Caetano Veloso e Thalma de Freitas
Diogo Nogueira canta e conversa com um dos maiores
representantes da Música Popular Brasileira
Diogo Nogueira recebe esses ilustres convidados para explicarem como o vírus do samba os contagiou. Num programa repleto de boas histórias, o que não falta são clássicos como É de manhã, Pé do meu Samba, Menino do Rio e Desde que o Samba é Samba.
Voltando um pouquinho no tempo, Caetano conta como foi seu primeiro contato com o samba. "Cresci tendo aquele samba de roda em todas as festas na minha casa. Era o samba do Recôncavo, muito antigo, e que já nascia com a terra. A gente aprendia a sambar desde pequeno, aquele jeitinho do Recôncavo, sem tirar o pé do chão. O samba fazia parte da educação doméstica", diz o tropicalista.
Como compositor, Caetano teve seu primeiro registro de samba com a música É de manhã. "Esse samba foi feito numa manhã de 1963. Eu era novinho. Ai a Betânia veio pro Rio e já gravou. Depois o Simonal e a Elizete Cardoso gravaram também", diz o cantor. "Foi seu primeiro sucesso no samba," completa Diogo.
De outra geração, Thalma de Freitas se apresenta como a "filha do maestro", e diz se orgulhar de ser uma artista negra brasileira. Filha do instrumentista, arranjador e compositor Laércio de Freitas, a cantora e atriz apresenta, entre outros sambas, "Não foi em vão", de sua autoria, e "La vem a baiana", de Dorival Caymmi.
Provocados pelo anfitrião Diogo Nogueira sobre onde teria nascido o samba, os músicos contam muitas histórias. Mas todas com o mesmo final, de que o samba teria nascido mesmo na Bahia. Para Caetano, "opinião forte e importante foi a de Vinícius de Moraes, que botou a letra em uma música O samba nasceu lá na Bahia. E ele era carioca", completa. Para finalizar, os três músicos dividem uma roda de samba cantando Desde que o samba é samba, de autoria do baiano Caetano Veloso.
Samba na Gamboa já está em sua terceira temporada, promovendo encontros entre artistas que, além de conversarem sobre música, têm a chance de soltar a voz ao vivo. O programa estreou na grade da TV Brasil em dezembro de 2008, com Marcelo D2 e Monarco comentado "causos" do samba de malandro e do trabalhador. Nomes como Walter Alfaiate, Moysés Marques, Moacyr Luz, Tia Surica, Dudu Nobre, Arlindo Cruz, Beth Carvalho, Mart"nália, Nelson Sargento, Martinho da Vila, Noca da Portela, Zé Katimba, Dona Ivone Lara, Dicró, Nilze Carvalho, João Bosco, Tantinho da Mangueira, Luiz Melodia, Roberta Sá, Alcione, Zeca Pagodinho, Jorge Ben Jor, Neguinho da Beija-Flor, também passaram por lá.
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