Depois de amada, estendeu seu corpo ainda tremendo.
Quase chorava de tanto que se expulsou.
Quase chorava de tanto que se recebeu de volta.
Não me aproximei. Não podia interferir em sua solidão. Dizer o quê?
Não podia me aproximar de sua solidão. Dizer o quê?
Seus músculos ainda estalavam, o sangue aquecia os ouvidos. Dizer o quê?
Qualquer palavra é intrusa. A boca eram seus cabelos boiando. Dizer o quê?
O homem deveria se distanciar depois que a mulher goza. Não tomar para si a glória ou o prazer. Não reivindicar autoria. Não sujar a parede com a sua letra. Não cobrar o que não nasceu dele. Deveria ter pudor de pálpebras que se fecham para imaginar.
É ela e seu corpo redimidos.
É ela e seu corpo abraçados.
É ela e seu corpo alinhados como joelhos.
É ela devolvida a si, devolvida às alegrias proibidas, às alegrias quando se tocava em segredo.
É ela e os medos superados, a culpa liquidada, os seios observando as janelas. A rua da cintura, e a chuva, para não andar, para ficar debaixo das marquises esperando passar.
O homem deveria sentar em uma cadeira ao longe, como se fosse um milagre e lhe faltasse fé para reconstituir os detalhes.
O homem não deveria estragar com a sua presença aquele momento, mas silenciar, esquecer os comentários, jejuar os dentes, reprimir o ímpeto.
Nenhuma brincadeira, nenhuma certeza, nenhuma crença.
É difícil desaparecer, sei que é difícil.
Homem, não lhe resta outra opção!
Desapareça estando ali. Nenhum movimento brusco, não procurar água, a sede, o casaco.
Desapareça aos poucos para que ela, enfim, se veja dançando para Deus.
Quase chorava de tanto que se recebeu de volta.
Não me aproximei. Não podia interferir em sua solidão. Dizer o quê?
Não podia me aproximar de sua solidão. Dizer o quê?
Seus músculos ainda estalavam, o sangue aquecia os ouvidos. Dizer o quê?
Qualquer palavra é intrusa. A boca eram seus cabelos boiando. Dizer o quê?
O homem deveria se distanciar depois que a mulher goza. Não tomar para si a glória ou o prazer. Não reivindicar autoria. Não sujar a parede com a sua letra. Não cobrar o que não nasceu dele. Deveria ter pudor de pálpebras que se fecham para imaginar.
É ela e seu corpo redimidos.
É ela e seu corpo abraçados.
É ela e seu corpo alinhados como joelhos.
É ela devolvida a si, devolvida às alegrias proibidas, às alegrias quando se tocava em segredo.
É ela e os medos superados, a culpa liquidada, os seios observando as janelas. A rua da cintura, e a chuva, para não andar, para ficar debaixo das marquises esperando passar.
O homem deveria sentar em uma cadeira ao longe, como se fosse um milagre e lhe faltasse fé para reconstituir os detalhes.
O homem não deveria estragar com a sua presença aquele momento, mas silenciar, esquecer os comentários, jejuar os dentes, reprimir o ímpeto.
Nenhuma brincadeira, nenhuma certeza, nenhuma crença.
É difícil desaparecer, sei que é difícil.
Homem, não lhe resta outra opção!
Desapareça estando ali. Nenhum movimento brusco, não procurar água, a sede, o casaco.
Desapareça aos poucos para que ela, enfim, se veja dançando para Deus.
Crônica do meu novo livro "Ai Meu Deus, Ai Meu Jesus"
Nenhum comentário:
Postar um comentário