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quinta-feira, 15 de março de 2012

Malagueña salerosa

| Manuel S. Fonseca



Mala­gueña

Por culpa do Diogo, meti-me a ler a “Life” do Keith Richards. Emba­lei, ina­lei e o diabo a qua­tro, quando de repente o gajo (não é o Diogo, agora já é o Keith) me diz que foi o avô Gus a dar-lhe as dicas para o ensi­nar a tocar gui­tarra. Tudo numa única lição: tocas a Mala­gueña e és músico, não tocas e vai-te des­pir que a gente já te atende.
Ainda pen­sei que era uma bou­tade, mas bem mais à frente no livro, percebe-se que o Keith sendo mais de se des­pir do que de fran­ce­sis­mos, volta, ves­ti­di­nho e ao pé do ado­rado avô, a servir-se da mesma refe­rên­cia: tudo o que há para se apren­der está na puta desta can­ção. Um puto inglês dos anos 50 apren­deu a tocar gui­tarra com uma can­tiga mexi­cana a suar nos­tal­gia de Málaga por tudo o que é poros. E não foi o Ins­ti­tuto Cer­van­tes nem o raio que o man­dou apren­der assim. Foi o saxó­nico ou lá o que é avô dele: por gos­tar e saber do que gostava.
Isto não vai lá com sub­sí­dios nem com cara feia, isto vai lá com amor e com gajos bons.


Taran­ti­nos e Chin­góns a que saiam coi­sas das vís­ce­ras aju­dam muito.

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