O corpo também pode ser um meio de comunicação
Remonta à antiguidade a origem da camiseta - peças parecidas eram utilizadas pelos povos do Egito e Oriente Médio. No entanto, as t-shirts, tal como as conhecemos, surgiram com a Primeira Guerra Mundial. Os soldados americanos perceberam que era mais fácil se locomover com as leves camisetas, até então restritas à categoria de “roupa de baixo”, do que com os uniformes de lã grandes e pesados.
Já a popularização da peça se dá através do cinema de Hollywood. Primeiro, Marlon Brando em um Bonde chamado Desejo (1951). Depois, James Dean em Rebelde sem Causa (1955). Foi por causa desses dois galãs que muitos jovens aderiram à nova moda.
Marlon Brando
James Dean
Dessa forma, rapidamente o mercado foi inundado pelo produto em questão. E não demorou para que ficasse claro o grande potencial de comunicação não-verbal das camisetas. Essas foram transformadas em outdoors no qual as pessoas pagariam para anunciar, mesmo que nem dessem conta disso, logos de empresas, artistas, produtos etc.
Matizando as relações de consumo, cabe recordar que os indivíduos não escolhem o seu vestuário roboticamente. Atualmente, a identidade de alguém é construída e reconstruída com uma grande ajuda da moda. Nesse sentido, ostentar uma marca, carregar uma frase no peito pode ser também se afirmar pertencente a um grupo social, a uma comunidade de ideias. O corpo é um espaço de poder e, é possível dizer, uma das formas mais eficientes que possuímos de nos posicionar perante os conflitos sociais.
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