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sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

¿Se cansó Obama del Nobel de la Paz?

Ilustración publicada en The Economist.
Suenan cada vez más fuerte los tambores de guerra, o de conflicto militar, con Irán. Además de los asesinatos y extraños accidentes que rodean el programa nuclear de los ayatolás, están las bravatas de Teherán: amenaza de cierre del estrecho de Ormuz (por donde navega gran parte del petróleo mundial) si EEUU y sus aliados bloquean sus exportaciones de hidrocarburos.
The New York Times informa de que la Casa Blanca ha hecho saber el Guía Supremo de la Revolución, Ali Jameneí, patrocinador de Mahmud Ahmadinetad, de que un eventual cierre de esa ruta estratégica es un línea roja, es decir para atacar. The Economist se pregunta si Barack Obama, que es premio Nobel de la Paz, da por perdida tan pronto la vía diplomática en las complejas relaciones con Irán,
El Telegragh, que cita fuentes rusas, asegura que la OTAN tiene un plan de intervención militar en Siria, que comenzaría con una zona de exclusión aérea y la participación activa de Turquía.
The Christian Science Monitor se pregunta por el objetivo de unas eventuales negociaciones con los talibanes afganos, desveladas el día anterior. La mayor parte de la presa estadounidense recoge la rápida reacción del jefe del Pentágono, Leon Panetta, y de la secretaria de Estado, Hilary Clinton, en el caso del vídeo de los marines orinando sobre cadáveres.

Otra información procedente de Afpak, la zona más peligrosa del mundo, es la creciente tensión entre el presidente civil paquistaní y sus militares. Asif Ali Zardari se marchó a Dubai para pasar unos controles médicos, lo que disparó las especulaciones. Zardari ya ha regresado a Islamabad.

Las Fuerzas Armadas de Pakistán tienen un amplio historial de golpes de Estado. Las relaciones entre EEUU y los militares paquistaníes se encuentran en el peor momento desde hace décadas. La muerte de Osama bin Laden, la guerra en Afganistán -los servicios secretos paquistaníes favorecen a los talibanes-, y varios incidentes fronterizos han creado un clima de desconfianza y tensión.

Por: | 13 de enero de 2012
http://blogs.elpais.com/aguas-internacionales/2012/01/se-canso-obama-de-ser-premio-nobel-de-la-paz.html

Um comentário:

  1. Regina, segue um artigo sensato de alguém daí, publicado recentemente na Folha, que trata desse imbróglio. Abs!
    Marco


    Da Folha de S. Paulo

    MARK WEISBROT

    O Brasil precisa frear os EUA

    É como se não tivessem aprendido nada com as mentiras e a sede imperial de poder que nos arrastaram para uma guerra assassina com o Iraque que consumiu trilhões de dólares. Na sexta, o conselho editorial do "New York Times" aplaudiu as ameaças militares dos EUA contra o Irã e pediu "pressão econômica máxima" contra o país.

    E esse é o mais influente jornal "progressista" da América. A imprensa de direita, com um discurso de ódio que alcança milhões de pessoas por dia, é ainda pior.

    O Irã vem reagindo com ameaças próprias de fechar o estreito de Hormuz -por onde passa um sexto do petróleo do mundo- se os EUA cortarem suas exportações de óleo. Não surpreende, já que o governo americano tenta estrangular economicamente o Irã. O enorme esforço diplomático e de propaganda internacional dos EUA pode não levar imediatamente a uma guerra -como foi o caso com a Guerra do Iraque, o timing de qualquer ataque será sujeito a considerações eleitorais.

    O problema é que essas pessoas deitam as bases para uma guerra que ocorrerá quando o presidente decidir que convém. Quando essa hora chegar, é provável que seja tarde demais para impedir a guerra. Foi o que ocorreu no Iraque.

    A marcha em direção à guerra acelera-se agora devido às eleições de 2012 nos EUA. A primária presidencial republicana é em sua maior parte um circo, com todos os candidatos, menos o libertário Ron Paul, lançando chamados por guerra e criticando Obama por não ser "suficientemente duro". Como Obama tenta arrebatar votos dos republicanos, sua reação é mostrar-se o mais aguerrido possível sem de fato iniciar uma guerra real.

    Enquanto isso, o Congresso, com a Câmara controlada por republicanos e o Legislativo inteiro fortemente pelo lobby de Israel, soma mais pressão em favor da guerra.

    Mas que ninguém se engane, imaginando que essa promoção da guerra em um ano eleitoral reflete a vontade dos eleitores americanos.

    Os pré-candidatos republicanos estão competindo na primária pelos votos dos eleitores mais de direita, mais extremistas pró-guerra no mundo, e Obama os está seguindo.

    E o lobby de Israel está seguindo o governo israelense de direita, pró-guerra. Mas dados de pesquisas indicam que, a despeito da lavagem cerebral diária, a imensa maioria dos americanos não deseja uma guerra com o Irã.

    Como a mídia americana não reconhece a vontade da sociedade civil independente no que tange questões de política externa, a voz do povo americano passa sem ser ouvida. E não ajuda o fato de o governo americano ter usado sua influência na ONU para nomear um chefe submisso da Agência Internacional de Energia Atômica. Isso pode explicar a mudança recente de tom da agência, que adotou discurso mais aceitável pelo lado favorável à guerra.

    Por isso tudo, apelamos ao Brasil e a outros governos que não querem essa guerra que nos ajudem a impedi-la. Quando, em maio de 2010, o Brasil e a Turquia propuseram um acordo de troca de combustível nuclear do Irã, isso funcionou como freio temporário da máquina de guerra. Precisamos de mais ajuda diplomática desse tipo.

    Tradução de CLARA ALLAIN

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