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domingo, 16 de setembro de 2012

Lendo a sua mão


Soluço


Eu julgava que tecia, mas desfiava, e esgarçado o desejo se revela. Tenho frio.

Era ácido o querer, fez um furo no peito.

Pela janela, observo: é minha vida lá fora.

Eu lembro quando nos amamos: ia ser no futuro.

Brincando de caber na sua mão, não vi os riscos na palma.

Sempre festa no meu corpo ao saber você. Mas ninguém avisou que era bota-fora.


Vem fácil, vai fácil. Tenho uma borracha cravada no lugar do coração.

Não há nudez maior que a esperança.



http://borboletasnosolhos

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