João Cláudio Fontes is with Luiz Carlos Maciel.
Mestre Maciel se lança para eternidade.
No ultimo domingo, estivemos juntos e ainda pudemos dar boas risadas, na presença do amigo João Fontes.
Esse nobre dos nobres entra para as "memórias do futuro", como ele muito bem definia, sem nunca ter se deixado abater. Pra mim, mais do que um grande amigo, um centurião contra o retrocesso reinante e um dos principais atuantes nas vanguardas e evolução do pensamento.
Em sua homenagem, um trecho do seu ultimo projeto que tive a inestimável honra de acompanhar:
"MEMÓRIAS DO FUTURO"
Hoje em dia (2017) não se fala mais em futuro, parece até que já chegamos lá. Tudo se passa
como se o tal de futuro não passasse de uma repetição obsessiva e mortal do que temos agora. Onde estão os visionários, os profetas, os videntes, os precogs, etc.? Sumiram.
como se o tal de futuro não passasse de uma repetição obsessiva e mortal do que temos agora. Onde estão os visionários, os profetas, os videntes, os precogs, etc.? Sumiram.
Não é a toa que a suposta História esteja, já há algum tempo, dominada por um retrocesso obstinado. Não chegou ao fim nem se projeta mais para o futuro, só pode ir para trás. A falta de perspectivas é constrangedora: não há avanço nem na filosofia nem nas outras humanidades que nos tragam o frescor do novo, da originalidade. A norma é a repetição. Nem avanço há nas chamadas ciências exatas que, até segundo alguns, já teriam alcançado tudo que poderiam alcançar, e cujas descobertas pretéritas devem servir agora para alimentar novidades tecnológicas pífias, capazes apenas de criar novos produtos para o mercado
capitalista. O único poder absoluto é o Deus Dinheiro, louvado e reverenciado por todos (...)
capitalista. O único poder absoluto é o Deus Dinheiro, louvado e reverenciado por todos (...)
Para o grande escritor Philip K. Dick, “o universo é um sistema de recuperação, o que equivale a dizer que tudo que já foi, cada arranjo e cada detalhe – está tudo armazenado no momento presente como informação.”
O mesmo pode ser afirmado em relação ao futuro. A libertação da percepção e da consciência (awareness) nos coloca diante da simultaneidade, ou sincronicidade, de tudo que aconteceu, acontece e acontecerá. Nessa visão, a primeira palavra de Heidegger sobre o Ser que se apropria da Existencia e que é simultaneamente apropriado por esta no Acontecimento Apropriativo, revela sua dimensão temporal: é o Instante Eficiente, ou Eternidade. Essa
manifestação não é determinista, sua essência é a liberdade em todos os seus níveis. A questão que nos confronta, hoje, é a necessidade de novas lembranças do futuro, de
informação sobre nosso destino através de um processo semelhante ao que operou no anos 60, ou seja, o acesso a essa informação através do acesso ao Tempo Ortogonal. Essa viagem poderá nos conduzir à multiplicidade infinita que é a própria Eternidade e que, embora tida como estática, nas concepções tradicionais, é o próprio amor à multiplicidade, ao seu dinamismo e à criação infinita. É por isso que Castaneda promete, ao guerreiro capaz de
escapar do bico implacável da Águia e alcançar a Terceira Atenção, a presença em “mundos inconcebíveis” e ao testemunho pessoal das infinitas possibilidades da criação eterna.
manifestação não é determinista, sua essência é a liberdade em todos os seus níveis. A questão que nos confronta, hoje, é a necessidade de novas lembranças do futuro, de
informação sobre nosso destino através de um processo semelhante ao que operou no anos 60, ou seja, o acesso a essa informação através do acesso ao Tempo Ortogonal. Essa viagem poderá nos conduzir à multiplicidade infinita que é a própria Eternidade e que, embora tida como estática, nas concepções tradicionais, é o próprio amor à multiplicidade, ao seu dinamismo e à criação infinita. É por isso que Castaneda promete, ao guerreiro capaz de
escapar do bico implacável da Águia e alcançar a Terceira Atenção, a presença em “mundos inconcebíveis” e ao testemunho pessoal das infinitas possibilidades da criação eterna.
Eis aqui, em suma, o contexto exigido por nossas memórias do futuro. Por José Octávio Sebadelhe
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