Pesquisar este blog

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

The Pedro Almodóvar archives



“Escrevo melhor para mulheres do que para homens, acho eles dramaticamente entediantes”, revelou o cineasta Pedro Almodóvar em entrevista nos anos 80, replicada no livro The Pedro Almodóvar archives, que será lançado pela Taschen em meados de novembro. Naquela época, falava ainda do começo de sua carreira com Pepi, Luci, Bom e outras garotas de montão. Agora, soma ao todo 18 longas-metragens, sendo o mais recente A pele que habito, que estreia neste mês e marca sua reunião com Antonio Banderas, 20 anos depois da última parceria da dupla, em Ata-me. O novo longa conta a história de um cirurgião plástico, vivido por Banderas, que se dedica a criar uma pele à prova de qualquer dano, desde que um acidente de carro matou queimada sua esposa.

A pele que habito, aliás, também faz parte do livro, resultado de quatro anos de pesquisa organizada por Paul Duncan e Bárbara Peiró. Para que isso fosse possível, Almodóvar concedeu pela primeira vez acesso irrestrito a seus arquivos, com imagens nunca antes publicadas – inclusive algumas pessoais que tirou durante filmagens. O volume é dividido por filmes, apresentados por autores espanhóis escolhidos pelo próprio cineasta. Além deles, também foram compilados textos de Almodóvar e artigos já publicados ao longo de sua carreira. São 410 deliciosas páginas e mais de 600 imagens que pretendem ilustrar essa trajetória – praticamente um tributo à mulher. E, como essa relação é mais do que mútua, três atrizes brasileiras declaram seu amor pelo cineasta revelando quais personagens de Almodóvar gostariam de interpretar.



Patrícia Pillar, 47 anos: “Gostaria de interpretar Marina [Victoria Abril], personagem de Ata-me, uma ex-atriz pornô, ex-viciada em heroína e atriz de um filme de terror B. Ela é cheia de nuances e emoções contraditórias. Inesquecível.”




Paula Braun, 32 anos: “Eu escolheria ser a protagonista de Kika [Verónica Forqué]. Ela é louca, apaixonada, sexual, kitsch,engraçada, ingênua e sofrida. Ela quase vira uma pessoa real, que sorri pra dor, feliz. E Almodóvar é alegre mesmo quando fala do que é triste.”




Fernanda de Freitas, 31 anos: “Difícil escolher uma só personagem, mas adoraria dormir e acordar Penélope Cruz, como Lena, a atriz de Abraços partidos, a apaixonante Raimunda, de Volver, ou a freira grávida Rosa, de Tudo sobre minha mãe.”


Vai lá: The Pedro Almodóvar archives, de Paul Duncan e Bárbara Peiró



Nenhum comentário:

Postar um comentário