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domingo, 15 de julho de 2012

Um índio descerá de uma estrela colorida e brilhante?


 

“Não acredito muito em discos voadores, não. Sou meio cético para essas coisas sobrenaturais. Tenho um pouco de medo e de preguiça. Talvez por falta de desejo. Eu não desejo outra vida, ter um corpo astral, não desejo ir para outra dimensão. Desejo o aqui. Tenho horror de adivinhação do futuro. Sou cético. Mas sou místico também. Acho que tem muito mistério. Sinto a dimensão do mistério. Mas não acredito racionalmente em reencarnação. Acho tudo isso um saco. Este momento único é só este e não quer dizer nada. Isso também é difícil de aceitar. É mais difícil. Que é só isso e fim. Que não tem mais nada e não significa nada para ninguém. Não faz sentido em relação a outras coisas do Universo. Nada. É um acaso. Não está sendo filmado, não tem um diretor, não tem nada. É assim mesmo. É isso aqui. É um abismo total. Tem que ser místico até pra sentir isso. Tem que ser zen. Não tem explicação. Não faz sentido. Não é para fazer sentido.”

De Caetano Veloso em 1985, durante entrevista a Ademir Assunção
O título do post remete à música Um Índio, do próprio Caetano, interpretada abaixo por Zé Ramalho
 
http://armandoantenore.com.br/index.php/category/blog

 

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