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segunda-feira, 13 de janeiro de 2020
A HORA DO PORTO DA BARRA
Anos 70 Bahia – Episódio 1
“ Como diz a fotógrafa Eva Cristina, a Evinha, o Porto da Barra era o start, onde tudo começava, todos se encontravam e sabiam o que ia rolar na cidade. A resenha era feita olhando aquela enseada cheia de barcos de pesca, com uma água de um azul transparente, boa para nadar, mergulhar ou simplesmente ficar de bobeira. Dali, arrancadas para Pituaçu, Praia dos Artistas, Stella Maris e Arembepe. O tempo era grande e dava para fazer muitas coisas. No Porto da “barra limpa” se sabia das notícias.
Foi na areia da praia que Charles Mocó, dono do bar e restaurante Berro d’Água, ficou sabendo que sua foto estava estampada numa revista famosa, junto com Robert De Niro. O ator tinha passado seu aniversário no Berro, anônimo, levado por Heitor Reis. Bom RP que era, Charles ia sempre de mesa em mesa e pousou na de Heitor. Um fotógrafo que estava no local identificou De Niro e, na surdina, clicou a foto, mandando o grande flagrante para a revista.
Paulo Andrade: foto na balaustrada do Porto da Barra em 1976
O escritor e curador Diógenes Moura, na apresentação da obra de um fotógrafo que fez um ensaio sobre o Porto da Barra, escreveu com sutileza, poesia e precisão sobre esse espaço tão vital para a geração setenta. Eis um trecho, intitulado “A lenda do barato total”:
“Na época do lindo sonho delirante, o Porto da Barra, em Salvador, na Bahia, era a casa de todos nós. Uma pequena enseada em forma de lua crescente onde tudo era possível, nos fazia os mais felizes dos mortais, ali, onde alguém poderia sair nu do mar e aquele corpo ao sol era a mais poética das mensagens da natureza. Paz e amor para todos. O último baseado do dia sempre era a preparação para que pudéssemos aplaudir o pôr-do-sol. Foram tantos os personagens inesquecíveis, presentes e imaginários. De Jack Kerouac a Baudelaire. De Jimmy Hendrix a Gibran Khalil Gibran. De Marquinhos Rebu a Raimunda Nonata do Sacramento, a moça pobre do bairro do Curuzu que descia a rampa com seu porte de ébano em direção às areias e de lá voou para as passarelas de Milão e Paris, e voltou Luana de Noailles, a condessa. Os amigos dos amigos eram os nossos amigos e nada fazíamos a não ser viver, viver e viver naquele Porto da Barra. Apenas isso sempre foi muito. Tomávamos mandrix com água de coco para beijarmos a boca vermelha da psicologia no barato total que eram nossos dias. Assim passamos os anos 70 e o início de 1980. Indo e vindo do Porto da Barra, um lugar tão histórico quanto uma um acarajé ou como a mão estendida do poeta Castro Alves, na praça que leva seu nome, à beira da Baía de Todos os Santos...”
Porto anos 70 - foto A Tarde, reproduzida no blog Antiguinho, de Jorge Sartori - com Keit Veloso e Oto
segunda-feira, 6 de janeiro de 2020
FELIZ 2020
Xangô – Orixá da Justiça
Xangô será o orixá regente de 2020, com influência de Iansã e Oxóssi e sob a condução de Oxalá, que, de acordo com o Candomblé, é o pai de todos eles.
Considerado o "Rei da justiça", Xangô é detentor dos trovões, das tempestades e do fogo. Suas cores são o vermelho e o branco. O dia dele é a quarta-feira.
Iansã é a rainha das tempestades, ventanias, raios e morte. Suas cores são o marrom, o vermelho e o rosa. Seu dia é a quarta-feira.
Oxóssi é o Deus caçador. Ele domina a caça, a agricultura, a alimentação e a fartura. A cor dele é o azul turquesa. Seu dia é a quinta-feira.
O novo ano deve ser marcado por muita justiça, tempestades, revelações e mortes, prevê pai William de Oxalá.
(A informação foi divulgada ao G1 pelo Babalorixá William de Oxalá, líder do terreiro Ilê Axé Opô Babá Lufan Demy, localizado no bairro de São Cristóvão, em Salvador, pela Ialorixá Jaciara Ribeiro, do Terreiro Axé Abassá de Ogum, que fica em Itapuã, e pela Ialorixá Judiara Freitas, do Terreiro Ilê Axé Iyami, em Dias D'ávila.)
"O ano vai ter muita justiça. Tanto para o bem quanto para o mal. Vai ter também muita tempestade, raio. Muita perda".
Astros
Como elemento de fogo, o sol deve trazer um ano intenso, com muitas batalhas e também transformações, incluindo na política, prevê a taróloga.
"É um ano de organização. As pessoas têm que se organizar, rever valores, tirar do armário o que não presta. Um ano para você traçar e lutar pelo que você quer"
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