. The father asked to take a family photo with the president. Jacob said he had a question for Obama, who was then in his fifth month in office.
The Times recounts the rest:
"I want to know if my hair is just like yours," he told Mr. Obama, so quietly that the president asked him to speak again.
Jacob did, and Mr. Obama replied, "Why don't you touch it and see for yourself?" He lowered his head, level with Jacob, who hesitated.
"Touch it, dude!" Mr. Obama said.
As Jacob patted the presidential crown, ... [White House photographer Pete] Souza snapped.
"So, what do you think?" Mr. Obama asked.
"Yes, it does feel the same," Jacob said.
As the paper noted, President Obama has largely avoided discussing race during his first term. But the photo "is tangible evidence" that the president "remains a potent symbol for blacks, with a deep reservoir of support."
"As a photographer, you know when you have a unique moment," Souza told the paper. "But I didn't realize the extent to which this one would take on a life of its own. That one became an instant favorite of the staff. I think people are struck by the fact that the president of the United States was willing to bend down and let a little boy feel his head."
http://news.yahoo.com/blogs/cutline/story-behind-white-house-photo-boy-touched-president-140641932.html
quarta-feira, 23 de maio de 2012
Amor até o fim - Elis Regina (1979)
Amor até o Fim
Gilberto Gil
Amor, não tem que se acabar
Eu quero e sei que vou ficar
Até o fim, eu vou te amar
Até que a vida em mim resolva se apagar
Amor
É como a rosa num jardim
A gente cuida,a gente olha,
A gente deixa o sol bater pra crescer, pra crescer
A rosa do amor tem sempre que crescer
A rosa do amor não vai despetalar
Pra quem cuida bem da rosa
Pra quem sabe cultivar
Amor não tem que se acabar
Até o fim da minha vida eu vou te amar
Eu sei que o amor não tem
Não tem que se apagar
Até o fim da minha vida eu vou te amar
Eu sei que o amor não tem que se acabar
Uma pitada de Eros na amizade...
“Fico pensando se a amizade existe realmente. Não me refiro ao prazer ocasional de duas pessoas que se alegram por ter se encontrado num dado momento de suas vidas em que pensam da mesma maneira sobre determinados assuntos, descobrem os mesmos gostos e preferem as mesmas lutas. Nada disso tem a ver com amizade. As vezes acho que ela representa a relação mais íntima que existe na vida… Talvez por isso seja tão rara. E então, em que se funda? Na simpatia? É um termo impróprio, brando demais: não se pode dizer que a simpatia seja suficiente para levar duas pessoas a se responsabilizarem uma pela outra nas situações mais críticas de suas vidas.
Então, em que mais?
Não haverá talvez uma pitada de Eros no fundo de todas as relações humanas?”
‘Verdades a granel’ - Sándor Márai
Condenados a ser livres: filosofia ou paradoxo?
“Se o homem não é, mas se
faz, e se, em se fazendo, assume a responsabilidade por toda a espécie humana,
se não há valor ou moral dados a priori, mas se, em cada caso, precisamos
resolver sozinhos, sem ponto de apoio e, no entanto, para todos, como haveríamos
de não sentir ansiedade quando temos de agir?” “Queremos a liberdade pela
liberdade através de cada circunstância em particular. E, ao querermos a
liberdade, descobrimos que ela depende inteiramente da liberdade dos outros e
que a liberdade dos outros depende da nossa(...)”
Sartre,
O existencialismo é um humanismo (1946)
"Realmente, só pelo fato de
ser consciente das causas que inspiram minhas ações, estas causas já são objetos
transcendentes para minha consciência; elas estão fora. Em vão tentaria
apreendê-las.
Escapo delas pela minha
própria existência. Estou condenado a existir para sempre além da minha
essência, além das causas e motivos dos meus atos. Estou condenado a ser livre.
Isso quer dizer que nenhum limite para minha liberdade pode ser estabelecido,
exceto a própria liberdade, ou, se você preferir; que nós não somos livres para
deixar de ser livres."
Jean-Paul Sartre, O Ser e o
Nada (1943)
O homem é um ser apenas
possível. Existo à medida que transformo esse possível em
real.
É no processo livre de
escolha, a cada dia, de nossa existência que construímos a essência humana.
Escolhemos a nossa essência ao procedermos à escolha do personagem que
pretendemos ser. Daí, a famosa frase de Sartre: “A existência precede a
essência”.
Frequentemente esqueço que
eu mesmo escolhi livremente construir os amores, esquecer-me dos amigos ou
curtir meus pais. Mas o mais saboroso, e quase fantástico, desta aventura humana
é que cada uma vai fazendo sua libertação ao longo deste caminhar. E não só a
sua vida, mas de toda a humanidade, pois, com sua vida, está construindo sua
essência humana.
O homem é um ser que não
pode querer senão a sua liberdade e que reconhece também que não pode querer
senão a liberdade dos outros. Daí que ninguém vive livre sozinho... Enfim, para
Sartre, não existe o destino, nós construímos o nosso
futuro.
F.J. Almeida "Sartre - É
Proibido Proibir", Editora FTD, São Paulo, 1988.
Toda manhã esconde um entardecer e este traz consigo a
noite...a minha reflexão, hoje, desde a hora em que olhei pela janela. Não sou
livre para escolhê-las. Será?!!!!
Eu Receberia as Piores Notícias dos Seus Lindos Lábios
sábado abr 28, 2012
Eu Receberia as Piores Notícias dos Seus Lindos Lábios (2011), de Beto Brant e Renato Ciasca
Serão poucos aqueles que, hoje, irão discordar da afirmação de que Beto Brant é o mais talentoso cineasta brasileiro surgido desde a chamada “retomada”. A começar por sua estreia em longas-metragens, com Os Matadores, realizado em 1997, Brant conseguiu produzir com uma regularidade quase sem par entre nossos realizadores, construindo uma filmografia forte e coerente, de alguma forma passando ao largo das facilidades dos vícios autorais ou das concessões ao grande público.
Eu Receberia as Piores Notícias dos Seus Lindos Lábios é seu sétimo filme, o quinto em parceria com o escritor Marçal Aquino e o segundo codirigido por Renato Ciasca (o primeiro sendo o delicado Cão Sem Dono). O trio assina o roteiro, adaptado do romance homônimo de Aquino, sua obra mais famosa.
Certeiramente, a versão cinematográfica vai ao cerne do livro, eliminando personagens secundários e substituindo o pano de fundo do garimpo pelo da exploração madeireira: Cauby (Gustavo Machado) é um fotógrafo que chega a uma cidade ribeirinha, no interior da Amazônia. Lá, envolve-se em uma paixão avassaladora com Lavínia (Camila Pitanga). Neste momento, Brant, habilmente, instaura o espectador na vida de seus dois personagens, relegando a segundo plano suas vidas pregressas. Ela é casada com Ernani (Zécarlos Machado), o pastor da cidade e, claramente, dita o ritmo simultaneamente incerto e imediato de seu caso com Cauby, que passa os dias aguardando-a em sua casa.
É, assim, tão mais vigoroso o longo e inesperado flashback que nos leva ao Rio de Janeiro, onde Lavínia cambaleia drogada e fora de si, pelas calçadas, até ser socorrida por Ernani; ele mesmo um homem recém-recuperado da morte abrupta de sua esposa, tendo encontrado, na religião, a força para prosseguir e mudar o rumo de sua vida. E é através de suas palavras que ele consegue tirar Lavínia da prostituição e, finalmente, encontrar uma parceira com quem possa viajar, oferecendo sua experiência e suas preces às comunidades carentes.
E é quando a narrativa volta à Amazônia que os tons premente e ameaçador da história passam a prevalecer e, só então, o espectador começa a ter dimensão da tragédia iminente (no romance já sabemos, de início, que a conclusão da história não será sem grandes custos aos personagens). E tal estranhamento se dá pelas oscilações da narrativa, sempre com sua força atrelada às inquietações emotivas e espirituais de Lavínia, estilhaçada entre dois homens apaixonados e propensos a tudo por sua companhia – e se o elenco está extraordinário, podemos destacar Camila Pitanga, no que consiste na melhor atuação de sua carreira.
Absorto nos personagens e no ambiente hostil que os cercam, Brant novamente lida com os liames entre as forças vitais cônscias dessas vidas e seus destinos inelutáveis; no entanto, aqui inserindo uma invulgar camada ascética a seus amores e motivações. Não obstante as várias cenas de sexo e, novamente, uma trama centrada no relacionamento entre um artista (Cauby, fotógrafo) e sua musa (Lavínia), a esses se sobrepõem, em uma instância, a moral de um homem cuja compaixão cristã parece trazer pouco além de tumulto e, antes, uma sufocante e extravagante paisagem, onde nela refletem-se os mistérios ameaçadores do porvir de seus habitantes: esse ambiente parece, crescentemente, ser a causa e a razão inescapáveis da fatalidade das vidas desses personagens. Cauby, Lavínia e Ernani encontram-se tão indefesos de suas próprias existências quanto a floresta, que é rápida e ilegalmente devastada.
O que antes era intimidade e introspecção (Cão Sem Dono, O Amor Segundo B. Schianberg), com a natureza fervorosa torna-se objeto de clamor público e desejos imperiosos. E assim, Brant realiza um fascinante (senão, e por isso, errático e dilatado) conto de seres traumatizados em situações extremas (amor, morte; ganância, generosidade) que, ao final delas, se encontrão renascidos e, de uma maneira ou de outra, com seus caminhos já percorridos.
Eu Receberia as Piores Notícias dos Seus Lindos Lábios é, arriscadamente, atordoante, belo e vivo, como poucos lançamentos do ano, brasileiros ou não.
Bruno Cursini
http://www.revistainterludio.com.br/?p=3018
Eu Receberia as Piores Notícias dos Seus Lindos Lábios (2011), de Beto Brant e Renato Ciasca
Serão poucos aqueles que, hoje, irão discordar da afirmação de que Beto Brant é o mais talentoso cineasta brasileiro surgido desde a chamada “retomada”. A começar por sua estreia em longas-metragens, com Os Matadores, realizado em 1997, Brant conseguiu produzir com uma regularidade quase sem par entre nossos realizadores, construindo uma filmografia forte e coerente, de alguma forma passando ao largo das facilidades dos vícios autorais ou das concessões ao grande público.
Eu Receberia as Piores Notícias dos Seus Lindos Lábios é seu sétimo filme, o quinto em parceria com o escritor Marçal Aquino e o segundo codirigido por Renato Ciasca (o primeiro sendo o delicado Cão Sem Dono). O trio assina o roteiro, adaptado do romance homônimo de Aquino, sua obra mais famosa.
Certeiramente, a versão cinematográfica vai ao cerne do livro, eliminando personagens secundários e substituindo o pano de fundo do garimpo pelo da exploração madeireira: Cauby (Gustavo Machado) é um fotógrafo que chega a uma cidade ribeirinha, no interior da Amazônia. Lá, envolve-se em uma paixão avassaladora com Lavínia (Camila Pitanga). Neste momento, Brant, habilmente, instaura o espectador na vida de seus dois personagens, relegando a segundo plano suas vidas pregressas. Ela é casada com Ernani (Zécarlos Machado), o pastor da cidade e, claramente, dita o ritmo simultaneamente incerto e imediato de seu caso com Cauby, que passa os dias aguardando-a em sua casa.
É, assim, tão mais vigoroso o longo e inesperado flashback que nos leva ao Rio de Janeiro, onde Lavínia cambaleia drogada e fora de si, pelas calçadas, até ser socorrida por Ernani; ele mesmo um homem recém-recuperado da morte abrupta de sua esposa, tendo encontrado, na religião, a força para prosseguir e mudar o rumo de sua vida. E é através de suas palavras que ele consegue tirar Lavínia da prostituição e, finalmente, encontrar uma parceira com quem possa viajar, oferecendo sua experiência e suas preces às comunidades carentes.
E é quando a narrativa volta à Amazônia que os tons premente e ameaçador da história passam a prevalecer e, só então, o espectador começa a ter dimensão da tragédia iminente (no romance já sabemos, de início, que a conclusão da história não será sem grandes custos aos personagens). E tal estranhamento se dá pelas oscilações da narrativa, sempre com sua força atrelada às inquietações emotivas e espirituais de Lavínia, estilhaçada entre dois homens apaixonados e propensos a tudo por sua companhia – e se o elenco está extraordinário, podemos destacar Camila Pitanga, no que consiste na melhor atuação de sua carreira.
Absorto nos personagens e no ambiente hostil que os cercam, Brant novamente lida com os liames entre as forças vitais cônscias dessas vidas e seus destinos inelutáveis; no entanto, aqui inserindo uma invulgar camada ascética a seus amores e motivações. Não obstante as várias cenas de sexo e, novamente, uma trama centrada no relacionamento entre um artista (Cauby, fotógrafo) e sua musa (Lavínia), a esses se sobrepõem, em uma instância, a moral de um homem cuja compaixão cristã parece trazer pouco além de tumulto e, antes, uma sufocante e extravagante paisagem, onde nela refletem-se os mistérios ameaçadores do porvir de seus habitantes: esse ambiente parece, crescentemente, ser a causa e a razão inescapáveis da fatalidade das vidas desses personagens. Cauby, Lavínia e Ernani encontram-se tão indefesos de suas próprias existências quanto a floresta, que é rápida e ilegalmente devastada.
O que antes era intimidade e introspecção (Cão Sem Dono, O Amor Segundo B. Schianberg), com a natureza fervorosa torna-se objeto de clamor público e desejos imperiosos. E assim, Brant realiza um fascinante (senão, e por isso, errático e dilatado) conto de seres traumatizados em situações extremas (amor, morte; ganância, generosidade) que, ao final delas, se encontrão renascidos e, de uma maneira ou de outra, com seus caminhos já percorridos.
Eu Receberia as Piores Notícias dos Seus Lindos Lábios é, arriscadamente, atordoante, belo e vivo, como poucos lançamentos do ano, brasileiros ou não.
Bruno Cursini
http://www.revistainterludio.com.br/?p=3018
segunda-feira, 21 de maio de 2012
domingo, 20 de maio de 2012
I Started A Joke (LIVE @ MGM Las Vegas 1997) - Robin Gibb (Bee Gees)
I started a joke,
which started the whole world crying,
but I didn't see that the joke was on me, oh no.
I started to cry,
which started the whole world laughing,
oh, if I'd only seen that the joke was on me.
I looked at the skies,
running my hands over my eyes,
and I fell out of bed,
hurting my head from things that I'd said.
Til I finally died,
which started the whole world living,
oh, if I'd only seen that the joke was on me.
I looked at the skies,
running my hands over my eyes,
and I fell out of bed,
hurting my head from things that I'd said.
'Til I finally died,
which started the whole world living,
oh, if I'd only seen that the joke was one me.
Robin Gibb dies at age 62
© AP/ Robin Gibb
Robin Gibb of Bee Gees fame dies at age 62
May 20, 2012, 6:45 PM EST
RollingStone.comRobin Gibb, one-third of the Bee Gees, died Sunday after a long battle with cancer, his spokesperson has confirmed via a statement. Gibb was 62 years old.
"The family of Robin Gibb, of the Bee Gees, announce with great sadness that Robin passed away today following his long battle with cancer and intestinal surgery," reads the statement. "The family have asked that their privacy is respected at this very difficult time."
Two years ago, Gibb battled colon and liver cancer, but despite making what he called a "spectacular recovery," a secondary tumor recently developed, complicated by a case of pneumonia.
Gibb was born in Manchester, England, in 1949, along with twin brother Maurice. (Maurice died in 2003 of complications from a twisted intestine; eerily, Robin had surgery for the same medical issue in 2010.) Along with their older brother Barry, the brothers began harmonizing as a trio in Australia, where the family moved in 1958. Although the Bee Gees had some success in Australia -- they hosted a weekly variety show there -- they didn't truly arrive until they returned to England and signed with manager Robert Stigwood. Robin's quivering, vulnerable voice was featured prominently on several of the group's earliest and most Beatles-eque hits, including "New York Mining Disaster 1941," "I Started a Joke," "Massachusetts," and "I've Gotta Get a Message to You."
Although he looked and sounded like the meekest Bee Gee, Robin grew into the family rebel. By 1969, he and Barry were feuding over whose song should be singles, and Robin, then 20, was declared a "ward of the state" by their father when his drinking and partying seemed to take over his life. "It happened so fast that we lost communication between us," Gibb later recalled. "It was just madness, really."
But it also Robin who, in 1971, made the first call to Barry to reunite with his brothers. Robin's solo career had stalled, and Barry and Maurice's attempts to continue as the Bee Gees as a duo had floundered as well. "If we hadn't been related, we would probably have never gotten back together," Robin said at the time. Robin's voice was heard, beautifully, on the chorus of their minor 1972 hit "Run to Me."
The Bee Gees' massive second wind arrived with their proto disco hit, "Jive Talkin'," in 1975; two years later, their contributions to "Saturday Night Fever" made them bigger stars than ever. Most of the hits from that era featured Barry's falsetto voice, but the brothers' vocal blend remained an indelible apart of their sound.
The group entered another fallow period during the early '80s, although during this time, Robin produced a semi-hit album by Jimmy Ruffin, brother of the Temptations' David Ruffin. The last Bee Gees album, "This Is Where I Came In," was released in 2001. Two years later, Maurice died, and with his passing the Bee Gees ended. (Their other, younger brother Andy died in 1988.)
Robin and Barry reunited periodically -- in 2010, they made an appearance on "American Idol" and inducted ABBA into the Rock and Roll Hall of Fame -- and talked about a duo tour, but nothing materialized. Robin, though, kept his hand in music. With his son Robin-John, he wrote an ambitious piece, "The Titanic Requiem," a mix of orchestral and vocal pieces telling the story of the doomed liner on the 100th anniversary of its sinking. "It's a serious subject and it's not a rock opera," Gibb said before its debut. "There are no backbeats. This could have been written 300 years ago."
Featuring the Royal Philharmonic Orchestra, the work had its world premiere in London on April 10. But in a sign that Gibb's health had taken a turn for the worse, he wasn't able to attend. Ironically, next week's episode of "Glee" will include covers of Bee Gees songs from "Saturday Night Fever."
http://music.msn.com/music/article.aspx?news=730092&ocid=todent11
Da Paixão
Paixão fode com a gente
Essa pessoa que eu amo
Dilata minhas pupilas
Enche meus pulmões de ar
Dá corda no coração
Me deixa arrepiada
Suando frio
Com a boca seca
Mas só a boca...
Levemente tonta
Absurdamente boba
Sucubindo ao choro, ao
riso
À fragilidade, à raiva
À inocência descabida...
Estou com hemorragia
interna
De mel, calda de
chocolate, orvalho
Morno, lento,
entorpecente...
É grave, é
gravíssimo!!!!
RS 05/20/12
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