em arte por mariana martins em 18 de abr de 2012 às 01:20
O movimento é sedutor pela pose descompromissada das personagens. Pela cena que parece ser espreitada por detrás da porta. Pelo olhar de alguém que se apaixonou pelos pequenos movimentos. O dobrar do pé para colocar o sapato, o puxar o zíper do vestido, o deitar no sofá e largar os saltos pelo chão.
Os trabalhos que você verá fizeram parte da coleção exibida em 2012: Burn The Corset. Watch the Flame, No ArtSquare, Leesburg,VA.
Há alguma coisa nessa obra que remete ao espírito dos quadros de Hopper. Embora na maior parte das figuras pintadas em óleo sobre madeira, o rosto não apareça, a figura feminina surge no gesto, delineado com destreza, dramaticizado na sombra com um leve apelo sensual.
Para chegar a um resultado como esse, que atinge precisamente o ponto pretendido com o argumento, Courtney Murphy passou por diversas escolas. Em 1998, na California Art Institute Thousand Oaks, CA; em 2000, The Art Center, Pasadena; em 2004, Pont Aven School of Contemporary Art, Brittany, France; em 2005, University of California Davis, B.A. Studio Art, Davis, CA; em 2008, New York Academy of Art, M.F.A. Painting, New York, NY.
Foi premiada em 2011 com o Merit Award, Red Barn Exhibition, “Tango”; anteriormente em 2010, Featured Artist, Climate Gallery, New York, NY e o Merit Award, Red Barn Exhibition, “Ruby Red” Best in Show; em 2009 os prêmios Artist in Residence, Eden Rock Gallery, St. Barths, French West Indies e Merit Award, Red Barn Exhibition, “Shoal Bay”.
Acho ainda pertinente reparar que o esmero técnico não está acima da sensibilidade transmitida pela imagem. Uma pincelada precisa não se traduz em uma imagem realista, mas em uma imagem forte, expressiva.
Você vê nesse link outras coleções da artista e mais obras da mesma coleção.
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