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sábado, 3 de dezembro de 2011

e o amor, vai bem?... *;-)



amar é bom, não é? eu acho. faz bem à alma, à pele, ao corpo todo. isso sem contar os novos ânimos, o brilho no olhar, a vontade de estar mais bonita, de ser e estar mais leve.

porque amor é estado de encantamento e felicidade, traz leveza, nos deixa com outra cara, com outra disposição. o amor não nos modifica a essência, mas nos faz descobrir múltiplas formas de lidar melhor com o mundo, de olhá-lo com mais tolerância.

o amor é bom quando é assim. mas nem sempre é e nem sempre dura conforme nossa vontade ou a de quem nos ama. e um dia pode acabar, como, de fato, acaba. porque eternas somente a alma, a disposição para amar e para se deixar amar. eterno é o aprendizado.

e quando acaba a gente sofre, e é natural que se sofra, que a alma se esvaia em lágrimas e que o vazio se instale. é necessário viver todo o processo de desconstrução de um sentimento para poder seguir em frente e, mais à frente, abrir-se novamente.

o amor ensina, mas é na solidão que aprendemos muito mais sobre esse sentimento que encanta e movimenta a alma, porque é, também, na solidão, que aprendemos a nos amar em primeiro lugar.

amar é bom? é ótimo e todo mundo quer e todo mundo pode. o que não se deve é estabelecer o amor como meta de toda uma vida. porque o amor não acontece ao sabor de nossa vontade. o que não se deve é buscá-lo desesperadamente para preencher vazios, para suprir lacunas de outros amores que terminaram.

eu amo amar, a bem da verdade eu não saberia viver sem estar próxima do amor, mas preciso admitir que, para mim, o amor só tem valia se me trouxer liberdade e aprendizado. só tem valia se, ao final, me deixar plena da certeza de ter crescido mais um pouco.

estou certa de que o amor é para todos, não se trata de privilégio especial concedido a pessoas especiais. senti-lo é dádiva. no entanto, não senti-lo o tempo todo não é crime, nem castigo. e aproveitar sua ausência para lapidarmos nossa essência é obrigação.

eu amo amar e a cada amor liberto-me mais um pouco. e a cada ausência, meu coração se transforma, se amansa e se prepara para um novo (re) começo. e não existe nada melhor e transformador do que empreender uma nova jornada. porque é na estrada e, de surpresa, que nos assalta sempre o amor.

prosita? *;)


prosa miúda

começou do nada. de uma certa admiração. de sorrisos amarelos e palavras bobas. de uma vergonha engraçada.

(coisa de gente grande quando volta a ser criança).

começou do nada e, de repente, como um susto, o ar ficou cheio de corações soletrando nomes, de desejos insistentes. e pulsos acelerados.

do nada surgiram as cores. todas juntas e misturadas num arco-íris de possibilidades.

(as impossibilidades foram parar na desimportância do futuro).

e tudo ficou claro. os dias desandaram a nascer surpreendentemente novos. as noites ficaram quentes e as madrugadas orvalharam sem pudor.

(como uma primeira chuva de verão).

começou do nada e já era tanto. e de tanto ser, transbordou.

agora anda por aí, independente, feito uma vontade teimosa. e bonita.

acho que se chama amor.


mariza lourenço


http://duasportodas.blogspot.com/


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