É tempo de ofertar flores a Iemanjá. Entenda a simbologia desse ritual
Elas exalam aromas, representam um ciclo vital e, por isso, são símbolo de transformação. Em momentos de recomeço e balanço pessoal, como agora, as flores também ganham outros espaços, expandem seus significados. O sincretismo religioso se fortalece em dezembro e as pessoas lançam mão de um gesto que ganha cada vez mais adeptos com o passar dos anos no país. Entregar flores às águas do mar e, ao mesmo tempo, alimentar-se de pensamentos positivos para o ano que se aproxima é um ato que vai além dos rituais das religiões afro-brasileiras, que cultuam a divindade Iemanjá, considerada a rainha do mar. Agnósticos e mesmo seguidores de outras crenças também usam o simbolismo das flores e do mar como inspiração para alimentar os desejos de colher bons frutos ao longo dos próximos 12 meses.
Ninguém duvida que as flores têm o poder de transformar um dia comum em uma data especial; um ambiente simples em um local aconchegante. No candomblé e na jurema, elas são muito mais. “As flores têm importância para nós porque representam a conclusão de um ciclo vital da planta, pois são elas que dão início aos frutos. Ela transborda energia de transformação”, comenta Alexandre L’Omi L’Odò, juremeiro. A simbologia é tamanha na religião que seus seguidores costumam usar banho de flores como forma de recarregar as energias. “As divindades também apreciam as flores como presentes, principalmente Iemanjá e Oxum, que reina sobre as águas doces”, completa L’Omi L’Odò.
Rosas ou cravos brancos são usadas para agradecer a Iemanjá o ano que passou, tenha sido ele positivo ou não, e com isso descarregar as energias negativas, abastecer-se de desejos de paz, amor, prosperidade. Não importa o dia, mas se for nos horários onde o sol está menos presente e no momento de romper o ano, melhor. “Há quem leve perfumes para o mar para presentear Iemanjá. Também é importante pular sete ondas”, ensina a yalorixá Valda de Sango Ayra.
Sagrado - Para quem tem fé, dezembro é o mês de agradecer, seja a quem for, seja a o que for, buscando o mar como inspiração e as flores como instrumento para se chegar ao sagrado. “Nessa época do ano, é como se todo mundo virasse adepto do candomblé. Prova disso é que as pessoas usam roupas brancas e ninguém tem vergonha de jogar flores ao mar, por exemplo”, observa a yalorixá Valda.
O que vale é a intenção que contagia cada um. “O mar representa o infinito. Todos gostam de reverenciá-lo, seja porque veem Jesus nesse ambiente ou qualquer outra divindade. Isso é o que importa”, destaca L’Omi L’Odó.
Cravos e rosas brancas podem ser presenteados a Iemanjá, a “rainha do mar”. Mas é importante que a pessoa entregue as flores nas ondas, como um agrado, e não as jogue
No momento da entrega, a pessoa deve se esvaziar dos pensamentos cotidianos e chamar vibrações positivas, como desejo de saúde e amor
A entrega das flores pode ser feita em horário de sol ameno, como 6h ou 17h. Fazer o
ritual no momento de romper o ano também é muito representativo, segundo os seguidores de religiões afro, já que a homenagem também vai para a divindade que regerá o ano que acaba de chegar
Derramar perfume - como Seiva de Alfazema - nas águas do mar também agrada Iemanjá. Para completar, pode-se saltar sete ondas
Outra dica é usar roupa branca ou azul clara. No caso das mulheres, saia; no caso dos homens, calça
Olokun é outra divindade do candomblé agraciada pelas flores jogadas ao mar
Para os que preferem presentear Oxum, basta jogar flores e rosas amarelas nas águas do rio e seguir o mesmo ritual dedicado a Iemanjá
Fonte: Alexandre L’Omi L’Odò (juremeiro) e yalorixá Valda de Sango Ayra
Do Diario de Pernambuco
Ninguém duvida que as flores têm o poder de transformar um dia comum em uma data especial; um ambiente simples em um local aconchegante. No candomblé e na jurema, elas são muito mais. “As flores têm importância para nós porque representam a conclusão de um ciclo vital da planta, pois são elas que dão início aos frutos. Ela transborda energia de transformação”, comenta Alexandre L’Omi L’Odò, juremeiro. A simbologia é tamanha na religião que seus seguidores costumam usar banho de flores como forma de recarregar as energias. “As divindades também apreciam as flores como presentes, principalmente Iemanjá e Oxum, que reina sobre as águas doces”, completa L’Omi L’Odò.
Rosas ou cravos brancos são usadas para agradecer a Iemanjá o ano que passou, tenha sido ele positivo ou não, e com isso descarregar as energias negativas, abastecer-se de desejos de paz, amor, prosperidade. Não importa o dia, mas se for nos horários onde o sol está menos presente e no momento de romper o ano, melhor. “Há quem leve perfumes para o mar para presentear Iemanjá. Também é importante pular sete ondas”, ensina a yalorixá Valda de Sango Ayra.
Sagrado - Para quem tem fé, dezembro é o mês de agradecer, seja a quem for, seja a o que for, buscando o mar como inspiração e as flores como instrumento para se chegar ao sagrado. “Nessa época do ano, é como se todo mundo virasse adepto do candomblé. Prova disso é que as pessoas usam roupas brancas e ninguém tem vergonha de jogar flores ao mar, por exemplo”, observa a yalorixá Valda.
O que vale é a intenção que contagia cada um. “O mar representa o infinito. Todos gostam de reverenciá-lo, seja porque veem Jesus nesse ambiente ou qualquer outra divindade. Isso é o que importa”, destaca L’Omi L’Odó.
Cravos e rosas brancas podem ser presenteados a Iemanjá, a “rainha do mar”. Mas é importante que a pessoa entregue as flores nas ondas, como um agrado, e não as jogue
No momento da entrega, a pessoa deve se esvaziar dos pensamentos cotidianos e chamar vibrações positivas, como desejo de saúde e amor
A entrega das flores pode ser feita em horário de sol ameno, como 6h ou 17h. Fazer o
ritual no momento de romper o ano também é muito representativo, segundo os seguidores de religiões afro, já que a homenagem também vai para a divindade que regerá o ano que acaba de chegar
Derramar perfume - como Seiva de Alfazema - nas águas do mar também agrada Iemanjá. Para completar, pode-se saltar sete ondas
Outra dica é usar roupa branca ou azul clara. No caso das mulheres, saia; no caso dos homens, calça
Olokun é outra divindade do candomblé agraciada pelas flores jogadas ao mar
Para os que preferem presentear Oxum, basta jogar flores e rosas amarelas nas águas do rio e seguir o mesmo ritual dedicado a Iemanjá
Fonte: Alexandre L’Omi L’Odò (juremeiro) e yalorixá Valda de Sango Ayra
Do Diario de Pernambuco
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