Pesquisar este blog

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

PALAVRAS DE NIETZSCHE


“O destino dos seres humanos é feito de momentos felizes e não de épocas felizes.”

“A esperança é o derradeiro mal; é o pior dos males, porquanto prolonga o tormento.”

“O verdadeiro homem quer duas coisas: perigo e jogo. Por isso quer a mulher: o jogo mais perigoso.”

“Não posso acreditar num Deus que quer ser louvado o tempo todo.”

“No matrimônio existem apenas obrigações e alguns direitos.”

“Nos indivíduos, a loucura é algo raro - mas nos grupos, nos partidos, nos povos, nas épocas, é regra.”





“Aquilo que se faz por amor está sempre além do bem e do mal.”

“O que não provoca minha morte faz com que eu fique mais forte.”

“Há sempre alguma loucura no amor. Mas há sempre um pouco de razão na loucura.”

“Quanto mais nos elevamos, menores parecemos aos olhos daqueles que não sabem voar.”

“A vida vai ficando cada vez mais dura perto do topo.”

Friedrich Nietzsche



Ó Minha Felicidade

 
Revejo os pombos de São Marcos:
A praça está silenciosa; ali se repousa a manhã.
Indolentemente envio os meus cantos para o seio da suave
frescura,
Como enxames de pombos para o azul
Depois torno a chamá-los
Para prender mais uma rima às suas penas.
— Ó minha felicidade! Ó minha felicidade!

Calmo céu, céu azul-claro, céu de seda,
Planas, protector, sobre o edifício multicor
De que gosto, que digo eu?... Que receio, que invejo...
Como seria feliz bebendo-lhe a alma!
Alguma vez lha devolveria?
Não, não falemos disso, ó maravilha dos olhos!
— Ó minha felicidade! Ó minha felicidade!

Severa torre, que impulso leonino
Te levantou ali, triunfante e sem custo!
Dominas a praça com o som profundo dos teus sinos...
Serias, em francês, o seu «accent aigu»!
Se, como tu, eu ficasse aqui,
Saberia a seda que me prende...
— Ó minha felicidade! Ó minha felicidade!

Afasta-te, música. Deixa primeiro as sombras engrossar
E crescer até à noite escura e tépida.
É ainda muito cedo para ti, os teus arabescos de ouro
Ainda não cintilam no seu esplendor de rosa;
Resta ainda muito dia,
Muito dia para os poetas, fantasmas e solitários.
— Ó minha felicidade! Ó minha felicidade!

Friedrich Nietzsche, in "A Gaia Ciência"


Nenhum comentário:

Postar um comentário