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quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Que nem Jiló

"E porque um dia eu pensei que seria possível, que chegaria aos seus olhos, que você percorreria as linhas como se palmeasse meu corpo e me descobriria nas curvas e saberia meus intervalos, as pausas, veredas, silêncios, porque eu planejei abraços, porque eu suspeitei felicidades, é que aprendi a soletrar saudade com as letras do seu nome."


"A saudade. Escrevo e não sei continuar. Saudade e pronto. Ponto. Saudade é o que não dá pra dizer. É um furo sem borda, corte sem cicatriz nem sangue, morte sem esquecimento. É o soluço do pranto, o espanto, o hiato entre a dor e o grito. A saudade é não agüentar, cometer sandices, saber e de nada adiantar. A saudade é o que incrimina, o que insiste em maltratar, o que não termina. Saudade é a sombra do que não existe. A saudade é em mim e eu nada sou. Sim, eu me lembro de você. Você é o meu coração batendo rápido, a boca seca, o sal escorrendo dos olhos. Você é o latejar no ventre, o grito interrompido, o sorriso permanente. Você é em mim o tempo todo, como eu poderia esquecê-lo?"

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