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quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Dadá, França Teixeira, o Cangaço

Nos anos 70 ouvi, pelo rádio, uma entrevista de Dadá, viúva do lendário cangaceiro Corisco. Quem a entrevistava era França Teixeira, célebre radialista. Fiquei inebriado pela rica e peculiar oratória da sertaneja, revelando passagens que ela vivera ao lado do bando liderado pelo Capitão Virgulino, o Lampião. A certa altura da entrevista Dadá relata que a arma que Maria Bonita, a célebre companheira de Lampião, usava na cintura era praticamente um adereço não a usando a bela Maria para atirar nas volantes que incansavelmente perseguiam o grupo atirando para matar. Para em seguida afirmar que ela própria, Dadá, empunhava quando necessário se fazia, sua arma contra os macacos, que é como os cangaceiros chamavam os da volante. E França lhe pergunta: "Então você, Dadá, chegava a atirar nos soldados?" Ela, sem pestanejar; "Sim, quando preciso atirei." França insiste: " Desses nos quais você atirou algum morreu?" Então Dadá, com um sorriso mais enigmático que o de Monalisa, redargue: "Que eu visse, não!"
 
 
 

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