Avisita começou pela Rocinha, agora um matagal que frequentei nos tempos em que era um buraco do reggae, e de onde, um dia, precisei correr, com Márcia Ganem e Gil Maciel, porque quando um regueiro cantou que Selassie era um rei que gostava de reggae, eu gritei que, além de reggae, ele gostava de matar e torturar. A obra da Rocinha está prometida para já e urge que o PAC faça do espaço moradia digna para as famílias que de lá saíram para facilitar a construção. Li que apenas 7% dos 100% das obras do PAC caminharam.
Se há dinheiro, é tempo de aumentar a porcentagem, fazendo da nova rocinha habitação, espaço para o lazer das crianças e oficinas para a sobrevivência das famílias que para lá voltarão. Sobrevivência que pode estar no próprio Centro Histórico, bairro vertical e colonial, esperando que o negócio do turismo se aperfeiçoe, se requinte em bons serviços e programações adequadas, como uma indústria de turismo bem-sucedida exige. Da Rocinha, caminhamos por ruas de casas reformadas, ruas de casas a reformar, vazios idealizados que as próximas Trilhas contarão se assim os Orixás quiserem, e eles haverão de querer, porque amam este lugar que tão bem lhes recebeu.
http://revistamuito.atarde.uol.com.br/
Nenhum comentário:
Postar um comentário