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terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Viva São Valentim!

Raios partam a ginástica cueca!

No tempo, o casa­mento foi con­trato por mil e uma razões e o amor uma cri­a­ção român­tica sua­vi­za­dora dos con­tor­nos do corpo, da troca de fluí­dos, do cheiro, gemi­dos, a lápis de linhas brus­cas ou bran­das e fez-se conto, saga, poema ini­ci­a­dor da sedu­ção nos salões. Depois pas­sou o casa­mento a ser uma irra­zão em que se tinham as razões do amor e da pai­xão. Pelo cami­nho o sexo foi dever, pro­cri­a­ção, pra­zer. Até amor e paixão.
O casa­mento e o amor ten­dem para a arque­o­lo­gia social, reli­gi­osa e afec­tiva, con­vém mesmo que não se ame, a pere­ni­dade não é des­car­tá­vel, e porra, fica mal. Implantou-se a direc­tiva da higié­nica do orgasmo. O sexo, de íntima von­tade tão boa de dois, cock­tail de tesão e ter­nura, natu­ra­li­dade quo­ti­di­ana sem acro­ba­cias de kama­su­tra, fez-se ou faz-se, pasme-se, em grupo e com gente com quem não se par­ti­lha len­çóis ou luga­res menos con­ser­va­do­res, e em público para que a dis­cus­são asse­gure da qua­li­dade da expe­ri­ên­cia, seja na reu­nião da mala ver­me­lha ou à con­versa na mesa dos cafés, sobre pré­vios desem­pe­nhos, suces­sos e téc­ni­cas, e seguindo as ten­dên­cias da moda dita­das nas revis­tas e afins com fide­li­da­des evan­gé­li­cas. É, por­tanto, uma arte per­for­ma­tiva em auto-avaliação e dos pares. Em suma: uma ginás­tica cueca.


Ps: para que não digam que não sou, ó tão român­tica, mesmo toda em cora­ções e lai­lai­lai e logo hoje. Viva São Valentim!


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