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quarta-feira, 16 de novembro de 2011

...e agora?



Quase agora, você me chegou. E o peito doeu. O ventre doeu. De te achar bonito, de te querer em beijos, de te saber em mãos. Como se fosse permitido o querer. Em sobressaltos faço a lista dos impossíveis. Alimento meus vazios e confiro portas e janelas: fechadas. Mas há aquela réstia de luz que insiste em dizer: sim. Não sei teu gosto, teu rosto, não conheço tua mão. As frestas. "Quem não vê bem uma palavra, não pode ver bem uma alma" diz Pessoa. Vou soletrar teu nome e escrevo desejo. Mas em uma língua que não saberás decifrar e tudo cala. À míngua.
Luciana Nepomuceno

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