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quinta-feira, 10 de novembro de 2011

“Vivo sonhando” em três tempos

Nos instantes de mau humor costumamos proferir máximas insustentáveis. Uma delas é constante em minhas falas: “existem músicas que não deveriam mais ser regravadas”. Um clássico se constrói na qualidade e na atemporalidade. Músicas massacradas por roupagens pretensamente inovadoras, mesmo nessas, ainda mantém uma respiro, um traço do seu brilho. Clássicos sobrevivem, mas não raro são imolados e cansam de tanto aparecer. O tempo e as recorrências nos dão a oportunidade de rever as máximas de gostar ou desgostar. Abrimos concessão e renovamos o olhar (ouvir) sobre algo abandonado. Mesmo a original ou alguma versão já há muito conhecida passa a ter novo sentido. A beleza muda com o tempo, mas não deixa de ser. Essa é do Jobim. Em certos momentos é preciso ser previsível para vencer as teimas, inclusive esta, de sempre querer fugir do óbvio…em três tempos.


 

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