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terça-feira, 30 de abril de 2013

Distâncias



 Não tenho tempo, corre, corre, rápido, vai, ligeiro, não tenho tempo, não dá, não cabe. E, de repente. Todo esse nada diante de mim. Tudo errado, hora, lugar, jeito. Errada, torta, manca, esquerda, todos os planos feito papel am...assado no fundo da bolsa e o tempo, alto, largo e fundo, feito zombaria.

Tempo material, pedra na vidraça, cotoco, careta. Tempo que sobra, que cutuca, que pergunta, que é, impávido, e eu aqui, sem saber, sem fazer, sem dizer. Querendo o “e se”. O mundo paralelo. Aquele dos finais felizes. Das coisas que encaixam. Do universo que conspira.

Passa tempo tic-tac, tic-tac passa a hora, podia aproveitar, útil ou gozo, tempo, tempo, tempo, vou te fazer um pedido, mas só quero o que queria, tento e agora nada me tenta. Vejo a noite se fazer lá fora, se fazer em mim, manta áspera, limite. Noite sem suspiro, sem anseio, sem vontade. Sem soluço, sem tristeza, sem agonia.

Penso nisso amanhã, penso nisso amanhã, scarlett tupiniquim. Mas o que faço com todos esses minutos que insistem em não sair do peito?

http://borboletasnosolhos.blogspot.pt/

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