Pesquisar este blog

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Overdose de feijoada



 ingredientes
  • 1/2 k de feijão preto
  • 250 grs. de carne-seca, 250grs. de lombo de porco salgado
  • 250 grs. de costela de porco salgada, 1 pé de porco
  • 1 orelha de porco salgada, 150 grs. de toucinho defumado, picado
  • 2 colheres (sopa) de azeite, 1 paio em rodelas,1 calabresa em fatias
  • 2 cebolas grandes raladas,5 dentes de alho amassados.
  • 250 grs. de língua de porco salgada
  • 1 rabo.

modo de preparo

De véspera, coloque o feijão e as carnes de molho, separadamente, sempre trocando a água.No dia seguinte.Cozinhe o feijão, com o lombo, a costela, o toucinho, o paio, a calabresa, por 20 minutos.Reserve; escorra a água das carnes ,corte-as em pedaços,cozinhando em outra panela até que fiquem macias.Reserve.À parte, aqueça o azeite,frite a cebola, o alho, misture tudo ao feijão e as carnes,acerte o sal e deixe ferver por 20 minutos, ou até apurar bem. Sirva com os acompanhamentos;( arroz,farofa,couve-manteiga e pedaços de laranja).
 

É impossível fugir dela no verão carioca
 
ALVARO COSTA E SILVA

Quanto maior o calor, mais o carioca come feijoada. Com o verão no auge, fica impossível fugir dela, como se vivêssemos naquela cena do filme "Macunaíma", de Joaquim Pedro de Andrade: mergulhados em orgia numa piscina cheia de lombo, linguiça, costela, paio, orelha, chispe, focinho, pé, rabo.
As escolas de samba deram a largada, entupindo suas quadras aos sábados, quando são servidas mais de mil unidades do prato (o impressionante preparo, em cozinhas industriais, tem início na quinta-feira). Mas onde quer que você olhe, há opções: restaurantes, botequins, quiosques de praia, hotéis, clubes e até livrarias.
Um livro recém-lançado, "A Vitória da Feijoada" (Editora da UFF, 140 págs., R$ 22), ajuda a contextualizar o fenômeno. Escrito pelo historiador Almir El-Kareh, mostra o cotidiano da alimentação no Rio de Janeiro do século 19 com exemplos extraídos da narrativa de viajantes estrangeiros.
Numa cidade que jantava ao meio-dia, já havia nas ruas a quitandeira que, num improvisado fogão de pedras, cozinhava feijões pretos e pedaços de toucinho. Esse legítimo ancestral da feijoada era, segundo Jean-Baptiste Debret, "bastante suculento e misturado a um bom punhado de farinha de mandioca bem amassada forma um bolo substancial suficiente para alimentação diária de um preto".
Daí, evoluímos para a chamada "negra caldeirada", a qual, com alguma coisa do jeitão de hoje, fazia parte do cardápio de bares e restaurantes, como comprovam anúncios do "Jornal do Commercio" de 1849. Até chegarmos àquela servida na casa de pasto G. Lobo, na extinta rua General Câmara, onde teria nascido a moderna feijoada carioca.
Para não deixar o leitor apenas com água na boca, duas dicas: aos sábados, a Toca do Baiacu (rua do Ouvidor, 41, no centro) serve o prato à maneira tradicional, uma exigência de quem comanda as panelas, o proprietário Marco Antônio Targino. Aos domingos, o Renascença (rua Barão de São Francisco, 54, no Andaraí) recebe para um feijão amigo. O amigo, no caso, é Jorge Ferraz, bombeiro aposentado e malandro em tempo integral. Jorge não tem preconceito: feijão para ele é de todas as cores.

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrissima/88319-overdose-de-feijoada.shtml

Nenhum comentário:

Postar um comentário