por JOSÉ ALMINO
Should we have stayed at home wherever that may be?[1]E não aqui onde o tempo
paira e finge repousar-se onde o tempo sonso desata o mau momento quando a
carícia distrai o sobressalto e o pranto é mudo e se conhece inútil?
Should we have stayed at home wherever that may be?
E não aqui ao relento da memória no sereno do olvido no espanto do que
nasce na bacia das almas nos frascos de remédio nas dores automáticas nas frases
circunspectas nos solilóquios patéticos?
Should we have stayed at home wherever that may be? E não
aqui ondeo anonimato das ruas oprime a conversa que ata e desata na primeira
pessoa e o tempo não voa suspenso no beco nem mais nem menos ao sopro dos
afetos?
E a mercê dos adjetivos dos sentimentos das metáforas do ridículo
das metáforas e da autocomplacência e do tempo que não ata nem desata e do beco
suspenso nas doces circunstâncias e das virtudes inúteis ou úteis do orgulho da
modéstia e da simpatia anônima?
Should we have stayed at home wherever that
may be e não aqui na primeira pessoa na primeira pessoa?
Sabe-se lá.
[1] Teria sido melhor
ficar em casa, onde quer que isso seja?“Questões de viagem”, Elizabeth
Bishop (Tradução: Paulo Henriques Brito).
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