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terça-feira, 4 de outubro de 2011

Com açúcar, com afeto (Saudades da Nara)


Saudade de Nara Leão. Hoje me veio esse sentimento. Não que seja uma data especial para lembrar a Nara. Talvez porque hoje seja um dia melancólico.

 
Sempre gostei de Nara. Da sua voz, da quietude e do fato de ser um ícone feminino da Bossa Nova. No livro "Chega de Saudade: A história e as histórias da Bossa Nova" (2008, Companhia do bolso), Ruy Castro passeia livremente pelo ritmo consagrado pelas batidas diferentes do violão. E é no apartamento de Nara Leão que aconteciam as reuniões com Carlinhos Lyra, Roberto Menescal, Ronaldo Bôscoli e outros. A despeito do título de Musa da Bossa Nova, Nara Leão adotou uma postura de protesto contra a Ditadura Militar, tendo se apresentado com o show Opinião, de Gianfrancesco Guarnieri e Augusto Boal em 1964 no teatro Opinião, no Rio de Janeiro.
Nara morreu muito cedo, aos 47 anos (1989) vítima de um tumor no cérebro, que por estar em uma região bastante de delicada, não podia ser retirado.
Continua viva em nossos corações. Saudade, Nara!


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